tag:blogger.com,1999:blog-64421242857554802472024-02-07T10:11:06.306-08:00CPC Aracy de AlmeidaRafael Paschoalhttp://www.blogger.com/profile/14058118837743431286noreply@blogger.comBlogger99125tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-38194874687630077112011-09-08T08:53:00.001-07:002011-09-08T08:53:43.999-07:00Carta Aberta dos Produtores Culturais como resultado das discussões do Encontro Nacional de Produção Cultural.<span style="font-weight:bold;"></span>Aos Ministérios da Cultura, do Trabalho e Emprego, da Educação, da Previdência Social, às empresas públicas, privadas e de economia mista e à sociedade em geral,<br /><br />Como resultado do Encontro Nacional de Produção Cultural, estudantes, professores e profissionais aqui reunidos entendemos que a reorganização de saberes neste início de século faz da Produção Cultural uma importante área do conhecimento que tem se complexificado e estruturado e, portanto, deve ser legitimada enquanto tal.<br /><br />O crescente volume de bens culturais em circulação na sociedade brasileira, aliado aos saberes produzidos na academia e somado às demandas de mercado hoje, constituem razões suficientes para o reconhecimento social e profissional do Produtor Cultural.<br /><br />Pode o profissional graduado em Produção Cultural servir plenamente à tão sonhada<br />ponte entre a academia e a sociedade?<br />Acreditamos que sim. No entanto, entendemos que algumas medidas sejam necessárias<br />para que avancemos nessa direção. Por estarmos de acordo com os pontos<br />acima, enumeramos as medidas que julgamos urgentes para nossa consolidação profissional e reivindicamos:<br />Ao Ministério da Educação - MEC, à Secretaria de Ensino Superior - SESU e à<br />Secretaria de Ensino Tecnológico - SETEC, o reconhecimento das formações de<br />Produtor Cultural nos níveis Técnico, Tecnológico, Bacharelado e Pós-Graduação (Lato<br />e Stricto Sensu), bem como a inclusão do Bacharelado em Produção Cultural no<br />catálogo de cursos de graduação plena deste Ministério.<br />Ao Ministério da Educação - MEC, a criação de um grupo de trabalho para elaboração<br />de diretrizes curriculares dos cursos superiores de Produção Cultural, sendo a escolha<br />desse grupo constituída por representantes com legítimo conhecimento sobre o campo<br />cultural e realizada com plena ciência dos Produtores Culturais e demais da sociedade<br />civil interessada. Pelos mesmos motivos reivindicamos, ainda, ações concretas dos<br />órgãos de fomento à pesquisa.<br />Ao Ministério do Trabalho e ao Conselho Federal de Administração, que o Técnico e<br />Tecnólogo em Produção Cultural sejam retirados da base profissional deste Conselho,<br />para que haja a possibilidade de organização e constituição de <br />um campo autônomo para os Produtores Culturais.<br />Ao Ministério do Trabalho, a inclusão da profissão de Produtor Cultural – com<br />formação acadêmica, nos diversos níveis – no catálogo de profissões reconhecidas no país.<br />Ao Ministério da Cultura, a criação de um Banco de Dados que reúna e congregue<br />informações dos profissionais de Produção Cultural.<br />Ao CNPq e demais órgãos de fomento a pesquisa, que seja criada a área de estudos da<br />organização da cultura e sub-áreas como: Planejamento Cultural; Gestão Cultural;<br />Políticas Culturais; Mapeamento Cultural etc.<br />Aos cursos de formação da área, desenvolver ações permanentes nos campos da<br />pesquisa e da extensão, estreitando suas articulações com o ensino.<br />O reconhecimento das formações, em todos os níveis, existentes em Produção Cultural<br />– através da compreensão de suas possibilidades de atuação – e, portanto, a abertura de<br />concursos públicos para os diversos órgãos institucionais da cultura ou áreas correlatas,<br />sejam eles federais, estaduais ou municipais, como também a abertura de concursos para<br />provimento de cargos em empresas estatais e/ou de economia mista em setores onde os<br />conhecimentos do Produtor Cultural sejam exercidos.<br />Como proposta complementar, encaminharemos à Câmara Federal uma solicitação para<br />elaboração de um Projeto de Lei oficializando o dia 18 de agosto como <br />o Dia Nacional do Produtor Cultural.<br />Por fim, incentivaremos e nos comprometeremos com a organização de Encontros<br />Regionais e Nacionais de Produção Cultural, estando o próximo Encontro Nacional, sob<br />a garantia deste plenário, previsto para ser realizado no próximo ano, em data próxima a<br />18 de agosto, no Rio de Janeiro. Assim sendo, reivindicamos o apoio financeiro e<br />institucional dos órgãos de cultura – Ministério, secretarias estadual e municipal - por<br />entender que continuidade da realização desse encontro é de suma importância para o<br />campo cultural brasileiro.<br /><br />Plenário do Encontro Nacional de Produção Cultural<br />Rio de Janeiro, 19 de agosto, de 2011.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-14437619025615816502011-09-08T08:41:00.000-07:002011-09-08T08:45:48.619-07:00Carta de Marta Porto ex-secretária de Cidadania Cultural do Ministério da CulturaUm projeto de cultura para o país<br /><br /><br />Queridos amigos que comentaram aqui, enviaram mensagens, emails, telefonemas, só tem sentido estar a frente de um cargo público se há espaço e confiança para desenvolvermos um projeto de verdade, com as redes da cultura, mas também dos direitos humanos, da infância, da juventude, daquelas que ampliam nosso processo democrático. A equipe que se juntou na SCC veio de vários pontos do Brasil, com histórias e compromissos politicos históricos com a cultura e as políticas culturais, Cesar Piva, Marcelo Marcelo Simon Manzatti, Paula Gamper, Renata Monteiro de Souza, Pedro Domingues Monteiro Jr, Elaine Rodrigues Santos, Clara Cecchini Do Prado, Neide Aparecida Silva, e trabalhamos 14, 15 horas por dia nesses últimos meses. Para organizar uma Secretaria complexa, dar respostas, e em especial elaborar um projeto de Direitos e Cidadania Cultural, onde o acesso a cultura, as trocas culturais, a conquista das causas que marcam o nosso tempo - Meio Ambiente, Direitos Humanos - fosse uma marca de um trabalho renovador para a cultura, em prol do chamado da Presidenta Dilma: "contribuir para a alma da democracia brasileira". Projeto iniciado na década de 80 pela Prof. Marilena Chauí e que teve no Partido dos Trabalhadores seu mais ardoroso defensor. Estivemos nesse momento e depois mais adiante para contribuir, alguns como eu em cargos públicos, na época como diretora de planejamento da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, na Gestão Patrus Ananias. Hoje, tínhamos a certeza que poderíamos renovar esses compromissos a luz do espírito que marca o nosso tempo e a isso nos dedicamos dia e noite. Aprofundar a experiência do Cultura Viva, um legado inegável para a política cultural brasileira, mobilizar os jovens com suas formas de participação social distintas da nossa geração, pensando as redes, a cultura digital; mobilizar a sociedade e os atores culturais para uma reflexão sobre os valores de cidadania e nosso passivo com os direitos humanos e a justiça social. Colocar ricos, pobres, mestres da cultura popular, artistas consagrados em processo de trocas e de mobilidades simbólicas, através de nossos caminhos da diversidade, um grande projeto nacional de identidade e circulação da nossa diversidade criadora, que vem dos indigenas, das favelas, dos ribeirinhos, das mulheres,negros e negras, mas também das festas populares, das redes conectadas, das artes urbanas e de rua. Fizemos pouco, mas nos dedicamos e acumulamos um legado de reflexões e programas prontos para serem debatidos por todos nós. Estávamos iniciando essa agenda de trazer para a sociedade nossas propostas, na Política para a Juventude, parceria inédita com o Minstério da Saúde. do Desenvolvimento Agrário, Fundação Palmares e Secretaria Nacional de Juventude; da Politica para a Infância que reuniu em dois meses, em três encontros históricos, pensadores, artistas, fazedores e que iria conectar nossos pontinhos de cultura com creches, escolas e redes governamentais além de propor formas para que cada Prefeitura desse país pudesse promover uma política sólida de cultura para as nossas crianças, monitorada pelo Unicef. Um programa de acesso a cultura pensado em conjunto com a equipe do economista Ricardo Paes e Barros, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, onde estava em elaboração 5 mapas para desenvolver uma plataforma metodológica indicativa de como compreender e propor as condições de acesso a cultura, em especial em situações de vulnerabilidade. Preparávamos dois grandes Protocolos, um de Acessibilidade, dedicado a pessoas com deficiência, e outro de Atendimento Cultural em Situações de Tragédia e Emergência como as que vivemos na Serra Fluminense há tão pouco tempo e que deixou familias e famílias em abrigos e ginásios.<br /><br />Mas um projeto desses precisa de liderança, de priorização. Não pode ser interditado, mal compreendido. Temos compromisso e história e se podemos avançar vamos felizes, se não, não há cargo que nos mantenha no lugar. Hasta luego e sempre pronto. beijos em todos.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-6283471652211294632011-08-29T06:37:00.000-07:002011-08-29T06:39:55.506-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 93 – 29/08/2011<span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"></span>Nesta edição: Políticas e Estudos Culturais: Aula inaugural da COMCULTURA # Revista PragMATIZES * Editais: Lei do ICMS * Opinião: Leonardo Mesentier escreve sobre a greve dos servidores federais de cultura # Claudio Jorge escreve sobre a decisão do STF em relação a Ordem dos Músicos * Diana Aragão: Selma Reis comemora 25 anos de carreira e homenageia Florbela Spanca # Festival de Jazz na Lagoa homenageia Victor Assis Brasil * * Notas e agenda: Sindicato dos Músicos promove missa para a categoria celebrada pelo bispo arquidiocesano # Lima Barreto na Cadeira 31 da ABL # SINTCON especial homenageia Chico Santana no Bola Preta # Emilinha Borba tem exposição sobre a sua vida em Niterói
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<br />Políticas e Estudos culturais:</span>
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<br />1 - A Comissão Estadual dos Gestores de Cultura /COMCULTURA RJ convida para a aula inaugural da 10º Edição do Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro:
<br />
<br />Será nesta quarta-feira, 31 de agosto, às 13:30h – UERJ Maracanã (Auditório 13 – Pavilhão Central ). Mais informações e/ou esclarecimentos: comcultura.rj@gmail.com ou em www.comculturarj.blogspot.com.
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<br /><span style="font-weight:bold;">2: Revista PragMATIZES</span>
<br />O Laboratório de Ações Culturais (LABAC), o Curso de Graduação em Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense/UFF e a Maestría em Estudio Culturales da Universidad Nacional de Rosário estão lançando mais um importante veículo em nossa área de conhecimento, é a PragMATIZES - revista latino Americana de Estudos em Cultura, disponível no sítio www.pragmatizes.uff.br.
<br />A publicação busca aprofundar as discussões teóricas necessárias a uma época em que tecnologia, cultura e arte se mesclam. Eles estão recebendo novos trabalhos, para ter acesso às normas de publicação, clique aqui (http://www.pragmatizes.uff.br/site/normas.html). Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail pragmatizes@gmail.com.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Editais: </span>
<br />A Secretaria de Estado da Cultura está com inscrições abertas até o dia 12/09, para a Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Lei do ICMS) o endereço para envio de projetos é www.cultura.rj.gov.br . A secretaria mantém um escritório de apoio aos proponentes que dá consultoria para elaboração e enquadramento, o contato com o mesmo pode ser feito pelo telefone 2333-4107.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Opinião:
<br />
<br />1: Política-pública da cultura em greve*
<br />Por Leonardo Mesentier**</span>
<br />
<br />Os trabalhadores da cultura estão em greve. No comunicado de greve a sociedade termina coma a divisa: “não existe política pública sem servidor público” (ver postagem anterior). De fato, a existência de uma política-pública requer instituições públicas para implementá-la e a instituição pública se constitui: por um marco legal que define a abrangência social da sua atuação; por um corpo técnico; e por uma estrutura interna, também definida em lei, que define a relação efetiva do corpo técnico com o marco legal.
<br />
<br />Considerando, portanto, que o corpo técnico é um dos elementos que constituem uma instituição pública e que as instituições públicas são elementos relevantes das políticas públicas, pode-se tomar as reivindicações dos trabalhadores da cultura em greve, como elemento para se refletir sobre a política pública de cultura no Brasil.
<br />
<br />Os funcionários reivindicam, por um lado, o pagamento de gratificações atrasadas e cumprimento de acordos já firmados e, por outro lado, equiparações salariais, especificamente a relacionada à lei 12.277 e a referente a retribuição de titulação e qualificação.
<br />
<br />A Lei 12.277 criou exclusivamente para 16 economistas, engenheiros e arquitetos do Ministério da Cultura salários diferenciados e muito superiores aos salários pagos ao conjunto dos demais economistas, engenheiros e arquitetos do Ministério da Cultura. Essa é uma questão com impacto especialmente forte no IPHAN, instituição com um importante trabalho realizado no campo da arquitetura, onde trabalharam arquitetos como Lucio Costa e Oscar Niemeyer, que tem a identidade do seu corpo técnico, fortemente vinculada a identidade profissional do arquiteto no Brasil.
<br />
<br />No caso das retribuições de titulação e qualificação, a referência da reivindicação é a casa de Rui Barbosa, instituição que estando vinculada ao Ministério da Cultura, do ponto de vista da carreira e dos salários está vinculada à carreira de ciência e tecnologia, recebendo por isso melhores salários, tendo direito a progressão em carreira e a retribuição de titulação, que os demais servidores do Ministério da cultura não tem.
<br />
<br />Evidentemente, que resulta um cenário de servidores públicos de 1ª e 2ª classe, arquitetos de 1ª e 2ª classe, mestres e doutores de 1ª e 2ª classe; conseqüentemente, serviços públicos de 1ª e 2ª classe; de serviços públicos que devem funcionar bem e outros que não importa; um cenário corrosivo da capacidade profissional dos corpos técnicos das instituições do Ministério da Cultura.
<br />Para essa analise, não se trata de colocar em pauta o princípio jurídico da isonomia, mas sim a idéia presente na economia política segundo qual a legitimidade da relação salarial é condição para a adesão efetiva do trabalhador ao processo de trabalho. Esta perspectiva fica potencializada num contexto de uma instituição pública, especialmente ali onde as tarefas de trabalho estão, no mais das vezes, mediadas pela criatividade do trabalhador.
<br />
<br />Assim, a sensação de acordos não cumpridos e a corrosão da legitimidade da relação salarial estarão necessariamente conduzindo um processo de comprometimento e debilitação dos corpos técnicos e, conseqüentemente, das instituições e da política pública de cultura no Brasil. Cabe perguntar se a sociedade brasileira está de acordo com isso?
<br />*Publicado originalmente em http://leonardomesentier.blogspot.com
<br />** Arquiteto do IPHAN. Professor da UFF. Doutor em Planejamento Urbano e Regional com diversos artigos publicados em livros e periódicos científicos sobre desenvolvimento urbano e patrimônio histórico-cultural.
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<br /><span style="font-weight:bold;">2: O STF e nós, os músicos profissionais*
<br />
<br />Por Claudio Jorge**</span>
<br />Enquanto músico profissional há quarenta anos, eu não poderia deixar de dar o meu palpite sobre a decisão do Superior Tribunal Federal decretando não haver mais necessidade da filiação de músicos a nenhum órgão, para o direito do exercício da profissão.
<br />
<br />Pode ser que eu esteja enganado, o que é bem provável, afinal, o Superior Tribunal Federal é a última instancia de qualquer dúvida. O martelo bateu, fechou a tampa, não mesmo?
<br />
<br />Mas a dúvida ficou em mim instalada porque achei contraditório o “acórdão” do STF que diz, entre outras coisas que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
<br />
<br /> Aí eu pergunto: Quais leis estabelecem qualificações profissionais para os músicos? São as leis estabelecidas com a criação da Ordem dos Músicos? Porque a sentença não acaba com a Ordem, apenas desobriga os músicos a se filiarem aquela instituição e a pagarem as anuidades devidas para poderem exercer sua profissão.
<br />
<br />Há muito tempo, desde que me filiei a Ordem que sou um crítico dela. Acho um absurdo não haver eleições diretas para renovação de sua direção como acontece de forma democrática no Sindicado dos Músicos e em outras ordens, como a OAB por exemplo, mas daí a concordar com sua extinção é outra coisa.
<br />
<br />Ninguém fala em desobrigar os advogados a pagarem a OAB. Porque? Ninguém fala em acabar com a OAB. Porque? Porque ela é uma entidade representativa da classe, com participação no cenários político e etc., e mesmo assim , ainda existem muitos advogados que são contra o pagamento dessa anuidade.
<br />
<br />Acontece que no último século a classe trabalhadora se formou através deste formado de ordens, associações e sindicatos, mas este modelo não está interessando mais a este mundo globalizado onde a concorrência é quem dita as normas e onde todo mundo quer ser artista no Youtube, sem provas de competência profissional, sem filiações, sem fiscalização. Nesse moderno desejo coletivo, se aproveitam os contratantes, onde donos de empresas e produtores que não querem arcar com os custos de vínculos empregatícios, contratos e outras obrigações que a lei exige.
<br />
<br />Então muita gente trabalha para a destruição deste modelo visando a acabar com Ordens e outras associações de classe, incluído aí o ECAD. Mas esse é um outro lado do assunto.
<br />
<br />A classe musical tem particularidades próprias, e uma delas é ser muito heterogênea. Muitos músicos militares de carreira fazem parte dessa classe. O Sindicato que eu sou sócio é o mesmo do ex-ministro da cultura e muitos músicos hoje são patrões de outros, dependendo do trabalho que estejam executando.
<br />
<br />Pra terminar, fico me lembrando do meu pai quando queria que eu me formasse em alguma outra profissão e tivesse a música como um prazer a mais, feito aquele samba do Paulinho da Viola. Mantive o meu sonho e vivi até aqui exclusivamente deste meu ofício. A geração de músicos anterior a minha, que fundou a Ordem e o Sindicato dos Músicos, e a minha geração, que lutou pela consolidação de várias conquistas, com certeza não deve ter gostado nadinha dessa decisão do Tribunal. Os mais jovens têm como foco não pagar anuidades para uma instituição que nada faz por eles, muito pelo contrário, uma instituição que joga contra, e nesse foco toda a profissão de músico entra agora num caminho de pulverização a partir desta decisão do Superior Tribunal Federal. Vamos ver no que isso vai dar.
<br />
<br />*Publicado originalmente em http://blogdoclaudiojorge.blogspot.com
<br />** Claudio Jorge, como se define em é um artista carioca, botafoguense, mestiço (um tanto negro, um tanto branco, um tanto índio, ideologicamente um afro-descendente), suburbano, que tenta cumprir sua missão na terra sobrevivendo com honestidade, prazer
<br />e opinião.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Diana Aragão:
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<br />1: Selma Reis em “O Cabaré de Florbela” no Bar do Tom
<br />(Música, teatro e poesia na comemoração dos 25 anos de carreira)</span>
<br />
<br />Para comemorar os 25 anos de carreira, Selma Reis resolveu unir a música e o teatro em espetáculo dirigido por Flávio Marinho. "O Cabaré de Florbela", título do musical onde a poesia de Florbela Spanca é a convidada especial, será apresentado por Selma ao público do Bar do Tom, nos dias 02, 03, 09 e 10 de setembro, às 22 horas.
<br />
<br />Com doze álbuns gravados e depois de lançar o CD “A minha homenagem ao Poeta da voz’’, uma homenagem ao compositor Paulo César Pinheiro, a artista também interpretará canções consagradas ao longo de sua carreira como: Ne me quitte pas’’, “Feliz’’ e ‘’Sangrando’’, entre outras.
<br />
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">2: Mostra Live de Cinema</span>
<br />
<br />A IV Mostra Live Cinema que acontece de 01 a 04 de setembro no Oi Futuro de Ipanema será aberta no dia 1° às 20h com projeção audiovisual interativa manipulada pelo público na fachada do prédio. As performances são Socket Screen de Rachel Marchetti e Rachel Rosalen, além de Representa Corisco 2011 do VJ Eletroiman. Mais informações em www.livecinema.com.br
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">3: Caravana SESI Cultural apresenta In Jazz Festival </span>
<br />
<br />Há exatamente 30 anos, o Brasil perdia um dos maiores nomes da música instrumental brasileira: o compositor e saxofonista Victor Assis Brasil. Para marcar a data, a Caravana SESI Cultural realiza, no próximo 17 de setembro, sábado, homenagem ao artista: o In Jazz Festival , iniciativa do irmão de Victor, o produtor musical Paulo Assis Brasil.
<br />A festa, que tem o apoio do Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, começa às 18 horas no Espaço Victor Assis Brasil (antigo Parque dos Patins) e contará com a participação da diva do jazz Leny Andrade, da Banda Sambop, do contrabaixista Paulo Russo e convidados e do grupo Idriss Boudrioua Base & Brass. Um encontro de grandes músicos como uma autêntica jam session em plena Lagoa. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ver Victor tocando e mesmo para os que o conheceram, o Festival mostrará num telão Victor no Festival de Montreux, realizado em São Paulo, em 1978. No repertório, sucessos do mestre, como “Waltzin”, “Pro Zeca” e “Arroio”, entre outras composições. A entrada é franca.
<br />Veja as atrações do In Jazz Festival pela ordem de apresentação:
<br />Banda Sambop - Hamleto Stamato (pianista, compositor, arranjador e produtor) e Paulinho Trompete se unem a outros três renomados músicos: Ney Conceição (contrabaixo), Widor Santiago (saxofone) e Erivelton Silva (bateria).
<br />Paulo Russo Convida – Um dos maiores nomes do contrabaixo acústico e, também, compositor e arranjador recebe os craques Marcelo Martins (saxofone), Rafael Vernet (teclado) e Kiko Freitas (bateria).
<br />Idriss Boudrioua Base & Brass – Instrumentista super requisitado no cenário musical brasileiro e há mais de 25 anos morando no Brasil, o francês Idriss Boudrioua (sax alto) dividirá o palco seu septeto de feras e promete um grande som a todos.
<br />Leny Andrade - Reconhecida internacionalmente, fez shows memoráveis, cantou ao lado de artistas como Dick Farney, Wagner Tiso, Eumir Deodato, Francis Hime, Gilson Peranzetta e João Donato, e morou cinco anos no México, onde se tornou a intérprete mais popular na parada de sucessos daquele país. De volta ao Brasil, recebeu do público e da crítica o título de “Melhor Cantora de Jazz Brasileira” e foi considerada “Cantora Musicista”, por sua incrível habilidade de improvisação. O jazzman Paquito Rivera, encantado com sua arte, gravou o tema “For Leny”. Nas décadas de 80 e 90, dividiu-se entre o Brasil e os Estados Unidos. Apresentou-se no Blue Note e gravou vários discos de samba-jazz, como “Luz Néon”. Lançou CDs em parceria com instrumentistas de prestígio, como César Camargo Mariano, Cristóvão Bastos e Romero Lubambo, e ainda hoje é também uma referência na bossa-nova.
<br />In Jazz Festival - Homenagem a Victor Assis Brasil
<br />Data: 17 de setembro, sábado, às 18 horas, no Espaço Victor Assis Brasil (antigo Parque dos Patins) – Lagoa - Telefone para informações: 2511-5947.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Notas e agenda:
<br />1: Missa em ação de graças pelos músicos</span>
<br />
<br />O Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, celebrará uma Missa em Ação de Graças pelos Músicos do Rio de Janeiro na próxima quarta-feira, 31/08, às 19h, na Igreja de Santa Cecília, em Botafogo. A missa será aberta a toda comunidade e dedicada aos músicos. Na ocasião, estará presente a Orquestra de Cordas SindMusi e alguns nomes do meio musical serão homenageados pelo Sindicato dos Músicos/RJ. A Igreja de Santa Cecília fica na rua Álvaro Ramos, 385, Botafogo.
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<br /><span style="font-weight:bold;">2: Plenária para organização da IV Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa</span>
<br />
<br />A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (formada promovida principalmente pelas religiões afro-brasileiras, espíritas, judaica, islâmica, budista e por cristãos progressistas) que organiza a já tradicional caminhada que reivindica a tolerância e a liberdade religiosa, convoca para a próxima quinta-feira, 01/09, às 18h no Auditório 93 da UERJ/Maracanã. Mais informações sobre a caminhada em www.eutenhofe.org.br .
<br /><span style="font-weight:bold;">
<br />3: Lima Barreto na Cadeira 31 #GenteDiferenciadaNaABL</span>
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<br />Um grupo de militantes da área cultural, entre os quais nós do CPC, a Casa Lima Barreto estão promovendo um ato-cultural que simbolicamente irá “eleger” e “empossar” o autor de “Triste fim de Policarpo Quaresma” na cadeira de nº 31 da Academia Brasileira de Letras/ABL. O ato, que acontecerá no dia 23/09, às 16h no busto de Lima, na rua do Lavradio (em frente ao CIEP), além de fazer justiça com Lima, ironiza o jornalista Merval Pereira, símbolo do mau jornalismo e da parcialidade e que neste dia será de fato empossado na cadeira.
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<br />Para organizar o ato, o grupo fará uma reunião dia 01/09, às 17h, no Armazém do Senado, rua Gomes Freire, 256, todos os interessados estão convidados a colaborar.
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<br /><span style="font-weight:bold;">4: SINTCON homenageia Chico Santana no Bola Preta </span>
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<br />Em setembro o projeto Consultoria Cultural do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Engenharia e Consultoria de Projetos/SINTCON em edição especial apresentará uma homenagem ao compositor Chico Santana um dos fundadores da Velha Guarda da Portela.
<br />
<br />Francisco Felisberto Santana, ou Chico Santana é um compositor desconhecido do grande público. Apesar de ter dois grandes sucessos gravados por Beth Carvalho (Saco de feijão) e Zeca Pagodinho (Lenço), mas seu repertório é lembrado em rodas de samba promovidas por músicos que se dedicam ao gênero – notadamente o samba de terreiro.
<br />O centenário de Chico vem sendo comemorado em diversas rodas de samba, nos estados de Minas Grais, São Paulo e Rio Grande do Sul numa mobilização de celebração dos esforços de encontrar todo o repertório do compositor.
<br />A homenagem que se realizará no próximo dia 10/09, às 14h, no Cordão da Bola Preta ( rua da Relação, 03, esquina com rua do Lavradio, Lapa), com entrada franca, será a primeira feita no Rio de Janeiro. A condução ficará por conta do grupo Jequitibá do Samba, com a participação do sambista paulista Tuco Pellegrino e as presenças especiais de quatro integrantes da Velha Guarda da Portela (grupo do qual Chico foi um dos fundadores), Monarco, e as três pastoras Tia Surica, Áurea Maria e Neide Santana (filha do homenageado).
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<br /><span style="font-weight:bold;">2: Emilinha Borba é homenageada em Niterói </span>
<br />
<br />Depois do sucesso com a nossa exposição sobre Aracy, o Espaço Antonio Callado /Centro Cultural Abrigo de Bondes faz uma homenagem a grande cantora do rádio, Emilinha Borba, que completaria 88 anos em agosto de 2011, com a exposição “Emilinha Borba a cantora das multidões”, com a curadoria de Teca Nicolau.
<br />
<br />Nesta mostra, o público poderá conferir fotos, troféus, vestidos e capas de discos, além de assistir um DVD com histórias e depoimentos de amigos da cantora. O material para a exposição foi cedido pelo Fã Clube Nacional Emilinha Borba, representado pelo presidente Mário Marinho.
<br />A visitação é gratuita e pode ser feita até 30 de setembro, de terça a sexta, das 11h às 17h; sábados, das 12 às 16h e o Espaço Antonio Callado – Centro Cultural Abrigo de Bondes, é anexo ao Supermercado Guanabara, na rua Marquês de Paraná, nº 100, Centro, Niterói, mais informações tel.: 2620-8169.
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<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog, produzido pelo CPC Aracy de Almeida, pode ser reproduzido, desde que citada a fonte.
<br />Agradecimentos pelo apoio recebido da empresa LETERA
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<br />Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-14583160931072240382011-08-16T08:49:00.000-07:002011-08-16T08:51:46.562-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 92 – 15/08/2011<span style="font-weight:bold;">Nesta edição: Homenagens a Flavio Loureiro e Homero Ferreira* Estudos Culturais: IFRJ realiza Encontro Nacional de Produção Cultural # Inscrições para seminário de políticas públicas da COMCULTURA e UERJ vão até 20/08 * Editais: Estado do Rio irá investir R$41 milhões em projetos culturais em diversas áreas * FURNAS prorroga inscrições até 31/08 * Opinião: José Roberto Souza Aguiar escreve sobre o "Dia do Folclore"* Diana Aragão: Site Mario Lago 100 anos # Show em comemoração ao centenário de Pedro Caetano reúne Marcos Sacramento, Cristina Buarque e Mariana Baltar no Teatro Rival Petrobras * Notas e agenda: Candeia 76 anos # Mostra Artista de Rua # Pedro Malazartes é encenado no Parque das Ruínas # São Jorge em exposição no Museu do Folclore <span style="font-weight:bold;"></span></span>
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<br /><span style="font-weight:bold;">Nossas homenagens a dois companheiros que nos deixaram na semana passada:
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<br />1: Flávio Loureiro</span>
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<br />No domingo, 07/08, a esquerda brasileira, especialmente a fluminense, perdeu um de seus mais bem humorados militantes: Flávio Loureiro, 53 anos, que era jornalista, foi fundador do Partido dos Trabalhadores/PT no Rio de Janeiro.
<br />Trabalhou nos jornais dos sindicatos dos arquitetos, metalúrgicos, metroviários; criou e organizou o jornal da Federação das Associações de Moradores de Nova Iguaçu; foi editor do jornal Público do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal/SINTRASEF, e também, na Bloch Editora e no Jornal do Comércio. Atualmente era chefe de gabinete da deputada estadual Inês Pandeló (PT/RJ).
<br />Como se definia em seu blog – Blog do Flavio Loureiro – era “pai de um lindo casal de filhos, avô, um apaixonado integrante da nação rubro negra e um observador atento do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira”. Seguramente, com a sua partida, a esquerda ficará menos festiva e aguerrida.
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">2: Homero Ferreira</span>
<br />
<br />E na segunda-feira, 08/08, faleceu aos 66 anos, Homero Honório Ferreira Filho, conhecido como Homerinho, produtor musical. Entre seus trabalhos mais importantes estão a produção da trilha do espetáculo O grande circo místico, com músicas de Edu Lobo e Chico Buarque, e de discos e shows de nomes como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Mônica Salmaso, e Renato Braz.
<br />Homerinho foi velado e enterrado na cidade de São Lourenço/MG. Ele foi casado com a nossa companheira, a cantora Cristina Buarque, com quem teve cinco filhos: Zeca, Paulo Emílio, Antonio, Ana e Maria Holanda Ferreira.
<br />Homero também foi o responsável pela concepção do Teatro Fecap, em São Paulo, do qual era diretor artístico, sempre dando suporte à música brasileira.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Estudos culturais:
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<br />1 - Encontro Nacional de Produção Cultural – Formação e Caminhos da Profissão </span>
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<br />O curso de Produção Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/IFRJ e o Centro Acadêmico Mário Lago , realizam nos próximos dias 18 e 19 de agosto, encontro para discutir os rumos da profissão e o mercado de trabalho.
<br />
<br />Será na Sala Funarte Sidney Miller (Palácio Gustavo Capanema, rua da Imprensa, 16 – Térreo ), inscrições e maiores informações no link:
<br />http://encontronacionalpc.blogspot.com/
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">2 - A Comissão Estadual dos Gestores de Cultura /COMCULTURA RJ está com inscrições abertas para a 10º Edição do Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro: </span>
<br />
<br />O seminário é realizado em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ e tem apoio da Fundação Casa de Rui Barbosa/MinC - e da Secretaria de Estado de Cultura RJ e financiamento do Programa Cultura Viva da Secretaria Cidadania e Diversidade Cultural/MinC .
<br />
<br />A aula inaugural será em 31 de agosto, 13:30h – UERJ Maracanã (Auditório 13 – Pavilhão Central ). Serão certificados (pela UERJ) os participantes que tiverem no mínimo 75% freqüência e apresentarem trabalho de conclusão de curso. As inscrições vão até o dia 20 de agosto.
<br />
<br />Mais informações e/ou esclarecimentos: COMCULTURA RJ - Comissão Estadual dos Gestores de Cultura (21)9810-4978 (21)2725-6084 / e-mail: comcultura.rj@gmail.com www.comculturarj.blogspot.com, e/ou Departamento Cultural UERJ - Decult SR3 UERJ (Rua São Francisco Xavier, 524, Bloco F, Sala T-126 /CEP 20550-013 (21)2334-0114).
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<br /><span style="font-weight:bold;">Editais:
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<br />1: Estado do RJ:</span>
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<br />A Secretaria de Estado de Cultura anunciou no último, 11 de agosto, seu maior e mais abrangente pacote de editais. São, ao todo, R$ 40.900.000,00, distribuídos em mais de 40 diferentes Chamadas Públicas. Este é o maior investimento direto em cultura realizado de uma só vez pelo Governo do Rio de Janeiro. O pacote representa um aumento de 440% em comparação a 2008, quando a Secretaria de Cultura começou sua política de editais.
<br />Entre as novidades dos Editais de 2011 destacamos: a Bolsa de Criação Literária, na qual oito selecionados, fixando-se em diferentes cidades do estado, receberão R$ 30 mil, cada, para produzir um conto, um livro, uma novela, ou demais trabalhos literários sobre o lugar escolhido; a chamada pública para Criação Artística no Funk dá à juventude dos territórios populares a oportunidade de produzir videoclipes, CDs e projetos de memória, comunicação e circulação do gênero, e vai contemplar, com R$ 20 mil, cada projeto; no quesito Carnaval foram criados os módulos Clóvis/Bate Bolas, Eventos Carnavalescos e Pré-Carnavalescos. O primeiro celebra uma importante tradição do subúrbio. Os dois últimos são destinados a Bailes, Shows, Performances, Cortejos e Corsos (que não se caracterizem como desfiles) realizados em locais abertos e que tenham tradição no estado; apoio a projetos de restauro do patrimônio arquitetônico fluminense.
<br />Além dessas novidades, mais uma vez serão realizadas chamadas públicas para propostas de música, nos estilos clássico e popular; festivais de teatro, música e audiovisual; mídias digitais; montagem de espetáculos; desenvolvimento de filmes de longa-metragem e de séries de TV; registros de tradição oral; modernização e preservação de museus e centros de memória; incentivo a novos autores; aquisição de acervo para bibliotecas comunitárias; e produção de estudos e documentos de inventariação e difusão do acervo cultural fluminense, entre outras linhas de ação cultural.
<br />Mais informações em: http://www.cultura.rj.gov.br/editais/editais.php
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">2: Espaço Cultural Eletrobras Furnas prorroga até o dia 31/08 as inscrições de projetos culturais para o ano de 2012: </span>
<br />
<br />Furnas Centrais Elétricas S.A. comunica que receberá no período de 13 de julho a 31 de agosto de 2011 (data limite de postagem) projetos culturais destinados à ocupação dos ambientes do Espaço Cultural Eletrobras Furnas, localizado na cidade do Rio de Janeiro - RJ, no bairro de Botafogo, para formação de sua programação no ano de 2012.
<br />A empresa disponibilizará um investimento de R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais) nos projetos, sem recursos da lei Rouanet (Lei nº. 8.313, de 23/12/1991), apresentados nas seguintes áreas artísticas:
<br />- Artes Visuais (fotografia, escultura, pintura, gravura, desenho, instalação, videoinstalação, intervenção e novas tecnologias ou performances);
<br />- Artes Cênicas;
<br />- Música;
<br />- Outras
<br />Nas seguintes modalidades:
<br />- Espetáculos;
<br />- Exposições;
<br />- Palestras;
<br />- Encontros;
<br />- leituras dramáticas;
<br />- lançamento de livros.
<br />Mais informações em: http://www.furnas.com.br/espaco_furnas_cultural2.asp
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<br /><span style="font-weight:bold;">Opinião:
<br />
<br />Tudo é Cultura
<br />José Roberto de Souza Aguiar *</span>
<br />
<br />
<br />Nos anos de 1970, enquanto aluno de uma escola pública nesta cidade, cursando o que hoje equivale ao Ensino fundamental, presenciei e participei de festas comemorativas ao DIA DO FOLCLORE, justamente no mês de agosto. Entre as atividades figuravam apresentações de danças típicas – frevo, quadrilhas como exemplos – e representações teatrais de personagens da mitologia brasileira: o curupira, o Saci-Pererê, o Caipora, etc. Eram festas divertidas, que contavam com a presença maciça de pessoas do bairro.
<br />
<br />Palavra de origem inglesa, o termo folclore era usado pelos grupos imperialistas do século XIX, para minimizar as influências culturais das áreas de interesse comercial das grandes potências capitalistas, que agiram ferozmente sobre diversas áreas na África, na América Latina e na Ásia. Segundo o Dicionário Aurélio, define-se folclore “como o conjunto ou estudo das tradições, conhecimentos ou crenças de um povo, expressas em suas lendas, canções e costumes”. Nos anos de 1970, sob a égide de uma ditadura empresarial-militar, a idéia de diminuir a produção cultural no Brasil, promoveu uma baixa na divulgação dos movimentos populares e culturais do país, que em muitos casos contestavam as organizações políticas na época. A idéia de folclore ganhou ênfase, fato fortalecido pelo isolamento das ações culturais, contribuindo para a desvalorização da diversidade cultural. O Frevo, as quadrilhas juninas, a capoeira entre outras manifestações foram enquadradas como ações folclóricas.
<br />
<br />Ao fim do processo ditatorial militar, na metade dos anos de 1980, a sociedade brasileira iniciou um processo de revisão de conceitos estruturais, em defesa de uma ordem mais democrática. As mudanças estariam direcionadas nas estruturas políticas e econômicas, e atingiriam em cheio as áreas de educação e cultura no país. No século XXI, na Era da Globalização que proporcionou a ampliação das redes de comunicação, fortalecendo as possibilidades de crescimento no campo de conhecimento e análise dos movimentos culturais difundidos no Brasil e pelo Mundo, constata-se, ainda, a idéia do minimalismo no que abrange a divulgação das diversidades culturais.
<br /> As grandes produções e espetáculos vinculados aos interesses comerciais dominam as redes de divulgação, dificultando o exercício e as práticas culturais mais simples. Estas práticas que resistem nas ações de grupos e instituições que defendem a popularização das ações culturais, fortificando a resposta dos povos em luta pela própria dignidade e existência, baseando-se na democratização das afirmações culturais. O termo CULTURA, que se define, segundo o mesmo dicionário como “o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc., transmitidas coletivamente, e típicos de uma sociedade, como também o conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinados campos”. Trata-se de fundamentos concretos e abstratos que instruem a formação de ações comportamentais de uma sociedade, distinguindo-a de outros grupos sociais organizados.
<br />
<br />Concluo na lógica que há muito caminho a percorrer rumo ao processo de democratização das ações culturais no Brasil. Construir e referendar a idéia que o Brasil se constitui num grande celeiro de manifestações culturais além daqueles divulgados pelos principais meios de comunicação pelo país é a meta. E, consequentemente, não mais ouvir que as manifestações culturais brasileiras ainda são enquadradas no termo de folclore nas escolas. Tudo é cultura.
<br />
<br />* José Roberto de Souza Aguiar - Professor Rede Municipal (Rio) e Estadual – RJ e Secretário- Geral CPC Aracy de Almeida. Notas:
<br />- HOLANDA, Aurélio Buarque de. MINIDICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA (2ª edição).Rio de Janeiro: editora Nova Fronteira, 1988, p.147.
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<br /><span style="font-weight:bold;">Diana Aragão:
<br />
<br />1: Site em comemoração aos 100 anos de Mário Lago entra no ar</span>
<br />
<br />O projeto Mário Lago - Homem do Século XX dá mais um passo nas comemorações do centenário do artista. Já se encontra no ar o site www.mariolago.com.br, com informações sobre o homenageado e que reunirá de documentos históricos a notícias e informações atuais.
<br />
<br />Os internautas encontrarão a história do artista – com biografia, cronologia, álbum de fotos e registros antigos (incluindo partituras, correspondências e trechos de filmes, radionovelas e telenovelas) - e informações de atualidade, como a programação do centenário, depoimentos recentes, vídeos das ações em curso e espaço para artigos e posts.
<br />
<br /> Toda segunda-feira, o visitante encontrará um novo documento a partir de textos inéditos. A estreia será com o livro autobiográfico Meus tempos de moleque, último do artista, com o qual ele pretendia romper com a fama de homem sisudo e mostrar o seu lado mais irônico. Do lançamento até o final de setembro, serão publicados os oito capítulos desse livro, que não chegou a ser concluído. Em cada capítulo, Mário narrou um episódio curioso da sua trajetória. No primeiro, Guizo à vista, a história flagra um momento de 1912, quando o artista engatinhava nos seus sete meses de vida.
<br />Os visitantes também serão presenteados com a reprodução em PDF, possível de ser impressa, do primeiro livro de Mário Lago – O povo escreve a História nas paredes. Escrito em 1948, reúne poemas políticos que abordam temas como o direito à terra, a defesa dos trabalhadores, a luta em defesa do petróleo brasileiro, entre outros. Ele inclui ainda paródias do próprio Mário para algumas de suas músicas mais famosas, como Amélia.
<br />
<br />O site abrirá uma lista de Amigos do Mário, voltada para a captação de patrocínio pessoal para o projeto. É uma iniciativa inédita em projetos de grande porte. Haverá três modalidades de participação (cotas de 300, 500 ou mil reais), com diferentes contrapartidas.
<br />Acesse o site: www.mariolago.com.br Para o povo do twitter: mariolago100
<br />
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">2: Pedro Caetano 100 anos !</span>
<br />
<br />No ano em que se comemora o centenário de Pedro Caetano, os cantores Marcos Sacramento, Cristina Buarque e Mariana Baltar fazem dois shows em homenagem ao grande compositor nos dias 25/quinta e 26/sexta de agosto, às 19h30m. no Teatro Rival Petrobras. Ingressos a R$ 40,00 (inteira), R$30,00 (para os primeiros 200 compradores) e R$20,00 (estudante, idoso, professor da rede municipal e lista amiga)
<br />Pedro Caetano 100 anos! reúne num mesmo palco esses três grandes cantores, nomes que se destacam no cenário cultural por sua íntima relação com a tradição musical do país, e reconhecem o samba como uma das mais expressivas manifestações da nossa cultura. Para acompanhá-los, os músicos do trio Terno Carioca, Luiz Flávio Alcofra, Pedro Aragão e Lena Verani, se integrarão aos consagrados Josimar Carneiro e Jayme Vignoli, ambos do Água de Moringa, contando ainda com os percussionistas Netinho Albuquerque e Magno, em arranjos primorosos. No repertório, clássicos do autor e outros menos conhecidos. Um espetáculo de MPB de primeiríssima qualidade.
<br />
<br />Pedro Caetano nasceu em Bananal, SP, mas foi no RJ que viveu a maior parte de sua vida, onde seu talento para música floresceu e encontrou ambiente propício para se desenvolver. Foi frequentador assíduo do Café Nice, um dos bares onde germinava a boêmia carioca e se lançavam os fundamentos do que hoje chamamos de MPB, na chamada época de ouro do rádio, nos anos 30 e 40. Lá, conheceu autores que, como ele próprio, se tornariam grandes nomes da nossa música, muitos dos quais seriam seus parceiros em composições inspiradas, que percorrem os vários gêneros musicais.
<br />
<br />Autor de clássicos como É com esse que eu vou, Onde estão os tamborins, Caprichos do Destino, Botões de Laranjeira, teve suas composições gravadas por cantores de sucesso, no passado, e mesmo hoje sua obra é bastante revisitada. A direção musical é de Marcos Sacramento .
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<br /><span style="font-weight:bold;">Notas e agenda:
<br />
<br />1 – Homenagem a Candeia - 76 anos, quarta-feira, 17/08, de 17 às 20h</span>
<br />
<br />A atividade começa com depoimentos sobre a vida e obra do compositor portelense do radialista e produtor cultural Adelzon Alves, dos compositores e parceiros Noca da Portela e Waldir 59, do produtor musical Marcelo Fróes (do selo Discobertas) e com a mediação de Aglaise Silva e Souza.
<br />
<br />Em seguida, exibição do filme “Partido Alto” (1974) de Leon Hirszman. Roda de partido alto e sambas de Candeia com Nina Wirtti (voz) e Rafael Mallmith (violão 7 cordas) e Selma Candeia e o grupo "Roda de Samba do Quilombo de Candeia" formado por Luiz Henrique (violão), Alan Rocha (cavaco e voz),
<br />Márcia Moura (percussão e voz )
<br />Percussão e voz - Silvia Drufieyer (percussão e voz), Peterson (surdo) e as pastoras Wilma Boss e Vânia Araújo.
<br />e lançamento de três CDs do Candeia, reeditados pelo selo Discobertas.
<br />
<br />O evento será na Loja Arlequim, no Paço Imperial, Praça XV – RJ.
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<br /><span style="font-weight:bold;">2 - Mostra Artista de Rua – SESC/RIO e Associação Cultural Boa Praça
<br /></span>
<br />Seguindo a sua programação, a mostra iniciada em julho e que fará até novembro (todos os domingos de manhã), circulação de espetáculos de artistas de rua em 12 comunidades do Rio apresentará no próximo dia 21 de agosto, no Terreirão, comunidade localizada depois do último posto da Praia do Recreio, na Praça da Aquafitness, recebe a Cia Sinequanon com o espetáculo: "Errar é Umano", com dois cientistas que estão a procura do homo perfectus e contam a história da humanidade, através de quadros cômicos e intervenções circenses. Confiram a programação completa no site: www.artistaderua.com
<br />
<br /><span style="font-weight:bold;">3 – As aventuras de Pedro Malazarte no Parque das Ruínas </span>
<br />
<br />Um dos mais tradicionais personagens das culturas populares portuguesa e brasileira Pedro Malasartes, Malazartes, ou das Malasartes é relido pela Cia. Será o Benidito (www.seraobenidito.com.br ). O personagem que segundo Câmara Cascudo " é figura tradicional nos contos populares da Península Ibérica, como exemplo de burlão invencível, astucioso , cínico, inesgotável de expedientes e de enganos, sem escrúpulos e sem remorsos.”, já foi encenado e pensado em diversas linguagens: cordéis, TV (com Renato Aragão), cinema (com Mazzaropi) e até mesmo em ópera, são conhecidas duas com personagem como protagonista: Malazarte de Oscar Lorenzo Fernández e Graça Aranha, e Pedro Malazarte, de Mozart Camargo Guarnieri e Mário de Andrade.
<br />O Malazarte da Cia. Será o Benedito será apresentado nos próximos domingos, 21 e 28 e agosto, às 16h no Parque das Ruínas em Santa Teresa, a bilheteria é espontânea (ou seja passa-se o chapéu).
<br />
<br />4 – As muitas faces de Jorge
<br />Os diversos aspectos da devoção a São Jorge, mostrando quem é Jorge da Capadócia, o que a fé nesse santo guerreiro impulsiona, como se manifesta e é vivida, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, é o tema da exposição que reúne representações de artistas populares de diversas localidades do Brasil que integram os acervos do Museu de Folclore Edison Carneiro e da Biblioteca Amadeu Amaral, do CNFCP, e do acervo pessoal do pesquisador Ricardo Gomes Lima.
<br /> Durante a temporada o filme "Uma festa para Jorge", dirigido por Isabel Joffily e Rita Toledo, produzido para a série Doc. TV, em 2009, é exibido na mostra durante a sua temporada.
<br />A exposição, inaugurada em abril está em suas últimas semanas, seguindo até 28 de agosto de 2011, na Galeria Mestre Vitalino - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - (Museu do Folclore) : Rua do Catete, 179 (metrô Catete), Rio de Janeiro. De terça a sexta-feira, das 11 às 18h e nos sábados, domingos e feriados, das 15 às 18h
<br />
<br />Informações: http://www.cnfcp.gov.br ou Setor de Difusão Cultural
<br />(21) 2285-0441, ramais 204, 205 e 206
<br />Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-76287285769299296792011-08-07T12:06:00.001-07:002011-08-07T12:06:34.642-07:00José Roberto Souza Aguiar escreve sobre o "Dia do Folclore"<span style="font-weight:bold;"></span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Tudo é Cultura<br /><br />José Roberto de Souza Aguiar *</span><br /><br /><br /><br />Nos anos de 1970, enquanto aluno de uma escola pública nesta cidade, cursando o que hoje equivale ao Ensino fundamental, presenciei e participei de festas comemorativas ao DIA DO FOLCLORE, justamente no mês de agosto. Entre as atividades figuravam apresentações de danças típicas – frevo, quadrilhas como exemplos – e representações teatrais de personagens da mitologia brasileira: o curupira, o Saci-Pererê, o Caipora, etc. Eram festas divertidas, que contavam com a presença maciça de pessoas do bairro. <br /><br />Palavra de origem inglesa, o termo folclore era usado pelos grupos imperialistas do século XIX, para minimizar as influências culturais das áreas de interesse comercial das grandes potências capitalistas, que agiram ferozmente sobre diversas áreas na África, na América Latina e na Ásia. Segundo o Dicionário Aurélio, define-se folclore “como o conjunto ou estudo das tradições, conhecimentos ou crenças de um povo, expressas em suas lendas, canções e costumes”. Nos anos de 1970, sob a égide de uma ditadura empresarial-militar, a idéia de diminuir a produção cultural no Brasil, promoveu uma baixa na divulgação dos movimentos populares e culturais do país, que em muitos casos contestavam as organizações políticas na época. A idéia de folclore ganhou ênfase, fato fortalecido pelo isolamento das ações culturais, contribuindo para a desvalorização da diversidade cultural. O Frevo, as quadrilhas juninas, a capoeira entre outras manifestações foram enquadradas como ações folclóricas. <br /><br />Ao fim do processo ditatorial militar, na metade dos anos de 1980, a sociedade brasileira iniciou um processo de revisão de conceitos estruturais, em defesa de uma ordem mais democrática. As mudanças estariam direcionadas nas estruturas políticas e econômicas, e atingiriam em cheio as áreas de educação e cultura no país. No século XXI, na Era da Globalização que proporcionou a ampliação das redes de comunicação, fortalecendo as possibilidades de crescimento no campo de conhecimento e análise dos movimentos culturais difundidos no Brasil e pelo Mundo, constata-se, ainda, a idéia do minimalismo no que abrange a divulgação das diversidades culturais.<br /> As grandes produções e espetáculos vinculados aos interesses comerciais dominam as redes de divulgação, dificultando o exercício e as práticas culturais mais simples. Estas práticas que resistem nas ações de grupos e instituições que defendem a popularização das ações culturais, fortificando a resposta dos povos em luta pela própria dignidade e existência, baseando-se na democratização das afirmações culturais. O termo CULTURA, que se define, segundo o mesmo dicionário como “o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc., transmitidas coletivamente, e típicos de uma sociedade, como também o conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinados campos”. Trata-se de fundamentos concretos e abstratos que instruem a formação de ações comportamentais de uma sociedade, distinguindo-a de outros grupos sociais organizados. <br /><br />Concluo na lógica que há muito caminho a percorrer rumo ao processo de democratização das ações culturais no Brasil. Construir e referendar a idéia que o Brasil se constitui num grande celeiro de manifestações culturais além daqueles divulgados pelos principais meios de comunicação pelo país é a meta. E, consequentemente, não mais ouvir que as manifestações culturais brasileiras ainda são enquadradas no termo de folclore nas escolas. Tudo é cultura. <br /><br />* José Roberto de Souza Aguiar - Professor Rede Municipal (Rio) e Estadual – RJ e Secretário- Geral CPC Aracy de Almeida. Artigo publicado em 28/09/2009 no cpcaracydealmeida.blogspot. <br />Notas:<br />- HOLANDA, Aurélio Buarque de. MINIDICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA (2ª edição).Rio de Janeiro: editora Nova Fronteira, 1988, p.147.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-56561822596800955412011-07-31T15:40:00.000-07:002011-07-31T15:44:07.632-07:00Notícias do CPC - Ano VI – nº. 91 – 01/08/2011<span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"></span>Nesta edição: Comemoração dos 10 anos do CPC * Políticas Culturais: Encontro Nacional de Produção Cultural # Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro * Editais: FURNAS/RJ * Opinião: Roberta Martins escreve sobre o encontro dos Pontos de Cultura e gestores culturais da Região Serrana * Diana Aragão indica: Show em comemoração ao centenário de Pedro Caetano reúne Marcos Sacramento, Cristina Buarque e Mariana Baltar no Teatro Rival Petrobras * Notas e agenda: Funarte reabre o Teatro Dulcina # Eliane Faria todas as quintas no Cariocando # Mostra Artista de Rua # Maria da Conceição Tavares discute a economia brasileira no governo da presidenta Dilma</span> <br />............................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Nesta sexta-feira, 05 de agosto o Projeto Consultoria Cultural do Sindicato de Consultoria/SINTCON irá comemorar os dez anos do CPC</span><br /><br />Na programação um show com o repertório de Aracy, com as cantoras Nina Rosa e Roberta Orlans (acompanhadas pelos músicos Tomaz Miranda, Maurício Massunaga, Marcelo Maciel e Almir Bacana) e ainda homenagens a alguns dos que muitos que contribuíram com a entidade desde a sua fundação em 11 de junho de 2001. Entre os homenageados estão, o Vereador Eliomar Coelho Psol-RJ, Sônia Julianelli Ferreira, viúva do compositor Xangô da Mangueira e Nancy Moreira, viúva do compositor Bucy Moreira. A atividade tem entrada franca e será às 18:30 h na sede do Sintcon na Rua Álvaro Alvim,37/5º. <br /><br />Pede-se que o público leve livros e CDs para serem doados, trocados, “libertados”.<br />.....................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;"><br />Políticas culturais:<br /><br />1 - Encontro Nacional de Produção Cultural – Formação e Caminhos da Profissão </span><br /><br />O curso de Produção Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/IFRJ e o Centro Acadêmico Mário Lago (entidade estudantil) com apoio da Funarte, realizam nos próximos dias 18 e 19 de agosto, encontro para discutir os rumos da profissão e o mercado de trabalho. <br /><br />Será na Sala Funarte Sidney Miller (Palácio Gustavo Capanema, rua da Imprensa, 16 – Térreo ) tem inscrições abertas até a próxima sexta-feira, 05/08. <br /><br />Inscrições e maiores informações no link:<br />http://encontronacionalpc.blogspot.com/<br /><br /><span style="font-weight:bold;">2 - A Comissão Estadual dos Gestores de Cultura /COMCULTURA RJ e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ estão com inscrições abertas para a 10º Edição do Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro: <br /> </span><br />O seminário tem apoio da Fundação Casa de Rui Barbosa – MinC - e da Secretaria de Estado de Cultura RJ, financiamento do Programa Cultura Viva da Secretaria Cidadania e Diversidade Cultural - MinC - com o qual viabilizou-se o Pontão Rede Fluminense de Cultura – Comcultura RJ -, realizadora do seminário. <br /> <br />Entre a aula inaugural em 31 de agosto, 13:30h – UERJ Maracanã (Auditório 13 – Pavilhão Central ) e 30 de novembro, encerramento com entrega de trabalhos, os alunos/participantes verão temas diversos, divididos em cinco módulos. <br /><br />As aulas e palestras acontecerão às quartas-feiras (de 11 às 18h) e serão ministradas pelos professores/palestrantes: Luis Porta, Lia Calabre, Cristina Amélia Carvalho, Flavia Barreto, Marcondes Neto, Marilda Ormy, Flavio Aniceto, Andréa Falcão, Bernardo Machado, Valeria Guimarães, Cascia Frade, Cleise Campos, Guilherme Lemos, Adair Rocha, Ricardo Lima, Rafael Nacif, André Diniz, Leonardo Mesentier, Mariana Várzea, Maria Amélia Curvello, Sonia Cardoso, Ivan Cid Junior, Ricardo Adriano, Marta Fonseca e Márcia Bibiane.<br /> <br />Serão certificados (pela UERJ) os participantes que tiverem no mínimo 75% freqüência e apresentarem trabalho de conclusão de curso. As inscrições vão até o dia 20 de agosto. <br /><br />Mais informações e/ou esclarecimentos: COMCULTURA RJ - Comissão Estadual dos Gestores de Cultura (21)9810-4978 (21)2725-6084 / e-mail: comcultura.rj@gmail.com www.comculturarj.blogspot.com, e/ou Departamento Cultural UERJ - Decult SR3 UERJ (Rua São Francisco Xavier, 524, Bloco F, Sala T-126 /CEP 20550-013 (21)2334-0114).<br />.....................................................................................<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Editais: <br />O Espaço Cultural Eletrobras Furnas, localizado em Botafogo/RJ, recebe até o dia 12 de agosto inscrições de projetos culturais para o ano de 2012.</span> <br />A programação será viabilizada por um investimento de R$ 1,3 milhão em recursos próprios, sem a utilização dos benefícios da Lei Rouanet.<br />Além de exposições de todo tipo de artes visuais, podem ser inscritos projetos de artes cênicas, shows musicais, encontros literários, lançamentos de livros, palestras e outras atividades culturais.<br />O formulário de inscrição está disponível no site www.furnas.com.br e a relação dos projetos selecionados será divulgada até o dia 21 de outubro.<br />.....................................................................................<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Opinião:<br /><br />Culturando na Serra - Uma observação sobre o I Encontro Regional 2011 do Comcultura e da Micro Teia - Fórum de Pontos de Cultura.<br /><br />Por Roberta Martins </span><br /><br />Dizer que a cultura do estado do Rio de Janeiro é rica, diversa e intensa, não é nada original. Virou quase um bordão. Mesmo assim, considero importante fazê-lo, engrossando o coro com aqueles que entoam quase como um mantra, a afirmação de que não apenas a capital deve ser vista como produtora de cultura. Por mais óbvia que possa parecer, ainda hoje, se faz necessária essa consideração, tal a força e referência da produção cultural carioca que irradia não apenas para o conjunto do estado, mas por todo o país.<br /><br />Afirmar a diversidade do que se faz pelos quatro cantos de nosso estado, em minha opinião, exige o conhecimento do que se produz; o reconhecimento da condição de produtores dos mais variados atores sociais, e de que estes são sujeitos da cultura, e compreender a diversidade cultural como a capacidade de expressão de um povo em sua riqueza de formas de expressão - múltipla e difusa – e também na pluralidade de práticas culturais que devem ser protegidas e promovidas, pois constitui o rico patrimônio do estado. <br /><br />Dessa forma, ao reconhecer o estado do Rio de Janeiro em sua complexidade e na variedade de suas faces, consolida-se um posicionamento político mais sensível às suas reais necessidades, que leva o poder público a se abrir para a construção de políticas públicas de acordo com as linguagens, especificidades, signos e significados variados dos fluminenses. <br /><br />Esse foi o espírito que predominou na região serrana do Rio de Janeiro, durante o I Encontro Regional 2011 da Comcultura RJ e da Micro Teia - Fórum de Pontos de Cultura, sob o tema “A Cultura como ferramenta em rede nas políticas culturais da Região Serrana - RJ”, entre os dias 21 e 24 de julho. Reuniram-se durante o encontro gestores públicos de cultura de 15 prefeituras, agentes culturais, 25 Pontos de Cultura, pontinhos de cultura, pontos de leitura, cineclubes mais cultura, representantes do Ministério da Cultura – o representante regional, técnicos do IPHAN e a coordenadora dos pontos de cultura RJ/ES - e da Secretaria Estadual de Cultura. <br /><br />A ideia foi trazer a especificidade da região, vitimada pela catástrofe natural de janeiro, e promover um encontro que proporcionasse a troca entre gestores, agentes culturais e Pontos de Cultura, em torno de propostas de reconstrução e desenvolvimento, através de ações culturais, para as cidades da região, e elaborar políticas culturais através do debate coletivo e articulação de uma grande rede. <br /><br />Levando-se em conta a amplitude de questões colocadas pelos participantes, e a dimensão de complexidade dos debates específicos da região, destaco alguns pontos que foram discutidos e em minha opinião foram os centrais: <br />- A necessidade de criação do que foi chamado de ‘Protocolo da cultura frente a catástrofes’, motivado pela vivência dos agentes culturais e pontos de cultura da situação de calamidade na região do início do ano e que possa servir de referência para a realização dos setores culturais, em situações de calamidade. Trazendo um debate bastante interessante de qual o papel de cultura frente a momentos de exceção pelos quais muitas cidades passam, além da perspectiva da reconstrução física patrimonial, mas que envolvam ações imediatas e que envolvam a importância do simbólico e da perspectiva humana das ações culturais.<br />- Iniciativas de fortalecimento das ações culturais e circulação de artistas na região. Ações concretas nesse sentido já estão em curso por iniciativa do Fórum de Gestores públicos em parceria com o MinC, através da representação regional. Destaca-se nesse sentido, a iniciativa em torno do ‘Projeto Circulares’ em fase de estruturação, e de busca de parcerias para investimento direto na região, como por exemplo, a Casa da Moeda.<br />- Discussão em torno dos pontos de cultura, em que se afirma o caráter de promoção de cultura cidadã e de práticas culturais, e da gestão compartilhada entre sociedade civil e poder público. Desatacada por muitos participantes a defesa dos Pontos de cultura e do ‘Projeto de Lei Cultura Viva’. Foi pontuada a importância da rede de pontos de cultura, em relação à Secretaria de Estado de Cultura, por ser uma rede com muitos pontos na região. Também se destaca a importância do fortalecimento da ‘Rede dos Pontos de Cultura’, numa perspectiva integradora, sem a separação entre pontos de cultura conveniados pelo Governo do Estado ou Ministério da Cultura. Importante ressaltar a importância dos pontos de cultura nos municipais e a relação com os órgãos de cultura das prefeituras, muitas vezes de parceria concreta, de sessão de espaço, parceria financeira etc. <br />- Uma das preocupações apresentadas no encontro foi relativa ao marco legal e institucional da cultura nos municípios. Foi pontuado a necessidade de potencialização por parte do MinC e também da SEC-RJ de ações que fortaleçam as iniciativas municipais de elaboração dos Planos Municipais de Cultura e do Sistema Municipal de Cultura. <br /><br />Outras questões foram discutidas, e ao término foram entregues uma pauta de reivindicações do Fórum dos Pontos de Cultura e uma carta elaborada pelo Fórum dos Gestores Municipais de Cultura, ao representante da Regional do MinC/RJ-ES e a representante da SEC-RJ, em que afirmam a importância e urgência de investimentos públicos na área da cultura para a região serrana.<br /><br />Encerro essa observação retomando o início desse texto, o conceito da diversidade está intimamente relacionado à noção de direitos culturais como parte dos direitos humanos, e em minha opinião associado de maneira estratégica a qualquer projeto de desenvolvimento. Ao realizarmos encontros como esse, partindo do concreto vivido e pensado pelos agentes culturais locais estamos fortalecimento de uma concepção política, que através do reconhecimento e da valorização da diversidade cultural, fortalece a democratização da gestão cultural, a participação da sociedade civil nas decisões políticas e no processo de gestão pública. Na perspectiva de uma avaliação crítica, longe de se constituir em encontro neutro, trouxe em si os conflitos e divergências, próprios das práticas democráticas, e por isso mesmo, consolidou a prática concreta de construção coletiva em busca de soluções para o desenvolvimento tendo a cultura como referência e envolvendo gestores públicos municipais, estadual e do MinC e sociedade civil. A realização do encontro, com financiamento do Programa Cultura Viva-Ministério da Cultura, através do Pontão Rede Fluminense de Cultura – Comcultura RJ, contou com apoio da Secretaria Estadual de Cultura RJ, e ainda, participação do Fórum Estadual Pontos de Cultura RJ e Es.<br />.....................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Diana Aragão indica:<br /><br />Pedro Caetano 100 anos !</span><br /><br />No ano em que se comemora o centenário de Pedro Caetano, os cantores Marcos Sacramento, Cristina Buarque e Mariana Baltar fazem dois shows em homenagem ao grande compositor nos dias 24 e 25 de agosto, às 19h30m. no Teatro Rival Petrobras. Ingressos a R$ 40,00 (inteira), R$30,00 (para os primeiros 200 compradores) e R$20,00 (estudante, idoso, professor da rede municipal e lista amiga)<br />Pedro Caetano 100 anos! reúne num mesmo palco esses três grandes cantores, nomes que se destacam no cenário cultural por sua íntima relação com a tradição musical do país, e reconhecem o samba como uma das mais expressivas manifestações da nossa cultura. Para acompanhá-los, os músicos do trio Terno Carioca, Luiz Flávio Alcofra, Pedro Aragão e Lena Verani, se integrarão aos consagrados Josimar Carneiro e Jayme Vignoli, ambos do Água de Moringa, contando ainda com os percussionistas Netinho Albuquerque e Magno, em arranjos primorosos. No repertório, clássicos do autor e outros menos conhecidos. Um espetáculo de MPB de primeiríssima qualidade.<br /><br />Pedro Caetano nasceu em Bananal, SP, mas foi no RJ que viveu a maior parte de sua vida, onde seu talento para música floresceu e encontrou ambiente propício para se desenvolver. Foi frequentador assíduo do Café Nice, um dos bares onde germinava a boêmia carioca e se lançavam os fundamentos do que hoje chamamos de MPB, na chamada época de ouro do rádio, nos anos 30 e 40. Lá, conheceu autores que, como ele próprio, se tornariam grandes nomes da nossa música, muitos dos quais seriam seus parceiros em composições inspiradas, que percorrem os vários gêneros musicais.<br /><br />Autor de clássicos como É com esse que eu vou, Onde estão os tamborins, Caprichos do Destino, Botões de Laranjeira, teve suas composições gravadas por cantores de sucesso, no passado, e mesmo hoje sua obra é bastante revisitada. A direção musical é de Marcos Sacramento .<br /><br />.....................................................................................<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Notas e agenda:<br />1 - Teatro Dulcina é reaberto</span> <br />Uma das maiores reivindicações da área teatral do Rio de Janeiro será atendida, nesta terça-feira, 02/08 de agosto, às 20h, a Fundação Nacional de Artes/Funarte do Ministério da Cultura, reinaugura o Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro. A solenidade contará com a presença da ministra Ana de Hollanda, do presidente da Funarte, Antonio Grassi, além de artistas e diversos convidados.<br />Na ocasião, as atrizes Bibi Ferreira, Nathália Timberg e Marília Pêra apresentarão Um Brinde à Dulcina!, espetáculo criado especialmente para homenagear Dulcina de Moraes (1908-1996), que trabalhou como atriz, diretora e empresária teatral. <br />Para o público, a programação de reabertura do Dulcina vai do dia 5 de agosto a 9 de setembro e inclui, dentre outros, Bibi in concert IV – 70 anos de histórias e canções; Viver sem tempos mortos, com Fernanda Montenegro; e Uma Flauta Mágica- espetáculo de Peter Brook .<br />Como todos os fatos na área cultural geram polêmica – o que é bom, pois a partir dela crescemos, e negar a divergência é negar a própria origem e “função” da cultura – já lemos na rede Internet alguns produtores e ativistas criticando o caráter de “teatrão” da programação do Dulcina. <br />Discordamos dessa visão, para nós os espaços de cultura podem e devem ser ocupados por todos os artistas, produtores e fazedores de arte. Produções e ou artistas que têm apelo comercial, a maior parte das vezes, não são acessíveis ao grande público, a não ser de forma subsidiada pelo Estado. Lembramos que essa prática, que possibilita o acesso de espetáculos ao grande público não é incomum, se faz por todo país por governos municipais e estaduais e mesmo em outras iniciativas do governo federal. <br />Muito provavelmente um espetáculo com Bibi, ou Fernandona em um teatro comercial não tem ingressos menores que R$50,00 reais e acreditamos que no teatro administrado pela Funarte esse bilhete será bem baratinho ou até gratuito em alguns casos. <br />Mas, esperamos que esse seja um espaço que tenha uma programação que prime pela pluralidade, não apenas com produções de apelo comercial, mas considerando o teatro experimental, produções de grupos, companhias e artistas que primem pela ousadia estética, produções populares e quem mais quiser chegar.<br /><br />De mais, só podemos desejar “M” para o Dulcina!<br /><br />O Teatro Dulcina fica na Rua Alcindo Guanabara, Cinelândia, Rio de Janeiro. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">2 - Eliane Faria no Catete</span><br /><br />A cantora Eliane Faria apresenta todas as quintas-feiras, às 21h, no Bar Cariocando (Rua Silveira Martins, 139 – tel. 2557-3646) seu show “A filha do samba” ( em referência ao seu pai, Paulinho da Viola e aos seus muitos padrinhos como Nelson Sargento e Noca da Portela). <br /><br /><span style="font-weight:bold;">3 - Mostra Artista de Rua </span><br /><br />Conforme já anunciamos a mostra, realizada pela Associação Cultural Boa Praça, Tuiuiú Comunicação e SESC Rio, a mostra iniciada em julho fará até novembro (todos os domingos de manhã), circulação de espetáculos de artistas de rua em 12 comunidades do Rio. <br /><br />Em 07/08, 10h, a programação será na Praça Osmar do Cavaco (área externa ao Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes) com o espetáculo “Charlatões mais sinceros do mundo” da Cia. 2 Banquinhos. <br /><br />Além da qualidade da companhia, esta programação em especial é importante pois a praça – que homenageia o falecido compositor e membro da Velha Guarda da Portela – encontra-se totalmente deteriorada e a Mostra Artista de Rua está fazendo uma parceria com o governo do Estado (que administra através da FUNARJ o teatro) e a prefeitura do Rio para revitalizar estrutural e culturalmente o lugar. <br /><br />Em 14/08, 10h, na Praça Nobel – Andaraí se apresentará o artista Sérgio Sérgio. Confiram a programação completa no site: www.artistaderua.com <br /><br /><span style="font-weight:bold;">4 – Maria da Conceição Tavares</span> <br />Saindo um pouco da nossa área preferencial, mas nem tanto, pois como nós gostamos de defender “tudo é cultural”, convocamos para o debate: <br />A economia brasileira, como vai? com a professora Maria da Conceição Tavares<br />Dia 15/08 (Segunda-feira) – às 18h30 no Sindicato dos Metroviários (Av. Rio Branco, 277 / 4º Andar - Cinelândia).<br />.....................................................................................Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-59710747925833673812011-07-11T06:28:00.000-07:002011-07-11T06:31:20.906-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 90 – 11/07/2011<span style="font-weight:bold;"></span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Nesta edição: Políticas Culturais: RJ e Sistema Nacional de Cultura * Araruama faz mais um encontro sobre Sistema e Plano Municipal de Cultura * Estudos sobre políticas culturais: Fundação Casa de Rui Barbosa e COMCULTURA* Pontos de Cultura: Micro Teia dos Pontos de Cultura da Região Serrana * Opinião: Ana Terra escreve sobre Sistema Criativo da Música Brasileira . * Diana Aragão: dicas sobre shows no Centro de Referência da Música * Notas e agenda: Dia do Jongo será comemorado no Rio de Janeiro * Mostra Artista de Rua apresentará espetáculos em comunidades do Rio de Janeiro * A Teatralidade do Humano em livro * Petrópolis discute “ Empreendedor Individual da Cultura” * ABL recebe Samba de Fato homenageando Noel Rosa * Tania Malheiros comemora 10 anos de carreira * Mostra África Diversa – I Encontro de Cultura Afro-Brasileira no Calouste Gulbenkian </span><br />...........................................................................................................................................<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Políticas culturais:</span><br /><br />1: Rio de Janeiro bem na fita em relação ao Sistema Nacional de Cultura<br />Segundo o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, João Roberto Peixe, o Rio de Janeiro é o quarto Estado com maior percentual de adesões ao Sistema Nacional de Cultura/SNC. Até agora, 18 municípios já aderiram ou estão em processo de adesão ao sistema, o que corresponde a 19,6% das 92 prefeituras fluminenses. Nosso Estado só perde para o Maranhão, com 25,8 %; o Ceará, com 22,3%; e o Pernambuco, com 22,2% dos municípios já incluídos no SNC. Em todo o país, 471 prefeituras aderiram ao sistema, o que corresponde a 8,5% dos municípios brasileiros. Entre os Governos estaduais, apenas cinco já aderiram ao SNC.<br />Neste sentido, precisamos “correr atrás” ainda mais, e o trabalho de entidades como a Comissão Estadual dos Gestores de Cultura - COMCULTURA RJ - é importante, articulando e estimulando a ação nestas cidades fluminenses. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">2: Um bom exemplo é a atuação desta entidade em Araruama</span><br /><br />Nesta terça-feira, dia 12 de Julho, às 19h, no Colégio Cenecista de São Vicente de Paulo, acontece mais uma reunião regional para a elaboração e implementação do Sistema Municipal de Cultura deste município da Região dos Lagos. <br />A mesma é convocada pela Prefeitura Municipal de Araruama - RJ, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com consultoria da professora Cleise Campos, da COMCULTURA, junto com a Equipe da Subsecretaria Municipal de Cultura, liderada pelo professor Ricardo Adriano. Outras informações na Subsecretaria Municipal de Cultura: cultura@araruama.rj.gov.br / araruamacultura@gmail.com, ou diretamente no Teatro Municipal da cidade, na Praça Antonia Raposo s/nº, Centro, Araruama- RJ. <br /><br /><span style="font-weight:bold;"> 3: Estudos sobre políticas culturais</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">3.1- Fundação Casa de Rui Barbosa</span>: O setor de Pesquisa de Política e Culturas Comparadas anuncia os trabalhos selecionados para o II Seminário Internacional de Políticas Culturais que acontecerá nos dias 21 a 23 de setembro de 2011, no auditório da instituição. A FCRB recebeu cerca de 80 inscrições de pesquisadores nacionais e estrangeiros, representando diversos estados do país, além da Argentina, Venezuela e Espanha. A lista de trabalhos selecionados e que serão apresentados encontra-se em: <br />http://www.casaruibarbosa.gov.br/interna.php?page=materia&ID_S=9&NM_Secao=not%C3%ADcias&ID_M=2054 <br /><br /><span style="font-weight:bold;">3.2 – A já citada COMCULTURA, em conjunto com o DeCult SR3 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ estão recebendo inscrições para a Décima Edição do Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro: </span><br /> <br />O seminário tem apoio da Fundação Casa de Rui Barbosa – MinC - e da Secretaria de Estado de Cultura RJ, financiamento do Programa Cultura Viva da Secretaria Cidadania e Diversidade Cultural - MinC - com o qual viabilizou-se o Pontão Rede Fluminense de Cultura – Comcultura RJ -, realizadora do seminário. <br /> <br />Entre a aula inaugural em 31 de agosto, 13:30h – UERJ Maracanã (Auditório 13 – Pavilhão Central ) e 30 de novembro, encerramento com entrega de trabalhos, os alunos/participantes verão temas diversos, divididos em cinco módulos I - Cultura e Política Cultural, II - Gestão Cultural e Transversalidade da Cultura; III – Comunicação, Economia e Financiamento da Cultura; IV – Experiências Municipais, Identidade e Memória; V – Desenvolvimento de trabalho de curso. <br /><br />As aulas e palestras acontecerão às quartas-feiras (de 11 às 18h) e serão ministradas pelos professores/palestrantes: Luis Porta, Lia Calabre, Cristina Amélia Carvalho, Flavia Barreto, Marcondes Neto, Marilda Ormy, Flavio Aniceto, Andréa Falcão, Bernardo Machado, Valeria Guimarães, Cascia Frade, Cleise Campos, Guilherme Lemos, Adair Rocha, Ricardo Lima, Rafael Nacif, André Diniz, Leonardo Mesentier, Mariana Várzea, Maria Amélia Curvello, Sonia Cardoso, Ivan Cid Junior, Ricardo Adriano, Marta Fonseca, Márcia Bibiane, Guilherme Lemos.<br /> <br />Serão emitidos certificados (pela UERJ) para os participantes com 75% freqüência e que apresentarem trabalho de conclusão de curso. As inscrições vão até o dia 20 de agosto. Mais informações e/ou esclarecimentos: COMCULTURA RJ - Comissão Estadual dos Gestores de Cultura (21)9810-4978 (21)2725-6084 / e-mail: comcultura.rj@gmail.com www.comculturarj.blogspot.com - www.comcultura.com.br e/ou Departamento Cultural UERJ - Decult SR3 UERJ<br />Rua São Francisco Xavier, 524, Bloco F, Sala T-126 /CEP 20550-013 (21)2334-0114.<br />.............................................................................................................................................<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Pelos Pontos de Cultura:<br /><br />1 - I Encontro Regional 2011 - COMCULTURA RJ - Micro Teia dos Pontos de Cultura da Região Serrana “A cultura como ferramenta de desenvolvimento: integração em rede nas políticas culturais da Região Serrana- RJ”: </span><br />O Fórum de Pontos de Cultura da Região realizará a Micro Teia da região, nos próximos dias 21, 22, 23 e 24 de Julho, no Colégio Estadual José Martins da Costa - Rua Rodrigues Alves, 368, Centro / São Pedro da Serra – Nova Friburgo. <br /> O encontro que terá a participação da secretária de Estado da Cultura, Adriana Rattes e da secretária de Cidadania Cultural do MinC, Marta Porto, entre outras autoridades e representações, tem concepção e organização do Fórum Pontos de Cultura Região Serrana, COMCULTURA e ainda Associação Centro Cultural Viva - Pontinho de Cultura de Duas Barras, Associação Cine Clube Lumiar - Cine Mais Cultura, Instituto de Imagem e Cidadania - Ponto de Cultura Sobrado Cultural Rural, Oficina Escola Mãos de Luz - Ponto de Cultura Tesouros da Terra – Lumiar, apoio do Prêmio Tuxauá 2009 / Programa Cultura Viva – MinC, Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa do Rio/ALERJ e Secretaria de Estado da Cultura. Mais informações e inscrições: <br /><br />Pontão Rede Fluminense de Cultura – Comcultura RJ ( 21 ) 2725-6084 / 9810-4978<br />www.comculturarj.blogspot.com / comcultura.rj@gmail.com <br /> <br />Ponto de Cultura de Lumiar – Oficina Mãos de Luz ( 22 ) 2452-4199<br />www.asmaosdeluz.com.br<br /> <br />Ponto de Cultura Rural – Instituto de Imagem e Cidadania ( 22 ) 9881-3222<br />www.imagemcidadania.blogspot.com<br /><br />Ponto de Cultura Rural – Instituto de Imagem e Cidadania ( 22 ) 9881-3222<br />www.imagemcidadania.blogspot.com<br /> <br />.........................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Opinião:<br /><br />Sistema Criativo da Música Brasileira . <br /><br />Por Ana Terra</span><br /><br /><br />Criando novos modelos diferenciados de negócios e gestão para a música do Brasil, uma necessidade social. <br /><br />“Mesmo as camadas mais inteligentes dos povos não europeus acostumaram-se a enxergar-se e as suas comunidades como uma infra-humanidade, cujo destino era ocupar uma posição subalterna pelo simples fato de que a sua era inferior à da população européia”. <br />Darcy Ribeiro <br />Quando nos referimos aos países hegemônicos como primeiro mundo, e ao nosso como terceiro mundo estamos apenas reproduzindo a lógica da dominação que, junto com seus espelhinhos, trouxeram conceitos e preconceitos de tal forma introjetados que nem damos conta. <br /><br />Quando nós mesmos, músicos, dizemos que a classe é desunida e desarticulada e por isso está na lamentável situação em que se encontra, estamos apenas reproduzindo esse discurso que poupa os reais responsáveis por essa situação: o poder público que direciona políticas através de editais e verbas privilegiando o poder econômico, e não o mercado de trabalho para o músico e as entidades de classe, que são omissas ou cooptadas. <br /><br />Músicos eram considerados vagabundos, malandros, desocupados. Quando ironicamente passam a ser a alma da festa, entram pela porta dos fundos e comem na cozinha, locais dos trabalhos “subalternos”, desvalorizados em relação aos locais “nobres”. Nas casas com música ao vivo, ainda hoje essa situação se mantém porque são roubados pelos proprietários, que não lhes repassam integralmente o couvert artístico. Assim como trabalham de graça nas feiras e festivais de música, quando todos os outros profissionais são pagos, e o que é pior, com dinheiro público. <br /><br />A baixa auto-estima do artista é fundamental para manter as coisas como estão. E a naturalização dos conceitos também. Como disse o filósofo Antonio Negri: “Todos os elementos de corrupção e exploração nos são impostos pelos regimes de produção linguística e comunicativa: destruí-los com palavras é tão urgente quanto fazê-los com ações.” <br /><br />Tratar a arte como cadeia produtiva é o primeiro conceito a ser questionado. As análises e modelos da economia que são utilizados para as atividades industriais e comerciais, em geral, não são adequados às artes, por tratar-se de outra natureza de mercadoria e função social. <br /><br />A arte da música não é um simples elo de uma cadeia produtiva. A arte da música é a razão de ser de todas as atividades do mundo da música. A obra de arte é um produto que não tem valor utilitário, mas valor simbólico, e o simbólico é um dos ingredientes da fórmula humana. É uma necessidade social. A produção da obra de arte não depende só de treinamento e vontade, mas de talento, vocação e dedicação. Para uma atividade diferenciada o modelo deve ser diferenciado. <br /><br />Esta é uma proposta de modelo para se pensar a atividade musical a partir de sua origem, a criação. Pensando a música como sistema e não como cadeia. <br /><br />Definições <br /><br />MÚSICOS PROFISSIONAIS BRASILEIROS - São compositores, letristas, instrumentistas, arranjadores, regentes e cantores nascidos no Brasil ou naturalizados, que recebem remuneração pelo seu trabalho. <br /><br />SISTEMA CRIATIVO - É criado a partir de um núcleo vital sem o qual ele não existe. Como o sistema solar. <br /><br />NÚCLEO CRIATIVO – É composto pelo músico profissional brasileiro. Sem o compositor não há obra. Sem o intérprete não há comunicação da obra <br /><br />O NÚCLEO CRIATIVO é autopoiese. Poiesis em grego quer dizer poesia, criação, produção. Autopoética= autoprodutor. Todo músico é indiscutivelmente produtor musical porque produz a obra. Esta categoria vem sendo confundida com produtor industrial e comercial, que são de natureza técnica, não personalizada, que o artista pode ou não também ser, caso tenha acesso aos meios de produção e circulação. <br /><br />Todas as atividades da economia da música derivam do NÚCLEO CRIATIVO. Os detentores dos meios de produção e circulação da obra musical organizados como pessoa jurídica, invertem as relações fazendo crer que são “produtores do artista” quando na verdade todo artista é naturalmente autoprodutor. <br /><br />Para aquele que se dedica integralmente à produção da obra de arte na sociedade mercantilista, sua produção precisa tornar-se uma mercadoria para que dela advenha seu sustento. <br /><br />Todo artista é pessoa física e é dessa condição que realiza como autor e/ou intérprete a produção da obra musical. O artista pode contratar profissional ou empresa especializada em indústria e em comércio para obter mais ganhos com o seu produto. <br /><br />O Estado brasileiro privilegia a pessoa jurídica nos encargos sociais, obrigando a pessoa física a tornar-se jurídica. Para essa realidade é necessária a criação de figura jurídica exclusiva para o NÚCLEO CRIATIVO similar ao MEI: microempreendedor individual. <br /><br />Com os avanços tecnológicos, muitas coisas mudaram. Antes, o NÚCLEO CRIATIVO precisava de: editor da obra, gravadora, distribuidor, empresário, produtor, divulgador. Hoje, o compositor pode autorizar a gravação e receber seus direitos autorais diretamente, isto é, sem editar a obra. Os intérpretes podem gravar em estúdio caseiro ou alugar estúdio. A venda do fonograma pode ser direta. Os intérpretes podem ser seus próprios empresários, divulgadores e produtores. <br /><br />O compositor produz a obra. O intérprete instrumentista e/ou vocal produz a comunicação da obra por meio de execução ao vivo e/ou gravação. <br /><br />Uma forma mais justa e orgânica é possível para o mundo da música. Baseados na recente vertente chamada Economia Criativa, estamos criando novos modelos de negócios e gestão a partir da ótica do NÚCLEO CRIATIVO. E com os valores éticos de solidariedade, cooperação e justiça vamos construindo um novo mundo possível, a CASA do MÚSICO. <br /><br />Publicado originalmente em: http://www.viapolitica.com.br/noticia_view.php?id_noticia=433#<br /><br />Ana Terra é compositora e escritora. <br />contato: anaterra01@gmail.com Blog: http://anaterra01.blogspot.com/ e http://casadomusicorj.blogspot.com/ <br />.........................................................................................................................................<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Diana Aragão indica:</span><br /><br />O Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola localizado na Tijuca realiza em julho diversos shows de MPB como os dois listados abaixo:<br />Dia 14, quinta-feira às 17h<br />Show “Mestres do samba” com Eduardo Canto<br />Depois do sucesso do show em homenagem a Lupicínio Rodrigues, Eduardo Canto lança “Samba de mestre” que nos remete ao Rio antigo, às suas histórias de malandragem e às noites apaixonantes embaladas pelas poesias musicadas de compositores da época de ouro do rádio.<br />Dias 15 e 16, sexta-feira às 19:30h; e sábado às 19h<br />Show “Noite sem fim” com Mário Noya<br />Não diferente de muitos profissionais da música no Brasil, a escola deste mineiro foi mesmo a noite. Filho de um violonista o talento musical e poético de Mário Noya já se manifestava desde sua infância. Iniciou sua carreira tocando em bares, festas e eventos musicais em diversas casas noturnas de Belo Horizonte e cidades vizinhas.<br />No inicio dos anos 90 uniu-se a outros músicos e formou a banda “Brilho de Beleza”, com um estilo dançante. Teve até então seu melhor desempenho, fazendo uma música pop com elementos do samba reggae. Por muito tempo manteve shows semanais no tradicional bairro de Santa Teresa-BH com média de duas mil pessoas em pleno domingo. Mário Noya lança agora o novo CD “Noite Sem Fim”, que foi gravado no período de março a abril de 2010 no Rio de Janeiro. O álbum que tem dez músicas próprias (algumas em parceria como “Beijo Roubado”, assinada também pelos compositores potiguares Romildo Soares e Geraldo Carvalho), foi produzido por J Souza e arranjado por Guto Wirtti e Henrique Band. <br /><br />O Centro fica na: Rua Conde de Bonfim, 824 - Tijuca<br />Informações: 3238-3831<br />Ingresso: R$ 16,00 (Inteira) R$ 8,00 (meia)<br />........................................................................................................................................<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Notas e agenda:</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">1: O Dia do Jongo</span> será comemorado no Rio de Janeiro com uma audiência pública no Palácio Gustavo Capanema, no próximo dia 26 de julho. O evento é promovido pela Comissão de Cultura e Educação da Assembléia Legislativa/ALERJ, em parceria com o Ministério da Cultura. A data foi escolhida por ser dia da orixá Nanã, padroeira desta importante manifestação cultural africana. Desde 2005, a manifestação é considerada patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).<br />Durante a audiência, grupos de todo o Estado vão discutir os problemas que cada comunidade jongueira e Tia Maria do Jongo, de 90 anos, representante do tradicional jongo da Serrinha, no bairro de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, receberá a medalha Tiradentes, concedida pela ALERJ.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">2: Mostra Artista de Rua apresentará espetáculos em comunidades do Rio de Janeiro:</span><br /><br />Realizada pela Associação Cultural Boa Praça, Tuiuiú Comunicação e SESC Rio, a mostra iniciada no último domingo, 10/07, até novembro fará todos os domingos de manhã, circulação de espetáculos de artistas de rua em 12 comunidades do Rio. Serão apresentações de teatro, circo, bonecos, artes plásticas e música, entre as quais se apresentarão a Cia Será o Benedito?!, o Coletivo Nopok em locais como Curicica, Marechal Hermes, Morro do Salgueiro, Vargem Grande, Chácara do Céu, entre outros. O produtor cultural e cientista social, Flavio Aniceto participará da ação, realizando uma pesquisa de campo, observando a reação das comunidades, características culturais das mesmas, etc. Ao final de todo o processo, será realizado um seminário, coordenado pelo mesmo. Confira a programação no site: www.sescrio.org.br e www.artistaderua.com <br /><br /><span style="font-weight:bold;">3: A atriz, jornalista e produtora Ana Lúcia Pardo convida para o lançamento do livro "A Teatralidade do Humano"</span>, resultado do ciclo organizado pela mesma e que reúne nomes diversos da cultura brasileira e internacional, será nesta terça, 12/07, às 19h30, no OI Futuro Flamengo: Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo – RJ (distribuição de senhas, 30 minutos antes). O evento contará com a participação especial da atriz Bibi Ferreira.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">4: No mesmo dia 12/07, a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis juntamente com o Conselho Municipal de Cultura e o Escritório do SEBRAE Petrópolis, realiza a palestra “Empreendedor Individual da Cultura”com o Consultor Cláudio Bastos.</span> Esse programa tem por finalidade informar ao agente da cultura (artista, produtor, prestador de serviços para os segmentos das artes, etc. ) como se tornar um empresário individual da cultura. Será no Teatro Afonso Arinos – Centro de Cultura Raul de Leoni. <br /><span style="font-weight:bold;"><br /><br />5: Na quarta-feira, 13/07, MPB na ABL, da Academia Brasileira de Letras faz uma homenagem a Noel Rosa, com o espetáculo: “Feitio de Oração” do Grupo Samba de Fato</span>, formado pelos talentosos Alfredo Del-Penho, Pedro Amorim, Pedro Miranda e Paulino Dias. Será às 12h30min, no Teatro R. Magalhães Jr./ABL, na Avenida Presidente Wilson 203 – Castelo, entrada franca, mais informações : www.academia.org.br/ ou tel.: 3974-2500. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">6: Já na sexta-feira, 15/07, a cantora e membro do CPC, Tania Malheiros, irá comemorar dez anos de carreira</span>, interpretando o repertório de seu primeiro CD, “Deixa eu me benzer”. Mas não faltarão sambas que marcaram a sua trajetória como “O Samba é meu Dom”, de Paulo César Pinheiro e Wilson das Neves; “Morrendo de Saudade”, de Wilson Moreira e Nei Lopes, “Nasci pra sonhar e cantar”, de Dona Ivone Lara, entre outros. <br /><br />Tânia nos declarou que está muito feliz, em um momento especial, pois nesta comemoração dos 10 anos de carreira, lança seu primeiro CD, com arranjos de Gilson Peranzzetta. O show-festa será às 21h, no Bar Cariocando: Rua Silveira Martins, 139 – Catete. Tel.: 2557-3646 - Censura 14 anos. Entrada: R$ 16,00 - Estacionamento ao lado. Todos lá e parabéns para a nossa querida amiga! Mais informações: www.taniamalheiros.com.br<br /><br /><span style="font-weight:bold;">7: De 17 a 22/07, o Centro Municipal de Artes Calouste Gulbenkian apresenta a mostra África Diversa – I Encontro de Cultura Afro-Brasileira</span>, que reunirá nomes como Naná Vasconcellos/PE, Guarda de Moçambique de Nossa Senhora das Mercês/MG, Nei Lopes/RJ, Guarda de Congo de Nossa Senhora do Rosário/MG, Jongo da Serrinha/RJ, Jongo do Pinheiral/RJ, Museu Afro - Brasil/SP, Mostra do Filme Etnográfico/RJ, Emanuel Araújo/BA, Cineclube Atlântico Negro/RJ, François Moise Bamba /Burkina Faso, Haroldo Costa/RJ, Raiz de Polon/Cabo Verde, Mostra ETNODOC/RJ, Alberto da Costa e Silva/RJ, e muitos outros. A programação, que tem entrada franca, pode ser conferida em www.africadiversa.com.br . <br />.............................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog, produzido pelo CPC Aracy de Almeida, pode ser reproduzido, desde que citada a fonte.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-18126361640928997772011-06-26T09:06:00.000-07:002011-06-26T09:09:23.164-07:00Notícias do CPC Aracy, 27/06/2011<span style="font-weight:bold;">Boletim CPC - Ano VI – nº. 89 – 27/06/2011<br /><br />Nesta edição: Homenagem ao professor e Babalorixá José Flávio * Políticas Culturais: Informes sobre a audiência pública dos Sistemas Nacional e Estadual de Cultura* Pontos de Cultura: Audiência na ALERJ, acervos da Funarte e debates do P.C Palco Escola * Opinião: Flavio Aniceto escreve sobre “Ordem pública X artistas de rua e livre acesso à cultura” * Diana Aragão: 1º Festival de Música Ecológica de Niterói e lançamento do CD do cantor Mihay * Notas e agenda: Exposição sobre Aracy tem a sua última semana em Niterói * Monocultura da “baianidade” isolou a Bahia, link para uma instigante entrevista de Albino Rubim, secretário de Cultura da Bahia * Patápio Silva em filme * TV ZO<br />.............................................................................................................................................<br /><br />Homenagem:</span><span style="font-weight:bold;"> na próxima quinta-feira, 30/06, será realizada um culto ecumênico pela passagem dos 30 dias de falecimento do Professor e Babalorixá José Flávio Pessoa de Barros. A mesma será na Capela Ecumênica da UERJ, às 9h.</span> Aproveitamos para mandar um abraço a todos os seus familiares carnais e religiosos, alunos, amigos e companheiros. Que este grande mestre e filho de Oxalá fique na paz do Orun. <br />...........................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Políticas culturais:<br />No Rio de Janeiro:<br />1: Audiência Pública sobre Sistemas de Cultura:</span> <br /><br />Foi muito representativa a audiência, presidida pelo Deputado Estadual Robson Leite PT/RJ, na última segunda-feira, 20/06, com a presença da Secretária de Estado da Cultura Adriana Rattes, do Chefe da Representação Regional MinC RJ/ES André Diniz, do Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, João Roberto Peixe e da Assessora Especial do MinC, Morgana Eneile.<br /><br />Em um plenário cheio, representantes de 50 municípios, pontos de cultura e de muitas entidades civis como Sindicato dos Artistas, Encontrarte, COMCULTURA, Associação dos Servidores da FUNARJ, Associação Brasileira de Museologia, entre outras, ouviram a explanação do secretário Peixe sobre o Sistema Nacional e o compromisso de Adriana Rattes com o Sistema Estadual, esta apresentou um cronograma de ações – finalizando em maio/2012 - com a apresentação da nova Lei Estadual de Cultura (que englobará Plano, Sistema e mudanças no Conselho Estadual de Cultura).<br /><br />Já a Secretaria Municipal de Cultura do Rio - capital, representada pela subsecretaria Rita Sá Marques Pereira disse genericamente que o município apoiava as ações em curso sobre o Sistema e que o Conselho Municipal de Cultura seria retomado (o conselho é provisório e inativo desde 2009, época de Jandira Feghali como secretária, hoje a mesma é deputada e presidente da Frente Parlamentar de Cultura na Câmara dos Deputados).<br /><br />Algumas delegações como a da Região Serrana foram muito fortes, Silvio, de Cachoeiras de Macacu falou pelo grupo, assim como a da Baixada Fluminense, tendo Augusto Vargas, de Nilópolis se pronunciado pelos mesmos. <br /><br />O presidente da Comissão de Cultura da ALERJ, Deputado Robson Leite encaminhou no final da audiência a criação de um grupo de trabalho para o acompanhamento da implementação dos Sistemas Estadual e Municipais de Cultura e que fará audiências nas oito regiões do Estado do RJ. .............................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">2 – segunda mesa do Seminário sobre artes cênicas nas ruas </span><br />O Projeto Boa Praça ( http://www.boapraca.art.br/), conforme anunciamos na edição anterior, fará nesta segunda, 27/06 a segunda mesa de seu seminário, o tema será Economias criativas no espaço público e Linguagem artística de rua - Exemplos e experimentações – composta por Jussara Trindade, pesquisadora do Teatro de Rua e professora da Uni Rio e Marcos Silveira, ator e diretor do grupo Manjericão / RS, e acontecerá na sala do NEPA - Núcleo de Estudos das Performances Afro-ameríndias , da UNI RIO - Av. Pasteur, 296 , Urca<br />(entre os prédios de Teatro e Música). .............................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Pelos Pontos de Cultura:<br />1 – Audiência na ALERJ:</span><br />O já citado Deputado Robson Leite promove nesta segunda, 14h, na Assembléia Legislativa uma audiência para discutir a continuidade e avanços no Programa Cultura Viva em nosso estado. <br /><span style="font-weight:bold;">2 – Os Pontos de Cultura podem se cadastrar para receber publicações da FUNARTE,</span> mais informações acessem: http://www.funarte.gov.br/funarte/funarte-cidadania/ .<br /><span style="font-weight:bold;">3 – O Ponto de Cultura Palco Escola convida para duas palestras:</span> <br />O Ponto de Cultura Palco Escola objetiva preencher a lacuna do mercado formal de trabalho de técnicos do fazer artístico. Através do ensino e da prática de categorias das Artes Cenográficas, resgata as técnicas teatrais de cenotecnia, promove a pesquisa e experimentação de novas técnicas para teatro, circo, cinema, televisão, shows, exposições de arte. A perspectiva é contribuir para a formação de mão de obra qualificada da qual o mercado se ressente.<br /><br />Cenotecnia, a solução técnica da Cenografia com José Dias, Diretor de Arte, Cenógrafo, Mestre, Doutor e Professor da UNIRIO e UFRJ, em 11/07, às 10h<br /><br />Diálogos do Figurino com o Espaço Cenográfico Ronald Teixeira, Cenógrafo, Figurinista e Professor da UFRJ, em 18/07, às 10h<br /><br />As inscrições são gratuitas, pelo tel. 2233-0670, e acontecerão no próprio Ponto na Av. Venezuela, 238, Gamboa, perto do Hospital dos Servidores e Av. Barão de Teffé. Mais informações no blog: http://pcpalcoescola.blogspot.com<br /><br />.........................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Opinião:<br />Cidades, ordem pública e livre acesso à cultura <br /><br />Por Flavio Aniceto*</span><br /><br /><br />“Eu sou a rua e esta autoridade ninguém me negará” <br />Orestes Barbosa in: Samba <br /><br />Em diversas cidades brasileiras temos visto ações de ordem pública, algumas espetaculosas, mas não efetivas. Em todo caso, são necessárias, e acreditamos que a população em princípio as enxerga positivamente: afinal quem não quer calçadas livres de vendedores ambulantes, estacionamentos irregulares, lojas e bares que estendem suas mercadorias e mesas até o meio-fio, sem falar nos problemas sociais ligados à população de rua?<br /><br />Como o tema deste pequeno artigo não é a questão urbana no geral, mas o viés da cultura, vamos ao fatos, dentro destas ações, assistimos um outro choque, este cultural: a repressão pura e simples ou as vezes velada aos artistas de rua. No Rio de Janeiro por exemplo, são muitos e diversos: desde os solitários (mímicos, cômicos, circenses, músicos solistas, etc.), até grupos que estética e politicamente escolhem a rua como palco (artistas cênicos, coletivos poéticos, a chamada “cultura de rua” em torno do hip-hop e muitos outros). <br /><br />Na perspectiva de garantir a sobrevivência legal do trabalho destes, acreditamos que os mesmos deveriam agir em duas frentes: a busca da legitimidade – junto ao público, seja nas comunidades ou nos centros urbanos – o que é desafiador e complexo, dado que o público é irregular, passante, “infiel” – e a legalidade - amparando-se na legislação em vigor, mas também propondo alternativas e inserindo-se no processo de formulação de políticas públicas para a cultura. <br /><br />A busca da legitimidade na ação nas ruas, espaços públicos, alternativos e comunidades<br /><br />Grupos como o Projeto Boa Praça ( www.boapraca.art.br), para além da preocupação com o repertório, devem procurar ser também politicamente diferenciadores, fugindo de uma atuação nos moldes dos anos 60, a velha ideia de “levar cultura a...”. Ao contrário, como grupos contemporâneos e alternativos, devem se inserir no contexto atual de “fazer junto com”, incentivando a procura e construção da cidadania cultural. <br /><br />A ação do Boa Praça, neste sentido é exemplar, uma vez que mesmo tendo a rua como palco, realiza uma ocupação cultural de um mesmo espaço ao longo do ano, fidelizando o público, mas também ativando culturalmente o mesmo. Na Tijuca a ação na praça vizinha ao Teatro Ziembinski teve importância cultural e também como provocador de serviços urbanos, melhorando a iluminação, a ambiência e a circulação no local e gerando um outro projeto com novos grupos, o Zimba na Praça. Na Quinta da Boa Vista, também foram estimuladas – após a passagem do projeto – a apresentação de outros artistas e grupos culturais. <br /><br />É preciso inserir o público como agente cultural, não sendo só passivo e abrindo a possibilidade de que sendo também um criador, este defenda o processo legítimo da rua como palco e espaço cultural, diferenciando-se ainda de outras ações-alvo da ideia de limpeza urbana que está presente em diversas cidades - e reafirmamos acreditar - com apoio da população, até por serem justas em determinados casos/contextos. <br /><br />O sujeito não pode ser um mero espectador, ao contrário a ação cultural em seu local – de moradia ou circulação, quando o palco são as praças e os logradouros nas periferias do centro da cidades, e nas áreas centrais dos distritos e bairros – objetiva dotar este morador/público/agente das mesmas experiências existentes nas áreas privilegiadas. Como fazer isto? As soluções podem ser apresentadas pelos próprios grupos, aqui apenas pontuamos algumas provocações. <br /><br />Marta Porto, atual titular da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, na mesma linha que apresentamos acima, afirma que existe uma distinção entre os movimentos culturais dos anos 60 – CPC da UNE, outros – e os dos anos 90 – periferias, grupos emergentes juvenis, etc., quanto ao protagonismo da população periférica ou não-artista profissional – antes tida como mera receptora. Mas, chama a atenção que a absorção das práticas da periferia não pode correr o risco de promover novas desigualdades nos seios destas comunidades, se for se priorizar só os protagonistas destas ações, novos emergentes sociais e culturais e não toda a comunidade . Este é um que fato observamos em diversos grupos culturais hegemônicos nas comunidades e bairros periféricos do Rio e Grande Rio. <br /><br />A estratégia de legitimação é política, assim como a esfera legal, que apresentaremos em seguida. Mas antes fazemos um pequeno comentário sobre as políticas urbanas atuais, tomando como base Lilian Fessler Vaz . <br /><br />Vimos nos anos 80/90 a mercantilização e a espetacularização das cidades e das culturas (capitais européias da cultura, grandes festivais e exposições circulando nas cidades mundo afora, etc.). Neste “Planejamento culturalizado”, os projetos menos ambiciosos são descartados, ao passo que os mais espetaculares são priorizados (alguma semelhança com o que vimos no Rio de Janeiro?). Infelizmente é um modelo que atinge administradores de todas as posições políticas – mesmo as gestões progressistas e de esquerda encantam-se com esta lógica, de olho nos benefícios que podem ser gerados para os seus munícipes. <br /><br />Neste contexto, aparecem ainda a “shoppinzação” e “disneyficação” (em alusão aos empreendimentos culturais do grupo Walt Disney) das cidades, além de uma estetização dos espaços públicos, e para isto, são necessárias as chamadas operações de “limpeza”. Conseqüentemente pode ocorrer uma expulsão – mesmo involuntária ou não formal - da população moradora devido a valorização destes espaços (seriam estes os casos da Lapa e “antigo” Rio Antigo?), pois os velhos moradores não conseguem se sustentar, sobreviver e consumir neste novo contexto. Para comprovar isto bastaríamos olhar os preços de alimentação e imóveis no Rio Antigo e entorno. Criam-se novos guetos e mais desigualdade. <br /><br />Nestas políticas as cidades são vendidas como imagem – produtos turísticos – esvaziando-se as culturas locais, privilegiando-se o “exterior”. Só parte da cidade vale, a lucrativa, o resto não. Podemos observar os mapas municipais como mapas da exclusão cultural sem susto. Mesmo sabendo que a cultura é produzida em toda a cidade, só uma perspectiva é considerada. <br /><br />É a negação do acesso à cultura. Quanto maior for a espetacularização da cidade, menor é a participação da sociedade, população e culturas ditas populares. Na cidade-espetáculo o cidadão é um figurante. E é este quadro que acreditamos ser necessário mudar, as ações-guerrilheiras de grupos como o Boa Praça, Tá na Rua, Teatro do Oprimido – só para citar alguns, são alternativas para uma outra culturalização das cidades, desta vez pelo viés democrático. A Participação da população – e colocamos estes artistas de rua neste rol - é um antídoto à sociedade do espetáculo na conhecida formulação de Guy Debord. <br /><br />Finalmente chegamos a ideia da Legalidade, buscando formas de instrumentalizar os artistas para a sua lida diária, não ficando reféns dos administradores gerais ou locais, guarda- municipais, policiais, donos informais do pedaço como traficantes de drogas e milicianos, pastores evangélicos, etc. <br /><br />No nível federal, merece destaque o PL 1096/2011 de autoria do Deputado Vicente Cândido PT/SP, em tramitação e que regulamenta as manifestações culturais de rua, ancorado-se na Constituição Federal, em seus artigos 5º (liberdade de associação, expressão, artística, científica, comunicação, etc.), 215º (direitos culturais, acesso às fontes culturais, difusão e Plano Nacional de Cultura) e 216º (dos patrimônios culturais do Brasil).<br />E no Plano Nacional de Cultura, acreditamos que os grupos devem tentar incidir no momento que ora se inicia, a fase de definição das metas. Observamos que no Capítulo III que trata do Acesso à Cultura, anteriormente estava explícito no item 2.14 deste “Fomentar os circuitos artísticos e culturais de rua, com destaque para o teatro e a dança”, já no texto final, aprovado no Congresso Nacional e sancionado pelo então presidente Lula – salvo engano – não vimos esta citação. Não só por este fato os artistas e grupos de rua devem participar da elaboração dos planos setoriais de cultura, especialmente em Artes Cênicas: Teatro, Circo e Dança e Música. <br />Nos níveis estaduais e municipais, é necessário buscar legislações similares ao PL 1096/2011, no município do Rio tramita o PL 931/2011 (Vereador Reimont PT/RJ) que “Dispõe sobre a apresentação de artistas de rua nos logradouros públicos...” e retomamos a recomendação de participação nos Planos Municipais de Cultura. É preciso não restringir a participação ao nível das políticas culturais, ampliando o raio para os Planos Diretores Municipais, assim como estudar a necessidade de mudanças nos Códigos de Posturas Municipais e em outras legislações urbanísticas específicas e pertinentes, mas evidentemente não como ato isolado dos artistas e grupos de rua, mas em conjunto com outros segmentos culturais.<br /> <br />“Eu amo a rua. Este sentimento de natureza todo íntima não seria vos revelado por mim, se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é compartilhado por vós” <br />João do Rio in: “A alma encantadora das ruas” <br /><br />*Flavio Aniceto é produtor cultural e cientista social flavioaniceto@gmail.com ............................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Dicas da Diana Aragão:<br />1: 1º Festival de Música Ecológica de Niterói</span> <br /> <br />Já estão abertas as inscrições para Festival, que acontecerá no dia 13 de agosto no Centro Cultural Abrigo de Bondes, às 18 horas com entrada gratuita. O evento conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação / FME - Núcleo de Educação Ambiental – NEA, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Neltur, Fundação de Arte de Niterói – FAN e do Centro Cultural Abrigo de Bondes.<br /><br />Os interessados deverão fazer as suas inscrições até o dia 10 de julho de 2011. Haverá premiação para os três primeiros colocados, melhor letra e melhor intérprete. Mais Informações pelo telefone (21) 94903750 ou pelo site www.crmusicaemfoco.blogspot.com.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">2: Mihay lançando o CD “Respiramundo”</span><br /><br />O cantor e compositor Mihay fará nesta quinta, 30/07, no Teatro Ipanema (Rua Prudente de Moraes, 824 Ipanema – Tel. 2523 9794) o lançamento de seu CD, segundo ele "Respiramundo é o meu desejo de absorver o mundo e entender suas diferenças. Cresci ouvindo Doces Bárbaros, Novos Baianos, Tom Zé, Milton Nascimento, Luis Melodia e todos os grandes mestres que desfilavam na vitrola dos meus pais. Lá em casa se ouvia MPB dia e noite. E isso, naquele tempo que o Benjor ainda era Ben. Mas hoje em dia não consigo fechar meus ouvidos pro resto do mundo. Minha música tem um pouco de Lenine, Céu, Vitor Ramil… mas também tem Susheela Raman, Manu Chao, Bob Marley e tudo que me toca, independentemente de suas raízes. Também busco inspiração no cheiro de mar, numa conversa com um amigo, num quadro, num beijo, numa lágrima, num vento que bate mais forte, numa cena de um bom filme, no barulho da chuva… Acho que isso é respirar o mundo, é estar atento ao "agora" e não deixar a vida passar sem perceber a sua beleza." <br />.........................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Notas e agenda:<br />1 - Exposição sobre Aracy em sua última semana:</span><br />Nesta quinta-feira, 30/06, é o último dia para conferir a exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A Realidade do Samba”, é composta por fotos da artista em diversos momentos de sua carreira, cedidas pelo Jornal Tribuna da Imprensa, além de capas de discos, revistas, livros, publicações com entrevistas e matérias sobre Aracy, e um painel com frases da cantora. A mostra foi um sucesso de público, deixando a direção do espaço muito satisfeita. <br />Visitação: até 30 de junho – gratuita - Horário: de terça a sexta-feira, das 11h às 17h; sábados, das 12 às 16 horas<br />Local: Espaço Antônio Callado - Centro Cultural Abrigo de Bondes- Rua Marquês do Paraná, 100, Centro – Niterói – Tel. : 2620-8169<br />...........................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">2: "Monocultura da baianidade isolou a Bahia"Por Albino Rubim</span><br />O discurso da "baianidade auto-suficiente", aprofundado nos governos sob a liderança política de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), é apontado pelo novo secretário estadual da Cultura da Bahia, Albino Rubim, como um dos fatores do declínio da força cultural da terra de Gregório de Mattos e Jorge Amado. A entrevista completa em: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5192146-EI6581,00.html .............................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">3: Patápio, o filme</span><br />Foi lançado no último dia 11, o curta-metragem Patápio, de Alexandre Palma, sobre o flautista Patápio Silva. O lançamento foi no Largo Mãe do Bispo, do Instituto Cravo Albin (http://institutocravoalbin.com.br/). Mais informaçoes sobre o curta, contatos com autor e agenda de lançamentos em: http://patapiodoc.blogspot.com/ . <br />.............................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">4: Zona Oeste do Rio na TV:</span><br />Segue o link para um importante trabalho de divulgação dos artistas da Zona Oeste, clicando em http://www.tvzonaoeste.com.br/index.php/ poderão conferir vídeos e biografia de artistas da região como Zeca do Trombone, Áurea Martins, Nilze Carvalho, Marko Andrade, Maria Zenaide e muitos outros. Boa iniciativa!Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-31404103853588092992011-06-12T09:55:00.000-07:002011-06-12T09:57:41.692-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 88 – 13/06/2011<span style="font-weight:bold;">Nota: no último sábado, 11 de junho, o CPC completou dez anos de fundação, além da exposição em Niterói sobre Araca, em breve divulgaremos a data da comemoração oficial. Parabéns para todos que participaram deste processo.<span style="font-weight:bold;"></span></span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Nesta edição: Políticas Culturais: Seminário no Rio discute a arte nas ruas * Ministério da Cultura/MinC comanda ações na Região Serrana * ALERJ discute os Sistemas de Cultura * Plano Nacional de Cultura – metas em debate * Cultura na pauta da Câmara dos Deputados * Editais: Sala Funarte Sidney Miller/RJ * Opinião: Flavio Aniceto escreve sobre o samba, sua política e seus discursos na Revista Rapa Dura * Diana Aragão: escreve sobre o livro de Lucinha Araújo sobre o seu filho Cazuza * Notas e agenda: Exposição sobre Aracy segue em Niterói * Seminário do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-cultural do Estado do Rio de Janeiro * </span><br />.............................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Políticas culturais:<br />No Rio de Janeiro:</span><br />1 – Seminário discute artes cênicas nas ruas <br />O Projeto Boa Praça ( http://www.boapraca.art.br/), cuja missão é fomentar as atividades artísticas de rua através da promoção e ocupação de espaços públicos, praças, jardins e logradouros com atividades culturais, está realizando neste mês um seminário para discutir políticas culturais para a sua área de atuação. <br />Serão duas mesas: <br />Arquitetura da Cidade - Espaços públicos para fruição artística e Ordem Pública e livre acesso da cultura: 13 de junho, 19h <br />Esta mesa objetiva discutir quais as condições ideais para a fruição cultural em espaços públicos, de modo a publicar um roteiro de praças ideais para a sua realização na cidade do Rio e apresentar quais os resultados que a ordem pública causou enquanto organização da cidade e ao mesmo tempo apresentar os passos para que os grupos possam se apresentar. É também uma oportunidade para tirar dúvidas e ao mesmo tempo, colocar em questão o que a Constituição Brasileira propõe e colocar um debate, afim de que possa se encontrar uma maior flexibilização para a prática artística em locais públicos. Comporão a mesa Marcos Teixeira Campos, coordenador de Circo do Centro de Artes Cênicas da Funarte e Flavio Aniceto, produtor cultural e cientista social. <br />Economias criativas no espaço público e Linguagem artística de rua - Exemplos e experimentações: 27 de junho, 19h<br />Esta mesa discutirá a definição de Economia Criativa, sua relação com as artes cênicas e apresentar o Boa Praça, como um projeto auto-sustentável nesta área, que se faz nos espaços públicos e, além disso, discutir qual a linguagem e a estética da rua, contando um pouco das experimentações e o trabalho dos grupos. Comporão a mesa Jussara Trindade, pesquisadora do Teatro de Rua e professora da Uni Rio e Marcos Silveira, ator e diretor do grupo Manjericão / RS.<br />As duas mesas acontecerão na sala do NEPA - Núcleo de Estudos das Performances Afro-ameríndias , da UNI RIO - Av. Pasteur, 296 , Urca<br />(entre os prédios de Teatro e Música). <br /><br />2 - Ministério da Cultura/MinC comanda ações na Região Serrana: <br /><br />Aconteceu na última sexta-feira, em Nova Friburgo reunião convocada pela Representação Regional MinC RJ/ES, com gestores municipais e ativistas culturais da região. <br /><br />A grande novidade foi a convocatória que a Casa da Moeda do Brasil e o próprio MinC estão fazendo para instituições culturais a apresentarem projetos para serem realizados na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro.<br /><br />O objetivo é a seleção de projetos que venham estimular a recuperação de ações culturais, com o fortalecimento das redes culturais existentes nos municípios da região , especialmente aqueles afetados pelas catástrofes das chuvas de janeiro de 2011, destinando-se portanto, às instituições culturais sediadas nos municípios que foram declarados em Estado de Calamidade Pública, a saber: Areal; Bom Jardim; Nova Friburgo; Petrópolis; São José do Vale do Rio Preto; Sumidouro; e Teresópolis.<br /><br />Em breve divulgaremos mais informações a respeito desta ações. <br /><br />3 - Audiência Pública sobre Sistemas de Cultura: <br /><br />A Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro – ALERJ, presidida pelo deputado estadual Robson Leite PT/RJ, está promovendo uma Audiência Pública sobre os Sistemas Nacional, Estadual e Municipais de Cultura, no dia 20 de junho, às 15h, no Plenário da ALERJ.<br /><br />Já estão confirmadas as presenças da Secretária de Estado da Cultura Adriana Rattes, do Chefe da Representação Regional MinC RJ/ES André Diniz, do Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, João Roberto Peixe e de muitos secretários municipais de cultura de todo o Estado do Rio.<br /> <br />Todos lá, rumo a implementação de políticas de Estado para a Cultura. <br />.............................................................................................................................................<br /><br />Em Brasília: <br /><br />1 - O Conselho Nacional de Política Cultural - CNPC aprovou a metodologia para a construção de metas do Plano Nacional de Cultura – PNC:<br />O CNPC discutiu o assunto em sua 14ª Reunião Ordinária, ocorrida na semana passada, em sessão aberta pelo secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (SAI/MinC), João Roberto Peixe, que também é o secretário-geral do Conselho. <br />O CNPC é um órgão colegiado que faz parte da estrutura básica do MinC, composto por 58 titulares, e que entre suas atribuições estão o acompanhamento e a fiscalização da execução do PNC, instituído pela Lei nº 12.343/2010. O Plano estabelece os princípios e os objetivos para a área cultural para os próximos dez anos.<br />A metodologia a ser usada na construção das metas do PNC define quatro etapas de execução das tarefas, as quais tiveram início em dia 9 de junho. Essa primeira etapa vai até o dia 24 do mesmo mês e abrange a produção de agregados de ações com base em indicadores existentes, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e os Planos Pluri Anuais, por exemplo, além de vários outros. A conclusão de todo o processo vai acontecer no mês de novembro, momento em que haverá a validação final das metas do PNC. São 275 as ações a serem trabalhadas.<br />As quatro etapas do trabalho para a construção das metas do PNC envolvem reuniões bilaterais com secretarias e vinculadas do Sistema MinC (27 de junho a 29 de julho), período em que será gerada a primeira versão das metas; Oficina do GT MinC (9 e 10 de agosto); consulta via plataforma digital (15 de agosto a 15 de setembro); oficina de definição das metas (29 e 30 de setembro), com a participação de representantes do MinC e do CNPC, tanto do plenário como dos colegiados e grupos de trabalho. .............................................................................................................................................<br />2 - O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia- PT/RS, afirmou ontem que o Vale-Cultura (PL 5798/09) deverá ser votado pelo Plenário da Casa antes do recesso de julho:<br />A promessa do chefe do Legislativo Federal foi feita à ministra de Cultura, Ana de Hollanda, em reunião na semana passada para tratar do andamento dos projetos relacionados à Cultura .<br />O deputado prometeu a instalação de uma Comissão Especial para tratar do tema cultura como direito social na Constituição Federal (PEC 49/07). O Sistema Nacional de Cultura (PEC 416/05) e a destinação de recursos à Cultura dentro da PEC 150/03, também foram destacados como temas prioritários pela ministra da Cultura durante o encontro com o presidente da Câmara dos Deputados. <br />O que está na agenda: <br />PEC 150/03 – De autoria do deputado Inaldo Leitão (PSDB/PB), destina a aplicação anual, de, no mínimo, 6% (seis por cento) da receita de impostos em favor da produção, preservação, manutenção e o conhecimento de bens e valores culturais.<br />PEC 416/06 - Cria o Sistema Nacional de Cultura. De acordo com a PEC, o sistema será formado pelo Ministério da Cultura, pelo Conselho Nacional de Cultura; pelos sistemas de cultura de estados e municípios; e por instituições públicas e privadas ligadas à promoção de atividades culturais.<br />PL – 5798/09- Cria o Vale-Cultura para trabalhadores com salários de até cinco mínimos. O vale mensal de R$ 50 será distribuído pelas empresas que aderirem ao Programa Cultura do Trabalhador e poderá ser usado na compra de serviços ou produtos culturais, como livros e ingressos para cinemas, teatros e museus. ...........................................................................................................................................<br />Editais: <br />Sala Funarte Sidney Miller/RJ<br />Até o dia 18 de julho, pessoas jurídicas de todo o país podem participar do processo seletivo para ocupação da sala voltada para a área de música. A programação, deverá ocorrer entre setembro e dezembro de 2011, tendo, no mínimo, 26 espetáculos musicais, sendo 50% deles de música popular cantada e 50% de música instrumental popular e/ou clássica. Os projetos inscritos são analisados por uma comissão formada por profissionais de reconhecida experiência na área musical. O projeto vencedor recebe o aporte financeiro de R$ 400 mil.<br />Mais informações: http://www.funarte.gov.br/edital/ocupacao-da-sala-funarte-sidney-miller2011/ ou Centro da Música (21) 2240 5151/ (21) 2279 8109<br />.............................................................................................................................................<br />Opinião:<br />O Samba na “realidade” e o samba, na atualidade<br />Por Flavio Aniceto <br />Para “falar” sobre o samba, precisei pedir benção a Noel Rosa, centenário “inventor” de uma ideia moderna de música popular brasileira, ele só não sabia disto em vida, pois os dois conceitos foram criados depois (o de Noel inventor e a sigla MPB). Mas, leitor/es não precisa/m parar a leitura aqui, sabemos que todo mundo já escreveu sobre Noel no último ano em função da efeméride do compositor de “Com que roupa?”, “Meu barracão”, “Cor de Cinza”, “O século do progresso” para citar uma pra lá de conhecida e três menos óbvias. <br />Ler o texto na íntegra em: http://www.revistarapadura.com/2011/06/o-samba-na-realidade-e-o-samba-na.html <br /> ............................................................................................................................................<br />Diana Aragão:<br />Depois do lançamento no Rio de Janeiro, Lucinha Araújo lançou em São Paulo o livro “Viva Cazuza” 21 anos depois de sua precoce morte, vitima da AIDS.<br /><br />Cazuza morreu em julho de 1990. Três meses depois, amigos montaram um tributo no Rio chamado Viva Cazuza – faça parte desse show, cuja renda seria doada ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, referência em AIDS naquela época. Quando Lucinha Araújo foi entregar o cheque, percebeu que sua atuação contra a doença não havia se encerrado com a morte do filho – ela que queria apenas “lamber as feridas” depois de passar pelo ritual simbólico. Em O tempo não para – Viva Cazuza, Lucinha conta como tomou a frente da ONG que dá suporte a crianças e adolescentes portadores do HIV e qual era seu sentimento logo que a doença se tornou epidemia. “Eu me sentia como se estivesse participando de uma cruzada. Eram reuniões, manifestações na porta de hospitais públicos que recusavam pacientes HIV positivo, entrevistas, denúncias, passeatas exigindo verbas do governo...”.<br /> <br />Lucinha diz que sempre quis ter muitos filhos, e a convivência com as crianças da Sociedade Viva Cazuza, depois da morte do cantor, a trouxe de volta à vida, como se fosse um renascimento. “Pequenos, grandinhos, pretos, brancos, eram as minhas crianças! Piolho, sarnas, infecções, antirretrovirais, febre, dor de garganta, dor de ouvido. Achava que poderíamos superar tudo”. A casa chegou a ter 34 crianças, a maioria bebês, com um histórico bastante parecido – internações em hospitais públicos decorrentes de infecções provocadas pelo HIV.<br /> <br />Hoje, quando Lucinha olha para suas crianças, que brincam, estudam e cantam, faz uma remissão ao seu próprio passado. Aparentemente absorto das conversas que o pai, João Araújo, tinha com os artistas que frequentavam sua casa, Cazuza rabiscava mapas de cidades fictícias. Enquanto costurava, Lucinha ouvia rádio e cantarolava. Ela acha que essas experiências impregnaram Cazuza de musicalidade. “Tentamos criar os nossos filhos baseados em nossas experiências, mas também nas que não tivemos. Se não pude vislumbrar na infância do meu filho quem ele seria, que árvores, flores, folhas ou frutos darão essas sementes que estamos cultivando?”, questiona sobre as crianças que acolhe.<br /> <br />São muitas as histórias que Lucinha conta em seu livro. Como a de Marcelo, a primeira criança a morrer na casa por ter contraído meningite criptocócica; a de Lucas, cuja mãe era interna do hospital Pinel e roubou o filho depois de ter pulado o muro da Sociedade Viva Cazuza; a de Newton, a criança número um da casa, com quem Lucinha confessa ter maior afinidade. “Costumo dizer que é porque ele foi o primeiro, mas não é só isso. O gostar não tem muita explicação”, diz ela.<br /> <br />A chegada das drogas antirretrovirais deu mais qualidade – e quantidade – de vida aos doentes. Lucinha diz que se pergunta por que Cazuza “não pôde esperar”, já que ele se submeteu a diversos tratamentos médicos, incluindo o de Boston, na época considerado o mais eficaz de todos. Faz essa pergunta também porque, quando vê suas crianças e seus adolescentes cheios de vida, imagina como seria o destino deles se não tivessem sido contaminados por suas mães. “No limite, chego a pensar que a Aids foi uma sorte na vida de alguns deles. Não fosse a doença, estariam numa situação pior, muito pior”, escreve. E completa: “Sempre dormimos com essa dúvida: se conseguimos fazer mais do que tirá-los de um risco iminente de vida e se conseguimos dar condições para que encaminhem suas vidas com os próprios pés, por eles mesmos.”<br /> <br />O tempo não para – Viva Cazuza traz alguns depoimentos de pessoas que cruzaram e deixaram impressões na vida do cantor, como Ney Matogrosso, que aposta que Cazuza, hoje, “seria exatamente igual na essência: irreverente, debochado, com alto senso crítico”. Lucinha diz que sentiu certo receio de dividir o livro com os amigos do filho, até porque “relações amorosas e de amizade são muito diferentes”, mas ela resolveu dar voz a alguns que têm do que recordar. Como Sandra de Sá que chegou a admitir que “Cazuza não está morto, está vivo nessa instituição [a casa de apoio às crianças], é uma luz que ronda para mostrar o caminho”. Para além de Frejat, parceiro no Barão Vermelho, Ezequiel Neves – que, segundo Lucinha, foi o “instigador intelectual de Cazuza” –, Nilo Romero e George Israel, há um depoimento de Serginho, “única pessoa com quem Cazuza teve um relacionamento duradouro”. Na última vez que Serginho viu o namorado, já muito doente, ouviu a seguinte pergunta: “Vamos começar tudo outra vez?”. Serginho confessa que não sabia o que fazer e fugiu sem dizer sequer uma palavra. Mas resume em uma frase o que teria dito: “O que aconteceu, valeu”.<br /> <br />Título: O tempo não para – Viva Cazuza<br />Autor: Lucinha Araújo<br />Editora Globo<br />Preço: R$ 39,90<br /><br />P.S.: Lucinha, João e Cazuza vocês continuam a fazer parte do meu show. (Diana Aragão)<br />................................................................................................................................<br />Notas: <br />1 - Aracy de Almeida é homenageada em exposição em Niterói:<br />Nós do CPC, junto com o Centro Cultural Abrigo de Bondes, seguimos na homenagem a Araca, através da exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A Realidade do Samba”. A mostra, que também inicia as comemorações pelos 10 anos de existência do Centro Popular de Cultura Aracy de Almeida (na última sexta-feira, 11/06/2011) é composta por fotos da artista em diversos momentos de sua carreira, cedidas pelo Jornal Tribuna da Imprensa, além de capas de discos, revistas, livros, publicações com entrevistas e matérias sobre Aracy, e um painel com frases da cantora.<br />Serviço: <br /><br />Exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A realidade do samba” – Centro Cultural Abrigo de Bondes - Visitação: até 30 de junho – gratuita - Horário: de terça a sexta-feira, das 11h às 17h; sábados, das 12 às 16 horas<br />Local: Espaço Antônio Callado - Centro Cultural Abrigo de Bondes- Rua Marquês do Paraná, 100, Centro – Niterói – Tel. : 2620-8169<br />2 - I Seminário do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-cultural do Estado do Rio de Janeiro:<br />Na próxima quarta, 15/06, de 9 às 18h, no Auditório Gilberto Freyre do Palácio Gustavo Capanema (Rua da Imprensa, s/nº, “Prédio do MEC”), em pauta: Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares de Reeducação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Organização: CEAP, CEDINE, Estimativa, Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata, entre outras entidades - Apoio: Fundação Palmares – Ministério da Cultura. .............................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog, produzido pelo CPC Aracy de Almeida, pode ser reproduzido, desde que citada a fonte.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-87499939389283842102011-05-27T14:06:00.000-07:002011-05-27T14:11:40.050-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 87 – 30/05/2011<span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;"></span><br />Nesta edição: Homenagens: Abdias Nascimento e Glorinha Ribeiro * Políticas Culturais: Praças da Cultura e dos Esportes (Praças do PAC) * Araruama está criando o seu Sistema Municipal de Cultura * Teresópolis está finalizando o seu mapeamento cultural e promovendo curso sobre Fundo Municipal de Cultura * Zona Oeste e Baixada discutem suas realidades culturais * Pontos de Cultura: Pontão da Comcultura e Palco Escola * Opinião: Alexandre Martins escreve sobre a criação da religião Umbanda em São Gonçalo * Diana Aragão: Cine Sul – Curso na Cal com Isabel Paranhos – Claudio Jorge incrementa seu site – Telma Tavares canta Gonzaguinha * Notas e agenda: Exposição sobre Aracy segue em Niterói * Fredric Jameson faz conferência na Casa Rui * Aniversário de 70 anos de Tia Nanci Moreira.</span> <br />Em memória de:<br /><span style="font-weight:bold;">Abdias Nascimento:</span><br />O Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-brasileiros/IPEAFRO e a família do professor Abdias Nascimento convidam para o ato inter-religioso que integra as homenagens do sétimo dia de seu falecimento. O ato será realizado no Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, recentemente descoberto na zona portuária do Rio de Janeiro, um dos principais portos de entrada africanos escravizados nas Américas. <br /><br />Será nesta terça-feira, 31/05, 17h dia o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo fica na esquina da Rua Barão de Teffé com a Avenida Rodrigues Alves, em frente à sede da Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria e a Favor da Vida). <br />Para conhecer um pouco mais da trajetória deste mestre de vida, cultura, ética e política, acessem http://www.abdias.com.br/ . <br /><span style="font-weight:bold;">Glorinha (Maria da Glória Ribeiro da Silva)</span><br />Por Flavio Aniceto <br />Fazemos também uma homenagem a uma pessoa muito cara a todos do CPC e que faleceu no último dia 06, Professora Gloria Ribeiro, do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil – IPUB/UFRJ. Glorinha, como era conhecida, foi militante política de esquerda, desde os anos do movimento estudantil – geração 1968 -, sendo fundadora do Partido dos Trabalhadores/PT, da CUT, de associações de docentes, oposições e direções sindicais, sempre na área de educação e de saúde mental. <br />Se dedicou além das “questões gerais” a causas que mostravam o seu profundo sentimento humano e de combate radical a qualquer injustiça: a já citada saúde mental, lidando não só profissionalmente – mas extrapolando muitas vezes a ação estrita de trabalho – com aqueles que a sociedade convém chamar de loucos, malucos, anormais, drogados, alcoólatras, inviáveis, etc. E por outro lado, dedicava-se também a defesa e proteção dos animais – gatos, principalmente, mas estendendo a sua boa vontade a todos as outras espécies, ela dizia que era contra qualquer tentativa de colonização, estendendo-se aí a do homem aos animais “domésticos”. <br />Culta, generosa, leitora voraz, tinha uma forma especial de apresentar e trocar livros para os seus amigos e estes iam de clássicos da literatura, teóricos, movimentos (como a beat generation ) mas também o que é considerado pop e até mesmo “baixa literatura” pelos esnobes – supostamente intelectuais, como a série Harry Potter. <br />A liderança política, social, cultural e sobretudo humanística de Glorinha fará falta a todos que conviveram mais proximamente com ela. Mas acreditamos que a energia das suas ideias, a tornará presente entre nós durante muitos e muitos anos. ...................................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Políticas culturais:</span><br /><span style="font-weight:bold;">1: Governo destina R$ 1,6 bi para construção de “praças da cultura e dos esportes”</span><br />O governo federal anunciou um orçamento de R$ 1,6 bilhão – que será destinado a prefeituras nos próximos quatro anos – para a construção de Praças dos Esportes e da Cultura em 361 cidades brasileiras (as chamadas de Praças do PAC), os complexos terão quadra poliesportiva, pistas de skate e teatro, além de espaços destinados para formação e qualificação de pessoas para o mercado de trabalho.<br />A escolha dos projetos enviados pelas prefeituras e a coordenação da construção das praças serão feitas pelo Ministério da Cultura. A manutenção dos espaços será de responsabilidade dos municípios. Em uma primeira etapa do programa, a previsão é de se construírem 401 praças. Para isso serão disponibilizados, neste primeiro momento, R$ 900 bilhões. Até 2014, a intenção do governo é a de que 800 praças sejam entregues, consumindo o investimento total de R$ 1,6 bi.<br />Os municípios interessados em participar da primeira etapa do programa têm 120 dias para entregar os projetos de construção das praças à Caixa Econômica Federal, que ficará responsável por liberar o dinheiro.<br />Das 401 praças previstas para essa primeira etapa, 164 ficarão na região Sudeste, 110 no Nordeste, 67 no Sul, 34 no Norte e 26 no Centro-Oeste.<br />Serão construídos três modelos de praças. No médio, que deverá ser adotado na maioria (328) dos locais, o espaço será de 3 mil metros quadrados, com a previsão de um teatro de 60 lugares, uma quadra poliesportiva, uma pista de skate, uma de caminhada, duas salas multiuso e uma biblioteca. No modelo pequeno, de 700 metros quadrados, previsto para 22 municípios, não haverá quadra e o teatro será menor. No grande, de 7 mil metros quadrados (previsto para 51 cidades), o teatro terá 120 lugares e haverá ainda uma quadra de areia e um espaço para jogos de mesa.<br />Mais informações em: www.cultura.gov.br <br /><br /><span style="font-weight:bold;">2: Araruama está criando o seu Sistema Municipal de Cultura</span> <br />O município da Região dos Lagos segue na construção do seu Sistema e Plano Municipal de Cultura, liderado pelo professor Ricardo Adriano – subsecretário de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com a consultoria de Cleise Campos (COMCULTURA) e apoio de Flavio Aniceto. <br />Neste momento estão acontecendo as reuniões nos distritos, como Iguabinha, Praia Seca, São Vicente e Morro Grande, estando na pauta ainda reuniões específicas com os temas: conselho municipal de cultura (a cidade já tem um aprovado em lei, mas no formato antigo, sem ser paritário e deliberativo).<br /><span style="font-weight:bold;">3: Teresópolis</span> <br />3.1 : Mapa Cultural <br />Seguem até o próximo dia 06/06, o cadastro do Mapa Cultural de Teresópolis. Desenvolvido pela Secretaria de Cultura do município e que consiste em um inventário com o cadastro de todos os artistas locais das diversas áreas culturais. Em fase de finalização, o Mapa está aberto para consulta pública, ou seja, para que os próprios artistas acessem e verifiquem seus cadastros. Basta acessar o link: http://www.mapaculturaltere.hd1.com.br .<br />No site, os artistas encontrarão uma lista de nomes e poderão conferir se seu nome já está cadastrado em sua devida área de atuação. Caso já esteja inscrito, o artista deve verificar se há alguma informação incorreta. E caso não esteja, basta a pessoa se cadastrar. Isso pode ser feito no próprio site ou através do email mapaculturaltere@gmail.com.<br /><br />3.2: Secretaria de Cultura promove curso sobre Fundo Municipal<br />Nesta quarta-feira, 01/06, a partir das 15h, será realizado na Casa de Cultura Adolpho Bloch (Praça Juscelino Kubitschek, s/nº - Araras) um curso sobre Fundo Municipal de Cultura, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, o evento tem como objetivo sanar todas as possíveis dúvidas visando a construção do Fundo Municipal de Cultura de Teresópolis.<br /><br />Com entrada gratuita, o curso é destinado aos integrantes do Conselho e do Fórum de Cultura de Teresópolis e será ministrado por Emanuel de Melo Vieira, representante da Secretaria de Estado de Cultura e especialista em fundos municipais de cultura.<br />Agora, nós do CPC - somando-nos aos esforços do Fórum de Cultura do município – defendemos que a cidade avance na constituição de seu Sistema Municipal de Cultura. Pois o Fundo é tão um dos instrumentos do Sistema, na verdade, o garantidor financeiro da realização dos projetos que serão apresentados em um Plano Municipal de Cultura. <br /><span style="font-weight:bold;">4: Zona Oeste em pauta</span><br />Nesta segunda, 30/05, a Lona Cultural Gilberto Gil completará 13 anos de atividades na Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro sob a administração do grupo Agito Cultural, em parceria com a Prefeitura do Rio. Para comemorar, a partir das 17h será realizado o Encontro dos Agentes Culturais do Rio de Janeiro/Edição Zona Oeste. <br />O evento contará com representantes convidados das três esferas Públicas ( Municipal, Estadual e Federal ), Partido da Cultura/PCult, Cooperativa dos Agentes Culturais/Cooperac, lideranças comunitárias, instituições educacionais e afins para a promoção de amplo debate sobre o tema gestão cultural e responsabilidade social com foco nas comunidades do Rio.<br /><span style="font-weight:bold;">5: Baixada também: </span><br /><br />O PET/Conexões de Saberes em Produção Cultural do IFRJ está convidando para o I Colóquio de Políticas Culturais da Baixada Fluminense, no próximo dia 02 de junho de 2011, no IFRJ, em Nilópolis, mais informações e inscrições gratuitas pelo e-mail pet.procultura@ifrj.edu.br (enviar nome, contato e instituição).<br />.................................................................................................................................................<br /><br />Pontos de Cultura: <br /><br /><span style="font-weight:bold;">1: Região Serrana</span><br /><br />Nesta segunda-feira, 30/05, acontece na Oficina Escola de Artes/ Secretaria Municipal de Cultura de Nova Friburgo, o encontro dos Pontos de Cultura da Região Serrana, com a presença do Pontão da COMCULTURA. Entre outros assuntos serão abordados: Micro Teia Serrana e Teia Regional RJ; Ações do MinC na região; Contexto Políticas Culturais Estado RJ ( Plano e Conselho Estadual de Cultura e Sistemas Municipais de Cultura ). <br /><br /><span style="font-weight:bold;">2: Palco Escola </span><br />Foi inaugurado na última semana o Ponto de Cultura Palco Escola (Av. Venezuela, 238 – Gamboa), coroando um trabalho antigo de Alair Barros e dos cenógrafos e artistas cênicos que compõem Associação do Armazém Cultural dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões/AACATED, que é uma associação formada por cenógrafos e cenotécnicos, como <br />Adílio Jacinto Silva Athos - Cenógrafo; Emily Pirmez - pintura de arte; Irlan Nery- cenotécnico; Humberto Silva - cenotécnico-; Odilon Lima – cenógrafo; Manuel Isidoro Manolo - cenotécnico; Marta Garcia – produtora e a museologa Alair Barros, como gestora e articuladora do Ponto. <br />Segundo Alair eles planejam fazer anualmente, no mínimo: 2 palestras, 3 cursos e 5 oficinas de cenografia, pintura de arte, cenotecnia, figurino e outros para pessoas de baixa renda da comunidade da Gamboa ( Morro da Providência) , com idade mínima de16 anos e máxima 65 anos. Os interessados podem vir de outros logradouros mas 20 vagas são necessariamente da Providência.<br />O Ponto de Cultura Palco Escola surge da avaliação de que é importante e necessário resgatar as técnicas teatrais de cenografia, e ainda promover a pesquisa e experimentação de novas técnicas, incluindo as digitais para atividades de teatro, circo, cinema, televisão, shows, exposições de arte, entre outros e contribuir para a formação de mão-de-obra qualificada da qual o mercado se ressente. ...................................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Opinião:<br />O berço da Umbanda</span> <br />Por Alexandre Martins<br />A Umbanda, uma das religiões mais populares do país, é gonçalense. Surgida no mesmo dia 15 de novembro de 1908, no bairro de Neves. Confusões de Darcy Ribeiro, que citou o território de Neves como bairro de Niterói, tiraram a fama da cidade de São Gonçalo como local de fundação da Umbanda. Contudo, historiadores da religião corrigiram o erro.<br /><br />Zélio Fernandino de Morais é o fundador da Umbanda, um médium[1] que agiu por orientação de um espírito. Zélio nasceu em família tradicional de Neves, aos 10 de abril de 1891. Em fins de 1908, então com dezessete anos de idade, Zélio preparava-se para o ingresso na carreira militar na Marinha do Brasil quando foi acometido por uma inexplicável paralisia, que os médicos não conseguiam debelar. Certo dia, ergueu-se no leito, declarando: "Amanhã estarei curado!" No dia seguinte, levantou-se normalmente e começou a andar, como se nada lhe houvesse tolhido os movimentos.<br /><br />Sua mãe, Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado “Tio Antônio”. Tio Antônio recebeu o rapaz e lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do Espiritismo, praticante do hábito da leitura espírita.<br /><br />Um amigo da família sugeriu então uma visita à Federação Espírita do Estado do Rio, na época em Niterói. No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa. Tomado por uma força estranha e superior a sua vontade, falou, sem saber o que dizia. “Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho[2] para dar início a um Culto. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos. E se querem saber meu nome, que seja este: 'Caboclo das Sete Encruzilhadas', porque para mim não haverá caminhos fechados”.<br /><br />No dia seguinte, na casa da família Moraes, ao se aproximar a hora marcada, oito da noite, lá já estavam reunidos os membros da Federação Espírita para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera; estavam os parentes mais próximos, amigos, vizinhos e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.<br /><br />O Caboclo declarou que se iniciava um novo Culto em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e os índios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste Culto, que teria por base o Evangelho de Jesus.<br /><br />O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria do culto. O ritual era bem simples, com cânticos baixos e harmoniosos, vestimenta branca, proibição de sacrifícios de animais. Dispensou os atabaques e outros instrumentos de percussão, além das palmas. Capacetes, espadas, cocares, vestimentas de cor, rendas e lamês não seriam aceitos. As guias utilizadas seriam apenas as que determinassem a Entidade que se manifestasse. Os banhos com ervas, os Amacis[3], a concentração nos ambientes vibratórios da natureza, a par do ensinamento doutrinário, na base do Evangelho, constituiriam os principais elementos de preparação do médium.Sessões, assim seriam chamadas os períodos de trabalho espiritual, diárias, das oito às dez da noite; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: Umbanda – Manifestação do espírito para a caridade.<br /><br />Embora não seguindo a carreira militar para a qual se preparava, pois sua missão mediúnica não o permitiu e como era norma não receber salário no culto, sobrevivia administrando os negócios de seu pai. [4]<br /><br />O primeiro terreiro que recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, foi instalado na sua própria casa, na Rua Floriano Peixoto, 30. Deste local se originaram mais sete, em 1918: Tenda Nossa Senhora da Guia, Tenda Nossa Senhora da Conceição, Tenda Santa Bárbara, Tenda São Pedro, Tenda Oxalá, Tenda São Jorge e Tenda São Jerônimo.<br /><br />Em 18 de maio de 1924, Zélio foi eleito vereador, e em 10 de janeiro de 1927, foi reeleito para um segundo mandato, sendo neste o secretário do Legislativo.<br /><br />Como vereador, dedicou-se principalmente à difusão de escolas públicas em São Gonçalo. Tamanha foi sua dedicação a este tema, que criou uma escola totalmente gratuita, de curso Fundamental, funcionando na Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. Zélio se candidatou novamente à reeleição no pleito de 1 de setembro de 1929, porém, dessa vez, não logrou êxito. Após essa derrota nas eleições, Zélio de Moraes abandonou a política.<br /><br />Em 1963, após 55 anos de atividades à frente da Tenda, Zélio entregou a direção dos trabalhos as suas filhas Zélia e Zilméa de Moraes e continuou ao lado de sua esposa Isabel Moraes trabalhando na “Cabana de Pai Antônio”, no distrito de Boca do Mato, Cachoeiras de Macacu.<br /><br />Zélio faleceu no dia 3 de outubro de 1975 em Cachoeiras de Macacu, aos 84 anos. Como homenagem, a Câmara Municipal de São Gonçalo nomeou uma rua no bairro de Mangueira.<br /><br />Em 1999 quem residia na casa de Neves era a bisneta da senhora Zilka, irmã de Zélio, que é católica e não é ligada a Umbanda. A Tenda deixou de funcionar naquele endereço há mais de 50 anos...<br /><br />No dia 19 de março de 2008 - ano do centenário da Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas - foi aprovado o Projeto de Lei 5687/05, do deputado Carlos Santana (PT-RJ), que instituiu o Dia Nacional da Umbanda, a ser comemorado anualmente em 15 de novembro, data do nascimento do culto.<br /><br />---------------------------------------<br />1- pessoa que, nos culto afro-brasileiros, é a anunciadora das mensagens recebidas dos espíritos do Além. 2- o médium. 3- a lavagem de cabeça onde os seguidores de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias espirituais. 4- NUNES, J. C. P. O pai da Umbanda. Revista de História da Biblioteca Nacional. Disponível em www.revistadehistoria.com.br. Acesso em 28 dez. 2008<br /> ..................................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Diana Aragão indica:</span><br />1: Atenção cinéfilos: o tradicional Cinesul-Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo que reúne a fina flor da produção latino americana em ficção, documentário, infantil e outras categorias irá de 14 a 26 de junho nas salas de cinema do CCBB, Correios, Cinemateca do MAM, Ponto Cine e outros locais. Mais importante: entrada franca. Mais informações: www.cinesul.com.br<br /><br />2: A diretora de arte Isabel Paranhos iniciou curso na CAL sobre direção de arte para cinema, TV e publicidade. Mais informações e inscrições no site www.cal.com.br . <br /><br />3: O ótimo cantor e compositor Cláudio Jorge refez seu site e agora, muito mais incrementado através de um aplicativo do MAC, o prezado leitor encontrará partituras cifradas de suas músicas e uma amostra do seu curso de violão. O site do violonista é www.claudiojorge.com .<br /><br />4: Telma Tavares canta Gonzaguinha no Bossa Nossa da Lapa <br /><br /> O show, no início deste mês, no Teatro Gonzaguinha, começa a render convites para a cantora e compositora Telma Tavares. Fã do grande artista que nos deixou tão precocemente, a artista foi convidada para fazer mais um espetáculo em homenagem a Gonzaguinha. Desta vez, no Bossa Nossa da Lapa dia 08 de junho, às 21 horas. "Telma Tavares canta Gonzaguinha" tem direção musical de Tuca Alves.<br /><br /> Gonzaguinha, que nos deixou há 20 anos, será homenageado por Telma com interpretações de algumas canções que marcaram sua trajetória como "Explode Coração", "Sangrando", "O que é, o que é", "Lindo lago do amor", "É", "Começaria tudo outra vez", "Grito de Alerta, "Forró do Gonzagão, "Recado", "Avassaladora", "Guerreiro Menino", entre outras. Neste novo espetáculo, a artista também "pedirá licença ao ídolo" para cantar duas ou três músicas de sua autoria que constarão do segundo álbum de Telma intitulado "Veia Mestiça".<br /> ..................................................................................................................................................<br /><span style="font-weight:bold;">Notas: <br />1: Aracy de Almeida é homenageada em exposição em Niterói</span><br />Nós do CPC, junto com o Centro Cultural Abrigo de Bondes, seguimos na homenagem a Araca, através da exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A Realidade do Samba”. A mostra, que também inicia as comemorações pelos 10 anos de existência do Centro Popular de Cultura Aracy de Almeida (11/06/2011) é composta por fotos da artista em diversos momentos de sua carreira, cedidas pelo Jornal Tribuna da Imprensa, além de capas de discos, revistas, livros, publicações com entrevistas e matérias sobre Aracy, e um painel com frases da cantora.<br />Serviço: <br /><br />Exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A realidade do samba” – Centro Cultural Abrigo de Bondes - Visitação: até 30 de junho – gratuita - Horário: de terça a sexta-feira, das 11h às 17h; sábados, das 12 às 16 horas<br />Local: Espaço Antônio Callado - Centro Cultural Abrigo de Bondes- Rua Marquês do Paraná, 100, Centro – Niterói – Tel. : 2620-8169<br />2: O Ciclo “A Teatralidade do Humano”, organizado por Ana Lúcia Pardo, apresenta a conferência internacional “A Estética da Singularidade” com o professor Fredric Jameson – crítico e professor de Literatura da Duke University – Carolina do Norte/EUA, será nesta quarta-feira, 01/06, às 18:h30 na Fundação Casa de Rui Barbosa, entrada franca, distribuição de senhas, 30min antes do evento. Segundo a organizadora, esta fez um esforço e parcerias para trazer este teórico marxista ao Rio por entender que as reflexões que ele traz com seu pensamento crítico em palestras, artigos e livros, discute essencialmente a dimensão da cultura no sistema capitalista. Para Lúcia “Ele fala de sociedade, globalização, economia, ciência política, cultura que julgo serem importantes para as questões que estamos buscando aprofundar em nossos coletivos de cultura”. Todos lá! <br /><span style="font-weight:bold;">3: Aniversário de Tia Nanci Moreira:</span><br />O grupo Batuke de Ciata estará na Feijoada do Cordão da Bola Preta, mostrando o melhor do samba no sábado, 04/06, a partir das 13h, recebendo como convidado Paulo Henrique da Mocidade, aproveitando a ocasião, nossa companheira e amiga Tia Nanci Moreira (viúva do compositor e ritmista Bucy Moreira, neto da lendária Tia Ciata) irá festejar seu 70º aniversário, todos lá! <br />Virtuais:<br /><span style="font-weight:bold;">1: Rádio CIGAM</span><br />O Centro Musical Cigam, fundado em 1987 e considerado uma referência musical no Rio de Janeiro, tem uma rádio virtual que disponibiliza a nata da música independente, acessem em: http://www.cigam.mus.br/radio/<br /><span style="font-weight:bold;">2: Eu faço samba</span><br />O advogado e membro da Ala de Compositores do Império Serrano, Luiz Fernando Cordeiro, e que lançou com seu parceiro Hudson Costa o CD Da Central à Japeri (independente, Apê Estúdio, 2010) mantém um blog, como espaço destinado à divulgação de compositores e suas obras musicais, com o objetivo de registrar e colaborar com a preservação da memória cultural do samba. Acessem em: http://eufacosamba.blogspot.com <br />.................................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog, produzido pelo CPC Aracy de Almeida, pode ser reproduzido, desde que citada a fonte.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-62698820146101186472011-05-17T03:17:00.000-07:002011-05-17T03:18:24.365-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 86 – 18/05/2011<span style="font-weight:bold;">Boletim CPC - Ano VI – nº. 86 – 18/05/2011<br />Nesta edição: Políticas Culturais: Revista Eletrônica Estudos Culturais * Seminário Nacional na fase final de revisão da Lei de Direitos Autorais * SEC/RJ seleciona pareceristas para seus projetos * Manifesto “O autor existe” * Pontão Rede Fluminense de Cultura, da Comcultura RJ, retoma as atividades * Editais: Aberto edital para projetos junto ao governo do Estado/Lei do ICMS* Opinião: Roberta Martins escreve sobre o quadro atual na área cultural federal *Adua Nesi escreve sobre o desmantelamento dos museus do Estado do RJ * Notas e agenda: Exposição sobre Aracy segue em Niterói * 18 anos da Companhia Ensaio Aberto <span style="font-weight:bold;"></span></span>...................................................................................................................................................<br />Políticas culturais:<br />1: Estudos culturais: <br /><br />Já está à disposição no endereço www.politicasculturaisemrevista.ufba.br ou <br />www.portalseer.ufba.br/index.php/pculturais o novo número do periódico Políticas Culturais em Revista, uma publicação eletrônica da Rede de Estudos em Políticas Culturais/REDEPCULT, que reúne pesquisadores como Lia Calabre, Antonio Rubim e outras referências nesta área de estudo. <br /><br />Nesta edição tem artigos importantes como: O esboço constitucional de unidade dos direitos culturais de Humberto Cunha, Criatividade e direito autoral de Bernardo Novais da Mata-Machado, A regulamentação do exercício artístico no Brasil: o caso de atores e atrizes de Gyl Giffony Araújo Moura, Francimara Nogueira Teixeira, Qual o lugar da arte? – análise sociojurídica da lei municipal de Fortaleza sobre colocação de obras de arte em espaços públicos de Rodrigo Vieira Costa e Francisco Humberto Cunha Filho, O Fundo Nacional da Cultura como instrumento público de financiamento cultural de Fabíola Bezerra de Castro Alves Brasil, entre outros. Todos os artigos estão em PDF para serem baixados e impressos pelos pesquisadores. <br /><br />2: Seminário Nacional na fase final de revisão da Lei de Direitos Autorais: <br />O Ministério da Cultura, dando continuidade a revisão da LDA, realizará nos dias 31/05 e 01/06, o Seminário A Modernização da Lei de Direitos Autorais: contribuições finais para o APL. O evento tem como objetivo finalizar o processo colaborativo de elaboração e aperfeiçoamento do Anteprojeto de Lei (APL) que altera e acresce dispositivos à Lei de Direitos Autorais ( 9610/98).<br />O Seminário é aberto a participação de todos os interessados e acontecerá no Auditório do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.<br />A inscrição, que é gratuita, deve ser feita mediante o preenchimento do formulário próprio disponível no site do MinC www.cultura.gov.br e que deverá ser enviado pelo email direito.autoral@cultura.gov.br. <br />O MinC elaborou ainda uma Tabela comparativa com Lei 9.610/98, APL levado à consulta pública e APL construído depois da consulta pública 2010, que está disponível, assim como o cronograma do período em: http://www.cultura.gov.br/site/2011/04/20/ultima-fase-da-revisao-da-lda/ <br /><br />3: Ainda no debate sobre o tema recomendamos uma lida no manifesto “O Autor Existe”, assinado também por artistas e compositores com os quais temos relação: http://www.oautorexiste.com.br/ <br /><br />4: A Secretaria de estado de Cultura seleciona pareceristas: <br /> <br /> A SEC está convocando pareceristas técnicos para a avaliação de projetos culturais inscritos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, para isto, estes profissionais precisarão participar de uma seleção, conforme a Chamada Pública Nº 06/2011: PDF e DOERJ - Convocação de pareceristas técnicos para avaliação de projetos culturais inscritos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura (disponível no site da instituição http://www.cultura.rj.gov.br/leidoincentivo/inscrevasepareceristas.php ). O período de inscrições: de 03 de maio até 27 de maio de 2011, às 18h.<br /> <br />O objetivo é completar o Banco de Pareceristas selecionando 50 profissionais para atuarem nas seguintes áreas culturais: Audiovisual; Equipamentos culturais; Cultura digital; Informação e documentação; Patrimônio cultural material e imaterial; Gastronomia; Moda e Design.<br /><br />5: Pontão Rede Fluminense de Cultura, da Comcultura RJ, retoma as atividades:<br /> <br /> Retomando as atividades do Pontão Rede Fluminense de Cultura, a Comcultura RJ tem agenda especial nesta sexta-feira, em Nova Friburgo, reunindo os Pontos de Cultura da Região Serrana. Na pauta, além das ações em rede propostas na região (ainda muito afetada pelas chuvas de 12 de janeiro), uma série de debates tem início, envolvendo os Pontos de Cultura, como por exemplo, a participação na elaboração dos Planos Municipais de Cultura nas cidades. Tal ação é fundamental na garantia de organização dos Sistemas Municipais de Cultura nos municípios do estado do Rio de Janeiro, integrando o CPF da cultura: Conselho, Plano e Fundo.<br /> <br />A Comcultura RJ, através de seus integrantes e/ou convidados, tem incentivado e estimulado os municípios nesta tarefa de organização dos Sistemas Municipais de Cultura. Bom momento para que a Secretaria Estadual de Cultura, retome os debates do Plano Estadual de Cultura no estado, e as movimentações que incidem nos desdobramentos de nova composição e formato do Conselho Estadual de Cultura. Nosso Rio de Janeiro, precisa estar em dia com a pauta nacional.<br />...................................................................................................................................................<br /><br />Editais: <br /><br />A Lei Estadual de Incentivo à Cultura está com inscrições abertas para os projetos a serem realizados entre os meses de agosto a dezembro de 2011:<br /><br />Os interessados devem visitar o portal da secretaria, http://www.cultura.rj.gov.br/materias/lei-estadual-de-incentivo-a-cultura-abre-inscricoes e seguir o passo a passo.<br /><br />O proponente pessoa jurídica, incluindo seus sócios, poderá inscrever até cinco projetos. Já proponente pessoa física poderá inscrever até dois projetos. O período de inscrição de projetos terminará no dia 06 de junho, às 18h.<br /><br />Está disponível no referido portal o Manual da Lei de Incentivo à Cultura, que foi elaborado para nortear o processo de inscrições e esclarecer os procedimentos de execução e acompanhamento de projetos.<br /><br />Para dúvidas e informações: suplei.certifica@cultura.rj.gov.br (Assuntos: [sistema] para solução de questões com o sistema; [proponente] para questões relativas ao cadastro de proponente; e [projeto] para questões relativas ao cadastro de projeto) e os telefones (21) 2333-1340 e (21) 2333-1344.<br /><br />Escritório de Apoio à Produção Cultural<br /><br />Para facilitar as inscrições, a Secretaria de Estado de Cultura disponibiliza consultores especializados para o atendimento à produção cultural. O proponente pode entrar em contato através de atendimento telefônico - (21) 2333-4107/2333-4108 - via e-mail -eapcult.editais@gmail.com - ou presencial (mediante agendamento).<br />...................................................................................................................................................<br />Opinião:<br />1: Não seguimos à toa...<br /><br />Por Roberta Martins<br /><br />É inegável, mesmo àqueles com as lentes da má vontade, que fazemos parte de um momento privilegiado do país. Podemos afirmar que foi escolhido pela sociedade brasileira, ao garantir dois mandatos a Lula como presidente, e confirmado com Dilma, um caminho que busca a superação da lógica patrimonialista e da prática clientelista, simbolizadas pela velha política do favor e concessão, que sabemos muito bem o quanto são enraizadas no Brasil e a quem favoreceu ao longo de nossa história.<br /><br />Nesse sentido, é correto afirmar, que nós também escolhemos esse norte no que diz respeito à cultura, em especial pela capacidade que o governo Lula teve de associar a Cultura a direito social da população e assumi-la como política de Estado. Assim, o Ministério da Cultura, através das ações que empreendeu, se consolidou do como um catalisador de demandas reprimidas por anos de ausência de políticas públicas de cultura, e também como grande indutor de debates, que a cada vez que se faziam, retirava mais véus que encobriam as muitas culturas que compõem o nosso país e revelava e fortalecia mais atores sociais. <br /><br />Por isso, a pressão social em torno da continuidade de ações programáticas é tão emblemática. A sociedade, ao menos aqueles que atuam na área cultural, considera a política cultural construída nos anos Lula, como suas, porque se dá em função de um sentimento de pertencimento que somente um governo que se coloca no campo democrático e popular pode gerar. <br /><br />Esse é um momento político fantástico, que prova ser esse o caminho: o da participação e da democracia. Desse rumo não há possibilidade de retorno e os próximos passos devem continuar a fortalecer mecanismos de participação, como os Conselhos de Cultura, Fóruns, Redes, Consultas públicas e etc, e o que mais criarmos para que seja efetiva - e real - a escuta a sociedade. <br /><br />Mas outras questões se colocam ainda complexas nesses novos tempos, e com outras responsabilidades também, afinal, esse Governo é de continuação ao anterior e não de um projeto oposicionista. <br /><br />Novos marcos regulatórios, que interagem com os novos tempos, como o da Comunicação e as questões relativas à Banda Larga. Batalhas apenas iniciadas, como a do resgate do papel do estado como financiador da cultura, através de uma reforma da Lei Rouanet e do debate entorno do Pro Cultura e as mudanças propostas na Lei de Direitos Autorais, protegendo os criadores e ao mesmo tempo interpretando e resolvendo a equação da garantia da utilização por interesse público. <br /><br />Caminhar para a efetivação do que a sociedade brasileira apontou e efetivou como seu plano de vôo na área cultural, o Plano Nacional de Cultura. Fortalecer as bases para a efetivação de políticas públicas de forma participativa e democrática, pelo fortalecimento do pacto federativo da cultura, sem ingerências político-ideológicas, pelo Sistema Nacional de Cultura. Fazer o debate necessário sobre a economia da cultura, contrapondo a lógica do grande capital, que por sua vez se traduz na lógica da cultura ‘pensada’ como mera instrumentação da esfera econômica.<br /><br />Não pretendo responder a questões neste texto, apenas destacar pontos que considero mais importantes que a prática beligerante que se coloca no período e me colocar no campo dos que querem continuar caminhando e não seguem à toa...<br /><br /><br />2: Desmantelamento da Rede de Museus do Estado do RJ<br /><br />Por Adua Nesi <br /><br />A quem interessa o desmantelamento do primeiro sistema de museus do Brasil, modelo agora implantado em todos os estados e municípios? Chamava-se FEMURJ - Fundação de Museus do Estado do Rio de Janeiro e foi fundada em 1975, com sede própria na Urca. Era constituída de 13 museus, a saber: Museu da Imagem e do Som, Museu de Artes e Tradições Populares, Museu Antonio Parreiras, Museu Histórico do Estado, Museu do Primeiro Reinado, Museu Carmen Miranda, Museus dos Teatros, Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, Museu dos Esportes, Casa Oliveira Viana, Casa Casimiro de Abreu, Casa Euclides da Cunha e Casa França - Brasil.<br /><br />No momento, no sistema só restam 06 museus: Museu Antonio Parreiras, Museu Histórico do Estado, Casa de Oliveira Viana, Museu do Primeiro Reinado, Museu Carmen Miranda, e Museu dos Teatros. Porém, 03 desaparecerão.<br /><br />O Museu do Primeiro Reinado, sem consulta prévia aos moradores, pagadores de impostos, está se transformando em Museu da Moda. Cravado no Bairro Imperial de São Cristovão, tinha por finalidade estudar um período ainda pouco conhecido. Não podemos pular os anos históricos que nos formaram, como se nunca tivessem existido. Não devemos esquecer a memória de época tão importante na formação de nosso povo. A que propósitos servirá o Museu da Moda? Não poderia ser implantado em outro prédio? Porque despir uma santo para vestir outro? Seu acervo é composto de mobiliário, objetos artísticos, documentação e iconografia relacionada à história do Primeiro Reinado. Foi dos primeiros museus a se relacionar estreitamente com a comunidade em que estava inserido, do qual recordamos exposições com fotos de moradores antigos do Bairro, como as comunidades portuguesa e italiana.<br /><br />O Museu Carmen Miranda será diluído dentro do futuro Novo MIS, deixando de ter vida própria. É muito visitado e pesquisado por público interno e principalmente estrangeiro. O mito Carmem Miranda atravessa fronteiras e merece sede nova. Certamente deveria ser melhor alocado, mas em prédio só seu, para expor seu imenso acervo que não é mostrado em plenitude, por total falta de espaço. É composto de vestuário, objetos de uso artístico e pessoal, iconografia e documentos sobre a grande artista.<br /><br />O Museu dos Teatros aparentemente será extinto, indo 30% do acervo para a Fundação Teatro Municipal e o restante para o Novo MIS. Foi criado para contar a história de nossos artistas tão valorosos e tão esquecidos após seu desaparecimento. Possui um rico acervo textual e iconográfico, onde podemos encontrar os estudos realizados pelo consagrado artista Eliseu Visconti para a decoração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Mais tarde, incorporou, além de documentação referente a teatros de outros estados, numerosas peças de antigos teatros do Rio de Janeiro, hoje desaparecidos como o Lírico, São Pedro de Alcântara e o Fênix. Atualmente, conta com um acervo de cerca de 36 mil peças: pinturas, esculturas, cartões postais, desenhos, manuscritos, programas e fotografias, além dos trajes usados em cena por artistas como Cacilda Becker, Henriette Morineau, Fernanda Montenegro, Eva Todor, Berta Rosanova, Violeta Coelho Neto, Titta Ruffo e Bidu Sayão. <br /><br />Nada contra modernizações, transformações e adaptações. O que realmente incomoda a classe museal e a comunidade em geral, é a falta de transparência com o acervo público. Cadê os projetos? Porque se trabalhar em surdina? Afinal, assim como a praça é do povo, os museus também o são.<br /><br />Adua Nesi – Museóloga - COREM 2a. R. 093 (RJ-ES-MG)<br /><br />Fonte: - Folheto Institucional - FEMURJ - anos 70<br /> - Catálogo da Expo "Coleções do Governo do Estado" - 1998<br />..................................................................................................................................................<br />Notas: <br />1: Aracy de Almeida é homenageada em exposição em Niterói<br />Nós do CPC, junto com o Centro Cultural Abrigo de Bondes, seguimos na homenagem a Araca, através da exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A Realidade do Samba”. A mostra, que também inicia as comemorações pelos 10 anos de existência do Centro Popular de Cultura Aracy de Almeida (11/06/2011) é composta por fotos da artista em diversos momentos de sua carreira, cedidas pelo Jornal Tribuna da Imprensa, além de capas de discos, revistas, livros, publicações com entrevistas e matérias sobre Aracy, e um painel com frases da cantora.<br />Serviço: <br /><br />Exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A realidade do samba” – Centro Cultural Abrigo de Bondes - Visitação: até 30 de junho – gratuita - Horário: de terça a sexta-feira, das 11h às 17h; sábados, das 12 às 16 horas<br />Local: Espaço Antônio Callado - Centro Cultural Abrigo de Bondes- Rua Marquês do Paraná, 100, Centro – Niterói – Tel. : 2620-8169<br />2: Cia Ensaio Aberto <br /><br />A exposição Ensaio Aberto 18 anos, comemora os 18 anos de militância cultural, artística e política e apresenta, por meio de recursos multimídia, a trajetória da Ensaio Aberto desde a estreia de “Cemitério dos Vivos” (baseado no grande Lima Barreto), no Palácio da Praia Vermelha, em janeiro de 1993, até a conquista do Armazém da Utopia, reunindo fragmentos de cenários, objetos de cena, fotografias e as imagens históricas dos 19 espetáculos criados pela companhia, entre eles “Companheiros”, “Bósnia, Bósnia”, “Missa dos Quilombos” e “Olga Benário: um breve futuro”. A mostra conta ainda com performances dos atores do núcleo artístico da companhia interagindo com o público e com o projeto cenográfico criado por Rosa Magalhães. A curadoria do conteúdo é do diretor e fundador da companhia Luiz Fernando Lobo. Durante a exposição, o público poderá confraternizar com a Companhia Ensaio Aberto no bar do “Havana Café”.<br /> Temporada da Exposição: Até 3 de julho (sextas ,sábados e domingos, das 17 às 20h)<br />Endereço: Av. Rodrigues Alves, s/n – Centro - Armazém 6 – Cais do Porto<br />Agendamento grupos: ensaioaberto.publico@gmail.com <br />Informações: 2516-4893/2516-4857<br />Capacidade: 200 pessoas Classificação indicativa: livre Entrada GratuitaFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-35947235212633559762011-05-03T07:45:00.000-07:002011-05-03T07:48:56.518-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 86 – 03/05/2011<span style="font-weight:bold;">Nesta edição: Destaque Aracy de Almeida é homenageada em exposição em Niterói * Políticas Culturais: 1 - Cronograma da revisão da Lei de Direitos Autorais; 2 – Araruama/RJ rumo ao Plano e Sistema Municipal de Cultura; 3 – Deputado Vicente Cândido PT/SP apresenta dois projetos para a área cultural; 4 - Kits do projeto Mestres Griôs do Brasil chega às entidades culturais e educacionais brasileiras; 5 – Entidades do movimento negro querem discutir a situação do Centro Cultural José Bonifácio/RJ. * Editais: Casa Rui tem edital aberto para bolsas de pesquisa * Opinião: Roberta Martins escreve sobre políticas culturais na cidade do Rio de Janeiro * Diana Aragão: 1 – Telma Tavares canta Gonzaguinha; 2 – Festival do Cinema Brasileiro de Paris; 3 – Filme sobre Nana Caymmi * Notas: 1 – 100 anos de Vó Maria; 2 – Mães com cidadania em Caxias; 3 - 6º Circuito Mix de Esquetes em Nova Iguaçu; 4 - Fórum de Música RJ elege coordenação; 5 – Solidariedade aos músicos demitidos da OSB; 6 – Sintcon tem noite Black em 13 de maio; 7 – 70 anos de Eliomar Coelho. -</span> ...................................................................................................................................................<br />Em destaque:<br />Aracy de Almeida é homenageada em exposição em Niterói<br />Nós do CPC, junto com o Centro Cultural Abrigo de Bondes, estamos prestando uma homenagem a Araca, recebendo a partir da próxima quarta, 04 de maio, no Espaço Antonio Callado, a exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A Realidade do Samba”. Na abertura, às 19h, teremos um pocket-show com a cantora Gil Miranda, membro do CPC e um coquetel, ambos para convidados – mas os nossos amigos e colaboradores podem entrar em contato conosco ou irem direto ao evento que teremos os convites. <br />A mostra, que também inicia as comemorações pelos 10 anos de existência do Centro Popular de Cultura Aracy de Almeida (11/06/2011) é composta por fotos da artista em diversos momentos de sua carreira, cedidas pelo Jornal Tribuna da Imprensa, além de capas de discos, revistas, livros, publicações com entrevistas e matérias sobre Aracy, e um painel com frases da cantora.<br />Serviço: <br /><br />Exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A realidade do samba” – Centro Cultural Abrigo de Bondes<br />Visitação: de 05 de maio a 30 de junho – gratuita <br />Horário: de terça a sexta-feira, das 11h às 17h; sábados, das 12 às 16 horas<br />Local: Espaço Antônio Callado - Centro Cultural Abrigo de Bondes- Rua Marquês do Paraná, 100, Centro – Niterói – Tel. : 2620-8169<br />................................................................................................................................................... <br />Políticas culturais:<br />1: Ministério da Cultura divulga o cronograma da última fase da revisão da Lei de Direitos Autorais<br />Desde o último dia 25 de abril e até 30 de maio, o anteprojeto (APL) que modifica a Lei de Direitos Autorais receberá contribuições da sociedade, visando aperfeiçoar o texto e contemplar os diversos interesses e relações que o polêmico tema suscita. <br />O MinC elaborou ainda uma Tabela comparativa com Lei 9.610/98, APL levado à consulta pública e APL construído depois da consulta pública 2010, que está disponível, assim como o cronograma do período em: http://www.cultura.gov.br/site/2011/04/20/ultima-fase-da-revisao-da-lda/ <br /><br />2: Mais um município fluminense inicia a construção de seu Plano e Sistema Municipal de Cultura<br /><br />A Prefeitura Municipal de Araruama - RJ, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, realizou no último dia 27 de abril, no Teatro Municipal de Araruama, o primeiro encontro público para a construção dos dois importantes instrumentos estruturantes da área cultural na cidade. Para coordenar o processo, junto com Ricardo Adriano – Sub-secretário de Cultura, foi convidada a consultora Cleise Campos. <br /><br />Agenda dos encontros do PMC de Araruama: 18/MAIO, às 19h, Distrito de Iguabinha- Associação de Moradores, 25/MAIO, às 19h, Distrito de Praia Seca – Praça Escola, 15/JUNHO, às 19h, Distrito de Morro Grande – Casa da Cidadania, 12/JULHO, às 19h, Distrito de São Vicente – Colégio Cenecista de São Vicente, 17/AGOSTO, às 19h, Primeiro Distrito – Teatro Municipal, 14/SETEMBRO, às 19h, Palestra: Conselho de Cultura e Fundo de Cultura, atribuição e funcionamento. <br /><br />Para os moradores da região ou que conheçam pessoas lá e possam divulgar, ou para mais informações do processo: cultura@araruama.rj.gov.br ou araruamacultura@gmail.com. <br /><br /><br />3: Deputado Vicente Cândido PT/SP apresenta dois importantes projetos para a área cultural <br />O deputado paulista apresentou em 14/04 na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 1096/2011, que regulamenta as manifestações culturais de rua. A proposta garante aos artistas de rua o pleno exercício de suas atividades, resguardando os mesmos de qualquer tipo de censura a sua liberdade de expressão.<br />Essa iniciativa responde as restrições impostas à classe artística nos últimos meses na capital paulista. Com o pretexto de coibir o comércio ambulante ilegal, a prefeitura e o governo do estado de SP, deram início a uma série de operações para reprimir as manifestações artísticas. Este quadro paulista repete-se também aqui no Rio de Janeiro e em outras cidades (vide o exemplo recente do artista Getúlio Damásio em Santa Teresa, no qual a Prefeitura do Rio voltou atrás). <br />Em 13 de junho às 19h, em um local do Méier a ser confirmado, o Núcleo Boa Praça realizará o seminário: Arquitetura da Cidade - Espaços públicos para fruição artística e Ordem Pública e livre acesso da cultura. O CPC estará lá com seu coordenador Flavio Aniceto em uma das mesas. Divulgaremos os detalhes mais ao evento. <br />Outra proposição de Cândido é a (PEC 08/2011) que tem como objetivo desonerar as entidades sem fins lucrativos do segmento Cultural e dos Esportes. Na Câmara, o deputado vai pedir o apoio da Frente Parlamentar em Apoio à Cultura, da qual é membro. Mais informações em: http://www.vicentecandido.com.br <br /><br />4: Kits do projeto Mestres Griôs do Brasil chega às escolas brasileiras <br /> <br />Chega ao circuito educacional mais uma contribuição para o efetivo cumprimento da Lei 10.639 de 2003, que obriga o ensino da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas: os kits do projeto Mestres e Griôs do Brasil, material que será entregue em bibliotecas, universidades, associações e instituições que valorizam o patrimônio imaterial do País.<br /> <br />Constituídos por dois DVDs, os pacotes exibem programas interdisciplinares de televisão sobre aspectos culturais afro-brasileiros. Mais informações: http://www.palmares.gov.br/<br /><br />Em tempo: os Griôs são povos que carregam o dom da oratória e transmitem sabedoria popular com facilidade. Meio nômades, são líderes de grupos culturais, geralmente músicos e poetas de cultura popular, na maioria de origem negra, como capoeiristas, congadeiros e jongueiros. <br /><br />5: Centro Cultural José Bonifácio<br />Foi criada na semana passada, a Comissão Pró-José Bonifácio, com representações de diversos grupos e entidades do movimento negro, com o objetivo de discutir a situação do Centro Cultural José Bonifácio. <br />O Centro Cultural, que se situa na Gamboa, região portuária do Rio de Janeiro é referência da cultura afro-brasileira, tido como único no gênero na América Latina. O mesmo é responsável pelo acervo da religiosidade de matriz africana que por muitos anos esteve sob a guarda da Polícia Militar, sendo entregue no ano passado ao Movimento Negro e depositado naquele espaço. A primeira ação da comissão será na próxima 4ª feira - dia 04/05 - 17h, em uma agenda com a Comissão de Cultura da Câmara dos Vereadores, com o Presidente Paulo Messina –PV/RJ, com o objetivo de chamar uma audiência pública sobre o centro cultural. <br />...........................................................................................................................................<br />Editais: <br />1: A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) lançou edital oferecendo bolsas de pesquisa na área cultural:<br />As bolsas variam desde a iniciação científica, de desenvolvimento tecnológico e até bolsas para doutor júnior. As áreas disciplinares incluem um largo espectro das ciências humanas e das sociais aplicadas, além de letras e artes, museologia, arquivologia, biblioteconomia, arquitetura e conservação e restauração. Existem pesquisas específicas de políticas culturais, a cargo de Lia Calabre e Mauricio Siqueira, referências na área. <br />As inscrições vão até 25 de maio, o edital completo e mais informações em: http://www.casaruibarbosa.gov.br/interna.php?page=materia&ID_S=9&NM_Secao=not%C3%ADcias&ID_M=1998 ................................................................................................................................................<br />Opinião:<br />O Rio de Janeiro continua lindo... o Rio de Janeiro continua sendo...<br />Por Roberta Martins <br />Adoro esse elogio em forma de música, bem, eu e o povo de Realengo, a torcida do Flamengo, a moça da favela, todo mundo da Portela... e demais citados que por essa música recebem o abraço de Gilberto Gil, resumido na afirmação de que O Rio de Janeiro continua lindo. Peço emprestado ao compositor, o tom carinhoso que ele utiliza, para afetuosamente ponderar sobre a cultura no Rio, mais especificamente acerca das políticas culturais da cidade. <br />O que me inquieta não é a produção cultural, nessa praia o Rio de Janeiro continua sendo. Aqui, a chapa é quente de culturas produzidas e vividas e o lugar da produção especialíssimo. Pelo grande número de artistas, intelectuais, pesquisadores, poetas, e por aí vai. Caldeirão em que fazedores de cultura inventam e recriam suas sonoridades, letras, artes, imagens. Muito menos a afirmação das identidades, proporcionadas por expressões como funk e hip-hop, ou pela ‘vida viva’ que expressões culturais tradicionais demonstram, como quadrilhas juninas, jongos, festas religiosas. Isso sem falar do samba, marca identitária e um dos símbolos da cidade, do Rio de Janeiro, fevereiro e março. Tudo filmado, fotografado ou porque não, grafitado e disponível na rede, ao alcance de todos a um clique no mouse. <br />Estranhamente a esse clima fervido de tamanha intensidade, e também à nossa fama de questionadores e críticos. Nem que seja no cultivo de um dos mais importantes hábitos da cidade, o exercício da conversa na mesa do bar mais próximo, que tem como resultado a famosa filosofia de botequim, ou a mais recente das formas de debate e participação: a interação em redes sociais, que resulta nas mais apaixonadas defesas de teses digitais. Estranhamente... não se vêem muitos debates focalizando políticas públicas de cultura no âmbito da cidade. <br />Os grandes debates que temos presenciado (muitos) e participado (alguns), tratam dos fazeres culturais, das novidades criadas por grupos de afinidade, das inúmeras atividades realizadas Rio de Janeiro adentro. O que está na moda na correspondente estação, quem ou o que está causando, a eleição do que é imperdível de ver, fazer ou estar. Por outro lado... em se tratando de políticas culturais, são apontados como tema as questões diretamente relacionadas ao geral. Nesse nível, o da ‘grande política’ cultural, existe o debate. Um bom exemplo é o interesse que despertou a troca da guarda no Ministério da Cultura, que provocou brados por parte de muitas entidades da cidade. <br />Mesmo os partidos de esquerda que tem formulações a cerca da área cultural têm dificuldades em superar essa interpretação da cultura. Cabe observar que no campo da elaboração dos partidos com atuação na área da Cultura, temos em nossa cidade a atuação no legislativo municipal do PSOL e do Partido dos Trabalhadores, com vereadores que reconhecidamente têm atuação na área. Atualmente compõem o louvável esforço de construção da Frente Parlamentar de Comunicação e Cultura da Cidade, porém, até a conclusão desse texto, o debate travado priorizou questões gerais, como a Democratização dos Meios de Comunicação, questão justa, com clara interface com as questões da Cultura na cidade, mas ainda assim, replicando o debate e a lógica de um debate que parte da demanda do (plan)alto e não da escuta da cidade. <br />No momento em que dirigentes do Ministério da Cultura são alvos de tantas críticas nos espaços de debate, nada questionamos aos nossos dirigentes municipais. Ao passo que há tanta mobilização para a ampliação de Pontos de Cultura, e outras políticas culturais por parte do MinC, nada reivindicamos a Secretaria Municipal de Cultura e mais, sequer a mencionamos. Em minha avaliação, revela-se um paradoxo sobre a maneira com que os agentes sociais cariocas, mesmo criativos, mostrando-se realizadores constantes e audazes, provando-se críticos e mobilizados encaram a política cultural no município. O carioca se revela tímido no debate sobre a política de cultura da sua própria cidade. <br />Sem medo do exagero, sigo o Economista Mauro Osório quando diz que "Os cariocas "mais provincianos" pensam o Brasil, e os "mais cosmopolitas" pensam o mundo". <br />A certeza do carioca (ou da maioria de nós) é de que o Rio será a eterna capital, mesmo depois de 50 anos da mudança da capital federal para o planalto central. E como não desencarna o espírito, tendemos a repetir em muitas reflexões a lógica da centralidade, lendo o restante do país, a partir de si – vinde a mim, os artistas e as tendências, e serás veiculado em cadeia nacional - olhando a nossa história, irradiada pelas Ondas da Rádio Nacional na era Vargas, pela difusão da televisão... <br />É como se compreendêssemos como menos importante a política pública implementada no município, como se o exercício da democracia e da participação fossem importantes e eficazes apenas se vistos a partir de Brasília. <br />No plano local, Chacrinha poderia continuar dando as ordens no terreiro, desde que realizados eventos. As viradas culturais, que aparentemente proporcionam oferta cultural ao alcance de todos, um dia ao mês em que peças teatrais estejam disponíveis a um real, um show na praia, as oficinas para os ‘pobres’, exposições, bienais, patrocínio de festivais... <br />Evidentemente, carrego as tintas nessa breve observação. Muitos são os que valorizam o papel das cidades e as compreendem como importantes como lugares de promoção de políticas culturais. Acredito que há muitos como eu, que compreendem estar na hora de tomar a cidade como prioritária no debate de políticas públicas de cultura, o que é mais amplo do que encará-la apenas como o lugar de aplicação da política e sua efetiva execução. Por isso é preciso pensar, debater, e definir uma política municipal de cultura em nossa cidade. <br />Chamo a atenção de que no caso de nosso Rio, vale uma chamada, um Alô Rio de Janeiro! Em que pese a realização da 1º Conferência Municipal de Cultura em 2009, em resposta a demanda e a pauta federal em torno da 2ª Conferência Nacional de Cultura, e a elaboração de diretrizes a partir dos debates públicos como resultado da mesma, a conversa sobre políticas públicas municipais anda fraca. A eleição do Conselho Municipal de Cultura (que seria um resultado concreto da Conferência Municipal e das políticas de democratização da gestão apontadas durante o encontro) não foi a frente, e não se discute (ou pouco se conversa...bem pouco!) sobre política de cultura com o executivo municipal. As ações ou programas por parte da Secretaria Municipal são desarticulados, sem planejamento e aparentando que o lugar de elaboração da política cultural é apenas ‘A’ Secretaria e a prioridade da cidade, o investimento nos "templos-locais" da cultura, podemos citar como exemplo a Cidade da Música e o Museu da Zona Portuária. Secundariamente e em situações específicas, como o carnaval, há o foco nas ruas, mas esse, a cargo da Riotur, revelando outra característica da política pública da cidade do Rio de Janeiro, a superioridade de uma visão turística em relação a cultural e não uma complementaridade interpretativa e de ações. Sem contar, a ausência de política cultural para os bairros, revelando as posições de privilégio no espaço da cidade. <br />Essa observação a cerca do poder público municipal, é uma permanência, persistindo e independendo do titular da pasta da Cultura: intelectuais, como Arthur da Távola, representantes da visão neoliberal da cultura, como Helena Severo e Ricardo Macieira. Quadro esse que não foi revertido sequer pela presença durante cerca de dois anos de quadros do PC do B na Secretaria Municipal de Cultura, com a insuspeita Deputada Jandira Feghali – ora presidenta da Frente Parlamentar Mista pela Cultura – e depois pela experiente produtora teatral e professora de gestão cultural, Ana Luisa Lima.<br /><br />Muito justamente, é preciso olhar a Cidade em sua grandiosidade, e destaco principalmente a preparação para receber os grandiosos eventos em um curto espaço de tempo, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Mas, essa mirada, pode e deve ser complementar ao pensamento e ações voltadas para todo o município e seus habitantes, e não a que priorize alguns segmentos. Um passo fundamental para isso é reconhecer o Rio de Janeiro em sua multiplicidade, como nos aponta o Profº Jorge Luiz Barbosa, “É preciso reconhecer que a cidade é produto da diversidade da vida social, cultural e pessoal. Isto significa dizer que a cidade deve ser pensada, tratada e vivida como um bem público comum, e não como um espaço de desigualdades.” <br />Dessa forma, o olhar vai além do que o poder público municipal consegue enxergar sozinho. As lentes necessárias para melhorar essa visão, que poderão ampliar o quadro da política pública municipal de cultura, seu escopo e raio de ação, somente será dado, a partir do debate e mobilização dos agentes culturais da cidade. Sigo na força da música e como o poeta, digo que Meu caminho pelo mundo Eu mesmo traço. Nesse caso, nós.<br />Aquele Abraço!<br />Roberta Martins. ..............................................................................................................................................<br />Dicas da Diana Aragão:<br />1: Telma Tavares em “Gonzaguinha, 20 anos de saudade” <br />Fã ardorosa do grande artista que nos deixou tão precocemente, Telma Tavares, volta e meia, dá um tempo nas apresentações de rotina e retoma um dos seus shows mais aplaudidos para homenagear o ídolo Luiz Gonzaga Jr. Desta vez, numa ocasião até mais emblemática porque o espetáculo está inserido na série intitulada "Gonzaguinha, 20 anos de saudade" que o Centro de Artes Calouste Gulbenkian, em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura do RJ, promoverá no Teatro Gonzaguinha, no dia 05 de maio, às 19 horas. O artista, que nos deixou em 29 de abril de 1991, será homenageado por Telma com interpretações de alguns dos seus maiores hits de carreira, como: "Explode Coração", "Sangrando", "O que é, o que é", "Lindo lago do amor", "É", "Começaria tudo outra vez", "Sangrando" e "Forró do Gonzagão.<br /><br /> O show de Telma Tavares, "Gonzaguinha, 20 anos de saudade", no Teatro Gonzaguinha, terá ingressos a preços bem populares: R$20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Com direção musical de Tuca Alves, Telma será acompanhada pelos músicos: Marcelo d`Luk (violão/guitarra), Fred (violão/ cavaquinho), Mafram (percussão) e Marcos Trança (percussão). <br /><br /> A cantora, que ganhou as rádios com algumas de suas composições gravadas por Alcione (como a canção "Acesa" que titula os mais recentes trabalhos da Marrom), está finalizando o segundo álbum, "Veia Mestiça". O CD, totalmente autoral e fruto de parcerias com autores talentosos como Roque Ferreira, Paulo César Feital, Délcio Carvalho e Tainã Uarani, tem participações especiais de Alcione, Lecy Brandão e de Roque Ferreira. "Veia Mestiça", apesar de ainda não ter sido lançado, já traz faixas gravadas pela própria Alcione ( "Corpo Fechado", "Nair Grande - a bambambã do fuzuê" e "Agarradinho").<br /> <br /> 2: Festival do Cinema Brasileiro de Paris <br /><br />A 13º edição do Festival do Cinema Brasileiro de Paris acontecerá na sala de exibição Nouveau Latina, de 4 a 17 de maio exibindo filmes inéditos, encontros com diretores, debates e retrospectivas. Ficções, documentários, clássicos do cinema brasileiro e filmes que só poderão ser vistos em Paris durante o festival. Trinta longa metragens que apresentam ao público francês a diversidade da produção cinematográfica brasileira contemporânea. Esse ano, o festival homenageará duas personalidades cujas obras atravessaram os anos e as fronteiras: Nelson Pereira dos Santos e Jorge Amado. Entre os documentários, foco para o filme do diretor Dacio Malta com Noel Rosa – Poeta da Vila e do Povo com músicas de Zé Renato interpretadas pela cantora Mariana Baltar. O doc será exibido nos dias 14 de maio, às 21h30 com a presença do diretor Dacio Malta, do produtor Roberto Faissal e do diretor musical Zé Renato e segunda 16 de maio, às 12h00 com a presença do diretor Dacio Malta e do produtor Roberto Faissal.<br /><br />3: Por falar em cinema francês, não deixem de ver outro documentário, este sobre a Nana Caymmi – já em exibição no Rio de Janeiro – dirigido pelo francês Georges Gachot. Vale cada tostão do seu ingresso no ano em que a nossa querida cantora completou 70 anos e nos dará de presente disco novo.<br />...................................................................................................................................................<br />Notas: <br />1: Vó Maria, faz 100 anos!<br />Maria das Dores Santos, a nossa Vó Maria, nasceu em Mendes, interior do Rio de Janeiro, em 05 de maio de 1911. Na década de 30, casa-se pela primeira vez com Maciel Francisco dos Santos ficando viúva, antes de sua única filha, Nilza, completar 3 anos.<br /><br />Casa-se pela segunda vez com o jornalista João Conceição e sua casa transforma-se num dos palanques do Movimento Negro, tendo passado por lá o Senador Abdias do Nascimento, o Sociólogo Guerreiro Ramos, o pesquisador Haroldo Costa, a Advogada Sebastiana Arruda, dentre outros. Nesta ocasião Nilza, filha de Vó Maria, conhece Lygia Santos, filha de Donga que através de sua amizade, unem as famílias. <br /><br />Na década de 60 Vó Maria, já desquitada, e Donga, compositor de "Pelo Telefone" (1º samba gravado), reencontram-se e casam-se, unindo, definitivamente, as duas famílias. A sua casa, ao longo dos 15 anos em que conviveu com Donga, registrou encontros de rara beleza da música popular brasileira - sambas, choros - tendo por lá passado Pixinguinha, João da Baiana, Martinho da Vila, Clara Nunes, João Nogueira, Xangô da Mangueira, Aniceto, Jorginho Peçanha, Walter Rosa, e muitos outros que resistiam e continuam resistindo para preservar a nossa cultura. Aos 89 anos participa da roda de samba Segunda dá Samba, organizada por Zilmar Basílio na primeira vez que Vó Maria canta para um público de mais de 100 pessoas. Foi aplaudidíssima.<br />Aos 90 anos torna-se presença constante nas Rodas de Samba do MIS onde sempre foi convidada pela então Presidente da instituição, Marília Barboza a dar uma canja . <br /><br />Em 2003, Vó Maria grava o seu primeiro CD financiado pelo Fundo Nacional de Cultura/Ministério da Cultura, editado pelo Instituto Cravo Albin, tendo como produtora artística Marília Barboza e direção musical de João de Aquino.<br /><br />Em 14 de janeiro de 2004, Vó Maria submeteu-se à prova da Ordem dos Músicos tendo sido aprovada com nota 10, por unanimidade. Neste mesmo dia sindicalizou-se no Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro.<br /><br />No dia 09 de maio de 2004, Vó Maria realizou o seu maior sonho, o de ser homenageada, em praça pública em sua cidade natal, Mendes. A homenagem fez parte do Projeto Flores em Vida, da Fundação Cultural de Mendes, e foi realizada pela Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, sob o patrocínio da Prefeitura Municipal. <br />O seu centenário será comemorado em 05 de maio, 18h30, com uma missa aberta na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé – Rua Primeiro de Março – seguida de uma recepção para convidados em um clube da cidade. <br />Viva Vó Maria! Um exemplo para todos nós. <br />2: Mães com Cidadania em Duque de Caxias/RJ<br />A Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata, dirigida pela nossa parceria Gracy Mary Moreira, organiza nesta sexta, 06/05, das 9h às 16h, na Rua Frei Fidélis, s/nº, Centro/DC, uma homenagem as mães da cidade, com uma série de serviços estéticos como corte de cabelo, tranças afro, modelagem em sobrancelhas, visando aumentar a autoestima das mulheres e ainda orientações de higiene pessoal e emissão de carteiras de trabalho. O evento tem apoio de diversas instituições, como a Prefeitura daquele município e a Petrobras. <br />3: 6º Circuito Mix de Esquetes em Nova Iguaçu/RJ <br />No sábado, 07/05, a partir das 10h da manhã, os organizadores do circuito prometem parar o centro de Nova Iguaçu, junto com o teatrólogo Amir Haddad (criador do grupo Tá na Rua, entre outras muitas ações na área) e outros duzentos artistas, os organizadores tomarão as ruas com cortejo e a mostra não competitiva de Esquetes. <br /><br />A programação segue nos dias 13, 15, 20, 21 e 22 de maio quando acontecerá a mostra competitiva na unidade Sesc Nova Iguaçu. A realização é da Fábrica de Atores e Material Artístico (Projeto F.A.M.A.)<br /><br />4: Fórum de Música RJ elege coordenação <br /><br />No último dia 26, 84 músicos compareceram a Sala Funarte Sidney Miller para participar da eleição de seu fórum, com duas chapas concorrentes. Compõem a coordenação: Beto Gaspari, Rolo, Cláudio Salles, Carlos Dafé, Celso Santana, Leny Bello, Patrícia Boechat e Ricardo Moreno, da chapa “Músicos em Ação”, que ganham a expressão dos músicos independentes e a força dos movimentos como o Jabasta, Pontos de Cultura, Couvert Artístico, Casa do Músico e Pela Dignidade dos músicos, JÁ. <br />Boa sorte ao grupo na luta pela música. <br /><br />5: Nosso apoio aos músicos demitidos da OSB <br /><br />Lamentamos a decisão da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira - FOSB de demitir 36 componentes da orquestra. A decisão da FOSB de submeter os músicos a avaliações de desempenho detonou uma crise interna. Muitos destes profissionais tocam na OSB há mais de 25 anos. Os demitidos tentaram de todas as formas, negociar com a fundação, mas esta se mostrou irredutível. Uma pena não só para a música, mas para a cidade e o país. <br /><br />6: 13 de maio – Consultoria Cultural em ritmo Black Music <br /><br />Em mais uma edição do projeto Consultoria Cultural, do Sindicato dos Trabalhadores em Consultoria de Engenharia e Projetos do Rio de Janeiro – SINTCON, teremos em 13 de maio, uma sexta-feira, Dia da “Abolição da Escravatura”, ou “Dia de Preto Velho” uma noite de Black Music, a Roda de Música Preta. <br /><br />A noite preta reunirá o cantor Blecaute Júnior, as cantoras Gil Miranda e Gilce de Paula (ambas backing vocal de Sandra de Sá e outros nomes do gênero), Roberta Orlans e uma banda capitaneada pelo músico André Henriques. <br />Dia 13 de maio, 18h30, no Cine Virtual – Rua da Lapa, 197, depois da ACM/UNIGRANRIO, com entrada franca. <br /><br />7: Eliomar 70 anos<br /><br />. <br />Nosso querido vereador e amigo Eliomar Coelho Psol/RJ, fundador do CPC e grande apoiador dos movimentos culturais completou em 18/04, 70 anos, a comemoração será no próximo 14 de maio, sábado, a partir das 21h, no Cordão da Bola Preta (confluência das ruas da Relação e Lavradio). Para reforçar a animação, o grupo Forró Descalço abre a noite que terá ainda baile com a Orquestra Revelia e Elisa Addor. <br /><br /> ...................................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog, produzido pelo CPC Aracy de Almeida, pode ser reproduzido, desde que citada a fonte.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-41507351616883657062011-04-11T03:40:00.000-07:002011-04-11T03:42:09.963-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 85 – 11/04/2011<span style="font-weight:bold;"></span><br />Nesta edição: Políticas Culturais: MinC e Cidadania Cultural * Jandira faz projeto para institucionalizar o Cultura Viva * Glauber Piva propõe novo modelo de financiamento à cultura * Estudos de políticas culturais: ENECULT e Casa de Rui Barbosa recebem propostas de trabalhos * São Gonçalo rumo a finalização do seu Plano Municipal de Cultura * Câmara do Rio tem Frente Parlamentar de Cultura e Comunicação e ALERJ faz audiência pública sobre moda * Editais: Secretaria de Estado da Cultura tem três editais abertos* Opinião: * Diana Aragão: parceria Grupo Estação e SESC e ainda estreia do filme “Homens e Deuses” * Notas: Exposição sobre São Jorge na UERJ * ORTC promove inclusão digital em Caxias * Marcelo Dias é o novo titular da SEPIR/RJ. ...................................................................................................................................................<br />Políticas culturais:<br /><br />1 - Ministério da Cultura está realizando a série de Encontros Rumo à Cidadania Cultural: <br /><br />O Encontro é aberto à participação dos diversos segmentos da sociedade - artistas, produtores e gestores, coletivos e grupos do setor cultural, veículos de comunicação e universidades, em especial, participantes dos Programas Cultura Viva e Brasil Plural. E objetiva apresentar propostas e refletir sobre caminhos para as políticas públicas no campo da cidadania e da diversidade cultural da nova Secretaria – resultado da fusão das Secretarias de Cidadania Cultural (SCC) e Identidade e Diversidade (SID) do Ministério da Cultura (que tem Marta Porto como titular da pasta). <br /><br />Os encontros também se propõem a ampliar o diálogo com fóruns e dirigentes de cultura de estados e municípios de todo o país, com objetivo de fortalecer as ações e programas já existentes, repactuar estratégias e iniciar futuras parcerias. O Rio de Janeiro terá o seu encontro no próximo dia 15, e foram ou serão realizados ainda em São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. Mais informações em: www.cultura.gov.br . <br /><br />2 – Deputada Jandira que institucionalizar o Programa Cultura Viva através de projeto de lei federal: <br />O Programa Cultura Viva nasceu apoiado na premissa constitucional de que o Estado deve oferecer a todos os cidadãos o pleno exercício dos direitos culturais e democratizar o acesso aos bens e ao patrimônio cultural brasileiro. Desde 2005, o Cultura Viva reconheceu, potencializou e conectou em rede cerca de 4 mil organizações culturais do Brasil através dos Pontos de Cultura.<br />No momento em que as políticas culturais se fortalecem no âmbito federal, mesmo que sofram mudanças eventuais e naturais em uma transição, a deputada Jandira Feghali PC do B/RJ, também presidente da Frente Parlamentar Mista de Cultura apresentou o O PL n° 757/2011, visando a institucionalização do programa, por força de lei federal. O mesmo encontra-se em consulta pública até o dia 20 de maio, para que a sociedade possa discuti-lo e se for o caso aperfeiçoá-lo, a íntegra do projeto pode ser conferida em nosso blog, através do link: http://cpcaracydealmeida.blogspot.com/2011/04/projeto-de-lei-n-de-2011-da-sr-jandira.html e as sugestões e comentários devem ser enviados para o endereço eletrônico plculturaviva@gmail.com criado pelo gabinete da deputada. <br />Acreditamos que uma boa sugestão é se pensar em uma forma de acompanhamento mais regular do trabalho dos Pontos de Cultura, inclusive de conteúdo – o que não significa dirigismo cultural e estatal – mas que se tenha um zelo não só pela prestação de contas financeiras, uma vez que não são poucos os relatos de instituições apoiadas pelo Cultura Viva que o utilizam como espaços eleitorais, oferecem cursos com cobrança de mensalidades, etc. e seria importante uniformizar algumas ações neste sentido. <br /><br />3: Financiadora da Cultura: nova ferramenta para um novo modelo de fomento à cultura<br /><br />Por Glauber Piva, diretor da ANCINE <br /><br />Hoje, o Estado brasileiro já tem iniciativas de fomento que, em tese, deveriam ser suficientes para a estruturação dessa economia ou atendimento de demandas culturais dispersas. No entanto, persiste uma sensação de ineficiência dos mecanismos atuais. Essa sensação tem várias origens: algumas, relacionadas ao aparato burocrático pesado e, outras, às poucas modalidades de fomento. Derivam também do fato de que as ações de fomento à cultura estão dispersas em diversas estruturas da Administração Pública Federal, o que não favorece a racionalidade e a economicidade dos processos, além de facilitar os constantes embates acerca dos parâmetros para avaliação, acompanhamento e fiscalização.<br /><br />Leia o artigo completo em: http://glauberpiva.blogspot.com/2011 <br /><br /><br />4: VII ENECULT estende prazo para submissão de trabalhos<br /> <br />Estudantes, professores, pesquisadores, artistas e demais interessados em participar do VII Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (VII ENECULT), em Salvador/BA, devem enviar trabalhos até 17 de abril. <br /><br />Nesta edição, que será realizada entre 3 e 5 de agosto, além das mesas coordenadas e comunicações orais, os autores também podem submeter propostas de intervenções artísticas. A submissão de trabalhos é feita através do site www.enecult.ufba.br. A programação do VII ENECULT e outras informações estão disponíveis no blog (enecult.wordpress.com) e no twitter (twitter.com/enecult) do evento.<br /> <br /> 5: O Setor de Estudos de Política Cultural da Fundação Casa de Rui Barbosa abre chamada de inscrição de trabalhos para o II Seminário Internacional de Políticas Culturais: <br /><br />O seminário que será em 21, 22 e 23 de setembro, está recebendo propostas para apresentação de trabalhos que tenham como foco a área de políticas culturais, os quais poderão ser submetidos por estudantes em nível de pós-graduação (mestres e doutores), pesquisadores (mestres e doutores) e professores. O envio dos mesmos será feito exclusivamente pelo e-mail politica.cultural@rb.gov.br , entre os dias 01/05 e 0/06/2011, constando em “assunto”: submissão de artigo. Mais informações www.casaruibarbosa.gov.br ou pelo citado e-mail. <br /><br />8: Fórum Permanente para o Plano Municipal de Cultura 2011/2020 de São Gonçalo:<br /><br />A Secretaria Municipal de Turismo e Cultura e o Conselho Municipal de Cultura do município metropolitano convidam para a última etapa do processo de debates e elaboração do plano de cultura, em 30/04, 9h, na UERJ – São Gonçalo. <br /><br />Mais informações: http://pmculturasg.blogspot.com/2011/03/forum-permanente-de-cultura-debate-e.html<br /><br />9: Aconteceu no último dia 07/04 a instalação da FRENTE PARLAMENTAR EM PROL DA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO E DA CULTURA no Auditório da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, uma iniciativa do Vereador Reimont PT/RJ.<br />10: Já na Assembléia Legislativa, a Comissão de Educação e Cultura, presidida pelo deputado estadual Robson Leite PT/TJ, promove a AUDIÊNCIA PÚBLICA DE MODA – no próximo Dia 25 de abril, 14h, ALERJ, Sala das Comissões, tendo por objetivo ouvir o setor; Criar um Grupo de Trabalho para a Câmara Setorial de Moda e ainda discutir o Plano Estadual de Moda. Mais informações com Viviane Martins através do endereço vivianerj@msn.com . .................................................................................................................................................<br />Editais: <br /><br />Secretaria de Estado de Cultura/RJ está com três editais abertos: <br />1 Projetos na Área de Produção de Eventos: visa selecionar projetos de eventos culturais iniciados em julho de 2011 (a partir da pré-produção). Segundo a Secretaria “A seleção pretende promover um maior acesso do público fluminense à produção cultural, fomentar a troca cultural entre agentes da sociedade civil e celebrar a diversidade cultural, além de ampliar o mercado de trabalho para artistas, técnicos, produtores e levar programação de qualidade aos municípios”. Inscrições até 20 de abril.<br />2: Microprojetos Culturais: tendo como finalidade fomentar e incentivar artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais. Os interessados deverão ter entre 18 a 29 anos e morar no Estado do Rio de Janeiro. Inscrições até 26 de maio.<br />3: Premiação de Mestres e Grupos de Culturas Populares: e visa reconhecer e premiar a atuação de mestres e grupos/comunidades responsáveis por iniciativas que envolvam as diferentes expressões das culturas populares do estado do Rio de Janeiro. Inscrições até 26 de maio.<br />As inscrições para as seleções são gratuitas e devem ser realizadas no Portal Cultura.rj (www.cultura.rj.gov.br) <br />................................................................................................................................................<br />Dica da Diana Aragão:<br />1: Parceria Estação e Sesc já começou:<br /><br />A partir da última sexta-feira, 08/04/2011, comerciários tem 60% de desconto na rede de cinemas do grupo Estação mediante apresentação da carteirinha do SESC RIO e da identidade. Desconto válido também para acompanhante, todos os dias e em todo Circuito Estação. Promoção não cumulativa com outros descontos.<br /><br />2: Filme “Homens e deuses” estreia 15 de abril<br /><br />O filme ganhador do Grande Prêmio do Festival de Cannes 2010 é baseado na história verídica dos sete monges (viviam oito no mosteiro e chegou mais um visitante mas estes se esconderam) franceses que foram sequestrados e assassinados na Argélia, resultado do confronto entre o governo e os grupos extremistas que queriam tomar o poder. O filme do diretor Xavier Beauvois estreia no Rio e em São Paulo no dia 15 de março e é um drama comovente . <br /><br />“Homens e deuses” narra a trajetória dos monges em seu dia a dia em contato com a população muçulmana local e mesmo com o perigo crescente – eles são cerceados pelos terroristas e pelo exército local – decidem ficar. <br />Pontuado por cânticos e orações, a tensão chega ao máximo quando se escuta “Lago dos cisnes”, de Tchaikovsky quase que fechando o belíssimo filme indicado para todos os homens e credos pois não é um somente um filme mostrando a liturgia católica mas um filme profundamente humano. Tanto que seu título veio de um versículo bíblico: "Vós sois deuses / Todavia morrereis como homens", enunciado no começo da fita. Valendo registrar que a Bíblia convivia com o Alcorão no começo deste denso “Homens e deuses”.<br />...................................................................................................................................................<br />Notas: <br />1: UERJ tem exposição sobre São Jorge: <br />Inaugurada no último dia 04 de abril – dento da Semana de Cultura Popular da UERJ, promovida pelo seu Departamento Cultural/Decult, na galeria Cândido Portinari a exposição Jorge, em homenagem ao São Jorge, um dos santos mais populares do Rio de Janeiro. Na mostra, o fotógrafo Vanor Correia apresentará fotografias realizadas no Rio de Janeiro, no dia 23 de abril, dia dos festejos de São Jorge, dos anos de 2007, 2008 e 2009. Além disso, esculturas de diversos artistas populares inspiradas no santo estarão expostas na galeria.<br />Exposição “Jorge”<br />Local: Galeria Cândido Portinari - Rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã<br />Tel.: (21) 2334-0728 / 0114<br />Visitação: até 20 de maio de 2011.<br />2: A ORTC- Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata, está oferecendo curso de Inclusão Digital para Jovens e 3ª Idade em Duque de Caxias, o mesmo busca democratizar o acesso às tecnologias da informação e comunicação, alfabetizando digitalmente, proporcionando (ou ampliando) o contato da maioria das pessoas com as novas ferramentas. Todo cidadão tem direito à informação, principalmente jovens e idosos. <br /><br />Local: Rua Frei Fidélis, S/N°, sala 03 do CRJ - Centro – Duque de Caxias<br />( Em frente ao terminal rodoviário Shopping Center, encima do restaurante popular no CRJ – Centro de Referência da Juventude) <br />Mais informações: (21) 2775-9066 / 8881 1262 ou remanescentestiaciata@gmail.com <br /><br />3: O ex-deputado estadual e advogado Marcelo Dias é o novo titular da Superintendência de Igualdade Racial, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos substituindo a atriz e cantora Zezé Motta. Boa sorte para ele na nova função. <br /> ..................................................................................................................................................<br /> Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog , produzido pelo CPC Aracy de Almeida , pode ser reproduzido, desde que citada a fonteFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-10652087653620333502011-04-07T12:33:00.000-07:002011-04-07T12:34:34.697-07:00Projeto de Lei n.º , de 2011 (Da Sr.ª JANDIRA FEGHALI) Institui o Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania,<span style="font-weight:bold;">Projeto de Lei n.º , de 2011<br />(Da Sr.ª JANDIRA FEGHALI) <br />Institui o Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, estabelece normas para seu funcionamento, e dá outras providências.</span><br />O CONGRESSO NACIONAL decreta:<br />Art. 1º Esta Lei institui o Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, vinculado ao Plano Nacional de Cultura, estabelece normas para seu funcionamento, e dá outras providências.<br />Art. 2º São objetivos do Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania:<br />I – Garantir o pleno exercício dos direitos culturais aos cidadãos brasileiros, dispondo-lhes os meios e insumos necessários para produzir, gerir e difundir iniciativas culturais;<br />II – Estimular o protagonismo social na elaboração e na gestão das políticas públicas;<br />III – Promover uma gestão pública compartilhada e participativa, amparada em mecanismos democráticos de interlocução com a sociedade civil;<br />IV – Consolidar os princípios da participação social nas políticas culturais;<br />V – Garantir o respeito à cultura como direito de cidadania, à diversidade cultural como expressão simbólica e como atividade econômica;<br />VI - Estimular iniciativas culturais já existentes, através da transferência de recursos do Ministério da Cultura para os beneficiários designados por meio desta lei;<br />VII - Promover o acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural;<br />VIII - Potencializar iniciativas culturais, visando à construção de novos valores de cooperação e solidariedade;<br />IX - Estimular a exploração, o uso e a apropriação dos códigos, linguagens artísticas e espaços públicos e privados disponibilizados para a ação cultural.<br /><br />Art. 3º São considerados beneficiários do Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania:<br />I - Estudantes e jovens de todos os segmentos sociais;<br />II - Comunidades tradicionais indígenas, rurais e quilombolas;<br />III - Agentes culturais, artistas, professores e todos aqueles que desenvolvam ações de arte, cultura e educação; de todos os saberes e fazeres.<br />.<br />Art. 4º Entre as ações do Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, destacam-se:<br />I - Pontos de Cultura: núcleos culturais juridicamente constituídos formados por entidades não governamentais sem fins lucrativos que articulam as diversas ações do programa; <br />II - Pontões de Cultura: espaços culturais, redes regionais e/ou temáticas de pontos de cultura, Centros de Cultura e governos locais que têm como objetivos executar ações de mobilização e articulação de redes regionais e/ou temáticas de pontos de cultura, visando capacitação, mapeamento e ações conjuntas;<br />III - Pontos de mídia livre: núcleos juridicamente constituídos que atuam no desenvolvimento de novas mídias e ferramentas de comunicação compartilhadas e colaborativas;<br />IV - Escola Viva: ações que promovam o diálogo e a parceria entre pontos de cultura e ambientes da educação formal - escolas, creches, universidades;<br />V – Ação Griô: iniciativas de reconhecimento dos saberes e fazeres da tradição oral do povo brasileiro, em diálogo com a educação formal, os griós e mestres de tradição oral com reconhecimento político, social e econômico. através do reconhecimento político, social e econômico;<br />VI - Cultura Digital: ações e iniciativas envolvendo novas tecnologias e ferramentas de comunicação, desenvolvimento de plataformas de produção e difusão cultural nos ambientes da internet e suportes audiovisuais;<br />VII – Interações Estéticas: residências artísticas que promovam o diálogo entre artistas e expressões da arte contemporânea com as comunidades atendidas pelos pontos de cultura;<br />VIII - Agente Jovem de Cultura Viva: ações de estímulo o protagonismo juvenil e difusão de bens e produtos culturais.<br />Art. 5º Para os fins previstos nesta lei, consideram-se objetivos dos Pontos e dos Pontões de Cultura: <br />I – Ponto de Cultura:<br />a) potencializar iniciativas culturais já desenvolvidas por comunidades, grupos e redes de colaboração;<br />b) promover, ampliar e garantir a criação e produção artística e cultural;<br />c) incentivar a preservação da cultura brasileira;<br />d) estimular a exploração de espaços públicos e privados que possam ser disponibilizados para a ação cultural;<br />e) aumentar a visibilidade das diversas iniciativas culturais;<br />f) promover a diversidade cultural brasileira, garantindo diálogos interculturais; <br />g) garantir acesso aos meios de fruição, produção e difusão cultural;<br />h) contribuir para o fortalecimento da autonomia social das comunidades;<br />i) promover o intercâmbio entre diferentes segmentos da comunidade; <br />j) estimular a articulação das redes sociais e culturais;<br />k) adotar princípios de gestão compartilhada entre atores culturais não governamentais e o Estado;<br />l) fomentar as economias solidária e criativa;<br />m) proteger o patrimônio cultural material e imaterial;<br />n) apoiar e incentivar manifestações culturais populares.<br />II – Pontões de Cultura:<br />a) promover a articulação entre os Pontos de Cultura;<br />b) formar redes de capacitação e de mobilização;<br />c) desenvolver programação integrada entre Pontos de Cultura por região.<br />Art. 6º Os recursos para execução do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – Cultura Viva constarão da programação do Fundo Nacional de Cultura, nas respectivas Leis Orçamentárias ou de outras programações que o sucederem<br /><br />Art. 7.º A seleção dos beneficiários do Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania será executada por meio de edital nos três níveis de governo.<br />Parágrafo Único Para realizar avaliação e seleção dos inscritos nos editais será composta Comissão Julgadora paritária entre poder executivo e sociedade civil nos três níveis de governo, conforme estabelece o caput, sendo:<br />a) nível federal – União e sociedade civil;<br />b) no nível estadual – União, Estado e sociedade civil;<br />c) no nível municipal – União, Município e sociedade civil.<br />Art. 8º Esta lei será regulamentada, no que couber, no prazo de 120 dias, a contar de sua publicação.<br />Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<br />JUSTIFICATIVA<br />A presente proposição tem como finalidade reconhecer e garantir o Cultura Viva - Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, criado e desenvolvido pelo Ministério da Cultura desde 2005, como política cultural permanente do Estado brasileiro, proposta pelo então secretário de Cidadania Cultural, o historiador Célio Turino.<br />A proposição cumpre determinação do artigo 215 da Constituição Federal dispondo que “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais", e é respaldada na Convenção Mundial da Diversidade Cultural da UNESCO. <br />Ainda de acordo com os artigos 215 e 216 o Estado brasileiro tem também como missão democratizar o acesso aos bens de cultura e valorizar o patrimônio cultural brasileiro.<br />O Cultura Viva, como política pública, potencializa a riqueza e a diversididade cultural brasileira, empoderando atores, compartilhando idéias e valores e intensificando a interação entre os sujeitos e seu meio. Indo além da construção de prédios ou a da simples transferência de recursos para organizações culturais, o objetivo é dar sentido educativo à política pública, valorizar o protagonismo social, promover o desenvolvimento a partir da apropriação coletiva dos conceitos e da teoria do programa, além, de integrar solidariamente manifestações e ações de arte, educação e cultura; numa ação transformadora e emancipadora da sociedade. <br />O Programa atua em diversos campos, entendendo a cultura como expressão simbólica, como cidadania e como economia. “O elemento emancipador do programa ocorre da interação dialética do processo de autoreconhecer-se/reconhecimento no outro; cultura de si / cultura do comum”. (TURINO, Célio. “Ponto de Cultura – o Brasil de baixo para cima”, Ed. Anita Garibaldi/2009.)<br /> Segundo pesquisa do IPEA, são mais de 8 milhões de pessoas envolvidas na rede de Pontos de Cultura, participando em níveis diferentes, como gestores, professores e oficineiros, artistas, criadores, alunos, consumidores, público apreciador.<br />Atualmente conta-se com mais de 3.000 Pontos de Cultura espalhados por todo o Brasil, nas diversas áreas, dos sertões ao litoral, de aldeias indígenas às grandes cidades, de grupos de cultura tradicional a vanguardistas. <br />O programa, além disso, construiu um importante patrimônio para a sociedade brasileira, ligado a consolidação de um lastro social extremamente capilarizado que se manifesta em Fóruns e Redes de Pontos de Cultura, empoderando atores e fortalecendo a complexa teia cultural brasileira.<br />Pela relevância e alcance da matéria esperamos contar com o apoio dos nobres parlamentares na aprovação do presente projeto de lei.<br />Sala das Sessões em 17 de março de 2011.<br /><br />JANDIRA FEGHALI<br />PCdoB/RJFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-91263314818481066992011-03-27T10:37:00.000-07:002011-03-27T10:40:02.747-07:00Boletim CPC - Ano VI – nº. 84 – 28/03/2011<span style="font-weight:bold;"><span style="font-weight:bold;">Boletim CPC - Ano VI – nº. 84 – 28/03/2011</span><br /><br />Nesta edição: Políticas Culturais: Minuta da Reforma da LDA (enviada por Juca Ferreira em 23/12/10) está no site do Ministério * Informes sobre a Comissão e a Frente Parlamentar de Cultura em Brasília * Jandira defende andamento de diversos projetos para a Cultura na Câmara *FPA lança outro título sobre políticas culturais * Música se reúne com a ministra Ana de Hollanda * Informes sobre a mudança na Rouanet * Casa Rui inicia os trabalhos para o II Seminário Internacional de Políticas Culturais * São Gonçalo na finalização de seu Plano Municipal de Cultura * Edital * Funarte para doação de equipamentos cênicos * Secretaria de Estado de Cultura com três editais abertos e com consultoria aberta para a colaborar na elaboração dos mesmos * Opinião: artigos de Morgana Eneile, Roberta Martins e Cleise Campos sobre as polêmicas na política federal de cultura * Homenagem: Centenário de Assis Valente na Revista Música Brasileira e em dois shows: Mariana Baltar e Tania Malheiros * Diana Aragão indica: Emílio Santiago em Sampa e Eduardo Poyares * Notas: Cinema Nosso tem inscrições abertas para os seus cursos até esta semana * Funarte tem alguns de seus livros disponíveis para download * Ponto de Cultura Claquete Cultural do CASARTI foi inaugurado * Cia. de Aruanda faz seminário no SESC Madureira. * Museu do Pontal realiza mais um dos seus importantes seminários sobre culturas populares </span>...................................................................................................................................................<br />Políticas culturais:<br /><br />1: Minuta da mudança na Lei de Direitos Autorais está no site do Ministério da Cultura:<br /><br />Nesses primeiros meses do Governo Dilma, uma questão foi campeã de audiência, ganhou a rede e o debate entre artistas, intelectuais e pessoas ligadas à cultura pelo país afora: o debate sobre a reforma da Lei de Direitos Autorais. <br /><br />A discussão em torno do tema deu o tom deste primeiro momento da gestão do Ministério da Cultura, sob o comando da ministra Ana de Hollanda. Não é de hoje esse debate, que foi iniciado durante o Governo Lula, pelo então Ministro da Cultura, Juca Ferreira, que havia aberto a consulta pública sobre o tema e que teve como resultado um texto que foi entregue à Casa Civil em 23 dezembro de 2010, dois dias depois do anúncio do nome da nova ministra.<br /><br />Esse proposta de texto para a reforma, fruto do debate público era conhecido por poucas pessoas em sua forma final. Como forma de dar acesso ao conteúdo da proposta a um maior número de pessoas, o MinC torna público seu teor no seu portal na internet. <br /><br />O objetivo é dar continuidade ao processo, além de tornar público o documento, será divulgado o cronograma com as etapas da revisão da proposta em até 30 dias.<br /><br />Com a versão final do texto, será possível que o debate seja feito com melhor qualidade do que nos primeiros meses desse ano, a partir do concreto, mostrando em que é possível flexibilizar a Lei, onde é necessário ampliar a lista de exceções e quais as limitações da lei atual a luz das necessidades da sociedade atual.<br /><br />O endereço eletrônico da minuta: http://www.cultura.gov.br/site/2011/03/22/revisao-da-lei-dos-direitos-autorais/<br />2: Comissão de Educação e Cultura e Frente Parlamentar de Cultura agitam o debate na Câmara dos Deputados:<br />A presidenta da Comissão de Educação e Cultura – CEC - da Câmara dos Deputados, deputada Fátima Bezerra (PT-RN) participou ontem de reunião da Frente Parlamentar Mista de Cultura, coordenada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Fátima colocou a CEC à disposição da Frente Parlamentar, que poderá usar o espaço físico da comissão. “Vocês têm todo o meu apoio”, assegurou.<br />A deputada petista enfatizou a necessidade de a Frente lutar pela aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 150/03), que trata do financiamento da cultura. “Se não assegurarmos recursos, não conseguiremos tirar projetos do papel”, defendeu. Fátima Bezerra foi relatora do Plano Nacional de Cultura, transformado na lei 12.343/10.<br />Sobre a Frente especificamente, os parlamentares se reuniram para discutir os ritos preparatórios para a reinstalação do colegiado que irá debater temas estruturantes para a consolidação de conquistas importantes para a cultura brasileira. Os deputados e senadores que compõem a Frente, elegeram a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) para presidir o colegiado que reúne mais de 250 congressistas. <br /><br />No dia 22/03, os parlamentares também aprovaram o estatuto da Frente, que pretende debater temas estruturantes para a consolidação das políticas públicas culturais no país. O ato político de lançamento da frente será realizado no próximo dia 6 (quarta-feira), às 8h, no Congresso Nacional, onde diversas autoridades, intelectuais, artistas e militantes dos movimentos culturais devem comparecer e a Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, já confirmou presença no evento.<br /><br />O conselho executivo da Frente foi composto suprapartidariamente e buscou contemplar todas as unidades federativas. Integram a diretoria da frente os seguintes parlamentares: Jandira Feghali (PCdoB/RJ – Presidente); Cristovam Buarque (PDT/DF – Primeiro Vice-Presidente); Antonio Roberto (PV/MG – Segundo Vice-Presidente); Stepan Nercessian (PPS/RJ – Terceiro Vice-Presidente); Angelo Vanhoni (PT/PR – Primeiro Secretário); Raul Henry (PMDB/PE – Segundo Secretário); Marisa Serrano (PSDB/MS – Terceiro Secretário); Rebecca Garcia (PP/AM – Primeira Tesoureira); Ariosto Holanda (PSB/CE – Segundo Tesoureira); e como membros natos: Fátima Bezerra (PT/RN –Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara) e Roberto Requião (PMDB/PR – Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal).<br />3: Políticas públicas culturais priorizadas no plenário da Câmara<br />A deputada Jandira, acima citada, apresentou requerimentos solicitando a inclusão na pauta de votações três matérias que prevêem a adoção de políticas públicas culturais no país, objetivando a agilidade na tramitação de algumas proposições legislativas, que aguardam ser apreciadas no plenário da Câmara dos Deputados. <br />Uma dessas matérias é o Projeto de Lei nº 5798/2009, de autoria do Poder Executivo, que propõe a criação do Programa de Cultura do Trabalhador, que incluirá a oferta de vales-culturais. A deputada e ex-secretária de cultura carioca, também solicitou prioridade para a Proposta de Emenda Constitucional nº 416/2005, de autoria do deputado Paulo Pimenta (PT/RS), que institui o Sistema Nacional de Cultura. E finalmente a Proposta de Emenda à Constituição nº 150/03, que destina um percentual mínimo de 2% do Orçamento da União para a cultura, de autoria coletiva do deputado Paulo Rocha (PT-PA) e outros parlamentares. A expectativa é que esse percentual de vinculação venha a obrigar a União a destinar cerca de R$ 5,3 bilhões para o setor, lembrando que em 2010 o orçamento para cultura foi de R$ 2,2 bilhões.<br />4: Mais uma publicação da Fundação Perseu Abramo sobre políticas culturais: <br />Na quinzena passada anunciamos um título da FPA sobre as políticas culturais no governo Lula, agora nos chega a informação de outro, que faz parte da Coleção Brasil em Transformação com base em seminário realizado em 2009 pela Fundação Perseu Abramo com todas as áreas do governo Lula. Participaram os ministros da pasta e convidados. No caso da Cultura, são três textos, sendo um de nossa companheira e amiga Morgana Eneile (ver texto dela publicado aqui em “Opinião”), do Frederico Barbosa pesquisador do IPEA e do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira. São duas obras importantes para os que sendo ou não apoiadores do governo (aliás dos governos, Lula e agora, <br />Dilma), mas que se interessam na área de políticas culturais, pois com certeza contribuirão para o debate. Ambos já estão a venda no site da Fundação Perseu Abramo e a entrega pode ser feita em qualquer parte (http://www.efpa.com.br/telas/produtos/lancamentos/default.asp). <br />5: Encontro da área de música com a ministra, Ana de Hollanda<br />A Funarte está dando início a uma série de encontros setoriais e nesta terça-feira 29/03 - acontecerá o da área de música, são convidados profissionais e instituições do setor e o mesmo contará com a presença da ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Será na Sala Funarte Sidney Miller , às 15h, mas em razão da limitação de espaço a confirmação deveria ter sido feita até a última sexta, 25/03 (o comunicado foi em tempo hábil para tal, só que nosso boletim é quinzenal). <br /><br />Em todo caso segue o telefone e e-mail do Centro de Música da Funarte, para esta ou outras situações: tel. 21-2279-8107 ou email: comus@funarte.gov.br<br />6: Mudanças na Lei Federal de Incentivo à Cultura: <br />A polêmica em torno da autorização para a produção da cantora Maria Bethania captar recursos incentivados para fazer um blog/outros produtos sobre poesia recolocaram – embora tosca e tortamente – o debate sobre a Lei Rouanet (ver artigo de Roberta Martins em Opinião). E neste sentido é bom atualizarmos a informação sobre este trâmite (a partir de informes do ator e presidente da Funarte Antonio Grassi em seu blog http://bloglog.globo.com/antoniograssi/ )<br />O PROCULTURA – projeto que altera a Lei Rouanet em vigor – está no seguinte pé no congresso nacional: foi aprovado na Comissão de Educação e Cultura ( com substitutivo da Dep. Alice Portugal) e agora se encontra na Comissão de Constituição e Justiça, cujo relator é o Dep. Pedro Eugênio. A seguir será encaminhado à Comissão de Orçamento.<br />Depois da aprovação nessa comissão, passará pela Comissão de Indústria e Comércio cujo Presidente o solicitou em dezembro do ano passado. Dai segue para votação no plenário da Câmara. Aprovado, vai para o Senado. Se não sofrer alteração vai para sanção presidencial. Caso o Senado altere algum item ele volta para a Câmara dos Deputados. Portanto, seu trajeto final não é curto e está nas mãos do Congresso. Em todo caso vamos acompanhar pois este assunto muito nos interessa. <br />7: O Setor de Estudos de Política Cultural da Fundação Casa de Rui Barbosa abre chamada de inscrição de trabalhos para o II Seminário Internacional de Políticas Culturais: <br /><br />O seminário que será em 21, 22 e 23 de setembro, está recebendo propostas para apresentação de trabalhos que tenham como foco a área de políticas culturais, os quais poderão ser submetidos por estudantes em nível de pós-graduação (mestres e doutores), pesquisadores (mestres e doutores) e professores. O envio dos mesmos será feito exclusivamente pelo e-mail politica.cultural@rb.gov.br , entre os dias 01/05 e 0/06/2011, constando em “assunto”: submissão de artigo. Mais informações www.casaruibarbosa.gov.br ou pelo citado e-mail. <br /><br />8: Fórum Permanente para o Plano Municipal de Cultura 2011/2020 de São Gonçalo:<br /><br />A Secretaria Municipal de Turismo e Cultura e o Conselho Municipal de Cultura do município metropolitano convidam para as duas últimas etapas do processo de debates e elaboração do plano de cultura, na próxima quarta-feira 30/03, 18h, no Centro Cultural Joaquim Lavoura – Av. Presidente Kennedy, 721 – Estrela do Norte e em 30/04, 9h, na UERJ – São Gonçalo, com a presença já agendada da secretária de Estado da Cultura, Adriana Rattes. O plano gonçalense tem a consultoria da professora MS. Cleise Campos – ativa militante cultural da cidade e do estado – e do produtor cultural e cientista social Flavio Aniceto – também coordenador deste CPC e que teve experiência similar em Petrópolis. Mais informações: http://pmculturasg.blogspot.com . <br />.................................................................................................................................................<br />Editais: <br />1: Edital Funarte de Doação de Equipamentos de Iluminação Cênica 2011<br />Cooperativas, companhias, empresas e outras instituições culturais públicas ou privadas podem adquirir, conjuntos de equipamentos de iluminação cênica. O material é doado pela Funarte, visando contribuir para a melhoria técnica e artística de espaços de artes cênicas em todo o país. Neste ano, serão contemplados 20 proponentes, em um investimento total da instituição de R$800.00,00.<br />Para participar, é preciso enviar à Funarte, pelo correio, um projeto que contenha: os motivos da necessidade dos equipamentos, a ficha de inscrição preenchida, o currículo do proponente e dados relativos ao espaço cênico – entre outros documentos e informações, conforme explica o edital. Os projetos são analisados por uma comissão composta por três especialistas do Centro Técnico de Artes Cênicas da Funarte. O edital completo e mais informações em: http://www.funarte.gov.br/edital/edital-funarte-de-doacao-de-equipamentos-de-iluminacao-cenica-2011/ <br />2: Secretaria de Estado de Cultura/RJ com três editais abertos: <br />2.1 Projetos na Área de Produção de Eventos: visa selecionar projetos de eventos culturais iniciados em julho de 2011 (a partir da pré-produção). Segundo a Secretaria “A seleção pretende promover um maior acesso do público fluminense à produção cultural, fomentar a troca cultural entre agentes da sociedade civil e celebrar a diversidade cultural, além de ampliar o mercado de trabalho para artistas, técnicos, produtores e levar programação de qualidade aos municípios”. Inscrições até 20 de abril.<br />2.2: Microprojetos Culturais: tendo como finalidade fomentar e incentivar artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais. Os interessados deverão ter entre 18 a 29 anos e morar no Estado do Rio de Janeiro. Inscrições até 26 de maio.<br />2.3: Premiação de Mestres e Grupos de Culturas Populares: e visa reconhecer e premiar a atuação de mestres e grupos/comunidades responsáveis por iniciativas que envolvam as diferentes expressões das culturas populares do estado do Rio de Janeiro. Inscrições até 26 de maio.<br />As inscrições para as seleções são gratuitas e devem ser realizadas no Portal Cultura.rj (www.cultura.rj.gov.br) <br />Uma dica importante: <br />Os interessados em participar destas seleções contam com o auxílio do Escritório de Apoio à Produção Cultural | EAPCult que oferece consultorias individuais gratuitas a artistas, produtores e gestores culturais – públicos e privados – e demais profissionais de cultura nos setores de Elaboração e Enquadramento de Projetos Culturais e Produção Cultural, Marketing Cultural e Mobilização de Recursos.<br />O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, na própria SEC, localizada na Rua da Ajuda, número 5, 13º andar. Para consultorias presenciais é necessário agendar horário por telefone ou e-mail. Mais informações em eapcult.editais@gmail.com e/ou no fone 21- 2333-4107<br />................................................................................................................................................<br />Opinião:<br /><br />Três opiniões sobre as recentes polêmicas envolvendo as políticas culturais em nível nacional. Como de práxis, as mesmas refletem a opinião dos seus autores, e estamos abertos para receber opiniões diferentes ou que contestem estas e todas as que aqui publicamos. <br /> <br />1: Ou isto ou aquilo não é eis a questão - continuidade nas políticas públicas de Cultura <br /><br />Morgana Eneile*<br /><br />A construção de políticas públicas e a absorção destas em políticas de Estado levam tempo e esforço variados. O Sistema Único de Saúde (SUS) segue em processo de transformação contínuo, sendo inegável sua importância para a universalização do acesso 22 anos depois do início de sua implementação. E demonstra que só a mera inclusão de artigos e termos na Constituição ou em Lei não garante a efetivação de uma política de interesse social.<br />Em se tratando da pauta da Cultura, em que os princípios ainda não foram devidamente absorvidos por todos os atores da sociedade, muito menos garantidos em Lei, é evidente que mudanças de equipe e mesmo de rumo preocupem quem vive a pauta no seu cotidiano. Com todos os avanços do Governo Lula e da gestão de Gil e Juca, pequenas foram as vitórias que podemos contar como fato neste âmbito. Dos grandes projetos de lei em discussão no período, somente o Estatuto dos Museus e o Plano Nacional de Cultura – tanto a PEC quanto a Lei – foram aprovados e sancionados. Portanto, a maior parte da pauta ainda se encontra no Legislativo e outras tantas, como o debate sobre a Reforma da Lei do Direito Autoral, ainda não chegaram a casa.<br />Ler a íntegra em: <br />http://cpcaracydealmeida.blogspot.com/2011/03/ou-isto-ou-aquilo-nao-e-eis-questao.html<br /><br />............................................................................................................................................................................<br />2: Realmente causa espanto o financiamento de um projeto a um artista brasileiro?<br /> Roberta Martins*<br />Nesses primeiros meses de 2011, me acostumei a acessar os meios de comunicação, sejam físicos (sim, eu ainda leio jornais e revistas impressos!), eletrônicos ou as redes sociais, ter sempre notícias sobre o quadro político da cultura brasileira em evidência. (...)<br />O que tomou a cena nesse último período foi a notícia da autorização por parte do Ministério da Cultura para a captação de recursos de um projeto da cantora Maria Bethânia. Mas, porque tanta indignação, protestos, tantas declarações? <br />Ler a íntegra em: http://cpcaracydealmeida.blogspot.com/2011/03/realmente-causa-espanto-o-financiamento.html <br />.................................................................................................................................................<br />3: Sobre os Pontos de Cultura<br /><br />Por Cleise Campos* <br />Ponteir@s, Parceir@s e Companheir@s:<br /> <br /> Atuando no Programa Cultura Viva desde 2004, procuro sempre manifestar ponderações com peso de igual medida, reconhecendo erros e acertos de ambos os lados, pela natureza que rege este programa e principalmente, pela condição que ele tem tido todo este tempo, de “ troca do pneu com o carro em movimento”. Assim, após ouvir colegas do movimento dos Pontos de Cultura ( do estado fluminense e mais cinco do Brasil), e alguns interlocutores do governo federal, em especial depois da divulgação da Carta Documento da CNPdC, tentando ajustar o “ tempo da informação” ( que nem sempre obedece a velocidade que desejamos), gostaria de convidar todos para algumas reflexões:<br /> <br /> As iniciativas de conversas do MinC com o movimento dos Pontos de Cultura (através das redes estaduais, retornos e contatos diretos por e-mails, telefonemas, e/ou redes sociais), tanto pela Secretária Marta Porto, como pelo Secretário Executivo Vitor Ortiz, tem sido uma demonstração de diálogo, desde a posse. A própria ministra fez declarações públicas e se encontrou dia 22 de fevereiro com os representantes dos Pontos de Cultura de SP, Goiás e Distrito Federal, em Brasília, e ainda, foram publicados notas públicas de apoio ao programa (18/2), e de início dos pagamentos em 14 de março. <br /> <br />Leia a íntegra em: <br /> http://cpcaracydealmeida.blogspot.com/2011/03/sobre-os-pontos-de-cultura-por-cleise.html <br />................................................................................................................................ <br /><br />Homenagem:<br />O centenário de Assis Valente em bom artigo publicado na Revista Música Brasileira e em show do Sintcon – Consultoria Cultural<br />1: O desconhecido Assis Valente<br />Por Daniel Brazil <br />Assis Valente faria cem anos em 2011. Ou talvez tenha feito em 2008. Foi um órfão adotado? Uma criança roubada dos pais? Um baiano carioca ou um carioca baiano? Tomou formicida por causa das dívidas? Teria sido rejeitado por Carmen Miranda? Compunha mesmo um samba por dia? Cortou os pulsos depois de uma briga com Elvira Pagã? Era depressivo e tentou várias vezes acabar com a vida? <br />Leia a íntegra deste e ainda outros artigos legais em: <br />http://www.revistamusicabrasileira.com.br/homenagens/o-desconhecido-assis-valente <br />2: Assis Valente e outros centenários na voz de Mariana Baltar <br />Diana Aragão <br />A ótima cantora Mariana Baltar faz no dia 31/03, no Centro Cultural Carioca, mais uma apresentação do show homenageando três mestres da MPB: Nelson Cavaquinho, Pedro Caetano e Assis Valente (de quem ela gravou “Uva de caminhão”) no ano de seus centenário. Mariana convidou ainda os colegas Zé Paulo Becker, Gabriel Geszti, Beatriz Faria, Beth Marques e Valéria Lobão pra animar ainda mais uma noite que promete.<br />3: Assis é também homenageado pela cantora Tania Malheiros no projeto Consultoria Cultural <br />A edição de abril do Consultoria Cultural, projeto do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Engenharia e Consultoria de Projetos – SINCTON, que será realizada sexta-feira, 08/04, no Cine Virtual – Rua da Lapa, 197 – depois da ACM, trás a cantora Tania Malheiros lançando “Deixe eu me benzer” seu primeiro CD, alternando com uma homenagem ao centenário de Assis Valente. Entrada franca. <br /> <br />...................................................................................................................................................<br />Dicas da Diana Aragão:<br />1: Emílio Santiago grava “Só Danço Samba” no Citibank Hall – SP:<br /><br />Emílio Santiago está realizando mais um sonho: a gravação do primeiro DVD pela Santiago Music, selo de sua propriedade. Sonho que se tornou ainda mais viável por conta da repercussão do CD homônimo gravado ano passado. "Só danço samba" foi alvo das mais belas críticas e conquistou os fãs do cantor. Um álbum que Emílio fez questão de dedicar ao "rei dos bailes ED Lincoln " (líder da banda que dominava a cena em sua época e da qual Santiago fez parte). Com canções consideradas atemporais o disco conseguiu a difícil unanimidade entre o público e a crítica especializada. O registro em DVD será realizado durante um espetáculo no Citibank Hall de SP, dia 30 de março, às 21h30. <br /><br />A produção musical será de José Milton (produtor também do CD) e a direção geral do show é de Túlio Feliciano. Os músicos que acompanharão Emílio Santiago no palco do CH são: Adriano Souza e Clebson Santos (teclados), Humberto Mirabelli (violão), Alex Rocha (baixo), Amaro Jr (bateria), Jacaré (percussão) e Zé Arimatéia (flugelhorn). Só danço samba", o CD distribuído pela Universal, é totalmente dançante e suingado, e resgata sucessos do passado antenados com a modernidade. Além dos standards, como a faixa-título "Só danço samba" (Tom Jobim/ Vinícius de Moraes), músicas inesquecíveis, como :"Olhou pra mim" (Ed Lincoln/ Sílvio César), " Samba de Verão " (Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle), "Falaram tanto de você" (Durval Ferreira/ Orlandivo), "Sambou, sambou" (João Donato/João Melo),"Pra que" (Sílvio César), "Vou rir de você" (Helton Menezes) e "Na onda do berimbau" (Oswaldo Nunes), entre outras.<br /><br />2: Eduardo Poyares antecipa faixa de CD para download gratuito <br /><br />Preparando o lançamento de seu primeiro CD, para junho próximo, o cantor e compositor Eduardo Poyares adianta uma das faixas e oferece para download gratuito em seu site www.eduardopoyares.com.br. A música Não joga fora é uma das doze composições de Eduardo que serão apresentadas no álbum de estreia do cantor e compositor que já ganhou elogios de Ziraldo, Ricardo Cravo Albin, Vera do Canto e Mello e Edwin Luisi.<br /><br />Enquanto o álbum não chega Eduardo Poyares prossegue a temporada do show 'MPB - As músicas que você gostaria de ouvir", no Cariocando. Além de apresentar em primeira mão suas composições, o roteiro traz sucessos de Guilherme Arantes, Fábio Jr, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, Rita Lee, Roberto e Erasmo Carlos, entre outros. <br /><br />Os próximos shows serão no dia 30 de março e 6 de abril, às 21h, com couvert a R$ 20,00. O Cariocando fica no Catete, na Rua Silveira Martins, 139.<br />...................................................................................................................................................<br />Notas: <br />1: Cinema Nosso tem inscrições abertas para os seus cursos regulares: <br /> <br />A instituição, com sede na Rua do Rezende, 80 – Lapa, divulga a abertura de 150 vagas distribuídas entre 06 cursos de cinema, todos gratuitos, destinados a jovens entre 15 e 20 anos de idade, com duração de 4 meses e cuja seleção será através de uma entrevista socio-pedagógica com a coordenadora Mirian Machado.<br /><br />As inscrições devem ser realizadas, única e exclusivamente, pelo número 21-2505-3300 e estarão abertas até o dia 31 de março de 2011. O início das aulas está previsto para 11 de abril de 2011 e o término, 29 de julho. Para dúvidas ou mais informações, entre em contato pelo telefone acima ou no site deles: <br />www.cinemanosso.org.br<br /><br />2: A Funarte divulga que alguns dos títulos lançados pelas Edições Funarte estão disponíveis para download gratuito: <br />Para acessar o conteúdo basta clicar no link desejado, ter um descompactador e qualquer versão do Acrobat Reader (aconselhamos ao internauta salvar o arquivo em seu PC local para leitura direta por questões de performance). Nos chamou atenção alguns títulos bem interessantes como: Ankito, minha vida…meus humores de Denise Casais, Caderno Técnico nº 6 – Diagnóstico de Conservação em Coleções Fotográficas de Clara Mosciaro e ‘Circo-teatro – Benjamim de Oliveira e a teatralidade no Brasil’ de Ermínia Silva, os títulos completos disponíveis para download e outros podem ser conhecidos em: <br />http://www.funarte.gov.br/edicoes-on-line/<br />3: Foi inaugurado no último dia 25/04, o Ponto de Cultura Claquete Cultural, uma iniciativa do Centro Cultural CASARTI – Casa do Artista Independente, na Rua Ponta Porã, 15 – Vista Alegre, tel. 21-2473-3161 e e-mail centroculturalcasarti@yahoo.com.br .O ponto é uma velha batalha do grupo e teve na sua inauguração, entre outras ações show do cantor Claudio Nucci. Parabéns para a Massari, Flavio Lima, André Henriques e todos por lá... <br />4: Cia. de Aruanda faz em 09/04 no Sesc Madureira o Encontro de Culturas Tradicionais e Juventude <br /><br />Segundo a companhia será “ um encontro que visa a articulação entre os pontos cultura do Estado do Rio de Janeiro e demais grupos com temáticas principalmente ligadas a difusão e valorização das diversas culturas tradicionais e sua ligação com as futuras gerações, herdeiros diretos dessas tradições. Visa discutir planos para a salvaguarda, divulgação, e articulação das mesmas com as novas mídias, adaptações, evoluções e etc.”<br /><br />O evento contará com seminários divididos em mesas temáticas que discutirão: Cultura Digital e Culturas tradicionais ; Velhas Guardas e Novas gerações do Samba – mesa que contará com Flavio Aniceto, coordenador do CPC Aracy de Almeida; Oficinas de Jongo (Jongueiros da Serrinha e Quilombo São José) e<br />Apresentação do Grupo de Jongo do Quilombo São José e demais grupos presentes.<br />Mais informações em: http://www.sescrio.org.br/data/Pages/LUMIS71A40F2CPTBRNNGUEST.htm <br /><br />5: Seminário Temático de Arte e Cultura Popular – Museu da Casa do Pontal - 08 e 09/04/ 2011<br />O Museu Casa do Pontal está convidando educadores, gestores de projetos socioculturais, estudantes universitários e demais interessados para a oitava edição da série de Seminários Temáticos de Arte e Cultura Popular. Nesta edição abordarão o tema do movimento na arte, a partir da proposta da exposição temporária Máquinas Poéticas – em exibição no Museu Casa do Pontal – que promove o diálogo das obras de Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética no Brasil, com as dos artistas populares Adauto Lopes, Nhô Caboclo, Laurentino e Saúba. <br />Participarão das mesas e oficinas, nomes como Luiz Camillo Osório (crítico de arte e curador do MAM-RJ), Angela Mascelani (antropóloga e diretora do Museu Casa do Pontal), Mestre Saúba (artista e brincante) , Vicente de Mello (fotógrafo) e Juliana Prado (atriz, arte educadora e coordenadora do programa educacional e social do Museu Casa do Pontal). As vagas são limitadas - Inscrições: producao@museucasadopontal.com.br e mais informações: 21-2490-3278 / 2490-4013Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-64016824634479928232011-03-27T10:33:00.000-07:002011-03-27T10:34:18.458-07:00Sobre os Pontos de Cultura Por Cleise Campos*<span style="font-weight:bold;">Sobre os Pontos de Cultura<br /><br />Por Cleise Campos* </span> <br /><br />Ponteir@s, Parceir@s e Companheir@s:<br /> <br /> Atuando no Programa Cultura Viva desde 2004, procuro sempre manifestar ponderações com peso de igual medida, reconhecendo erros e acertos de ambos os lados, pela natureza que rege este programa e principalmente, pela condição que ele tem tido todo este tempo, de “ troca do pneu com o carro em movimento”. Assim, após ouvir colegas do movimento dos Pontos de Cultura ( do estado fluminense e mais cinco do Brasil), e alguns interlocutores do governo federal, em especial depois da divulgação da Carta Documento da CNPdC, tentando ajustar o “ tempo da informação” ( que nem sempre obedece a velocidade que desejamos), gostaria de convidar todos para algumas reflexões:<br /> <br /> <br />As iniciativas de conversas do MinC com o movimento dos Pontos de Cultura (através das redes estaduais, retornos e contatos diretos por e-mails, telefonemas, e/ou redes sociais), tanto pela Secretária Marta Porto, como pelo Secretário Executivo Vitor Ortiz, tem sido uma demonstração de diálogo, desde a posse. A própria ministra fez declarações públicas e se encontrou dia 22 de fevereiro com os representantes dos Pontos de Cultura de SP, Goiás e Distrito Federal, em Brasília, e ainda, foram publicados notas públicas de apoio ao programa (18/2), e de início dos pagamentos em 14 de março. <br /> <br /> Neste aspecto, onde insistia num informe mais preciso, faço registro da informação de 24 de março, com a divulgação de acertos já efetivados e calendário de outros, para os próximos dois meses, na efetivação de solução dos 60 milhões de restos à pagar de 2010 ( quantia que engloba valor total de 140 milhões das contas da Secretaria de Cidadania Cultural), à saber:<br /> <br />* 100% Premio Tuxaua 2009 pago;<br /> * Pontos conveniados diretamente com o Ministério da Cultura (com documentação em dia, os poucos com pendências já foram devidamente informados), pagos;<br /> * Premio Asas I, primeiro prêmio ( em abril o restante), pagos;<br /> * Em abril, iniciam pagamento da parcela única dos Pontões, Mídia Livre e Redes.<br /> * Em maio: Tuxaua 2010, Cultura Digital, Asa II ( repasse aguardando regularização de documentação do Estado de SP)<br /> <br />Em conversas com parceiros da rede, foi informado a entrega na reunião da CNPdC, por representantes da SCC ( onde a Secretária não esteve presente por não estar nomeada), uma proposta escrita que amplia os canais de diálogo e participação com o movimento: mesma que apresenta itens repetitivos, ou que tais indicativos já tenham sido colocados vezes outras, a NOVIDADE que deve ser considerada é que temos agora na SCC uma equipe diferente (salvo um ou outro que permanece, da antiga gestão). Esta proposta, penso eu, precisa ser mais divulgada na rede, bem como a gravação feita durante a reunião, como em ocasiões anteriores, para que todos tenham precisa informação do encontro, legitimando a Carta apresentada pela CNPdC.<br /> <br />Para manter o espírito de gestão compartilhada, é necessário buscar soluções conjuntas, enfrentando os problemas que se arrastam há tempos, com diálogo e busca de propostas, em conjunto. Tão logo recebi informes CONCRETOS do MinC, através da SCC, correndo contra o tempo para atenuar nossas esperas e indagações, sirvo-me do mesmo canal para fazer tais ponderações, RE-avaliando com todos nosso papel, frente as recentes respostas da SCC MinC, pois não creio que um recrudescimento do movimento seja o mais acertado para este momento, quando ações concretas da gestão da Ministra Ana de Hollanda, de diálogo, organização de processos, divulgação de propostas de assessoramento nas regionais aos Pontos ( dando conta de se estudar “ caso à caso” os grandes abacaxis existentes), finalmente são expostas e dão sinais claros de retomada do Programa Cultura Viva.<br /> <br />Como outr@s companheir@s colocaram, reconheço que esta nova equipe em tempo recorde tem procurado resolver o que não foi resolvido em 03 anos, e que mesmo que existam dificuldades, é preciso destacar que iniciativas concretas tem buscado melhorar a relação Movimento Pontos de Cultura & MinC, mesmo que tenhamos um saldo negativo, em função de tempos passados e esperas muitas. A linha proposta de governo, é de continuidade ( como acreditamos, votando Dilma Presidente), mas esta é uma NOVA gestão.<br /> <br />Fazer oposição por fazer, não é agir no conceito da gestão compartilhada que defendemos e desejamos. Um projeto estratégico do governo, liderado pela Presidenta Dilma, como as Praças do PAC, por exemplo, não deveria ser contestado da maneira como tem sido, considerando o contexto nacional (olimpíadas, investimentos macros). Se temos outras propostas, vamos dialogar, ponderar, vamos nos INTEGRAR a ação. <br /> <br />Com a transição sendo encerrada, potencializar a comunicação entre nós e com o MinC, é fundamental ( a falta dela, causa ruídos e danos desnecessários), onde as ações conceituais, de "vida" do Programa Viva, estarão sendo tratadas e discutidas, pois certamente, este programa esta na COTA de prioridades deste governo ( com destaque nas 13 diretrizes http://www.presidencia.gov.br/diretrizes-de-governo/view), com vistas indiscutíveis de ampliação, melhorias e mais ajustes, lembrando que o MinC, nas suas variadas competências, não se resume aos Pontos de Cultura. <br /> <br />Aproveitar nossos encontros para garantir boa e transparente comunicação entre nós e o governo, sempre, pensar em ações realmente conjuntas, com esforço comum para sanar tudo de antigo e problema que “ empaca” o Programa ( com calendários limites para tal), propor ações com OUTROS Ministérios, buscando parcerias e interfaces diferentes, cruzando as ações dos Pontos de Cultura com outras políticas... Enfim: tocar nossa barco.<br /> <br />Sobre Plano Nacional de Cultura, Marco Legal, LDA: que BOM que os Pontos de Cultura passem atuar mais e efetivamente no processo, começando pelo debate em cada município, contribuindo com importante parcelas de sugestões, reflexões e indicativos, no seu lugar primeiro de atuação: o LOCAL. Em minha cidade, por exemplo, os sete Pontos de Cultura da cidade estarão presentes no Fórum Permanente de Cultura de São Gonçalo, semana próxima, onde se discute e elabora o Plano Municipal de Cultura (pmculturasg.blogspot.com ), e alguns deles buscam os fóruns específicos de discussão da LDA, para botar a conversa em dia ( texto do projeto http://www.cultura.gov.br/site/2011/03/22/revisao-da-lei-dos-direitos-autorais/ ).<br /> <br />Ou seja: os processos dinâmicos das políticas culturais, tem campo vasto e aberto para que estejamos todos participando e contribuindo, em muitos espaços e territórios. Bom saber priorizar quais e como.<br /><br /> * Cleise Campos, atriz bonequeira, historiadora e coordenadora do Pontão Rede Fluminense de Cultura - COMCULTURA RJ (www.comcultura.com.br)Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-47020856414010845962011-03-27T10:31:00.000-07:002011-03-27T10:32:35.944-07:00Realmente causa espanto o financiamento de um projeto a um artista brasileiro? Roberta Martins<span style="font-weight:bold;">Realmente causa espanto o financiamento de um projeto a um artista brasileiro?<br /><br />Roberta Martins*</span><br />Nesses primeiros meses de 2011, me acostumei a acessar os meios de comunicação, sejam físicos (sim, eu ainda leio jornais e revistas impressos!), eletrônicos ou as redes sociais, ter sempre notícias sobre o quadro político da cultura brasileira em evidência. <br />Nunca antes na história desse país (confesso que não resisti!) se falou tanto e tantos falaram, em política cultural. Confesso que gosto dessa movimentação, do burburinho, de ser instigada a refletir, criticar... e algumas vezes ser convocada a opinar sobre as ‘coisas’ da cultura. Afinal, questões que motivam parte significativa de minha vida, esforço de pensamento e elaboração, passaram a fazer parte do cotidiano de incontável número de pessoas. E mais...passaram a ser tema importante, não apenas para aqueles que como eu fazem da Cultura seu ganha-pão. A política cultural ganhou corpo e mundo, se tornou assunto cotidiano.<br />O que tomou a cena nesse último período foi a notícia da autorização por parte do Ministério da Cultura para a captação de recursos de um projeto da cantora Maria Bethânia. Mas, porque tanta indignação, protestos, tantas declarações? Em minha avaliação, essas vozes falam menos de um espanto ao financiamento a um artista brasileiro e mais da real necessidade de mudança dos padrões que regem o fomento cultural no Brasil, e a urgente necessidade de atualização de seus padrões legais. A política cultural brasileira ainda se enquadra na Lei Federal de Incentivo à Cultura, de 1991, mais conhecida por Lei Rouanet. Esse instrumento conduz desde então a política de fomento do estado brasileiro e estabelece suas bases legais, tanto para incentivos fiscais, quanto para o Fundo Nacional de Cultura (FNC), constituído por recursos a programas, projetos ou ações culturais. <br />O caso da Abelha Rainha e a autorização para a captação podem ser importantes, mas fazem parte apenas de um dos atos. Com o decorrer da história é revelada a trama central: a Lei Rouanet se esgotou. É verdade que a mesma cumpriu, em parte, o objetivo inicial de facilitar os meios de acesso à cultura e que foi essencial para a sobrevivência de muitos artistas no período neoliberal. Mas, também o é a sua marca ideológica de que o condutor da política cultural não é o Estado, mas sim o mercado, que submete a política de financiamento a interesses de grandes grupos dos que tem menos poder de barganha e prioriza nomes consagrados em detrimento de iniciantes. Além disso, o dinheiro tem que ser compreendido como recurso público, já que o Estado brasileiro renuncia a sua entrada em seus cofres.<br />O desfecho dessa trama ainda demora a se dar, mas espero que os condutores da política cultural brasileira, assumam o seu papel de protagonista da história. O MinC, reabrindo o debate sobre o Procultura, que baseará os novos mecanismos de fomento cultural no Brasil e o encaminhe ao Congresso Nacional. Aos agentes culturais que participem ativamente, como há muito fazem e cobrem respeito aos mecanismos democráticos de participação e agilidade na condução do processo. <br />Eu daqui, continuo acompanhando e esperando que o foco da indignação da sociedade brasileira seja deslocado, de uma artista brasileira para a política de fomento a cultura. As próximas cenas prometem ser eletrizantes. <br /><br />* Roberta Martins é cientista social e membro do CPC Aracy de AlmeidaFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-11324325807338011012011-03-27T10:17:00.000-07:002011-03-27T10:29:59.012-07:00Ou isto ou aquilo não é eis a questão - continuidade nas políticas públicas de Cultura Morgana Eneile*<span style="font-weight:bold;">1: Ou isto ou aquilo não é eis a questão - continuidade nas políticas públicas de Cultura </span><br /><br />Morgana Eneile*<br /><br /><br />A construção de políticas públicas e a absorção destas em políticas de Estado levam tempo e esforço variados. O Sistema Único de Saúde (SUS) segue em processo de transformação contínuo, sendo inegável sua importância para a universalização do acesso 22 anos depois do início de sua implementação. E demonstra que só a mera inclusão de artigos e termos na Constituição ou em Lei não garante a efetivação de uma política de interesse social.<br />Em se tratando da pauta da Cultura, em que os princípios ainda não foram devidamente absorvidos por todos os atores da sociedade, muito menos garantidos em Lei, é evidente que mudanças de equipe e mesmo de rumo preocupem quem vive a pauta no seu cotidiano. Com todos os avanços do Governo Lula e da gestão de Gil e Juca, pequenas foram as vitórias que podemos contar como fato neste âmbito. Dos grandes projetos de lei em discussão no período, somente o Estatuto dos Museus e o Plano Nacional de Cultura – tanto a PEC quanto a Lei – foram aprovados e sancionados. Portanto, a maior parte da pauta ainda se encontra no Legislativo e outras tantas, como o debate sobre a Reforma da Lei do Direito Autoral, ainda não chegaram a casa.<br />Outro aspecto relevante é que a ausência de dados organizados provocou um encontro às cegas com a necessária gestão da cultura. É mérito que hoje tenhamos números para citar e consolidar nossos argumentos, embasando nossas lutas com dados factíveis e não somente com o senso comum inquestionável de que todos/as precisam de entretenimento e de alimento cultural. A publicação “Cultura em Números” apontou as necessidades da população brasileira, configuradas principalmente na ausência de equipamentos nos municípios e no custo do acesso aos bens culturais onde estes se encontram.<br />Daí que vale a pena refletir sobre aparentes dicotomias no momento atual do Ministério da Cultura. A primeira delas se refere à relação entre cidadania e arte, que se instala principalmente quando a discussão do acesso e democratização dos meios de produção aparece como forma e método. É claro que, com a ausência de oportunidades, vivida no período anterior a 2003, era necessário dar amplitude conceitual e territorial, valorizando expressões e temáticas que não mereciam atenção do Estado, configurando um quadro de exclusão real. Ao mesmo tempo, aqueles que detinham as relações de poder vigente, mesmo não sendo colocados ao largo – haja vista a expansão de recursos também para as artes - se viram surpreendidos por uma política cultural que valoriza o diverso e o comum. Daí que passados oito anos de expansão de conceitos e práticas, é fundamental agora que o MinC busque o equilíbrio entre os trabalhadores da Cultura, a consolidação da cidadania cultural de cada cidadão/ã e a organização e regulação do mercado para uma economia da criatividade que gere benefícios para o país.<br />Nesse sentido, é óbvio que os Pontos de Cultura provocaram intensas transformações no cotidiano das políticas públicas do segmento, criando uma nova dinâmica de atuação e organizando movimentos e grupos culturais que até então atuavam localmente, muitos de forma também isolada. A visibilidade e redescobertas que as Teias provocaram, junto com os Micro-projetos Culturais e as políticas da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural, é algo valioso porque deu voz e organicidade.<br />Se, particularmente, pudesse escolher um só legado do Governo Lula, escolheria este. Somos milhares de agentes de Cultura e hoje sabemos onde estamos, nos comunicamos cotidianamente, identificamos e lutamos por pautas comuns tanto quanto abraçamos causas diversas que dizem respeito a determinados segmentos. É essa efervescência que hoje reivindica espaço nas decisões e na condução da política e isso deve ser valorizado como legado e base estrutural para o sucesso do Ministério.<br />As transformações que o Brasil vive neste período não se refletem no campo da criação artística e estética em termos de pujança. E sabemos como é importante que o conjunto das expressões artísticas influencie para a construção de valores e da identidade. Re-significar a relação com a arte como algo importante para o momento de crescimento do país é também fundamental, e, portanto, algo que retro-alimenta tanto a cidadania cultural quanto a questão econômica.<br />De forma alguma, trata-se de optar por uma área ou de igualar segmentos e investimentos por parte do Estado. Até porque a preocupação com o acesso foi relegada e ainda será necessário muito tempo e investimento para dar qualidade a este ponto. O objeto é dar tratamento à criatividade, operando para a ampliação dos direitos e das oportunidades – nos âmbitos do território e da diversidade.<br />Outra questão é a relação entre espaços culturais e investimento em grupos e movimentos já existentes, expresso atualmente nas Praças do PAC. Este projeto foi lançado como Espaço Mais Cultura em 2009 e agregado às praças como parte da estratégia do Governo Lula. Nasceu da real verificação de que a ausência de espaços culturais compromete a fruição e a produção cultural nos diversos municípios brasileiros sem cinema, teatro, museus ou quaisquer equipamentos. Ou seja, mais uma vez não se tratar de opor os investimentos já realizados, como no Programa Cultura Viva ou nos Editais voltados para as artes, mas de suprir uma necessidade. Não precisamos ir muito longe para saber o impacto que a Biblioteca Parque de Manguinhos (RJ) provocou na vida dos moradores daquela região.<br />Temos também, para o novo período, a reforma da Lei do Direito Autoral. Mesmo com a consulta pública e os debates realizados em cinco anos, parte da população e mesmo da militância não compreende a disputa econômico-financeira ou como isso afeta o cotidiano de todos. O Ministério da Cultura deve colocar a público, o quanto antes, o projeto elaborado pós-consulta e enviado para à Casa Civil. É uma saída justa para todos os posicionamentos, que, se bem ajustada na velha mesa de negociação, talvez inspirada nas experiências do movimento sindical, pode trazer à tona soluções que digam respeito ao nosso novo papel no mundo e às nossas necessidades, a partir das novas mídias e tecnologias.<br /><br />Ao mesmo tempo, o grande desafio das políticas culturais é o da perenidade. É por isso que lutamos para a consolidação de planejamentos de longo prazo que ultrapassem governos e possam dar escala às ações e aos programas. Daí a importância do Sistema Nacional de Cultura e do Plano Nacional de Cultura – que foi sancionado em dezembro de 2010 e deve ter suas metas definidas, em Decreto da Presidenta Dilma, até o junho.<br />É preocupante que, no momento em que deveríamos refletir sobre nossas conquistas, debatendo a melhor maneira de ampliá-las, nos vejamos num grande cenário de instabilidade.<br />As pautas da Cultura no Congresso permanecem lá, e continuam dependendo de nossa mobilização para serem aprovadas. Cabe aos movimentos culturais, e não apenas aos gestores do MinC, envolver toda a sociedade no debate sobre as metas do Plano Nacional de Cultura – algo que está se perdendo com a tendência atual de eleger a pauta da mídia como foco das discussões sobre o setor.<br /><br />Vivemos um momento especial da democracia brasileira em que é absolutamente possível realizar o conjunto de debates que os/as militantes da Cultura do Brasil precisam. Ao movimento cabe estar nas ruas defendo uma pauta ampla. Ao Ministério que se forma, cabe abrir a suas portas e ouvir cada vez mais a voz das ruas e cumprir cada vez mais seu papel.<br /><br />* Morgana Eneile é museologa e Secretária Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores- PT.Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-44672944351446862202011-03-15T11:02:00.001-07:002011-03-15T11:02:38.098-07:00Notícias do CPC - 16/03/2011Nesta edição: Fundação Perseu Abramo lança livro sobre cultura no governo Lula * Reunião da Dança no Rio de Janeiro * Direitos Autorais em debate * MinC começa a regularizar desembolsos do programa Cultura Viva e anuncia cronograma para os outros editais com pagamentos pendentes * Edital para o projeto Bibliomúsica 2011 – até 15/04 * Homenagem: Wesley Brust sobre o recém falecido músico Don Chacal * Diana Aragão indica: Nova exposição no Espaço Tom Jobim/Jardim Botânico e Mariana Baltar no CCC * Notas: O fazer das escolas de samba pelo professor Luiz Felipe Ferreira/UERJ * Lima Barreto tem busto inaugurado na Lapa * Clipe de artistas locais homenageia Teresópolis * Agenda: II Encontro com Poetas Populares e Roda de Cantoria * Subúrbio em debate * Verão da Cultura, evento da Secretaria de Estado da Cultura * África é tema de livro de Rui Oliveira * Joãozinho da Goméia, lendário pai de santo é tema de exposição em sua cidade, Duque de Caxias. <br />...................................................................................................................................................<br /><br />Políticas culturais:<br /><br />1: Fundação Perseu Abramo lança livro sobre as políticas culturais no governo Lula:<br /><br />Atual secretário de cultura da Bahia e um dos principais especialistas da área de políticas culturais atualmente no país, sendo um dos organizadores do ENECULT (ver em http://enecult.wordpress.com/ ), Albino Rubim é o autor de Políticas Culturais e o Governo Lula, As<br />Brasil em Debate - Volume 05 , novo lançamento da Editora da Fundação Perseu Abramo ( R$10,00, mas despesas de frete, no site da Fundação http://www.efpa.com.br/ ). <br /><br />Segundo a editora: “O livro que Albino Rubim nos apresenta sobre as conquistas do campo cultural nos oito anos de governo Lula, mediante as tristes tradições que encontramos na gestão cultural desde há muito tempo, traz nas entrelinhas um acúmulo vivenciado por ilustres e anônimos da produção de Cultura e gestão pública petista. E diz, ainda, como a colaboração de muitos partidos, movimentos, cidadãs e cidadãos brasileiros moldaram ideias e conceitos garantindo uma experiência rica em participação popular para um novo modelo de gestão cultural em construção.” <br /><br />2: Reunião da área de Dança: <br /><br />Os profissionais da área de Dança estão fazendo a sua Reunião Setorial, no próximo sábado, 19 de Março, as 10:30 h , no Teatro Cacilda Becker (Rua do Catete, 338 – Catete/RJ), em pauta: Coordenação de Dança da Funarte, Fundo de Cultura e editais específicos para o setor, Colegiado Setorial de Dança e Plano Nacional de Dança, entre outros assuntos. <br /><br /><br />3: Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura tem novo presidente: <br />O carioca Elói Ferreira de Araújo, ex-titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir, foi nomeado no último dia 02/03/2011, confirmando as expectativas em torno do nome. Elói substitui Zulu Araújo, que deixa a Palmares após oito anos – quatro dos quais como presidente da Fundação.<br />4: Direitos Autorais I – em busca da “terceira via” <br />Artistas, produtores culturais e entidades como a Associação Brasileira da Música Independente (ABMI) redigiram uma carta aberta em defesa de interesses e convocando todos os setores da cultura para um debate aberto e democrático sobre a reforma da lei de direitos autorais, na qual pedem ainda que <br />seja criada no âmbito do Ministério da Cultura a Secretaria da Música.<br />O grupo em sua carta coloca-se “à disposição do Ministério da Cultura para um diálogo aberto e equilibrado” pois segundo eles “Temos certeza que juntos podemos construir o mais avançado, moderno e transparente sistema de Direitos Autorais do planeta, e aprimorar nossa Música – cultural e economicamente – através de políticas democráticas”. Outra questão importante é que o grupo afirma repudiar “ todo e qualquer debate ofensivo e desrespeitoso”, apoiando “acima de tudo, a troca de ideias inteligente e equilibrada”. Acesso ao documento e adesões em: http://brasilmusica.com.br/site/destaque/terceira-via/ <br />5: Direitos Autorais II - Uma pequena observação do CPC: <br />Nós do CPC concordamos com a preocupação explicitada na carta aberta, pois temos assistido – principalmente pela Internet – um “debate” muitas vezes desqualificado e que absurdamente em alguns momentos chega a acusar e colocar como inimigos da “livre difusão cultural” os ... artistas, compositores e criadores. <br />Alguma coisa parece estar fora da ordem, acreditamos que é necessário – após a atual gestão do Ministério da Cultura tomar pé da situação, retomar o debate, evidentemente não priorizando um lado do processo. É preciso pensar em todos os elos da cadeia produtiva de todas as áreas de expressão artística, inclusa mas não exclusivamente a música. Nestes diversos elos, entra o campo da difusão, mas nesta o ambiente virtual é um dos meios, mas não é o principal. <br />6: Direitos Autorais III - Deputada Jandira Feghali: <br />Segundo a deputada, do PC do B/RJ: “A legislação brasileira que trata dos direitos autorais no país precisa ser atualizada para acompanhar a revolução mundial tecnológica. Embora tenha sido sancionada há apenas treze anos, a lei nº 9.610/98 já é considerada insuficiente para contemplar a velocidade e o volume de mudanças impostas pela dinâmica natural das novas tecnologias”. Jandira, durante mais de dez anos defendeu os direitos da propriedade intelectual no Congresso Nacional e voltará a pautar essa discussão durante audiência pública que pretende realizar na Comissão de Educação e Cultura.<br /> A deputada, que foi vice-presidente da comissão que tratou da regulação da matéria, decidiu propor a realização de uma audiência pública na Câmara para reunir representantes do governo, provedores de internet, autores, compositores, artistas, intérpretes ou executantes, produtores, editores, escritores, cineastas, pesquisadores e empresas de radiodifusão e demais interessados em discutir o assunto.<br /> A data da primeira reunião ainda será definida pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e em breve e iremos divulgar. <br />7: MinC começa a regularizar desembolsos do programa Cultura Viva e anuncia cronograma para os outros editais com pagamentos pendentes:<br />O Ministério da Cultura iniciou na última terça-feira, 15/03, o pagamento de pendências relativas aos Pontos de Cultura conveniados diretamente com o ministério e que estejam com suas contas aprovadas. O pagamento total da modalidade será realizado ao longo do mês de março. Também em março, o MinC começa a quitar dívidas com redes de pontos de cultura estabelecidas por convênios com estados e prefeituras. <br />Os pagamentos das redes de pontos de cultura de Estados e municípios estão sendo negociados diretamente com as respectivas secretarias de cultura. Esses pagamentos serão precedidos da revisão de planos de trabalho e dos aditivos contratuais. O MinC confirma, também, o adimplemento de restos a pagar de 2010 relativos a esses grupos.<br />O Ministério informa ainda que, por meio da Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural – com o programa Cultura Viva, atualmente lotado na Secretaria da Cidadania Cultural – , está estruturando o assessoramento regional aos Pontos de Cultura. Tal serviço poderá ser obtido por meio dos fones 61-2024-2936 e 61-2024-2945.<br />O órgão anuncia que os pagamentos em aberto de todos os demais prêmios e editais terão sua regularização iniciada a partir de maio – caso do Tuxaua 2010, Economia Viva, Pontos de Mídia Livre, Cultura Digital 2010, Areté, Agente Escola Viva, Agente Cultura Viva e Prêmio Asas I e II. Vamos torcer e cobrar! .................................................................................................................................................<br />Editais: <br /><br />Projeto Bibliomúsica 2011<br />Nelson Cavaquinho e Assis Valente, compositores cujos centenários são comemorados neste 2011 - são tema de edital da Biblioteca Nacional/MinC, que será realizado pela Biblioteca Demonstrativa de Brasília, e receberá inscrições até 15/04.<br />O Bibliomúsica é um projeto educativo cultural aberto a músicos de todo o país e tem como objetivo divulgar os serviços da Divisão de Música e Arquivo Sonoro da Fundação Biblioteca Nacional, por meio de apresentação de concertos.<br />O projeto apresenta ao público a variada gama de serviços que uma biblioteca pode oferecer pondo em prática a interação entre as diferentes áreas culturais com a promoção de concertos didáticos/ pedagógicos mensais acompanhados de preleções informativas, intercaladas entre números musicais. Ver o edital em: http://www.bdb.org.br/<br />...................................................................................................................................................<br />Homenagem:<br />Em homenagem ao grande músico brasileiro, Dom Chacal! <br /> <br />Se você colocar agora em um site de busca o nome de Joe Morello, baterista de jazz americano, verá que vários sites de imprensa brasileira citam e noticiam o fato de sua morte no último sábado. Uma referência e uma reverência a um grande músico. Se você colocar o nome de Dom Chacal, percussionista brasileiro, não saberá que ele faleceu no mesmo dia, pois nenhum site da imprensa brasileira se deu conta, ou trouxe a memória nossa o grande músico que se foi. Curiosamente, uma das primeiras referências a ele e sua companheira Vera Gama, em um destes sites, vem do Baile do Gomes, evento que produzi em 2006 no Teatro Carlos Gomes. Podemos citar os anos que trabalhou com João Bosco, a marca que deixou no Trabalho de Elis Regina e as viagens mundo afora com o americano Paul Simon para fazer jus a esse lamento.<br /> <br />Lamento! Pois acabo de vir de seu velório e ver uma infinidade de músicos fantásticos reverenciando sua nobre personalidade. Houve quem levantasse a voz e clamasse contra a nossa imprensa que nem uma nota fez a respeito do ocorrido. É claro que essa omissão soa como uma ameaça para qualquer um daqueles que estava ali, alguns também no fim de suas carreiras, outros no auge, outros começando, mas todos conscientes de que ser músico no Brasil é parecido com ser ignorado. Há anos atrás, trabalhando em Viçosa com produção musical, vimos o Victor Biglione oferecer todo o seu talento em um show para grande público aos cantores e compositores Chitãozinho e Chororó. Claro que a mim seria muito mais atraente estar naquele mesmo lugar para assistir a um show do próprio do que da dupla, mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso é que a “cozinha” da música brasileira está precisando vir para a sala. Quando dirigi a Sala Funarte em 2002 e conheci Dom Chacal eu estava mesmo tentando criar um mês aonde a programação seria a “Cozinha vem para a Sala”. Sabe aqueles resquícios de senzala que vemos na arquitetura dos apartamentos que enclausuram e isolam os empregados numa cozinha que mais parece uma senzala, ou em elevadores distintos pra não se misturarem com “os da sala”. Pois é, os músicos do Brasil sofrem os mesmos tratos, nunca serão reconhecidos! A eles cabe “doar” seu talento a um grande nome de uma gravadora (antes fosse da música popular brasileira, mas isso já não funciona mais) e rezar para que consigam arrecadar enquanto aptos ao trabalho o suficiente para garantir sua aposentadoria e paz na velhice. A música e arte deles mesmo não interessa ao Brasil!! Lamento amigos, mas é o que leio nas entrelinhas.<br /> <br />Todos nós sabemos da dificuldade de cada classe profissional para se fazer respeitar, eu sei da minha, músicos. E chorei hoje pela Vera, pelo Dom e pelos músicos brasileiros a quem sempre tento apoiar e fortalecer com meu trabalho de produtor com os mais nobres sentimentos artísticos que carrego em meu coração. E vou finalizar essa homilia fazendo lembrar aos que leem este reclame, o absurdo que está acontecendo na OSB, aonde músicos com dezenas de anos de serviços prestados a uma orquestra (que por muitos anos se sustentou do trabalho voluntário deles), agora se veem ameaçados de dispensa por justa causa se não provarem por exame que estão aptos a fazerem o que fizeram nas suas últimas dezenas de anos de vida.<br /> <br />Wesley Brust, produtor cultural – Rio 14/03/2011<br />...................................................................................................................................................<br />Dicas da Diana Aragão:<br />1: Exposição “CERRADO, a mãe d’água” no Espaço Tom Jobim Cultura e Meio Ambiente:<br /><br />Tem abertura no dia 22 a exposição “Cerrado, a Mãe d’água”, a mostra, que tem como objeto o cerrado brasileiro, se realiza na seqüência de duas exposições que também tiveram o meio-ambiente como tema: “Toda a minha obra é inspirada na Mata Atlântica” e “Amazoniando”. A expo terá ainda show de Milton Nascimento e Tavinho Moura. A inauguração da exposição contará também com a presença da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira lançando o programa “Ano Internacional das Florestas”.<br /><br />Tom Jobim, que inspirou a criação do espaço, costumava dizer que para entender de uma coisa é preciso amar. Isso cria uma capacidade e um interesse que direcionam o olhar. Seguindo nessa trilha, a exposição exibirá O Cerrado pelo olhar dos artistas Cafi, Sergio Bernardes, Paulo Jobim e do jornalista Washington Novaes. <br /><br />Com a curadoria de Paulo Jobim, a mostra multimídia se inicia pelo próprio galpão da exposição, onde o visitante será guiado pelas fotografias e pelas vídeo-instalações de Paulo Jobim, com curadoria musical de Tavinho Moura. <br /> <br />Exposição “Cerrado, a Mãe D’Água” - Local: Galpão das Artes, em frente ao Teatro Tom Jobim- Data: de 23 de março a 20 de maio - Horário de Funcionamento; de terça a domingo, de 10 às 17 horas.<br /><br />2: A cantora Mariana Baltar, em um breve retorno às noites dançantes do Centro Cultural Carioca, realizará dias 24 e 31 de março, tributo ao centenário de três grandes compositores da música brasileira: Nelson Cavaquinho, Assis Valente e Pedro Caetano. Mariana, que receberá convidados especiais nas duas noites em que se apresentará, será acompanhada por Josimar Carneiro (direção musical e violão), Marcílio Lopes (bandolim/bandola), Jayme Vignoli (cavaquinho), André Boxexa (bateria e percussão) e André Vercelino (percussão). Será nos dias 24 e 31 março, quinta-feira 21:00h. Couvert artístico: R$ 25.00.<br />...................................................................................................................................................<br />Notas: <br />1: Discutindo o fazer artístico no carnaval:<br />Amigas e amigos leitores do Boletim do Coletivo de Produção Cultural Aracy de Almeida, aproveito a época do Carnaval para uma pequena reflexão, entretanto, polêmica e resistente. Mas o que é arte? O que é estética? Quem pode ser considerado “artista”? Ou que é uma criação artística? Fora do meio “artístico“ existe arte?<br /><br />Destaco aqui a visão artística proposta pelo pesquisador do Instituto de Artes da UERJ, Professor Luiz Felipe Ferreira e, em sua pesquisa, nos leva á reflexão relativa (Relativismo) das possibilidades de arte contemporânea. Vale a pena ler o link do Boletim da FAPERJ onde todas as fontes do texto estão preservadas.<br /><br />Por Cássia Liberatori<br /><br />http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=7045<br /><br />2 : Lima Barreto: <br />Foi inaugurado no último sábado, 12/03, um busto em homenagem ao escritor e jornalista Afonso Henriques de Lima Barreto, na Rua do Lavradio, 133 – em frente ao CIEP, a mesma foi uma solicitação da confraria que homenageia o autor, vejam mais em: http://www.casalimabarreto.com/ . <br /><br />Lima é autor entre outras obras de “Recordações do escrivão Isaías Caminha”, “Clara dos Anjos”, “Triste fim de Policarpo Quaresma”, entre outras obras (romances, artigos, contos, crônicas) fundamentais para entendermos o Rio de Janeiro, a sua população mais pobre – e majoritariamente negra nesta faixa social – e o Brasil da virada dos séculos 19/20.<br /><br />Vejam o vídeo da inauguração em http://www.youtube.com/watch?v=BHuZev90bvQ <br /><br />3: Recebemos de nossos amigos do Fórum de Cultura de Teresópolis este clipe produzido voluntariamente por produtores de vídeo, compositores, cantores, músicos, arranjadores e técnicos de som daquela cidade de para o lançamento da campanha motivacional VIVA TERÊ, assistam em: http://www.youtube.com/watch?v=tbaKTbahFu0<br /><br />...................................................................................................................................................<br />Agenda: <br />1: II Encontro com Poetas Populares e Rodas de Cantoria:<br /><br />A Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura e em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – CNFCP do Ministério da Cultura promovem nos próximos dias 17 a 19/03, a segunda edição deste encontro que aconteceu ano passado com muito sucesso. <br /><br />O II Encontro que acontece no auditório do CNFCP ( Rua do Catete, 179 – na área dos Museu do Folclore e Museu da República) tem a seguinte programação:<br /> <br />• Dia 17: às 14h30 – Oficina: O Cordel, suas manhas e mumunhas, com <br />Sepalo Campelo; 16h – Encontro: Literatura de Cordel: O tempo é hoje! – <br />Como a literatura de cordel evoluiu e permanece viva como gênero literário e fragmento da cultura popular transitando entre o simbólico e a resignificação dos códigos, com Gonçalo Ferreira da Silva, Manoel Monteiro e Maria do Rosário Pinto e às <br />18h30 – Roda de Cantoria com Mestre Azulão. <br />• Dia 18/03: às 14h30 – Oficina: A literatura de Cordel, evolução e firmamento, com Mestre Campinense; 16h – Encontro: Literatura de Cordel, Desafio e Pelejas: o cordel na contemporaneidade - Como a Literatura de cordel se apropriou das novas formas de comunicação e fez material para a divulgação de seu conteúdo e instrumento para o processo identitário nacional, com Dalinha Catunda, João Batista Mello e Ivamberto Albuquerque e 18h30 – Roda de Cantoria com Sergival e Chico Salles.<br />• E finalizando na Sede da ABLC – Rua Leopoldo Froes, 37 – Santa Teresa, acontece a plenária da Academia, finalizando com homenagem ao Poeta Manoel Monteiro, com o Premio Cordel de Literatura, eleito o “Cordelista do ano de 2010”.<br /><br />Mais informações em: www.ablc.com.br <br />2: Debate Desargumentação - A Cultura por Trás do Cristo Redentor: <br />Na próxima quinta, 17/03, o coletivo Visão Suburbana e o Projeto Subúrbio Carioca: Rede de Construção Cultural em parceria com o Cineclube Nosso tempo produzem o Debate Desargumentação – A Cultura Por Trás do Cristo Redentor. A iniciativa busca jogar luz sobre um rico subúrbio que é celeiro da identidade carioca e ao mesmo tempo tão pouco conhecido. <br /><br />O foco da primeira edição do debate será literatura periférica em comemoração à 4ª edição da Semana da Poesia que vai de 14 a 21 de março. Eles prometem juntar cinema, poesia e convidados diversos para falar sobre a cultura produzida ao longo das linhas dos trens.<br />Para desargumentar consensos e velhas verdades é só chegar: Teatro Armando Gonzaga - Av. Gal Osvaldo Cordeiro Farias, 511 - Marechal Hermes, Rio de Janeiro, às 18h30min. <br /><br />3: A Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro convida para participar do Seminário VERÃO DA CULTURA.URGENTE, nos dias 19 e 20 de março - Parque Lage. Mais informações: http://www.cultura.rj.gov.br/veraodacultura/ .<br /><br />4: A Estação das Letras convida para o lançamento do livro África Eterna, de Rui Oliveira, no sábado, 19/03, a partir das 15h, com minipalestra do autor sobre o processo de criação do livro (16h, no auditório da Estação que só tem 30 lugares, portanto tem que pegar senhas antes), Exposição com as principais artes do livro e show de música afro-brasileira com o grupo Atazanando Beckenbauer (17h). A Estação das Letras fica na Rua Marquês de Abrantes, 177/107-108, telefone: 21-3237-3947. <br />5: O Instituto Histórico da Câmara Municipal de Duque de Caxias realizará uma exposição do acervo de roupas e objetos pertencentes ao lendário pai de santo Joãozinho da Goméia. A abertura será no próximo dia 24/03, às 16h30, no Salão de Exposições da Câmara Municipal - Rua Paulo Lins, 41 - Jardim 25 de Agosto - Duque de Caxias/RJ.<br />.................................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog , produzido pelo CPC Aracy de Almeida , pode ser reproduzido, desde que citada a fonteFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-81414918801774775512011-03-13T12:01:00.000-07:002011-03-13T12:03:14.346-07:00Notícias do CPC - 14/03/2011Nesta edição: Fundação Perseu Abramo lança livro sobre cultura no governo Lula * Reunião da Dança no Rio de Janeiro * Direitos Autorais em debate * Edital para o projeto Bibliomúsica 2011 – até 15/04 * Notas e agenda: II Encontro com Poetas Populares e Roda de Cantoria * Subúrbio em debate * Assembléias do Sindicato dos Artistas e Técnicos * Lima Barreto tem busto inaugurado na Lapa. ..................................................................................................................................................<br /><br />Políticas culturais:<br /><br />1: Fundação Perseu Abramo lança livro sobre as políticas culturais no governo Lula:<br /><br />Atual secretário de cultura da Bahia e um dos principais especialistas da área de políticas culturais, sendo um dos organizadores do ENECULT (ver em http://enecult.wordpress.com/ ), Albino Rubim é o autor de Políticas Culturais e o Governo Lula, As<br />Brasil em Debate - Volume 05 ( R$10,00, mas despesas de frete, no site da Fundação http://www.efpa.com.br/ ). <br /><br />Segundo a editora: “O livro que Albino Rubim nos apresenta sobre as conquistas do campo cultural nos oito anos de governo Lula, mediante as tristes tradições que encontramos na gestão cultural desde há muito tempo, traz nas entrelinhas um acúmulo vivenciado por ilustres e anônimos da produção de Cultura e gestão pública petista. E diz, ainda, como a colaboração de muitos partidos, movimentos, cidadãs e cidadãos brasileiros moldaram ideias e conceitos garantindo uma experiência rica em participação popular para um novo modelo de gestão cultural em construção.” <br /><br />2: Reunião da área de Dança: <br /><br />Os profissionais da área de Dança estão fazendo a sua Reunião Setorial, no próxima sábado, 19 de Março, as 10:30h , no Teatro Cacilda Becker (Rua do Catete). Repassem para as suas listas. Flavio Aniceto, coordenador do CPC irá compor uma das mesas falando sobre Plano Nacional de Cultura. <br /><br /><br />3: Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura tem novo presidente: <br />O carioca Elói Ferreira de Araújo, ex-titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir, foi nomeado no último dia 02/03/2011), confirmando as expectativas em torno do nome. Elói substitui Zulu Araújo, que deixa a Palmares após oito anos – quatro dos quais como presidente da Fundação.<br />O novo presidente da Palmares é zootecnista por formação e possui vasta trajetória política. Sua primeira inserção neste campo das relações sociais foi em 1981, quando participou da fundação do Partido dos Trabalhadores/PT, no mesmo ano, porém, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil/PC do B, agremiação então clandestina.<br />Nascido no Rio de Janeiro, Elói Ferreira mudou-se para Brasília em 1987, para chefiar o gabinete do então deputado federal Edmilson Valentim. Dois anos depois, regressou à Cidade Maravilhosa, para chefiar o gabinete do então vereador Édson Santos, permanecendo na função por cinco mandatos consecutivos. Seu talento para a política chamou a atenção de Santos, que o encarregou de coordenar suas campanhas de reeleição para vereador, de eleição para deputado federal e de candidatura ao Senado.<br />Na década de 90, Elói Ferreira formou-se em Direito e retornou ao PT. Há dois anos, tornou-se secretário-adjunto do então ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos. Quando este deixou o cargo para mais uma disputa eleitoral, Elói o substituiu, coordenando a equipe organizadora da bem sucedida II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Elói permaneceu na Seppir até janeiro deste ano, quando foi convidado para presidir a Palmares. <br /><br />4: Direitos Autorais I – em busca da “terceira via” <br />Artistas, produtores culturais e entidades como a ABMI redigiram uma carta aberta em defesa de interesses e convocando todos os setores da cultura para um debate aberto e democrático sobre a reforma da lei de direitos autorais. O grupo pede ainda que <br />seja criada no âmbito do Ministério da Cultura, a criação da Secretaria da Música.<br />O grupo em sua carta coloca-se “à disposição do Ministério da Cultura para um dialogo aberto e equilibrado” pois segundo eles “Temos certeza que juntos podemos construir o mais avançado, moderno e transparente sistema de Direitos Autorais do planeta, e aprimorar nossa Música – cultural e economicamente – através de políticas democráticas”. Outra questão importante é que o grupo afirma repudiar “ todo e qualquer debate ofensivo e desrespeitoso”, apoiando “acima de tudo, a troca de ideias inteligente e equilibrada”. Acesso ao documento em: http://brasilmusica.com.br/site/destaque/terceira-via/ <br />5: Direitos Autorais II - Uma pequena observação do CPC: <br />Nós do CPC concordamos com a preocupação explicitada na carta aberta, pois temos assistido – principalmente pela Internet – um “debate” desqualificado e que absurdamente em alguns momentos chega a acusar e colocar como inimigos da “livre difusão cultural” os ... artistas, compositores e criadores. <br />Alguma coisa parece estar fora da ordem, acreditamos que é necessário – após ao atual gestão do Ministério da Cultura tomar pé da situação, retomar o debate, evidentemente não priorizando um lado do processo, é preciso pensar em todos os elos da cadeia produtiva de todas as áreas de expressão artística, inclusa mas não exclusivamente a música. Nestes diversos elos, entra o campo da difusão, mas nesta o ambiente virtual é um dos meios, mas não é o principal. <br />6: Direitos Autorais III - Deputada Jandira Feghali: <br />Segundo a deputada, do PC do B/RJ: “A legislação brasileira que trata dos direitos autorais no país precisa ser atualizada para acompanhar a revolução mundial tecnológica. Embora tenha sido sancionada há apenas treze anos, a lei nº 9.610/98 já é considerada insuficiente para contemplar a velocidade e o volume de mudanças impostas pela dinâmica natural das novas tecnologias”. Jandira, durante mais de dez anos defendeu os direitos da propriedade intelectual no Congresso Nacional e voltará a pautar essa discussão durante audiência pública que pretende realizar na Comissão de Educação e Cultura.<br /> A deputada, que foi vice-presidente da comissão que tratou da regulação da matéria, decidiu propor a realização de uma audiência pública na Câmara para reunir representantes do governo, provedores de internet, autores, compositores, artistas, intérpretes ou executantes, produtores, editores, escritores, cineastas, pesquisadores e empresas de radiodifusão e demais interessados em discutir o assunto.<br /> A data da primeira reunião ainda será definida pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e em breve e iremos divulgar. .................................................................................................................................................<br />Editais: <br /><br />Projeto Bibliomúsica 2011<br />Nelson Cavaquinho e Assis Valente, compositores cujos centenários são comemorados neste 2011 - são tema de edital da Biblioteca Nacional/MinC, que será realizado pela Biblioteca Demonstrativa de Brasília, e receberá inscrições até 15/04.<br />O Bibliomúsica é um projeto educativo cultural aberto a músicos de todo o país e tem como objetivo divulgar os serviços da Divisão de Música e Arquivo Sonoro da Fundação Biblioteca Nacional, por meio de apresentação de concertos.<br />O projeto apresenta ao público a variada gama de serviços que uma biblioteca pode oferecer pondo em prática a interação entre as diferentes áreas culturais com a promoção de concertos didáticos/ pedagógicos mensais acompanhados de preleções informativas, intercaladas entre números musicais. Ver o edital em: http://www.bdb.org.br/<br />...................................................................................................................................................<br />Notas e agenda: <br />1: II Encontro com Poetas Populares e Rodas de Cantoria:<br /><br />A Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura e em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – CNFCP do Ministério da Cultura promovem nos próximos dias 17 a 19/03, a segunda edição deste encontro que aconteceu ano passado com muito sucesso. <br /><br />O II Encontro que acontece no auditório do CNFCP ( Rua do Catete, 179 – na área dos Museu do Folclore e Museu da República) tem a seguinte programação:<br /> <br />• Dia 17: às 14h30 – Oficina: O Cordel, suas manhas e mumunhas, com <br />Sepalo Campelo; 16h – Encontro: Literatura de Cordel: O tempo é hoje! – <br />Como a literatura de cordel evoluiu e permanece viva como gênero literário e fragmento da cultura popular transitando entre o simbólico e a resignificação dos códigos, com Gonçalo Ferreira da Silva, Manoel Monteiro e Maria do Rosário Pinto e às <br />18h30 – Roda de Cantoria com Mestre Azulão. <br />• Dia 18/03: às 14h30 – Oficina: A literatura de Cordel, evolução e firmamento, com Mestre Campinense; 16h – Encontro: Literatura de Cordel, Desafio e Pelejas: o cordel na contemporaneidade - Como a Literatura de cordel se apropriou das novas formas de comunicação e fez material para a divulgação de seu conteúdo e instrumento para o processo identitário nacional, com Dalinha Catunda, João Batista Mello e Ivamberto Albuquerque e 18h30 – Roda de Cantoria com Sergival e Chico Salles.<br />• E finalizando na Sede da ABLC – Rua Leopoldo Froes, 37 – Santa Teresa, acontece a plenária da Academia, finalizando com homenagem ao Poeta Manoel Monteiro, com o Premio Cordel de Literatura, eleito o “Cordelista do ano de 2010”.<br /><br />Mais informações em: www.ablc.com.br <br />2: Debate Desargumentação - A Cultura por Trás do Cristo Redentor: <br />Na próxima quinta, 17/03, o coletivo Visão Suburbana e o Projeto Subúrbio Carioca: Rede de Construção Cultural em parceria com o Cineclube Nosso tempo produzem o Debate Desargumentação – A Cultura Por Trás do Cristo Redentor. A iniciativa busca jogar luz sobre um rico subúrbio que é celeiro da identidade carioca e ao mesmo tempo tão pouco conhecido. <br /><br />O foco da primeira edição do debate será literatura periférica em comemoração à 4ª edição da Semana da Poesia que vai de 14 a 21 de março. Eles prometem juntar cinema, poesia e convidados diversos para falar sobre a cultura produzida ao longo das linhas dos trens.<br />Para desargumentar consensos e velhas verdades é só chegar: Teatro Armando Gonzaga - Av. Gal Osvaldo Cordeiro Farias, 511 - Marechal Hermes, Rio de Janeiro, às 18h30min. <br /><br />3: O Sindicato dos Artistas e Técnicos – SATED/RJ convoca para duas assembléias: <br /><br />• 2.1: para todos os profissionais TÉCNICOS em Espetáculos de Diversões, 14/03, nesta segunda-feira, às 16h30 em primeira convocação e às 17h00 em segunda e última convocação, com a pauta: convenção coletiva de trabalho e/ou acordo coletivo; plano de saúde e revisão da tabela de salário.<br />• 2.2: para os artistas figurantes, 16/03, quarta-feira, às 15h30 em primeira convocação e às 16h em segunda e última convocação, para deliberar a convenção coletiva de trabalho da categoria. <br />Ambas as assembléias acontecerão na sede administrativa do SATED, à Rua Alcindo Guanabara, nº 17 / 18 º andar – Centro – RJ. Mais informações sobre o sindicato em: http://www.satedrj.org.br/ ou no telefone 21-2220-8147. <br /><br />3: Lima Barreto: <br />Foi inaugurado no último sábado, 12/03, um busto em homenagem ao escritor e jornalista Afonso Henriques de Lima Barreto, na Rua do Lavradio, 133 – em frente ao CIEP, a mesma foi uma solicitação da confraria que homenageia o autor, vejam mais em: http://www.casalimabarreto.com/ . Lima é autor entre outras obras de “Recordações do escrivão Isaías Caminha”, “Clara dos Anjos”, “Triste fim de Policarpo Quaresma”, entre outras obras (romances, artigos, contos, crônicas) fundamentais para entendermos o Rio de Janeiro, a sua população mais pobre – e majoritariamente negra nesta faixa social – e o Brasil da virada dos séculos 19/20. .................................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog , produzido pelo CPC Aracy de Almeida , pode ser reproduzido, desde que citada a fonteFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-74872028739948102822011-03-01T08:49:00.000-08:002011-03-01T08:50:33.840-08:00Boletim CPC - Ano V – nº. 82 – 01/03/2011Nesta edição: Políticas culturais: Titulares das comissões de Educação e Cultura na Câmara e na Assembléia do Rio * CONLESTE empossa a sua câmara de Cultura * PT/RJ e movimentos discutem relações entre Cultura e Comunicação * Congresso Brasileiro de Teatro acontecerá no final de março em Osasco/SP * Políticas para a juventude: foi dada a largada para a 2º Conferência Nacional de Juventude * Hip-hop é discutido na Câmara dos Deputados * Curso de extensão Periferias em Cena * Ensino na área de produção cultural: IFRJ * Opinião: Roberta Martins escreve sobre o carnaval carioca * Editais: Itaú Cultural e Escola de Cinema de Cuba * Notas carnavalescas: Baile do Sintcon * Carnaval do Teatro de Rua * Guia de blocos da Agenda do Samba e Choro * Bloco homenageia Zé Kétti e Bucy Moreira no Conjunto dos Músicos ..................................................................................................................................................<br /><br />Políticas culturais:<br /><br />1: Comissões de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e da ALERJ:<br />É animadora a indicação pela bancada do PT da Deputada Fátima Bezerra PT/RN para a Presidência da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. A deputada é “nossa” no melhor sentido da palavra, tendo sido a relatora do Plano Nacional de Cultura e agora terá esta importante missão, principalmente em um momento que o Ministério da Cultura precisará mais do que nunca de uma grande interlocução com a sociedade e o Congresso. <br /><br />Já no Estado do Rio de Janeiro, na Assembléia Legislativa, a comissão similar será presidida pelo também petista e estreante deputado estadual Robson Leite (ligado aos movimentos de pré-vestibular comunitário, entre outros assuntos), a quem desejamos uma boa gestão a frente da mesma, uma vez que são muitas as tarefas, tendo como base a política cultural em curso na Secretária de Estado da Cultura, Adriana Rattes. <br /><br />2: Câmara Temática de Cultura do CONLESTE <br /><br />O CONLESTE é um consorcio que reúne as cidades do chamado Leste Fluminense, como São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito, principalmente no tocante as questões relativas ao complexo petroquímico que esta se instalado na região, o COMPERJ PETROBRAS. A cultura, como defendemos diuturnamente é estratégica para o desenvolvimento social, humano e econômico, e neste sentido saudamos a iniciativa de formalização da Câmara Temática da Cultura CONLESTE.<br /> <br />Na última sexta-feira, 25/02, na Prefeitura Municipal de Tanguá, tomou posse a diretoria do mesmo, tendo os seguintes membros em sua composição, representando o poder público: Prefeitura Municipal de Tanguá / Secretário Municipal de Cultura e Turismo - Claudio Márcio de Souza; Prefeitura Municipal de São Gonçalo / Secretário Municipal de Turismo e Cultura - Carlos Ney Ribeiro; Prefeitura Municipal de Itaboraí / Presidente da Fundação Cultural - Sergio Espírito Santo e pela sociedade civil, Comcultura RJ- a nossa companheira Cleise Campos. <br /><br />3: PT e movimentos discutem Cultura e Comunicação: <br /><br />A militância da cultura e o novo marco regulatório das comunicações <br /><br />Por Roberto Gonçalves de Lima.<br />O Setorial de Cultura do PT do Rio de Janeiro, no dia 23 de fevereiro, promoveu seminário sobre Comunicação e Cultura e convidou militantes dos movimentos pela democratização das comunicações para debater com os ativistas de diversos setores culturais a respeito das perspectivas para o novo marco regulatório para as comunicações no Brasil. Ver o texto integral em: http://culturaptrj.blogspot.com/2011/02/militancia-da-cultura-e-o-novomarco.html?spref=fb<br />4: O Congresso Brasileiro de Teatro será nos dias 26 e 27 de março em Osasco-SP.<br />Este importante espaço de discussão para a área de artes cênicas, será realizado com o apoio da Secretaria de Cultura de Osasco (garantindo alimentação e estadia em alojamentos, em um esquema alternativo como no Fórum Social Mundial, quando era em Porto Alegre) . O deslocamento entre as localidades de origem e São Paulo ficarão por conta das representações dos estados (serão 06 participantes por estado, que terão direito às condições mínimas que Osasco está oferecendo), e segundo os organizadores se alguém mais desejar participar, o que é permitido, deverá fazê-lo por conta própria. <br />Os temas e a forma de escolha de delegados para votação, se houver necessidade, serão discutidos abertamente durante o Congresso, mas em princípio existe a intenção de debater como prioridade para o setor, sem coibir outros possíveis temas, o Programa Nacional de Fomento ao Teatro, o Prêmio Teatro Brasileiro, o Plano Setorial de Teatro do Plano Nacional de Cultura (anexo e por favor leiam e estudem) e uma outra pauta sugerida pela Rede Brasileira de Teatro de Grupo que é a luta contra a privatização dos espaços públicos que vem, entre outros problemas, impedindo as apresentações na rua. Assunto muito em voga na cidade do Rio de Janeiro, inclusive. <br />Mais informações/anexos e outros, entrem em contato com a Cooperativa Paulista de Teatro - (11) 2117-4711 - central@cooperativadeteatro.com.br <br />.................................................................................................................................................<br /><br />5: Para a Juventude<br /><br />5.1: Portaria constitui comissão organizadora da 2ª Conferência de Juventude<br />O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), comemorou na última quarta-feira, 23/02, a publicação no Diário Oficial da Portaria nº 27 da Secretaria Geral da Presidência da República constitui a comissão organizadora da 2ª Conferência Nacional de Juventude, que segundo os organizadores deve ser mais ampla e representativa que a 1º (em 2008). <br />São atribuições da comissão: deliberar, organizar, implementar e desenvolver todas as atividades da Conferência. Entre as tarefas estão aprovar o texto-base para os debates e definir a metodologia e sistematização que deve orientar todo o processo, além de cuidar de toda a sistematização das propostas, organizar a infra-estrutura do encontro e produzir todos os relatórios de avaliação e balanço. A mesma será presidida pela Secretaria Nacional de Juventude e terá 33 membros, sendo 18 representantes do Poder Público e 15 representantes da sociedade civil. Mais informações em: <br />http://www.juventude.gov.br/2011/02/23/portaria-constitui-comissao-organizadora-da-2%C2%AA-conferencia-de-juventude/ <br /><br />5.2: Hip-hop em debate oficial:<br /><br />A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 3/11, do deputado Maurício Rands – PT/PE, que declara o movimento hip hop manifestação de cultura popular de alcance nacional. O parlamentar argumenta que esse reconhecimento dará às iniciativas de artistas e de entidades ligadas ao movimento o direito de receberem do Poder Público o mesmo apoio que outros grupos sociais podem receber. Mais informações e o projeto em: <br />http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=490886<br /><br />5.3: Periferias em Cena: <br /><br />Estão abertas as até o próximo dia 14, as inscrições do “Periferias em Cena”, um curso de formação para agentes culturais populares, realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ, antigo CEFET Química, de quem temos outra nota abaixo). São oferecidas 30 vagas e aqueles que concluírem a formação receberão certificado de extensão do IFRJ.<br /><br />O Periferias em Cena, já em sua quarta edição, é voltado para a preparação de jovens e adultos de favelas e periferias com o intuito de formá-los para atuar como artistas e produtores culturais dos campos da música, dança, audiovisual, artes plásticas, artesanato, teatro e animação cultural. Os alunos aprendem desde o planejamento até a captação de recursos e a realização de ações nos diversos campos da cultura. Entre os ex-alunos do curso, há artistas como o MC Fiell, da Rádio Santa Marta, e Mano Teko, da Apafunk. Inscrições próprio instituto: rua Senador Furtado, 121, sala 219 (Coordenação de Extensão), - próximo ao Maracanã e ao CEFET das 9h às 18h e ainda em: http://www.ifrj.edu.br/<br />.......................................................................................................................................<br />5.4: Curso de Graduação de Tecnologia em Produção Cultural do Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ<br /><br />Durante muito tempo a formação no campo da Produção Cultural no Brasil, foi baseada na clássica situação do formar – fazendo. Com um mercado cada vez mais exigente, se profissionalizando e abrindo novas perspectivas, a formação do profissional da Produção Cultural passou então a ser mais do que natural, tornou-se necessária.<br /><br />No Brasil de hoje, em termos de instituições públicas, apenas as Universidade Federal da Bahia – UFBA e a Universidade Federal Fluminense - UFF, oferecem cursos de graduação em Comunicação Social com habilitação em Produção Cultural.<br /><br />No caso do Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro a política é diferente. Desde o começo do Curso os alunos de Graduação de Tecnologia têm sua formação definida como Produtores Culturais. O curso está concorrendo no 2º Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro na categoria de Patrimônio Imaterial (o mesmo foi tema de nosso boletim anterior). Mais informações sobre o curso em: http://www.ifrj.edu.br/prodcult.php <br />...................................................................................................................................................<br />Editais: <br /><br />1: Itaú Cultural<br /><br />O programa Rumos Itaú Cultural está divulgando os seus editais de Artes Visuais, Educação, Cultura e Arte e Jornalismo Cultural. A seleção dos projetos será feita por comissões autônomas formadas por especialistas nas áreas contempladas e os resultados serão anunciados no segundo semestre de 2011. <br /><br />Os contemplados com o Rumos Educação, Cultura e Arte terão suas produções difundidas em publicações impressas e/ou virtuais editadas pelo Itaú Cultural, e eles também receberão um kit com publicações e produtos audiovisuais produzidos pelo instituto. <br /><br />Já os selecionados na carteira Estudante do Rumos Jornalismo Cultural serão credenciados para participar do II Seminário Internacional de Crítica Literária, entre outras premiações. Mais informações: http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2691 <br />2: Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba abre inscrições para seleção de estudantes brasileiros<br />A Coordenação dos Exames de seleção para a EICTV no Brasil comunica que estão abertas até o próximo dia 11 as inscrições para o Processo Seletivo 2011 / 2014 para a Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba. As provas serão aplicadas nos dias 18 e 19 de março, em cinco cidades: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Belém (PA).<br />Serão oferecidas sete especializações – Direção, Produção, Roteiro, Fotografia, Som, Documentário e Edição. Cada candidato deverá optar por uma destas especializações.<br />Do Brasil, serão selecionados de quatro a seis candidatos que irão fazer parte de um grupo de 40 estudantes de todo o mundo, principalmente da América Latina. O curso tem duração de 03 anos. O início está previsto para setembro de 2011 e término em julho de 2014.<br />As fichas de inscrição estão disponíveis na internet através dos sites da Associação Curta Minas / ABD-MG (www.curtaminas.com.br ), da Página 21 / PE (www.pagina21.com.br ), da AGEPEL / GO (www.agepel.go.gov.br ), do Instituto Selvino Caramori / SC (www.instselvinocaramori.org.br) e do blog www.eictvpara.blogspot.com. Após o preenchimento, a ficha de inscrição deve ser enviada por e-mail para eictvbrasil@gmail.com. .................................................................................................................................................<br />Opinião:<br />Pulando por aí...nesses quatro dias de folia, até quarta-feira<br /><br />Roberta Martins <br /><br />Tenho vários amigos que têm declarado que esse carnaval não vai ser igual àquele que passou, a opção vai ser ficar bem longe da folia. Muita gente no Rio, muito calor, muito brigão, muito mijão...algumas dessas pessoas queridas até ressuscitaram a máxima de que o Carnaval, outrora expressão cultural popular está tomada por poderosos capitalistas. <br />Mas, eu confesso, não posso evitar: Eu adoro Carnaval! Escolas de Samba, cordões, troças, blocos e tudo o que vem junto. Aquela gente toda cantando junto, arrastando sandálias, chinelos, sapatos e tamancos. A multidão de pessoas que sai pulando por aí e quase na mesma vibração (vibe não combina, né!) se espreme nas ruas que são cada vez menores para a quantidade e animação de tantos foliões.<br /><br />Gosto até daquele sol imeeeeeeeeenso que segue a gente onde quer que se vá, e que me faz pensar que - Ala la ô ô ô ô, mais que calor ô ô ô ô ô ô! – é uma das mais completas traduções do Rio 40º . E as fantasias...cada vez me surpreendem mais. Ao lado de baianas, havaianas, palhaços, bate-bolas e outros mais, juro que vi gente fantasiada até de caixa de remédio tarja - preta, recomendando: - Lexotan e Rivotril pra geral! Com certeza, pra botar pra dormir a chatice de quem ainda não tenha entrado no espírito folião. E dá-lhe novidade! Com certeza nesse ano muitas Dilmas e Ronaldinhos Gaúchos ( ou já posso chamar de carioca?) .<br /><br />Todo mundo na maior festa de mais um carnaval, declarando que a alegria atravessou o mar... ou mesmo tentando esquecer o que aflige a alma ou o coração, utilizando pra isso de quantidades industriais de cerveja para afogar mágoas e tristezas que afinal, vão se afogar e as águas vão rolar... garrafa cheia...bem, sabemos o destino. Ainda mais no ritmo aceleradíssimo de dias temperados pelas figuraças que sempre aparecem no tríduo momesco: o indefectível tocador de tamborim, que não tem jeito, vai telecotecar no seu ouvido. O jeitoso totalmente avermelhado, não sei se pela exposição ao sol ou o calor que vem de dentro e lhe queima por dentro as faces, e dos meus preferidos: aquele bebum engraçadíssimo que não consegue seguir em linha reta, nem mirando o isopor de seus mais tenros sonhos. Eu sou um desses tipos, não tem muito jeito e com algum samba, muito suor e bastante cerveja vou pulando por aí...nesses quatro dias de folia, até quarta-feira. <br />................................................................................................................................................<br />Notas carnavalescas:<br />1 : Nesta sexta de carnaval, 04/03, temos o baile de carnaval do Sintcon, com Nina Rosa e a Orquestra Vermelha, grátis, no Cine Virtual: <br /> <br />2: O Guia de Blocos de Carnaval da Agenda do Samba e Choro está no ar. Acessem em: : http://www.samba-choro.com.br/carnaval/2011/<br /><br />3: A Rede Brasileira de Teatro de Rua fará a I Mostra Carnavalesca de Teatro de Rua, que acontecerá no domingo de carnaval, 06/03, às 17h, na Rua Joaquim Silva, Lapa, composta de performances ao longo da rua e reunirá grupos diversos de teatro, dança, poesia, música, estátuas vivas e muitos outros. <br />4: Bucy Moreira e Zé Kétti serão homenageados no Conjunto dos Músicos, através do Bloco Carnavalesco Atrás da Máscara Negra – Os Foliões do Engenho, que sairá nos dias 05 e 08 de março, concentrando-se Às 15h no Bar do Macarrão (Estrada Ademar Bebiano, 4341) – Quadra 1º de Maio. O evento é uma promoção do Movimento Culturas Já Engenho da Rainha, tendo a frente entre outros Geísa Flores, filha de Zé Kétti e Gracy Mary Moreira, filha de Bucy Moreira, com a participação de seus familiares e muitos amigos. <br />..................................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog , produzido pelo CPC Aracy de Almeida , pode ser reproduzido, desde que citada a fonteFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-71215825729625721162011-02-12T08:50:00.000-08:002011-02-12T08:51:28.760-08:00Boletim CPC - Ano V – nº. 81 – 14/02/2011Nesta edição: Petrópolis está oficialmente no Sistema Nacional de Cultura e está com dois editais abertos – para pareceristas e oficineiros * VII Enecult da UFBA em Salvador/BA começa os seus preparativos * Outros editais: Microprojetos culturais e Prêmio cultural na Secretaria de Estado da Cultura – RJ e de apoio à arte contemporânea no Itamaraty * Diana Aragão: Os dez anos do Centro Cultural Cartola e Alcione no Asa Branca * Notas: Centenário de Lélia Abramo e de Mario Lago * IPCN cheio de movimentos * Acervo digitalizado da Funarte: vamos explorar e nos deliciar com este! * Dorina e seu novo CD “Brasileirice” SESC E. de Dentro seleciona espetáculos de humor e comédia * Agenda: Orixás da Família de Obaluaê no Museu do Folclore * Famosos painéis “Guerra e Paz” de Portinari agora no Palácio Capanema * Paletó de Lamê no Leblon ..................................................................................................................................................<br /><br />Políticas públicas:<br /><br />1: Petrópolis está oficialmente no Sistema Nacional de Cultura<br /><br />Em 11 de janeiro saiu no Diário Oficial da União a adesão do município serrano ao Sistema Nacional de Cultura. O resultado da aprovação do Sistema deve-se à Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, e principalmente, pelo Conselho Municipal de Cultura e à sociedade civil petropolitana, que contribuiu com ideias e sugestões essenciais para a elaboração do Sistema Municipal de Cultura. Aprovado em dezembro de 2010 pela Câmara Municipal (juntamente com o Plano Municipal de Cultura 2011-2020), o Sistema virou lei, garantindo que todos os princípios previstos sejam cumpridos, favorecendo o crescimento dos setores culturais em Petrópolis.<br /><br />O próximo passo agora será a elaboração do Plano de Trabalho do acordo de cooperação federativa do Sistema Nacional de Cultura para efetivação do processo de desenvolvimento do Sistema em Petrópolis, contendo atividades, cronograma de execução e metas a serem atingidas.<br /><br />2: Estudos sobre políticas culturais: dada a largada para o VII Enecult em Salvador – BA<br /><br />O Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura – CULT divulgou o calendário para o seu sétimo encontro internacional (ocorre na Universidade Federal da Bahia, a qual o centro é vinculado), que a cada ano ganha mais importância na área de estudos culturais e sobre políticas culturais principalmente. <br /><br />Este ano o encontro será nos dias 03, 04 e 05 de agosto e os pesquisadores, professores, estudantes, artistas e produtores que quiserem apresentar trabalhos, artigos e atividades artísticas terão o mês de março (01 a 31) para enviar seus projetos. <br /><br />Em breve serão divulgadas mais informações no site www.enecult.ufba.br , fiquem atentos. <br />.................................................................................................................................................<br />Editais: <br /><br />1: Petrópolis 01: Coerente com a matéria que abre esta edição, a Fundação de Cultura e Turismo do município está com edital para pareceristas (para exercer atividades de análise e emissão de parecer técnico sobre projetos culturais) aberto até o próximo dia 25. Os candidatos serão credenciados por nível de qualificação, de acordo com a pontuação obtida pelo somatório dos requisitos de experiência e formação, conforme o item 5 do Edital que pode ser acessado no site da Fundação de Cultura e Turismo (www.petropolis.rj.gov.br/fctp) ou no Diário Oficial do município de 28/01/2011.<br /><br />A seleção dos pareceristas será realizada por uma Comissão de Credenciamento, composta por representantes da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis e por membros indicados pelo Conselho Municipal de Cultura de Petrópolis.<br /><br />Os profissionais credenciados a prestar serviços técnicos especializados para análise de projetos culturais devem possuir qualificação específica (anexo I do edital) e capacitação técnica (experiência) nas seguintes modalidades: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Diversidade Cultural, Transversalidade da Cultura, Música, Humanidades e Patrimônio Cultural. Cada modalidade é dividida em vários segmentos de forma a abranger da melhor maneira possível a diversidade cultural presente no município.<br /><br />Os pareceristas selecionados poderão receber até 10 projetos, que serão distribuídos por área: cultural, segmento, nível de complexidade do projeto e nível de qualificação do perito. O valor do parecer será de R$ 250,00 por projeto a ser pago via Fundo Municipal de Cultura.<br /><br />Os interessados devem comparecer à Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis e procurar a Gerência Administrativa e de RH com a seguinte documentação: Formulário de credenciamento devidamente preenchido e Declaração de Compromisso (disponível na Fundação ou no site); Cópia autenticada de Registro Geral e CPF, comprovando que o candidato é maior de 18 anos; comprovante de regularidade com as obrigações eleitorais e do serviço militar, se do sexo masculino; Comprovante de inscrição no órgão de classe competente, se for o caso; Cópia autenticada da inscrição de contribuinte como profissional autônomo no Regime Geral da Previdência Social - INSS e no cadastro de contribuintes do Imposto sobre Serviços - ISS, quando cabível; Cópia autenticada do certificado ou diploma que comprove a escolaridade.<br /><br />Além disso, o candidato a parecerista deve enviar também documentos que comprovem a experiência, como portfólio com publicações, fotos e reportagens; declarações autenticadas de instituições reconhecidas na área cultural sobre contratações e serviços prestados na área de interesse; execução de projetos anteriores.<br /><br />Mais poderão ser obtidas através do telefone: (24) 2233-1225 ou no site da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis www.petropolis.rj.gov.br/fctp.<br /><br />2 - Petrópolis 02: A Fundação está também com outro edital aberto para inscrições de projetos de Oficinas Livres para o Ciranda das Artes - 2011, que acontecerá entre os meses de março e dezembro. Os projetos devem visar o estímulo e desenvolvimento de ações de difusão e formação cultural, iniciação e estimulação artística, inclusão social e práticas corporais e serão dirigidas a toda a população, respeitados os públicos-alvo de cada oficina, que deverão ser especificados e divididos entre os seguintes segmentos: crianças, jovens, adultos e terceira idade. Serão selecionados projetos para as seguintes modalidades: Artes Visuais e Audiovisual, Artes Cênicas, Práticas Corporais, Dança, Música e Artesanato. Cada modalidade é dividida em segmentos.<br /><br />A seleção e classificação dos projetos inscritos por área serão realizadas pelos pareceristas contratados pela Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis (conforme nota anterior), segundo as exigências especificadas no Edital, que também esclarece os critérios para a seleção dos mesmos. A remuneração varia entre R$ 420,00 a R$ 1.080,00 conforme número de horas/aula. <br /><br />O edital com as informações completas já está disponível no site da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis – www.petropolis.rj.gov.br/fctp – ou através do Diário Oficial do Município publicado no dia 02/02. As inscrições acontecem até o dia 25 de fevereiro, das 09h às 17h, na sede da Fundação, na Praça Visconde de Mauá, 305 – Centro – Petrópolis – RJ, na Gerência de Administração e Recursos Humanos. Mais informações: (24) 2233-1225<br />3 - Estado do RJ 01: Seleção Pública de Microprojetos Culturais que visa fomentar e incentivar artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais. No sentido de promover a diversidade cultural, os projetos financiados deverão ter, como protagonistas ou beneficiários, jovens de 18 a 29 anos residentes no Estado do Rio de Janeiro. Coincidentemente (assim como os de Petrópolis, as inscrições encerram-se em 25/02). Os projetos deverão ter início a partir de junho de 2011. O prazo para a execução dos projetos será de até 180 dias a partir da liberação do apoio.<br />Serão selecionados 31 microprojetos, nas áreas de Artes Visuais, Artes Cênicas, Música, Literatura, Audiovisual, Artesanato, Cultura Afro-Brasileira, Cultura Popular, Cultura Indígena, Design, Moda e Artes Integradas, que receberão apoio financeiro no valor R$ 8.000,00 (oito mil reais), totalizando um investimento de R$248.000 (duzentos e quarenta e oito mil reais). <br />A inscrição é gratuita e aberta à pessoa física e pessoa jurídica sem fins lucrativos, residentes ou sediadas no Estado do Rio de Janeiro, através do preenchimento dos formulários de inscrição disponíveis no sítio da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, mais informações em: http://www.sec.rj.gov.br/editalmicroprojetospopulares.asp <br /><br />04 – Estado do RJ 02: A Secretaria de Estado de Cultura e Conselho Estadual de Cultura recebem indicações para candidatos ao 2º Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Qualquer pessoa pode fazer sua indicação, por meio do Portal Cultura.rj. As indicações só serão aceitas mediante o preenchimento de todos os campos do formulário. Uma comissão formada por representantes da Secretaria de Estado de Cultura e do Conselho Estadual de Cultura vai eleger os três representantes de cada modalidade, e, mais tarde, o Conselho indicará o vencedor em cada categoria, que receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil. <br /><br />O Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, que é uma unificação dos prêmios Golfinho de Ouro, Estácio de Sá e Governo do Rio de Janeiro, abrangerá, nesse ano, três novas categorias: Arquitetura, Festas Folclóricas e Design, totalizando 18. As demais são: Música Popular; Música Clássica; Empreendedorismo Cultural; Patrimônio Material; Patrimônio Imaterial; Teatro; Circo; Dança; Registro (Memória-Comunicação); Audiovisual; Literatura (Produção Literária); Novas Mídias; Artes Visuais (Artes Plásticas, Fotografia e Grafite); Gastronomia e Moda.<br /><br />Cada pessoa pode votar em quantas categorias quiser, mas poderá indicar somente um candidato em cada uma delas. Acessem em: http://www.cultura.rj.gov.br/votacao/paginas/frmvotacao.php . <br /><br />5 - I Concurso Itamaraty de Obras Contemporâneas: Com inscrições até o dia 25 de março, para obras de pintura, fotografia, escultura em papel que poderão concorrer ao I Concurso Itamaraty de Obras Contemporâneas. A premiação visa incentivar a produção brasileira de arte contemporânea e ampliar a sua divulgação no exterior, com a concessão de prêmios a cada dois anos. O valor dos prêmios vai de R$5.000 a R$20.000 (cinco a vinte mil reais), em cada uma das categorias.<br />As obras premiadas serão incorporadas ao acervo permanente do Ministério das Relações Exteriores e poderão ser expostas em espaços para visitantes, em exposições itinerantes e em Missões Diplomáticas e Repartições Consulares.<br />Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível no site www.Itamaraty.gov.br e mais informações: artecontemporânea@itamaraty.gov.br .<br />.................................................................................................................................................<br />Dicas da Diana Aragão:<br />1: Centro Cultural Cartola iniciou as comemorações pelos dez anos com seminário “Escolas de Samba e Memória – práticas, desafios e cooperação” <br /><br />O Centro Cultural Cartola, que completa dez anos de existência em 2011, promove o desenvolvimento da cidadania por meio do acesso à educação, formação e solidariedade. Procura motivar crianças e jovens, aproximando-os de valores culturais da sua comunidade, e proporcionar capacitação para que possam aprimorar suas habilidades no exercício de atividades laborativas diferenciadas. Também implementa ações afirmativas e políticas que contemplem a diversidade cultural, a geração de renda na comunidade, além de realizar ações preventivas de saúde.<br /> <br />Nos últimos dias 05 e 12, o Centro Cultural Cartola deu o pontapé inicial às comemorações de sua primeira década com o "1º Seminário Escolas de Samba e Memória - práticas, desafios e cooperação". O evento foi uma parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, sob a a administração da secretária Adriana Rattes. Os debates e palestras contaram com as presenças de representantes de algumas das principais escolas de samba do Rio de Janeiro, personalidades do mundo do samba, jornalistas especializados e claro, do público - que teve acesso gratuito ao evento, podendo inquirir os palestrantes e participar dos debates. <br /><br />Este ano, novas ações serão implementadas e o CCC, um dos grandes responsáveis pela transformação do Samba em Patrimônio Cultural do Brasil, estará utilizando todo o seu potencial para realizar novos projetos como a inauguração da biblioteca DONA ZICA, um FESTIVAL de PARTIDO - ALTO com produção de um CD e o projeto "SAMBA NA ESCOLA". O endereço do CCC é: Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira. <br /><br />2: Alcione no Asa Branca:<br /><br />A cantora Alcione reinaugurando em boa hora o Espaço Cultural Asa Branca, na Lapa, faz, como sempre, show dos melhores homenageando o seu Maranhão no lançamento do seu CD/DVD. <br /><br />O projeto marca também a criação do seu próprio selo em parceria com a rede de quiosques da orla onde serão vendidos seus discos, entre outros pontos. Para quem ainda não assistiu o show, a cantora dará bis nos dias 18 e 19/02 no mesmo Asa Branca.<br /> .................................................................................................................................................<br />Notas:<br />1- Lélia Abramo e Mário Lago são 100! <br />1.1- Lélia<br />A Fundação Nacional de Arte – Funarte, com apoio da Fundação Perseu Abramo, promoveu no último dia 08, ato de comemoração pelo centenário de Lélia Abramo, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, em São Paulo.<br />No dia 06 de fevereiro Lélia completaria 100 anos. Militante ativa dos direitos humanos, fundadora do Partido dos Trabalhadores – PT, presidente do Sindicato dos Artistas de São Paulo e peça fundamental na luta pela regulamentação da profissão de artista (http://cpcaracydealmeida.blogspot.com/2011/02/lei-n-6533-de-24-de-maio-de-1978.html ), a saudosa Lélia guarda em sua trajetória passagens por momentos históricos nacionais e internacionais. Atriz teatral de sucesso, deixou registrado no livro autobiográfico "Vida e Arte - Memórias de Lélia Abramo", publicado pela Editora Fundação Perseu Abramo, suas memórias e fragmentos da história recente (ver prefácio do mesmo por Antonio Candido http://www.fpa.org.br/apresentacao-do-livro-vida-e-arte-de-lelia-abramoporantoniocandido .<br />Abaixo link para depoimentos sobre ela, o primeiro do ator Tadeu di Prieto: http://www.fpa.org.br/o-que-fazemos/editora/teoria-edebate/edicoesanteriores/homenagem-lelia-abramo e do poeta Pedro Tierra (Hamilton Pereira) <br />http://www.fpa.org.br/ser-e-representar-uma-palavra-para-lelia-abramo-por-pedro-tierra<br /><br />1.2 - Mário <br /><br />Também neste ano, vamos comemorar o centenário do grande Mário Lago. As homenagens já começaram desde o pré-carnaval, com o Guia dos Blocos do Rio de Janeiro (do mandato do Vereador Eliomar Coelho Psol-RJ http://www.eliomar.com.br/site/cultura/dicasmpb.htm ), assim como com a Banda do Braguinha e o Bloco do Bip-Bip (que celebra também Nelson Cavaquinho, Assis Valente, Pedro Caetano e Sinval Silva, outros centenários de 2011 - - uma boa dica para mais informações a respeito é na Revista da Música Brasileira, editada por Luiz Pimentel : http://www.revistamusicabrasileira.com.br/outras-notas-musicais/inumeras-licoes-do-mestre-mario-lago<br /><br />E nos grandes projetos culturais, os Correios vão lançar um selo; Rede Globo vai divulgar uma campanha para a recuperação dos acervos dele coisas dele espalhados em lugares diversos e alguns perdidos, como disse a jornalista Graça Lago, filha do mestre “quem sabe, um delegado tenha ‘guardado uma lembrança’ de uma das muitas prisões dele e se arrependa?”, ainda segundo ela: “Há muitas ideias e propostas em andamento (umas andando mais e outras, menos, mas todas caminhando!)”. <br /><br />2 - O Instituto de Pesquisa das Culturas Negras segue com a sua campanha de reestruturação – física e política – e está preparando a eleição para renovar a diretoria, além de atuar ainda com um bloco neste carnaval. Quem quiser acompanhar esta movimentação e claro, apoiar o nosso IPCN, saiba mais acessando o blog da instituição:<br /> http://institutodepesquisadasculturasnegras.blogspot.com/<br />3 – Acervos digitalizados da Funarte: Nos anos 70, em iniciativa conjunta da Funarte com o Ministério da Educação e Cultura e o Serviço Nacional de Teatro, a coleção de livros intitulada Depoimentos reuniu entrevistas com alguns dos mais importantes artistas da cena teatral nacional.<br />O projeto Brasil Memória das Artes (de digitalização e veiculação de acervos) passa a disponibilizar, na íntegra, áudios de algumas entrevistas que serviram para a feitura dos livros, caso do bate-papo com Nelson Rodrigues, sabatinado, na ocasião, pela atriz Fernanda Montenegro e pelo então crítico teatral e novelista de primeira viagem Gilberto Braga.<br />Mas entrando mais em nossa área de atuação, recomendamos a consulta aos acervos dos projetos Seis e Meia da Sala Funarte e Pixinguinha, e hoje especificamente a entrevista-audição do show 'Cristina e Copinha', com participação especial de Radamés Gnattali, que integrou o Projeto Seis e Meia da Funarte, realizado na Sala Sidney Miller, em 1981. Esta entrevista, conduzida através de iniciativa do projeto Brasil Memória das Artes, reuniu a cantora Cristina Buarque e o diretor do espetáculo, Paulo César Soares, que lembram os bastidores do show e passeiam por seu repertório. O registro sonoro do show, que foi digitalizado e tratado graças ao projeto Brasil Memória das Artes, também está à disposição do público, na íntegra, dentro do site do projeto. Acessem em: http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/<br />5 – Nossa amiga Dorina, que está lançando o seu sétimo CD “Brasileirice”, recebeu uma excelente crítica de Mauro Ferreira, em: http://blognotasmusicais.blogspot.com/2011/02/roteiro-e-direcao-de-tulio-feliciano.html?spref=fb , assim como de nosso já citado Pimentel: http://www.revistamusicabrasileira.com.br/rmb-recomenda/cd-brasileirice<br />6 – SESC Engenho de Dentro seleciona espetáculos de comédia<br />Desde o ano passado está acontecendo naquela unidade do SESC, o projeto "Circuito do Riso" que apresenta espetáculos de comédia. A ideia é fazer um trabalho de formação de platéias para espetáculos de artes cênicas e investindo em produções de qualidade que garantam entretenimento e critério de seleção na apresentação de sua programação.<br /><br />A Cia Atos e Atores, de nosso parceiro Mauro Lima, em parceria com o SESC está fazendo o trabalho de captação de espetáculos de humor para integrar o projeto a partir de abril. Se seu grupo ou companhia trabalha com o gênero, mande seu material (release, fotos, vídeos, currículo do grupo ou companhia) para o e-mail atoseatores@gmail.com ..................................................................................................................................................<br />Agenda: <br />1 – Orixás ligados à terra em exposição no Museu do Folclore: A exposição "Senhores da Terra", será inaugurada nesta terça-feira, 15/02, às 18h, na Galeria Mestre<br />Vitalino do Museu de Folclore Edison Carneiro, reunindo<br />obras de coleções privadas e do acervo da instituição enfocando os orixás<br />ligados à terra: Obaluaê, Oxumarê, Euá, Nanã, Iroco e Onilé,<br />invocando, ainda, Ossãe, dados os vínculos do orixá das folhas com a<br />temática da saúde que perpassa os mitos dessas divindades,<br />profundamente ligadas à dinâmica da vida humana. A exposição ficará até o dia 03 de abril, de terça a sexta de 11 às 18h e sábados, domingos feriados, das 15 às 18h. <br />Museu do Folclore Edison Carneiro e Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – CNFCP - Rua do Catete, 179, Catete (metrô Catete), Rio de Janeiro, RJ 22.220-000<br />Tel.: (21)2285-0441/ 2285-0891/ 2205-0090, ramais 204, 205 e 206. Mais informações em: www.cnfcp.gov.br . <br />2 - Os painéis “Guerra e Paz”, criados por Candido Portinari na década de 1950, estão no Palácio Gustavo Capanema (conhecido como prédio do MEC e sede da Funarte), no Rio de Janeiro, onde passarão por um longo e meticuloso processo de restauração. O desenvolvimento do trabalho poderá ser acompanhado de perto pelo público, que também terá acesso, na galeria do Palácio, a documentos sobre a história das obras e a objetos pessoais do artista. A mostra segue até o dia 20 de maio.<br />Segundo a instituição “A visitação é enriquecida por um laboratório de análise científica com o qual o visitante pode explorar, por meio de um microscópio, todas as camadas de pintura das telas. Paralelamente à exposição, foi organizado um amplo programa educativo voltado para as escolas, que abordará de forma interdisciplinar o conteúdo dos painéis e a vida do pintor, bem como os trabalhos de restauração e preservação”. <br />Os dois painéis da obra “Guerra e Paz”, os últimos e maiores murais de Candido Portinari (14 x 10 metros, aproximadamente), foram criados entre 1952 e 56, por encomenda do governo brasileiro, que desejava presentear a sede da ONU, em Nova York. Depois de terem sido expostos uma única vez no Brasil, no palco do Theatro Municipal do Rio, eles seguiram para os Estados Unidos e foram instaladas no hall de entrada da Assembléia Geral – um local nobre, mas de acesso restrito aos delegados das Nações.<br />Antes de chegar ao Palácio Capanema, eles retornaram ao palco do Municipal, onde ficaram expostos por 12 dias e atraíram mais de 40 mil pessoas. Depois do restauro, as obras seguirão em uma exposição itinerante, que rodará o mundo.<br />Visitas guiadas e gratuitas: Até 20 de maio de 2011 De terça a sexta, das 10h às 17h. Agendamento de grupos escolares: (21) 8337-1732 / educativo@portinari.org.br <br />3: Segue em cartaz até o próximo dia 24/02, o espetáculo Paletó de Lamê - os Grandes Sucessos (dos Outros) , que faz um passeio pelo repertório pejorativamente chamado de “cafona” ou “brega”, e que tem recebido boa mídia e convidados especiais a cada edição. O show em cartaz no Teatro Café Pequeno, Leblon, mais informações em: paletodelame.blogspot.com <br /> ..................................................................................................................................................<br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog , produzido pelo CPC Aracy de Almeida , pode ser reproduzido, desde que citada a fonteFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-43528135151642466492011-02-10T07:17:00.001-08:002011-02-10T07:17:35.512-08:00LEI Nº 6.533, DE 24 DE MAIO DE 1978LEI Nº 6.533, DE 24 DE MAIO DE 1978<br /><br />Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Artistas e de técnico em Espetáculos de Diversões, e dá outras providências<br /><br />O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:<br /><br />Art. 1º - O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões é regulado pela presente Lei.<br /><br />Art. 2º - Para os efeitos desta lei, é considerado:<br /><br />I - Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública;<br /><br />II - Técnico em Espetáculos de Diversões, o profissional que, mesmo em caráter auxiliar, participa, individualmente ou em grupo, de atividade profissional ligada diretamente à elaboração, registro, apresentação ou conservação de programas, espetáculos e produções.<br /><br />Parágrafo único - As denominações e descrições das funções em que se desdobram as atividades de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões constarão do regulamento desta lei.<br /><br />Art. 3º - Aplicam-se as disposições desta lei às pessoas físicas ou jurídicas que tiverem a seu serviço os profissionais definidos no artigo anterior, para realização de espetáculos, programas, produções ou mensagens publicitárias.<br /><br />Parágrafo único - Aplicam-se, igualmente, as disposições desta Lei às pessoas físicas ou jurídicas que agenciem colocação de mão-de-obra de profissionais definidos no artigo anterior.<br /><br />Art. 4º - As pessoas físicas ou jurídicas de que trata o artigo anterior deverão ser previamente inscritas no Ministério do Trabalho.<br /><br />Art. 5º - Não se incluem no disposto nesta Lei os Técnicos em Espetáculos de Diversões que prestam serviços a empresa de radiodifusão.<br /><br />Art. 6º - O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, o qual terá validade em todo o território nacional.<br /><br />Art 7º - Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos de Diversões, é necessário a apresentação de:<br /><br />I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes, reconhecidos na forma da Lei; ou<br /><br />II - diploma ou certificado correspondentes às habilitações profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico, Sonoplasta, ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou<br /><br />III - atestado de capacitação profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e, subsidiariamente, pela Federação respectiva.<br /><br />§ 1º - A entidade sindical deverá conceder ou negar o atestado mencionado no item III, no prazo de 3 (três) dias úteis, podendo ser concedido o registro, ainda que provisório, se faltar manifestação da entidade sindical, nesse prazo.<br /><br />§ 2º - Da decisão da entidade sindical que negar a concessão do atestado mencionado no item III deste artigo, caberá recurso para o Ministério do Trabalho, até 30 (trinta) dias, a contar da ciência.<br /><br />Art. 8º - O registro de que trata o artigo anterior poderá ser concedido a título provisório, pelo prazo máximo de 1 (um) ano, com dispensa do atestado a que se refere o item III do mesmo artigo, mediante indicação conjunta dos Sindicatos de empregadores e de empregados.<br /><br />Art. 9º - O exercício das profissões de que trata esta Lei exige contrato de trabalho padronizado, nos termos de instruções a serem expedidas pelo Ministério do trabalho.<br /><br />§ 1º - O contrato de trabalho será visado pelo Sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, como condição para registro no Ministério do Trabalho, até a véspera da sua vigência.<br /><br />§ 2º - A entidade sindical deverá visar ou não o contrato, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, findos os quais ele poderá ser registrado no Ministério do Trabalho, se faltar a manifestação sindical.<br /><br />§ 3º - Da decisão da entidade sindical que negar o visto, caberá recurso para o Ministério do Trabalho.<br /><br />Art. 10 - O contrato de trabalho conterá, obrigatoriamente:<br /><br />I - qualificação das partes contratantes;<br />II - prazo de vigência;<br />III - natureza da função profissional, com definição das obrigações respectivas;<br /><br />IV - título do programa, espetáculo ou produção, ainda que provisório, com indicação do personagem nos casos de contrato por tempo determinado;<br /><br />V - locais onde atuará o contratado, inclusive os opcionais;<br />VI - jornada de trabalho, com especificação do horário e intervalo de repouso;<br />VII - remuneração e sua forma de pagamento;<br /><br />VIII - disposição sobre eventual inclusão do nome do contratado no crédito de apresentação, cartazes, impressos e programas;<br /><br />IX - dia de folga semanal;<br />X - ajuste sobre viagens e deslocamentos;<br /><br />XI - período de realização de trabalhos complementares, inclusive dublagem, quando posteriores a execução do trabalho de interpretação objeto do contrato;<br /><br />XII - número da Carteira de Trabalho e Previdência Social.<br /><br />Parágrafo único - Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado deverá constar, ainda, cláusula relativa ao pagamento de adicional, devido em caso de deslocamento para prestação de serviço fora da cidade ajustada no contrato de trabalho.<br /><br />Art. 11 - A cláusula de exclusividade não impedirá o Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões de prestar serviços a outro empregador em atividade diversa da ajustada no contrato de trabalho, desde que em outro meio de comunicação, e sem que se caracterize prejuízo para o contratante com o qual foi assinada a cláusula de exclusividade.<br /><br />Art. 12 - O empregador poderá utilizar trabalho de profissional, mediante nota contratual, para substituição de Artista ou de Técnico em Espetáculos de Diversões, ou para prestação de serviço caracteristicamente eventual, por prazo não superior a 7 (sete) dias consecutivos, vedada a utilização desse mesmo profissional, nos 60 (sessenta) dias subseqüentes, por essa forma, pelo mesmo empregador.<br /><br />Parágrafo único - O Ministério do Trabalho expedirá instruções sobre a utilização da nota contratual e aprovará seu modelo.<br /><br />Art. 13 - Não será permitida a cessão ou promessa de cessão de direitos autorais e conexos decorrentes da prestação de serviços profissionais.<br /><br />Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra.<br /><br />Art. 14 - Nas mensagens publicitárias, feitas para cinema, televisão ou para serem divulgadas por outros veículos, constará do contrato de trabalho, obrigatoriamente:<br /><br />I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para quem a mensagem é produzida;<br />II - o tempo de exploração comercial da mensagem;<br />III - o produto a ser promovido;<br />IV - os veículos através dos quais a mensagem será exibida;<br />V - as praças onde a mensagem será veiculada;<br />VI o tempo de duração da mensagem e suas características.<br /><br />Art. 15 - O contrato de trabalho e a nota contratual serão emitidos com numeração sucessiva e em ordem cronológica.<br /><br />Parágrafo único - Os documentos de que trata este artigo serão firmados pelo menos em duas vias pelo contratado, ficando uma delas em seu poder.<br /><br />Art. 16 - O profissional não poderá recusar-se à auto dublagem, quando couber.<br /><br />Parágrafo único - Se o empregador ou tomador de serviços preferir a dublagem por terceiros, ela só poderá ser feita com autorização, por escrito, do profissional, salvo se for realizada em língua estrangeira.<br /><br />Art. 17 - A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de-obra, obrigará o tomador de serviço solidariamente pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa, pelo tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir às responsabilidades e obrigações decorrentes desta Lei ou de contrato.<br /><br />Art. 18 - O comparecimento do profissional na hora e no lugar da convocação implica a percepção integral do salário, mesmo que o trabalho não se realize por motivo independente de sua vontade.<br /><br />Art. 19 - O profissional contratado por prazo determinado não poderá rescindir o contrato de trabalho sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o em pregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.<br /><br />Parágrafo único - A indenização de que trata este artigo não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.<br /><br />Art. 20 Na rescisão sem justa causa, no distrato e na cessação do contrato de trabalho, o empregado poderá ser assistido pelo Sindicato representativo da categoria e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, respeitado o disposto no artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />Art. 21 A jornada normal de trabalho dos profissionais de que trata esta Lei, terá nos setores e atividades respectivos, as seguintes durações:<br /><br />I - Radiodifusão, fotografia e gravação: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 30 (trinta) horas semanais;<br />II - Cinema, inclusive publicitário, quando em estúdio: 6 (seis) horas diárias;<br />III - Teatro: a partir de estréia do espetáculo terá a duração das sessões, com 8 (oito) sessões semanais;<br />IV - Circo e variedades: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 36 (trinta e seis) horas semanais;<br />V - Dublagem: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 40 (quarenta) horas semanais.<br /><br />§ 1º - O trabalho prestado além das limitações diárias ou das sessões semanais previstas neste artigo será considerado extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos 59 a 61 da Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />§ 2º - A jornada normal será dividida em 2 (dois) turnos, nenhum dos quais poderá exceder de 4 (quatro) horas, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />§ 3º - Nos espetáculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradição o exijam, o intervalo poderá, em benefício do rendimento artístico, ser superior a 2 (duas) horas.<br /><br />§ 4º - Será computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à disposição do empregador, a contar de sua apresentação no local de trabalho, inclusive o período destinado a ensaios, gravações, dublagem, fotografias, caracterização, e todo àquele que exija a presença do Artista, assim como o destinado a preparação do ambiente, em termos de cenografia, iluminação e montagem de equipamento.<br /><br />§ 5º - Para o Artista, integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poderá ser de 8 (oito) horas, durante o período de ensaio, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />Art. 22 - Na hipótese de exercício concomitante de funções dentro de uma mesma atividade, será assegurado ao profissional um adicional mínimo de 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada.<br /><br />Parágrafo único - E vedada a acumulação de mais de duas funções em decorrência do mesmo contrato de trabalho.<br /><br />Art. 23 - Na hipótese de trabalho executado fora do local constante do contrato de trabalho, correrão à conta do empregador, além do salário, as despesas de transporte e de alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno.<br /><br />Art. 24 - É livre a criação interpretativa do Artista e do Técnico em Espetáculos de Diversões, respeitado o texto da obra.<br /><br />Art. 25 - Para contratação de estrangeiro domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento de importância equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste à Caixa Econômica Federal em nome da entidade sindical da categoria profissional.<br /><br />Art. 26 - O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador.<br /><br />Art. 27 - Nenhum Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões será obrigado a interpretar ou participar de trabalho possível de pôr em risco sua integridade física ou moral.<br /><br />Art. 28 - A contratação de figurante não qualificado profissionalmente, para atuação esporádica, determinada pela necessidade de características artísticas da obra, poderá ser feita pela forma da indicação prevista no artigo 8º.<br /><br />Art. 29 - Os filhos dos profissionais de que trata esta Lei, cuja atividade seja itinerante, terão assegurada a transferência da matrícula e conseqüente vaga nas escolas públicas locais de 1º e 2º Graus, e autorizada nas escolas particulares desses níveis, mediante apresentação de certificado da escola de origem.<br /><br />Art. 30 - Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro de gravação ou plano de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, em relação ao início dos trabalhos.<br /><br />Art. 31 - Os profissionais de que trata esta Lei têm penhor legal sobre o equipamento e todo o material de propriedade do empregador, utilizado na realização de programa, espetáculo ou produção, pelo valor das obrigações não cumpridas pelo empregador.<br /><br />Art. 32 - É assegurado o direito ao atestado de que trata o item III do artigo 7º ao Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões que, até a data da publicação desta Lei tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão.<br /><br />Art. 33 - As infrações ao disposto nesta Lei serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada à razão de um valor de referência por empregado em situação irregular.<br /><br />Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a Lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.<br /><br />Art. 34 - O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à autuação, e não recolher, multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis, não poderá:<br /><br />I - receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos;<br />II - obter liberação para exibição de programa, espetáculo, ou produção, pelo órgão ou autoridade competente.<br /><br />Art. 35 - Aplicam-se aos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões as normas da legislação do trabalho, exceto naquilo que for regulado de forma diferente nesta Lei.<br /><br />Art. 36 - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua publicação.<br /><br />Art. 37 - Esta Lei entrará em vigor no dia 19 de agosto de 1978, revogadas as disposições em contrário, especialmente o art. 35, o § 2º do art. 480, o Parágrafo único do art. 507 e o art. 509 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1943, a Lei nº 101, de 1947, e a Lei nº 301, de 1948.<br /><br />Brasília, em 24 de maio de 1978; 157º da Independência e 90º da República.<br />ERNESTO GEISEL<br />Armando Falcão, Ney Braga, Arnaldo Prieto, Euclides Quandt de Oliveira<br /><br />Início<br /><br />DECRETO Nº 82.385, DE 05 DE OUTUBRO DE 1978.<br /><br /><br />Regulamenta a Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978, que dispõe sobre as profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões, e dá outras providências.<br /><br />(Alterado pelo DEC. N° 95.971/ 27.04. 1988 já inserido no texto) - Não verificadas alterações posteriores. Verifique.<br /><br /><br />O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 81, item III, da Constituição e tendo em vista o disposto no artigo 36 da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978,<br /><br />DECRETA:<br /><br />Art. 1º O exercício das profissões de Artistas e de Técnico em Espetáculos de Diversões é disciplinado pela Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978 e pelo presente regulamento.<br /><br />Art. 2º Para os efeitos da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978, é considerado:<br /><br />I - Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversões públicas;<br /><br />II - Técnico em Espetáculos de Diversões, o profissional que, mesmo em caráter auxiliar, participa, individualmente ou em grupo, de atividade profissional ligada diretamente à elaboração, registro, apresentação ou conservação de programas, espetáculos e produções.<br /><br />Parágrafo único. As denominações e descrições das funções em que se desdobram as atividades de Artistas e de Técnico em espetáculos de Diversões constam do Quadro anexo a este regulamento.<br /><br />Art. 3º Aplicam-se as disposições da Lei nº 5.533, de 24 de maio de 1978, às pessoas físicas ou jurídicas que tiverem a seu serviço os profissionais definidos no artigo anterior, para realização de espetáculos, programas, produções ou mensagens publicitárias.<br /><br />Parágrafo único. As Pessoas físicas ou jurídicas de que trata este artigo deverão ser previamente inscritas no Ministério do Trabalho.<br /><br />Art. 4º Para inscrição das pessoas físicas e jurídicas de que trata o artigo anterior é necessário a apresentação de:<br /><br />I - documento de constituição da firma, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede;<br />II - comprovante de recolhimento da contribuição sindical;<br />III - número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuinte do Ministério da Fazenda;<br /><br />Parágrafo único. O Ministério do Trabalho fornecerá, a pedido da empresa interessada, cartão de inscrição que lhe faculte instruir pedido de registro de contrato de trabalho de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões.<br /><br />Art. 5º Aplicam-se, igualmente, as disposições da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978, às pessoas físicas ou jurídicas que agenciem colocação de mão-de-obra de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões.<br /><br />Parágrafo único. Somente as empresas organizadas e registradas no Ministério do Trabalho, nos termos da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, poderão agenciar colocação de mão-de-obra de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões.<br /><br />Art. 6º Não se incluem no disposto neste regulamento os Técnicos em Espetáculos de Diversões que prestam serviços a empresa de radiodifusão.<br /><br />Art. 7º O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, o qual terá validade em todo o território nacional.<br /><br />Art. 8º Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos de Diversões, no Ministério do Trabalho, é necessário a apresentação de:<br /><br />I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes, reconhecidos na forma da lei; ou<br /><br />II - diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais de 2º grau de Ator, Contra-Regra, Cenotécnico, Sonoplasta, ou outros semelhantes, reconhecidos na forma da lei; ou<br /><br />III - atestado de capacitação profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e subsidiariamente, pela federação respectiva.<br /><br />Art. 9º O atestado mencionado no item III do artigo anterior deverá ser requerido pelo interessado, mediante preenchimento de formulário próprio, fornecido pela entidade sindical, e instruído com documentos ou indicações que comprovem sua capacitação profissional.<br /><br />Art. 10. O sindicato representativo da categoria profissional constituíra Comissões, integradas por profissionais de reconhecidos méritos, às quais caberá emitir parecer sobre os pedidos de atestado de capacitação profissional.<br /><br />Art. 11. Os Sindicatos e Federações de empregados, objetivando adotar critérios uniformes para o fornecimento do atestado de capacitação profissional, poderão estabelecer acordos ou convênios entre entidade sindicais, bem como Associações de Artistas e Técnico em Espetáculos de Diversões.<br /><br />Art. 12. As entidade sindicais encarregadas de fornecimento do atestado de capacitação profissional, deverão elaborar instruções contendo requisitos, tais como documentos e provas de aferição de capacidade profissional, necessárias para obtenção, pelos interessados, do referido atestado.<br /><br />Parágrafo único. As entidades sindicais enviarão cópia das instruções mencionadas neste artigo, ao Ministério do Trabalho.<br /><br />Art. 13. A entidade sindical deverá decidir sobre o pedido de atestado de capacitação profissional no prazo de 3 (três) dias úteis, a contar da data em que se completar a apresentação da documentação necessária ou a diligência exigida pela mesma entidade.<br /><br />Art. 14. Da decisão da entidade sindical que negar fornecimento do atestado de capacitação profissional, caberá recurso ao Ministério do Trabalho, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência.<br /><br />Parágrafo único. Para apreciação do recurso o Ministério do Trabalho solicitará, à entidade sindical, informações sobre as razões da negativa de concessão do atestado.<br /><br />Art. 15. Poderá ser concedido registro provisório, caso a entidade sindical não se manifeste sobre o atestado de capacitação profissional no prazo mencionado no artigo 13.<br /><br />Art. 16. O registro de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões será efetuado pela Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, a requerimento do interessado, instruído com os seguintes documentos:<br /><br />I - diploma, certificado ou atestado mencionado nos itens I, II e III do artigo 8º;<br /><br />II - Carteira de Trabalho e Previdência Social ou, caso não a possua o interessado, documentos mencionados no artigo 16, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />§ 1º Caso a entidade sindical não forneça o atestado de capacitação profissional no prazo mencionado no artigo 13, o interessado poderá instruir seu pedido de registro com o protocolo de apresentação do requerimento ao Sindicato.<br /><br />§ 2º Na hipótese prevista no parágrafo anterior o Ministério do Trabalho concederá à entidade sindical prazo não superior a 3 (três) dias úteis para se manifestar sobre o fornecimento do atestado.<br /><br />Art. 17. O Ministério do Trabalho efetuará registro provisório de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões, com prazo de validade de 1 (um) ano, sem direito a renovação, com dispensa do atestado de que trata o item III do artigo 8º, mediante indicação conjunta dos sindicatos de empregados e empregadores.<br /><br />Art. 18. Os critérios de indicação para o registro provisório de que trata o Artigo anterior serão estabelecidos por acordo entre os sindicatos e federações dos profissionais e empregadores interessados.<br /><br />Art. 19. O exercício das profissões de que trata este regulamento exige contrato de trabalho padronizado, nos termos de instruções a serem expedidas pelo Ministério do trabalho.<br /><br />Art. 20. O contrato de trabalho será visado pelo sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, como condição para registro no Ministério do trabalho até a véspera da sua vigência.<br /><br />Art. 21. O sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, a Federação respectiva, verificará a observância da utilização do contrato de trabalho padronizado, de acordo com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e das cláusulas constantes de Convenções Coletivas de Trabalho acaso existentes, como condição para apor o visto no contrato de trabalho.<br /><br />Art. 22. A entidade sindical deverá visar ou não o contrato de trabalho, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, a contar da data de sua apresentação, findos os quais ele poderá ser registrado no Ministério do Trabalho, se faltar a manifestação sindical.<br /><br />Art. 23. A entidade sindical deverá comunicar à Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho as razões pelas quais não visou o contrato de trabalho no prazo de 2 (dois) dias úteis.<br /><br />Art. 24. Da decisão da entidade sindical que negar o visto, caberá recurso para o Ministério do Trabalho no prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência.<br /><br />Art. 25. O contrato de trabalho conterá obrigatoriamente:<br /><br />I - qualificação das partes contratantes;<br />II - prazo de vigência;<br />III - natureza da função profissional, com definição das obrigações respectivas;<br /><br />IV - título do programa, espetáculo ou produção, ainda que provisório, com indicação do personagem nos casos de contrato por tempo determinado;<br /><br />V - locais onde atuará o contratado, inclusive os opcionais;<br />VI - jornada de trabalho, com especificações do horário e intervalo de repouso;<br />VII - remuneração e sua forma de pagamento;<br /><br />VIII - disposição sobre eventual inclusão do nome do contratado no crédito de apresentação, cartazes, impressos, e programas;<br /><br />IX - dia de folga semanal;<br />X - ajuste sobre viagens e deslocamento;<br /><br />XI - período de realização de trabalhos complementares, inclusive dublagem, quando posteriores à execução do trabalho de interpretação, objeto do contrato de trabalho;<br /><br />XII - número da Carteira de Trabalho e Previdência Social.<br /><br />Art. 26. Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado deverá constar, ainda, cláusula relativa ao pagamento de adicional devido em caso de deslocamento para prestação de serviço fora da cidade ajustada no contrato de trabalho.<br /><br />Art. 27. A cláusula de exclusividade não impedirá o Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões de prestar serviços a outro empregador em atividade diversa da ajustada no contrato de trabalho, desde que em outro meio de comunicação e sem que se caracterize prejuízo para o contratante com o qual foi assinada a cláusula de exclusividade.<br /><br />Art. 28. O registro do contrato de trabalho deverá ser requerido pelo empregador à Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho.<br /><br />Art. 29. O requerimento do registro deverá ser instruído com os seguintes documentos:<br /><br />I - 2 (duas) vias do instrumento do contrato de trabalho, visadas pelo Sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela Federação respectiva;<br /><br />II - Carteira de Trabalho e Previdência Social do Artista ou do Técnico em Espetáculos de Diversões contratado e contendo registro nos termos dos artigos 15, 16 ou 17;<br /><br />III - comprovante da inscrição de que trata o artigo 4º.<br /><br />Art. 30. O empregador poderá utilizar trabalho de profissional, mediante nota contratual, para substituição de Artista ou de Técnico em Espetáculos de Diversões, ou para prestação de serviço caracteristicamente eventual, por prazo não superior a 7 (sete) dias consecutivos, vedada a utilização desse mesmo profissional, nos 60 (sessenta) dias subseqüentes, por essa forma, pelo mesmo empregador.<br /><br />Art. 31. O Ministério do Trabalho expedirá instruções sobre a utilização da nota contratual e aprovará seu modelo.<br /><br />Art. 32. O contrato de trabalho e a nota contratual serão emitidos com numeração sucessiva e em ordem cronológica.<br />Parágrafo único. Os documentos de que trata este artigo serão firmados pelo menos em 2 (duas) vias pelo contratado, ficando uma delas em seu poder.<br /><br />Art. 33. Não será permitida a cessão ou promessa de cessão de direitos autorais e conexos decorrentes da prestação de serviços profissionais.<br /><br />Art. 34. Os direito autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra.<br /><br />Parágrafo único. A exibição de obra ou espetáculo depende da autorização do titular dos direitos autorais e conexos.(Redação do DEC. N° 95.971/27.04.1988)<br /><br />Art. 35. Nos ajustes relativos ao valor e à forma de pagamento dos direitos autorais e conexos, os artistas poderão ser representados pelas associações autorizadas a funcionar pelo Conselho Nacional de Direito Autoral. (Redação do DEC. N° 95.971/27.04.1988)<br /><br />§ 1º No caso de ajuste direto pelo artista, sua validade dependerá de prévia homologação pelo Conselho Nacional de Direito Autoral.(Redação do DEC. N° 95.971/27.04.1988)<br /><br />§ 2º Não será homologado pelo Conselho Nacional de Direito Autoral ajuste direto que importe em fixar valor de direitos autorais e conexos inferior ao estabelecido em ajuste feito, com o mesmo empregador, por meio da participação de associação mencionada no caput."(Redação do DEC. N° 95.971/27.04.1988)<br /><br /> (Redação anterior) - Art. 35. Não será liberada, pelo órgão federal competente, a exibição da obra ou espetáculo, sem comprovação de ajuste quanto ao valor e à forma de pagamento dos direitos autorais e conexos.<br /> § 1º No ajuste os Artistas deverão ser representados pelas associações representativas autorizadas a funcionar pelo Conselho Nacional de Direito Autoral.<br /> § 2º No caso de ajuste direto pelo Artista sua validade dependerá de prévia homologação pelo Conselho Nacional de Direito Autoral.<br /> § 3º O Conselho Nacional de Direito Autoral não homologará qualquer ajuste direto que importe em fixar valor de direitos autorais e conexos inferior ao estabelecido em ajuste feito, com o mesmo empregador, através da participação das associações referidas no § 1º.<br /><br />Art. 36. Nas mensagens publicitárias filmadas para cinema, televisão ou para serem divulgadas para o público por outros veículos, constará do contrato de trabalho, obrigatoriamente:<br /><br />I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para quem a mensagem é produzida;<br />II - o tempo de exploração comercial da mensagem;<br />III - o produto, a marca, a denominação da empresa, o serviço ou o evento a ser promovido;<br />IV - os meios de comunicação através dos quais a mensagem será exibida;<br />V - as praças onde a mensagem será veiculada;<br /><br />VI - o tempo de duração da mensagem e suas características, devendo ser mencionada eventual variação percentual.<br /><br />Art. 37. O profissional não poderá recusar-se à autodublagem, quando couber, o que deve constar do respectivo contrato de trabalho.<br /><br />Art. 38. Na hipótese de o empregador ou tomador de serviços preferir a dublagem por terceiros, ela só poderá ser feita com autorização, por escrito, do profissional, salvo se for realizada em língua estrangeira.<br /><br />Art. 39. A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de-obra obriga o tomador de serviço, solidariamente, pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa, pelo tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir a essas responsabilidade e obrigações.<br /><br />Art. 40. O comparecimento do profissional na hora e no lugar da convocação implica na percepção integral do salário, mesmo que o trabalho não se realize por motivos independentes de sua vontade.<br /><br />Art. 41. O profissional contratado por prazo determinado não poderá rescindir o contrato de trabalho sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.<br /><br />Art. 42. A indenização de que trata o artigo anterior não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.<br /><br />Art. 43. Na rescisão sem justa causa, no distrato e na cessação do contrato de trabalho o empregado poderá ser assistido pelo Sindicato representativo da categoria e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, respeitado o disposto no Artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />Art. 44. A jornada normal de trabalho dos profissionais de que trata este regulamento terá, nos setores e atividades respectivas, as seguintes durações:<br /><br />I - Radiodifusão, fotografia e gravação: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 30 (trinta) semanais;<br />II - Cinema, inclusive publicitário, quando em estúdio: 6 (seis) horas diárias;<br />III - Teatro: a partir da estréia do espetáculo terá a duração das sessões, com 8 (oito) sessões semanais;<br />IV - Circo e variedades: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 36 (trinta e seis) horas semanais;<br />V - Dublagem: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 40 (quarenta) horas semanais.<br /><br />§ 1º O trabalho prestado além das limitações diárias ou das sessões previstas neste Artigo será considerado extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos Artigos 59 a 61 da Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />§ 2º A jornada normal será dividida em 2 (dois) turnos, nenhum dos quais poderá exceder de 4 (quatro) horas, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />§ 3º Nos espetáculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradição o exijam, o intervalo poderá, em benefício do rendimento Artístico, ser superior a 2 (duas) horas.<br /><br />Art. 45. Será computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à disposição do empregador, a contar de sua apresentação no local de trabalho, inclusive o período destinado a ensaios, gravações, dublagens, fotografias, caracterização, e todo aquele que exija a presença do Artista, assim como o destinado à preparação do ambiente, em termos de cenografia, iluminação e montagem de equipamento.<br /><br />Art. 46. Para o artista integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poderá ser de 8 (oito) horas, durante o período de ensaio e reensaio, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.<br /><br />Art. 47. A jornada normal de trabalho do profissional de teatro, a partir da estréia, terá a duração das sessões e abrangerá o tempo destinado à caracterização e todo aquele que exija sua presença para preparação do ambiente.<br /><br />Art. 48. Considera-se estúdio para os efeitos do item II do artigo 44, o palco construído e utilizado exclusivamente para filmagens e gravações, em caráter permanente.<br /><br />Art. 49. Na hipótese de exercício concomitante de funções dentro de uma mesma atividade, será assegurado ao profissional um adicional mínimo de 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada.<br /><br />Art. 50. É vedada a acumulação de mais de duas funções em decorrência do mesmo contrato de trabalho.<br /><br />Art. 51. Na hipótese de trabalho a ser executado fora do local constante do contrato de trabalho, correrão à conta do empregador, além do salário, as despesas de transporte e de alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno.<br /><br />Art. 52. É livre a criação interpretativa do Artista e do Técnico em Espetáculos de Diversões, respeitado o texto da obra.<br /><br />Parágrafo único. Considera-se texto da obra, para fins deste artigo, a forma final do roteiro.<br /><br />Art. 53. Para contratação de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento de importância equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste à Caixa Econômica Federal em nome da entidade sindical da categoria profissional.<br /><br />Art. 54. O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador.<br /><br />Art. 55. Nenhum Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversão será obrigado a interpretar ou participar de trabalho passível de por em risco sua integridade física ou moral.<br /><br />Art. 56. A contratação de figurante não qualificado profissionalmente, para atuação esporádica, determinada pela necessidade de características Artísticas da obra, poderá ser feita mediante indicação conjunta dos sindicatos de empregados e empregadores.<br /><br />Art. 57. Considera-se figurante a pessoa convocada pela produção para se colocar a serviço da empresa, em local e horário determinados, para participar, individual ou coletivamente, como complementação de cena.<br /><br />Parágrafo único. Não será considerada figurante a pessoa cuja imagem seja registrada por se encontrar, ocasionalmente, no local utilizado como locação da filmagem.<br /><br />Art. 58. Ao figurante não se exigirá prévio registro no Ministério do Trabalho, devendo os originais dos documentos de indicação conjunta permanecerem em poder do empregador e cópias desses mesmos documentos em poder dos sindicatos de empregados e empregadores.<br /><br />Art. 59. Os filhos de profissionais de que trata este regulamento, cuja atividade seja itinerante, terão assegurada a transferência da matrícula e conseqüente vaga nas escolas públicas locais de 1º e 2º graus, e autorizadas nas escolas particulares desses níveis, mediante apresentação de certificado da escola de origem.<br /><br />Art. 60. Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro de gravação ou plano de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, em relação ao início dos trabalhos.<br /><br />Art. 61. Os profissionais de que trata este regulamento têm penhor legal sobre o equipamento e todo o material de propriedade do empregador, utilizado na realização de programa, espetáculo ou produção, pelo valor das obrigações não cumpridas pelo empregador.<br /><br />Art. 62. É assegurado o direito do atestado de que trata o item III do artigo 8º, ao Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões que, até a data da publicação da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978, tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão.<br /><br />Art. 63. As infrações ao disposto na Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978 e neste regulamento, serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada à razão de um valor de referência por empregado em situação irregular.<br /><br />§ 1º Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de Artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.<br /><br />§ 2º O Ministério do Trabalho expedirá Portaria dispondo sobre a gradação e o recolhimento das multas de que trata este artigo.<br /><br />§ 3º É competente para aplicar as multas de que trata este artigo o Delegado Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho.<br /><br />Art. 64. O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à autuação, e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis, não poderá:<br /><br />I - receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos;<br />II - obter liberação para exibição de programa, espetáculo ou produção, pelo Órgão ou autoridade competente.<br /><br />Parágrafo único. Caberá ao Ministério do Trabalho, através da Delegacia Regional do Trabalho, a iniciativa de comunicar ao órgão ou autoridade competente para liberação de programa, espetáculo ou produção, e aos órgãos públicos que concedem benefício, incentivo ou subvenção às pessoas físicas ou jurídicas referidas no artigo 3º, a situação irregular do empregador que não houver regularizado a situação que deu causa à autuação e não houver recolhido a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis.<br /><br />Art. 65. Aplicam-se ao Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões as normas da legislação do trabalho exceto naquilo que for regulado de forma diferente na Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978.<br /><br />Art. 66. Este Decreto entrará em vigor da data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.<br /><br /><br />Brasília, DF, em 05 de outubro de 1978; 157º da Independência e 90º da República.<br />ERNESTO GEISEL<br />Armando Falcão<br /><br />InícioFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-18750749624338220802011-01-31T09:02:00.000-08:002011-01-31T09:04:22.944-08:00Boletim CPC - Ano V – nº. 80 – 31/01/2011Nesta edição: Uma nota sobre a Região Serrana * Ministra da Cultura Ana de Hollanda anuncia os principais nomes de sua equipe * Editais: promoção de eventos no RJ e apoio técnico em audiovisual pelo CTAv/MinC * Roberta Martins escreve sobre duas experiências de cooperativas de artistas e músicos no Rio de Janeiro * Diana Aragão dá duas bocas dicas de programação cultural e ambas incluem a grande “Marrom”: Alcione * Notas: Revista Filme Cultura tem todas as suas edições on line e governo do Estado oferece ingressos para o musical “É com esse que eu vou” para instituições. <br />..................................................................................................................................................<br /><br />Petrópolis e Itaipava estão de pé, Teresópolis e Nova Friburgo também, mas todos precisam de apoio <br /><br /> Alguns amigos, produtores, artistas e moradores do município de Petrópolis dizem que “estão preocupados com o futuro econômico da região, a mídia esta causando mais estragos do que a enchente”, uma vez que os meios de comunicação estão informando que houve uma catástrofe em Petrópolis, eles lembram que mesmo grave, séria e dizimando vidas, foi em uma região isolada o Vale do Cuiabá afastada a 15 Km do centro de Itaipava e ainda o Brejal, na Posse, também distante do Centro e de Itaipava. Nos informam ainda, que o Centro Histórico, a Rua Tereza, as pousadas de Araras, Nogueiras e adjacências, os pólos de moda e móveis do Bingen e mesmo os restaurantes, comércio, horto e demais negócios de Itaipava, estão todos funcionando normalmente. Na opinião destes amigos “quem quiser realmente ajudar a região serra, por favor venham para cá continuem consumindo em nosso comercio, pois se tudo parar, alem perder as casas, os móveis, as pessoas vão perder os empregos, ai a catástrofe será devastadora”.<br /><br />Nós que conhecemos bem a região de Petrópolis, e Flavio Aniceto, em particular, pois foi consultor do Plano Municipal de Cultura da cidade, sabemos que o município tem uma gama de projetos e produções interessantes e que estas ajudarão a reerguer a região, principalmente pelo fato de que não foram afetadas pelas intempéries do tempo e das chuvas.<br /><br />Já em Nova Friburgo, temos um quadro mais drástico, mas acreditamos no potencial de reconstrução da sociedade e mesmo das autoridades. Uma das grandes obras culturais da cidade, não foi atingida, ou foi parcialmente que é o Jardim do Nego, grande ateliê a céu aberto na casa do artista que dá nome ao espaço. Entretanto edificações históricas foram abaixo e serão necessários estudos específicos para a sua reconstituição, mesmo que simbólica. Aproveitamos para nos solidarizarmos com nossos parceiros da Comissão Estadual de Gestores Públicos de Cultura/Comcultura que atuam na região e têm a sua sede na cidade, mandando um abraço especial para a querida Maria Amélia Curvelo, presidente da entidade. <br /><br />Teresópolis também foi bastante devastada. Além do apresentado pela mídia, não temos maiores informações sobre os danos ao patrimônio cultural local, assim como aos ateliês e espaços culturais. Mas uma prova de que a vida social e cultural tenta voltar ao normal na cidade é o convite que recebemos para a inauguração da exposição “Reclames – a propaganda impressa em Teresópolis no início do século XX” que abre nesta terça-feira, 01/01, na Casa da Memória Arthur Dalmasso. <br /><br />Aqui também mandamos nosso abraço, aos companheiros do Fórum de Cultura da cidade (http://www.forumculturateresopolis.com.br/), que com certeza terão muito trabalho pela frente, assim como os de N. Friburgo, Petrópolis, Sumidouro, Areal, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim. A luta pela vida e pelo ambiente é também da cultura e dos fazedores de cultura. Nós nos juntamos a estes. <br />...................................................................................................................................................<br />Políticas públicas:<br /><br />Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, anuncia os principais nomes que comporão a sua equipe:<br />O anúncio feito em 14/01, trouxe duas mudanças estruturais. Uma é a bem vinda criação de uma Secretaria da Economia Criativa, que esperamos possa colaborar para que os municípios em seus processos de formulação de políticas culturais – Conselhos, Planos e Fundos, além de Sistema Municipal de Cultura, se apropriem deste conceito e utilizem pesquisas e outros meios para detectar a economia da cultura em seus níveis, colaborando para o planejamento e mesmo a negociação com as autoridades municipais. A segunda alteração é a unificação das atuais Secretaria de Cidadania Cultural e Secretaria da Identidade e Diversidade na nova Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, causou alguma polêmica, tanto entre as pessoas vinculadas aos Pontos de Cultura – base da primeira, quanto àqueles ligados aos movimentos específicos – indígenas, culturas populares, LGBT, etc. – base da segunda. Segundo a ministra “A nova secretaria terá áreas específicas para cuidar de cada tema, mas ganhará em eficiência por meio da integração das políticas voltadas ao cidadão, que antes eram executadas em secretarias diferentes”.<br />São os seguintes os nomes, os quais depois de empossados, por sua vez, anunciarão os seus diretores, assessores, etc.: <br />Secretário Executivo: Vitor Ortiz, foi entre outras ações, secretário da Cultura das cidades gaúchas de Viamão (1997/2000), Porto Alegre (2002/2004) e São Leopoldo (2009/2010).<br />Secretário de Articulação Institucional: Roberto Peixe, designer, arquiteto e gestor cultural, foi secretário de Cultura de Recife de 2001 a 2008. Em 2009, assumiu o cargo de Coordenador Geral de Relações Federativas e Sociedade da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, e passou a coordenar a elaboração e implantação do Sistema Nacional de Cultura (SNC).<br />Secretária do Audiovisual: Ana Paula Santana, advogada, especialista em relações internacionais e gestão do entretenimento. Entrou na SAV em 2002, passando por varias funções e até ser nomeada era Diretora de Programas e Projetos Audiovisuais, cargo que ocupava até agora.<br />Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural: Marta Porto, consultora de entidades e organizações multilaterais como a UNICEF. Foi Diretora de Planejamento e Coordenação Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte (1994/96) e Coordenadora Regional do Escritório da UNESCO do Rio de Janeiro (1999/ 2003).<br />Secretária da Economia Criativa: Cláudia Leitão, doutora em Sociologia pela Université de Paris V, é professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Sociedade da Universidade Estadual do Ceará (UECE), onde lidera o Grupo de Pesquisa sobre Políticas Públicas e Indústrias Criativas. Foi Secretária da Cultura do Estado do Ceará no período de 2003 a 2006.<br />Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura: Henilton Menezes, jornalista e produtor. Foi gerente da área de cultura do Banco do Nordeste, sendo responsável pela criação e desenvolvimento do Programa BNB de Cultura, edital de patrocínios culturais e pela instalação da rede de centros culturais daquela estatal.<br />Secretário de Políticas Culturais: Sérgio Mamberti, ator e dramaturgo, foi secretário de Artes Cênicas; de Música; e de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Em 2008, assumiu a presidência da Fundação Nacional das Artes (Funarte).<br />Presidente da Fundação Biblioteca Nacional: Galeno Amorim, jornalista e escritor, foi secretário de Cultura de Ribeirão Preto na gestão do então prefeito Antonio Palocci. Participou da criação do Plano Nacional do Livro e Leitura. É diretor do Observatório do Livro e da Leitura e consultor internacional de políticas na área.<br />Presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa: Emir Sader, formado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Aposentou-se como professor de sociologia. Passou a ser professor da UERJ, onde trabalha, nos cursos de Políticas Públicas e História. <br />Presidente da Fundação Cultural Palmares: Eloi Ferreira, ex-ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) em 2010. <br />Presidente da Fundação Nacional de Artes: Antonio Grassi, ator, diretor e produtor, cursou Ciências Sociais na UFMG. Foi secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, além de presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro e presidente da Funarte. <br />Presidente do Instituto Brasileiro de Museus: José do Nascimento Jr, foi diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DEMU/Iphan). Preside o Ibram desde a criação da autarquia, em janeiro de 2009.<br />Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: Luiz Fernando de Almeida, arquiteto. Lecionou na área durante 16 anos. Atuou em projetos de Desenvolvimento Urbano e de Habitação na Companhia Metropolitana de Habitação, na Empresa Municipal de Urbanização e na Câmara Municipal de São Paulo. É presidente do Iphan desde 2006.<br />Diretor-Presidente da Agência Nacional do Cinema: Manoel Rangel. A Ancine é dirigida em regime de colegiado por uma diretoria composta de um Diretor-Presidente, escolhido pelo Presidente da República, e três Diretores. Rangel dirige a autarquia neste mesmo cargo desde dezembro de 2006, é cineasta, formado pela Universidade de São Paulo (1999). .................................................................................................................................................<br />Editais: <br />1: A Secretaria de Estado de Cultura do RJ tem Edital aberto para projetos de produção de eventos, até 18/02, contemplando até R$50.000<br />Poderão concorrer pessoas físicas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos, atuantes na área cultural há pelo menos dois anos, residentes ou sediadas no estado do Rio de Janeiro. Os proponentes poderão inscrever mais de um projeto, no entanto, serão contemplados por, no máximo, dois. Esses eventos deverão ser realizados em maio de 2011.<br /><br />Os candidatos deverão inscrever suas propostas com orçamentos com valores de R$8.000,00, R$15.000,00, R$30.000,00 e R$50.000,00. Mais informações sobre este e outros editais estaduais em: http://www.sec.rj.gov.br/editais2010.asp <br />2: O Centro Técnico Audiovisual (CTAv), instituição vinculada do Ministério da Cultura (MinC), reabre as inscrições para o primeiro período de serviços de 2011. <br />As inscrições poderão ser feitas até o dia 15/02. A execução dos serviços será entre 14/03 e 13/05. A inscrição é on line – a ficha fica disponível assim que o usuário concorda com o regulamento.<br />O projeto será avaliado por uma comissão do CTAv/MinC, para a viabilização, ou não, do serviço solicitado pelo realizador. São prioritários os serviços de atendimento aos curtas-metragens, documentários e filmes de baixo orçamento. A inscrição é aberta para pessoas físicas e produtoras independentes.<br />Estão disponíveis os serviços de mixagem, empréstimo de equipamentos e transfer 35mm, e caso o projeto seja aprovado, o proponente será comunicado e convidado a apresentar o material necessário.<br />Mais informações em: http://www.ctav.gov.br/2010/12/21/ctav-reabre-inscricoes-para-servicos/ ..................................................................................................................................................<br />Opinião: <br /><br />Cantando junto para não desafinar<br /><br />Roberta Martins <br /><br />A associação de artistas não é exatamente uma novidade, em todos os ramos da arte são conhecidas experiências de agregação de fazedores culturais. Partilhando experiências estéticas, juntando pessoas para produzir arte, compartilhando questionamentos, enfim, seguindo a filosofia do velho ditado que diz que a união faz a força. Dessas muitas práticas agregadoras, daqueles que fazem arte e promovem cultura, duas experiências me chamaram a atenção aqui no Rio de Janeiro. A Casa do Artista Independente – Casarti e a Cooperativa de Músicos Independente – Comusi. Ambas, experiências que agregam artistas independentes da cena musical carioca. <br /><br />Por muitos cantos do país, artistas independentes se associam, mas o que exatamente isso? Em minha opinião, Independente é aquele artista que não tem uma gravadora, empresário, ou uma grana, uma estrutura que dê suporte e/ou controle sua produção, ‘orientando’ como ele deve ser, o que tem que fazer, seu estilo, sua linha de produção ou até mesmo vestir e falar. <br /><br />Esse fato reflete uma independência da produção artística, mas também a dura realidade da batalha diária e muitas vezes solitária de sobreviver da sua arte. E, se por um lado essa realidade não é uma opção, por outro é uma realidade do meio musical em que muitos artistas que já pertenceram aos quadros de grandes gravadoras são independentes. Não por decadência de sua carreira, como alguns podem pensar, mas por opção ou para poderem trabalhar com liberdade. Por outro lado, as gravadoras estão falindo e enfrentando a realidade do acesso virtual da produção musical, e sem dinheiro para ter um casting enorme de artistas, mantêm os que vendam mais. <br /><br />Muitos artistas independentes sofrem por não terem tempo e espaço na cena musical e parecem que sempre estão recomeçando, mesmo tendo anos de carreira, CDs lançados, músicas em sites, MySpace etc. e por mais que seja uma vitrine, a deriva da ‘sorte’ de acontecer na rede mundial de computadores.<br /><br />Voltando a vaca fria, esse fato não significa menos qualidade da produção, significa sim, que cada vez mais, para muitos, essa é a realidade e não uma opção. Se esse artista independente pode pagar um produtor que trabalhe com/para ele, se tiver alguma grana, mas se não tiver o independente precisa fazer um pouco de tudo, e essa condição pode acabar sendo muito solitária. Alternativa pode ser a de trabalhar em parceria com algum produtor ou outros artistas, essa me parece ser a perspectiva política daqueles que se organizam em grupos de artistas independentes. Acreditar que aquele que não se associa pode acabar perdido, lutando solitariamente para alcançar seus objetivos. <br /><br />Mas, acredito que há algo mais que buscar alternativas de produção, por mais objetivas no sentido da sobrevivência pela arte nesses casos. À medida que a produção de eventos ligados a esses coletivos pode contribuir para a divulgação dos artistas, além da consolidação de espaço de música controlado por artistas, significados estéticos também compõem essa prática, o de músicos e bandas que se agregam para produzir arte e contribuir para superar a rotina massacrante, em especial dos que ganham a vida na noite e que não conseguem espaço na árdua rotina para a troca artística com os seus pares. Ao optar pela organização, os artistas que se agrupam em torno de experiências como Casarti e a Comusi estão cantando juntos para não desafinar. <br /> <br />Para conhecer: <br /><br />Casa do Artista Independente - CASARTI<br />Rua Ponta Porã, nº 15 / sobrado / Vista Alegre<br />Contatos:<br />Site: http://casarti.com.br/index_arquivos/Page484.htm<br />Tel.: (21) 2473-3161 <br />e-mail: centroculturalcasarti@yahoo.com.br <br /><br />Feira Musical Comusi<br />Todas as segundas-feiras, no Espaço Cultural Conexão Vila. Com uma atração a cada semana e sempre com “canjas” dos músicos que passam por lá. O som rola noite e toca de tudo, Rock, Bossa Nova, samba, sertanejo e etc., é só chegar. O microfone é aberto ao músico que quiser se apresentar.<br /><br />Local: Rua Souza Franco, 364 - Vila Isabel<br />Todas as Segundas às 21h.<br />Contatos: <br />Elieth -78278354 <br />Léo Borges - 7704-3676<br /><br />..................................................................................................................................................<br />Dicas da Diana Aragão:<br />1: Alcione inaugura Espaço Cultural Asa Branca<br /> <br /> Depois de algum tempo na estrada para divulgação do CD/DVD "Acesa - Ao vivo, em São Luís do Maranhão" , o novo trabalho fonográfico da Marrom chegou, finalmente, às lojas. Para comemorar, a cantora resolveu fazer uma rápida temporada no Espaço Cultural Asa Branca contando agora com a direção artística de Solange Nazareth (irmã e empresária da cantora). <br /><br />Solange Nazareth, diretora da Nazareth Eventos, será a responsável pela nova programação e já está fazendo um projeto de remodelação da casa. "Vivemos grandes momentos no Asa Branca e acho que a casa merece voltar a figurar entre as boas opções das noites do Rio. Não apenas por seu passado. Está bem localizada, tem capacidade para shows com grandes artistas e também experimentações. Além disso, o Espaço Cultural Asa Branca está sendo modernizado e o público irá desfrutar de uma casa muito mais confortável e dentro dos padrões adequados" diz, com propriedade, Solange, formada em Arquitetura. <br /><br />A temporada de Alcione será realizada nos dias 02, 03, 04 (quarta, quinta e sexta) e 10 e 11 (quinta e sexta) de fevereiro, às 22 horas. Mas o Asa Branca abrirá suas portas a partir das 18 horas, com um happy hour. Vale adiantar que o Espaço Cultural Asa Branca abrigará programações especiais abrindo espaços não apenas para os shows de MPB e samba de raiz, mas também para gêneros musicais como o soul e a música Black; dança de salão, gafieira, e até para o humor. E, apesar das muitas novidades, a Nazareth Eventos não poderia deixar de notificar que, às portas do período momesco, os bailes de carnaval jamais seriam esquecidos. A programação, de 04 a 08 de março, abrirá com o 'Baile da Paz', continuará com os bailes "Black", "da Folia Sertaneja", "Dancing Carnival" fechando com um tradicional "Baile de Máscaras".<br /><br />2: Som de Verão volta ao palco do Teatro SESC Ginástico em fevereiro <br /> <br />Com uma parceria entre o SESC Rio e a Verastar Criações Artísticas e Culturais, volta ao palco do teatro Sesc Ginástico, às 19h, a terceira edição do Som de Verão, desta vez com a inédita série temática intitulada "Samba e Verão nas Rimas da Paixão". Os espetáculos, que serão apresentados durante todas as terças-feiras do mês de fevereiro, terão repertórios baseados nos temas contidos em seu título: apenas sambas e canções específicas que versem sobre a paixão - em todas as suas formas - e o verão. <br />A estreia será com Alcione, dia 01/2, mas o público ainda verá as apresentações da Velha Guarda da Mangueira, com participação de Ivo Meirelles, dia 08; de Luiz Ayrão, em 15/2, e, finalmente, fechando o projeto, dia 22 de fevereiro, o show do cantor Emílio Santiago.<br /><br />Projeto Som de Verão – Série “Samba e verão, nas rimas da paixão”<br />Teatro SESC Ginástico - Avenida Graça Aranha, 187 - Fone - 2279.4027 - Bilheterias abertas a partir das 13 h - Capacidade da casa - 513 lugares<br />Classificação etária - 14 anos (menores, acompanhados por responsáveis legais).<br /><br /> AGENDA:<br /> 01/02 - Alcione e Banda<br /> 08/02 - Velha Guarda da Mangueira com part. especial de Ivo Meirelles<br /> 15/02 - Luiz Ayrão e Banda<br />22/02 - Emílio Santiago e Banda<br /> Ingressos a R$ 20,00 / 10,00(estudantes...), 5,00 (80 primeiros comerciários).<br /> .................................................................................................................................................<br />Notas e Agenda:<br />1: Já que falamos lá em cima de cinema e CTAV, temos mais uma para os amantes da sétima arte e todos que trabalham na área: todas as edições da revista Filme Cultura, que eram sempre recheadas de artigos, idéias e informações legais, estão disponíveis na página do CTAv, acessem em: http://www.filmecultura.org.br/?page_id=13# <br />2: A Secretaria de Estado de Cultura, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, está disponibilizando ingressos para a peça É com esse que eu vou, no Teatro João Caetano, como parte do programa formação de platéia, são 50 convites por sessão para serem distribuídos para escolas, ONGs, instituições sociais.... <br />As apresentações ocorrem nos seguintes dias Quinta (12h30) , Sexta (19h), Sábado (2oh30) e Domingo (18h) e vão até o dia 27/02/2011.<br /> Horário das Apresentações:<br />Para isso,os organizadores precisam receber, com antecedência de 4 dias, uma solicitação dos ingressos através de uma carta ou email oficial da instituição, onde deve constar a listagem com os nomes e sobrenomes dos convidados, dia e hora do espetáculo, o nome e dados da instituição e do responsável que irá retirar os ingressos no Teatro, telefones e emails de contato direto do responsável.<br />Pedem também que os responsáveis entrem em contato conosco para confirmar a reserva e a quantidade de ingressos disponíveis para o dia desejado. Os organizadores lembram que só podem reservar os ingressos depois de receberem a lista completa e confirmada dos convidados.<br />Contato: Nicolau Costta nico22@gmail.com <br />Superintendência da Leitura e do Conhecimento<br />Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro<br />21 2332 9260 / 2333 1412<br /><br />...................................................................................................................................................<br /><br />Licença de Uso: O conteúdo deste boletim eletrônico e de nosso blog , produzido pelo CPC Aracy de Almeida , pode ser reproduzido, desde que citada a fonteFlavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6442124285755480247.post-35727803269741692212011-01-11T14:39:00.000-08:002011-01-11T14:43:56.860-08:00Notícias do CPC - 12/01/2011Ana de Hollanda é a nova ministra da Cultura * Em Opinião: Roberta Martins escreve sobre a sucessão no Ministério da Cultura, Beatriz Martins defende a necessidade da Reforma na Lei de Direito Autoral e Eduardo Lurnel questiona a participação popular na elaboração das políticas públicas para a Cultura no Estado do Rio de Janeiro * Diana Aragão escreve sobre o primeiro de CD de Tania Malheiros e dá outras dicas culturais * Notas e agenda: Flavio Aniceto lança livro em Teresópolis, Sintcon/Consultoria Cultural traz Gisa e Didu Nogueira homenageando João Nogueira, Clube do Samba e Xangô da Mangueira, Teatro Glaucio Gill seleciona novos ocupantes, Petição online em apoio aos blocos não autorizados pela Riotur. <br /><br />..................................................................................................................................................<br /><br />Discurso de posse de Ana de Hollanda, nova ministra da Cultura:<br /><br />Com a posse da presidenta Dilma Rousseff, novos quadros assumiram várias áreas do Governo Federal. Para nossa – boa – surpresa, a cantora e compositora Ana de Hollanda assume o Ministério da Cultura.<br /><br />Ana é já nossa conhecida desde 2003, quando veio para o Rio de Janeiro assumir a Diretoria do Centro de Música da Fundação Nacional de Arte/Funarte, na gestão de Antonio Grassi – que será reconduzido agora ao posto de Presidente daquela casa de artes e política cultural. Após deixar aquela instituição, Ana ocupou a vice-presidência do Museu da Imagem e do Som/RJ, até receber o convite da presidenta. <br /><br />Todos que acompanham o nosso trabalho, e também nossos blog e boletim, sabem que sempre apoiamos as políticas culturais em curso, o que não quer dizer adesão gratuita e acrítica. Acreditamos que a gestão do ex-ministro Gilberto Gil, não só por seus méritos pessoais e visibilidade, mas pelo conjunto de seu trabalho - apoios na sociedade, nos grupos políticos, equipe plural, operar a política a partir do programa de governo de Lula/2002 (“A imaginação a serviço do Brasil”) – foi de certa forma inauguradora do Ministério da Cultura, além de ter inovado em diversos aspectos. Mas também temos ressalvas, principalmente ao período seguinte, com o ex-ministro Juca Ferreira. Em todo caso não defendemos que se jogue a criança fora junto com a água suja da banheira. Queremos dar banho na criança, limpar a banheira e se der, até reciclar a água... <br /><br />O discurso de posse da ministra Ana de Hollanda é para nós uma boa referência para os próximos passos que serão tomados e o “lincamos” abaixo: <br />http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/03/discurso-de-posse-da-ministra-da-cultura-ana-de-hollanda/ <br /><br />Para finalizar e “puxar a agulha da vitrola para nosso disco”, reproduzimos também um depoimento que Ana nos deu, sobre Aracy de Almeida para um libreto que editamos em 2008: <br /><br />“É impossível pesquisar a música popular brasileira do século XX, principalmente no rico período que vai dos anos 30 aos 70, sem cair obrigatoriamente em Aracy de Almeida: gravou obras primas, muitas até então inéditas, tanto de compositores populares como dos desconhecidos para o grande público. O bom gosto na seleção do repertório foi uma característica indissociável de sua personalidade musical. Mas a inteligência se reflete também em suas interpretações, menos preocupadas em destacar os dotes vocais do que traduzir a intenção da letra e melodia. Não foi à toa que Noel Rosa nunca escondeu uma predileção especial por ela, como intérprete de suas músicas. Aracy atravessou décadas de grandes transformações culturais, modismos, mas nunca deixou de manter seu espírito aberto às boas novidades da música brasileira. Cantou de Noel a Tom Jobim, passando por Lamartine Babo, Assis Valente, Capiba, Wilson Batista, Braguinha, Ary Barroso, Custódio Mesquita, Vinícius de Moraes, Antônio Maria e até Chico Buarque, dentre tantos outros.”<br /> <br />Ana de Hollanda – cantora e compositora <br /><br />..............................................................................................................................................<br /><br />Opinião:<br /><br />Lembrando sempre que os artigos expostos nesta coluna, não necessariamente refletem a opinião de nosso coletivo, mas os publicamos para estimular o debate. <br /><br />1: Um novo tempo ... no Brasil e no Governo. E na Cultura, alguma<br />continuidade e muitas mudanças<br /><br />Roberta Martins <br /><br /><br />Sempre achei meio esquisito que a mudança de Governo no Brasil se fizesse logo no primeiro dia do ano. Afinal, as pessoas estão no espírito das festas de réveillon, embriagadas de alegria, ou outras ‘coisitas’ que as façam felizes. Deixando o espírito festeiro da época de lado, essa data faz sentido. E como faz! A época é de pensar em mudanças, em novidades. Um novo tempo...<br /><br />Tivemos mudança de Governo e Presidenta. Na Cultura, temos novos, também. Nova Ministra, novidades na forma de atuar. A primeira que merece registro é o fato de, pela primeira vez, uma mulher assumir a titularidade da pasta, compondo o quadro das 9 ministras mulheres nessa primeira fase de governo. <br /><br />E citando Michelle Bachelet, ex-Presidenta do Chile: “Quando uma mulher entra na política, muda a mulher... quando muitas mulheres entram na política muda a política.”. É o que se espera! <br /><br />Ana de Hollanda compõe esse Governo com a perspectiva de dar continuidade às políticas iniciadas nas gestões de Gilberto Gil e Juca Ferreira como ministros, em que tanto se construiu e muito se gestou, afinal, descontinuidade administrativa e interrupção de ações são tudo o que não se espera, seja na cultura ou qualquer área de governo, em especial no caso do MinC, em que vimos nos últimos oito anos a cultura ser compreendida e tratada no campo das políticas públicas planejadas. Esse fato faz com que a responsabilidade e as tarefas cresçam, apontando para a necessidade da consolidação de programas e ações que se mostraram positivas, como os Pontos de Cultura e a recuperação de cidades históricas, aparando as arestas, corrigindo o curso e aperfeiçoando o que for necessário. <br /><br />Não por coincidência, a Ministra Ana inicia suas atividades públicas como a nº 1 da gestão da cultura brasileira com uma visita a um morro no Rio de Janeiro, aproximando o Estado dos fazedores culturais que realizam suas práticas lá pelos lados do Morro do Alemão. Simbolicamente é o reconhecimento da produção cultural popular que se faz pelos muitos cantos do país e da relação estreita com a cultura de paz que pode representar. Na prática, uma ação concreta que demonstra um dos papéis que o Estado brasileiro deve assumir na área cultural, o de fomentador da cultura local, através do financiamento, nesse caso pelos Pontos de Cultura. <br /><br />Porém, seguir o já existente não basta, em um novo tempo há sempre os ares da mudança, fruto do olhar e da avaliação do que são as prioridades que orientem as políticas públicas de cultura no seu tempo. Não se trata de situar o debate sobre a mudança como a simples oposição entre igual ou diferente ao anterior. A discussão que se faz sobre a nova Lei do Direito Autoral é um exemplo, em que ao centrar fogo opondo uma fala da Ministra - que afirma que a criação deve estar no centro de tudo, pois não existe arte sem artista -, e interpretar como uma política restritiva da propriedade intelectual e de criação é no mínimo prematuro. O debate está colocado e essa e outras questões da vez devem ser pensadas, debatidas e tratadas para consolidar no país uma política pública de cultura que seja construída de maneira democrática e participativa, em que cada vez mais atores tenham parte, mais vozes sejam ouvidas e opiniões debatidas. <br /> <br />Nessa perspectiva, o próprio Ministério e seu crescimento real como uma instância dirigente da cultura nacional e o aumento de sua importância, o que podemos comprovar pela quantidade de matérias na imprensa e pelo interesse que a sucessão ministerial suscitou, demonstram a valorização do papel do Estado na cultura. Porém, traz em si um importante debate de que função deve assumir. Um olhar possível é o que observa que o campo da cultura deva ser contemplado por políticas de longo prazo e de Estado e não apenas de governo. A implantação do Sistema Nacional de Cultura, ainda um projeto de lei em tramitação, que poderá representar um novo modelo de gestão de cultura nos três níveis de governo. O Plano Nacional de Cultura, que foi sancionado pelo ex-presidente Lula em dezembro e aponta diretrizes que deverão ser norteadoras dos próximos dez anos. A implementação das deliberações da Conferência Nacional de Cultura e por aí vai. <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />2: Sobre a necessidade da Reforma da Lei de Direito Autoral<br /><br />Beatriz Martins*<br /><br />A indicação de Ana de Hollanda para o Ministério da Cultura foi recebida com otimismo, pois aponta para a continuidade do projeto bem-sucedido desenvolvido por Gilberto Gil e Juca Ferreira. A pasta da cultura, antes secundária, foi alçada ao papel de protagonista nas mudanças sociais empreendidas pelo governo Lula. Os pontos de cultura, uma ideia aparentemente modesta em sua implementação, tiveram a potência de fortalecer as manifestações culturais espalhadas por todos os cantos do país, incentivando o surgimento de uma multidão de novos criadores e de uma rica economia da cultura, antes centralizada em alguns pólos regionais, agora distribuída por todas as regiões e presente em grandes, médias e pequenas cidades.<br /><br />Um ponto, no entanto, está causando alguma apreensão especialmente para aqueles envolvidos com as políticas voltadas para a cultura digital: a possibilidade de um retrocesso em relação à Reforma da Lei de Direito Autoral. A impressão que se tem é que, apesar de todo o debate em torno do assunto, há ainda um grande desconhecimento na sociedade sobre o teor da proposta de mudança. A discussão sobre a reforma envolveu produtores culturais, artistas, pesquisadores, especialistas na matéria e população em geral, em diversos encontros em âmbito nacional. Daí foi tirada uma proposta que seguiu para consulta pública durante alguns meses, resultando em um material riquíssimo que busca colocar o Brasil na liderança mundial sobre o assunto.<br /><br />Um primeiro aspecto que deve ser destacado é o fato de que a proposta da reforma não ataca o direito autoral garantido pela Constituição Federal e pelos tratados internacionais. Busca, sim, proporcionar um maior equilíbrio entre o direito privado do autor e outros direitos de natureza coletiva, como os direitos culturais, o direito do consumidor, o direito à educação e o direito ao acesso à informação e ao conhecimento. Talvez poucos saibam que a atual legislação brasileira nessa área é bem mais restritiva do que a da maior parte dos países desenvolvidos, como os EUA.<br />Estamos vivendo um período de grandes mudanças para a produção cultural que não podem ser negadas, já que não têm volta, mas devem ser encaradas de forma inovadora com a criação de políticas que atendam aos desafios emergentes. A tecnologia digital trouxe um novo modelo de distribuição dos bens intelectuais que pede uma nova normatização, adequada a sua natureza muito mais fluida. Na área da música, em todo o mundo, novos modelos de negócio vêm sendo testados e implementados, garantindo uma grande robustez a essa economia (especialmente com a realização de shows), apesar dos downloads de arquivos de música (que por sinal garantem a divulgação das obras) e da reconhecida perda na venda de CDs (talvez uma mídia em processo de obsolescência). <br /><br />O importante a ressaltar é que a economia da cultura mudou, em todo o planeta, e é preciso que a lei se adapte à mudança. Repetindo: a proposta de Reforma da Lei de Direito Autoral não retira do autor nem o direito moral nem o direito de propriedade, e de remuneração, de sua criação. Apenas pretende instaurar um novo marco regulatório sobre a matéria que esteja à altura das grandes transformações tecnológicas e econômicas que, gostemos ou não, estamos vivendo. <br /><br />Para um aprofundamento no assunto, recomendo a leitura do artigo “Quem tem medo da Reforma?”, do professor e doutor em Direito Civil Guilherme Carboni, autor do livro “Função Social do Direito de Autor”, em http://tiny.cc/wzp46 <br /><br />* Jornalista. Doutoranda em Ciências da Comunicação – ECA/USP<br />E-mail – bia.martins@gmail.com Blog - autoriaemrede.wordpress.com <br />...................................................................................................................................................<br />3: Alô Cabral, cadê a participação social?<br /> Por Eduardo Lurnel *<br />Quatros anos se passaram e o primeiro mandato do governador Sérgio Cabral chegou ao fim. Durante esse período, saiu a dupla Luiz Paulo Conde e Ângela Leal, e entrou Adriana Rattes. A atual secretária assumiu a pasta em agosto de 2007.<br />É inegável que na gestão da empresária, a Secretaria de Cultura ganhou mais credibilidade e visibilidade. Não podemos deixar de dizer que tivemos avanços nas políticas voltadas para a cultura no Estado do Rio de Janeiro. Para citar somente alguns exemplos, hoje temos o PAR- Prêmio Adicional de Renda – que premia o desempenho comercial de para obras cinematográficas, o Cinema Para Todos, que distribui ingresso para os estudantes das escolas públicas do estado, o edital de pontos de cultura e o edital de circulação teatral. <br />No entanto, no que tange a participação social, as duas gestões se igualam. Nos últimos 4 anos foram muito tímidas as ações do governo estadual que promoviam o diálogo com a sociedade civil.<br />As Conferências e a “Reconferência”<br />Em 2009, era agenda do Ministério da Cultura a realização das Conferências municipais e estaduais em todo o Brasil. A Secretaria de Cultura do estado do Rio de Janeiro seguiu a orientação do governo federal e realizou a sua II Conferência de Cultura. Entretanto, o que se viu foi uma Conferência de Cultura apenas para cumprir a agenda posta pelo governo federal. Não houve desdobramentos, nem conseqüências a partir desse encontro. A secretaria desperdiçou uma grande oportunidade abrir o diálogo e promover o debate junto com a sociedade.<br />A gestão da atual secretária Adriana Rattes não deu a devida importância às conferências municipais e regionais que foram realizadas em todas as regiões do estado. Mas que isso, desconsiderou toda a mobilização e o acúmulo adquirido nos debates realizados nos encontros locais realizados em todas as regiões do estado. <br />Em maio de 2010, ou seja, apenas 06 meses depois da Conferência Estadual, secretaria de Cultura iniciou uma série de encontros que tinha o objetivo de identificar as demandas da sociedade para a construção do Plano Estadual de Cultura para o estado do Rio de janeiro. Esses encontros não levavam em consideração toda a massa crítica e formulação conquistadas durante o processo de conferências. Estávamos começando o debate novamente. Mas dessa vez com um público menor e com menos representatividade. O esforço é louvável, mas incompreensível se levarmos em consideração a grande mobilização que tivemos no estado em torno da pauta da cultura poucos meses antes. <br />Um novo Conselho de Cultura<br />Uma das maiores reivindicações da sociedade civil organizada durante os debates no processo de conferências era a reforma do Conselho Estadual de Cultura. As críticas, naquele momento, não eram sobre os nomes que o compõe, mas sim, a sua forma de organização e o tipo de atuação. Nós, do Partido dos Trabalhadores acreditamos que os Conselhos de Cultura, seja ele, nacional, estadual ou municipal, devem ter ampla participação da sociedade civil. Ele deve ser ao menos paritário e os membros da sociedade eleitos democraticamente. O Conselho não pode ser uma peça ornamentária na gestão das políticas públicas de cultura. É fundamental a participação dessa instituição na elaboração, execução e fiscalização das políticas, programas e ações dos órgãos gerentes de cultura.<br />Acredito que as ações realizadas e pensadas pela Secretaria Estadual de Cultura são as melhores possíveis. Todavia, elas não são construídas em conjunto com a população. A sociedade não é ouvida para fazer o diagnóstico e muito menos na realização do prognóstico. Não há política pública eficiente sem a presença e a participação da sociedade civil.<br />A luta, a militância e a esperança que a próxima gestão de cultura no estado do Rio de Janeiro fique junta e misturada com população, permanecem firmes em 2011.<br />* Eduardo Lurnel é bacharel em cinema e gestor cultural - Colaboraram: Álvaro Maciel e Roberta Martins <br />..................................................................................................................................................<br />Diana Aragão:<br />1: Cantora Tania Malheiros lança “Deixa eu me benzer” com sambas de categoria <br /><br />A cantora Tania Malheiros lançou seu primeiro disco, muito bom, escorada por produção de primeira linha, grandes autores e um padrinho que também é craque: Gilson Peranzzetta. Assinando a produção do CD, além de tocar seu piano, deu o maior aval para a cantora que soube escolher um repertório também de primeira linha reunindo nomes como Wilson Moreira, Noca da Portela, Roberto Martins além do próprio Peranzzetta em parceria com Paulo Cesar Pinheiro.<br /><br />Em suas 14 faixas, Tania Malheiros desfila sambas, além dos já citados, de Adilson Gavião e Sereno, Tuninho Galante e Marceu Vieira no muito bom “Palavras de cal”, seguido por “Jardineiro da terra”, de Derley com destaque para o solo de trombone de Fabiano Segaloti. <br /><br />É, enfim, disco muito bom que deixaria seu pai, o cavaquinista Mucio de Sá Malheiros, orgulhoso da menina que cantava com ele ainda pequena nos saraus caseiros. Seu primeiro CD pode ser encontrado em lojas como a rede da Livraria da Travessa e A Folha Seca da Rua do Ouvidor. Ou encomendas pelo telefone (21) 9601-5849.<br /><br />2: Banda Letuce na domingueira do Espaço Acústica<br /><br />Um programa bem bacana para o final das tardes de domingo é dar um pulo no novo Espaço Acústica, na Praça Tiradentes, esquina com Rua da Carioca pra ver, em seu terraço, a Banda Letuce e seus convidados. Os shows começaram no dia 8 e prosseguem, a partir das 19h, nos dias 16, 23 e 30.<br /><br />3: Vídeos premiados sobre a AIDS realizados na Rocinha há 20 anos serão exibidos dia 27 de janeiro na Sala do Cinema Nosso<br /><br />Em dezembro de 1990 o coletivo formado por vários profissionais lançava o vídeo “Muita fé sangue bom todo mundo de saúde” realizado na comunidade da Rocinha seguido, cinco anos depois, por outro vídeo marcante: o “Bota a cara na rua”. Conforme definição de Vicente Duque Estrada, um dos seus autores, são dois trabalhos pioneiros pois foram os primeiros vídeos comunitários realizados na Rocinha. Tanto que o médico Dráuzio Varela citou o “Sangue bom” no programa “Fantástico” nos 30 anos de AIDS no Brasil.<br /><br />Os filmes serão exibidos em sessão gratuita dia 27 de janeiro, quinta-feira, às 16h – com debate para alunos das Oficinas do Cinema Nosso aberta ao público – além das sessões às 18h30m e 20h, também com entrada franca. O Cinema Nosso fica na Rua do Resende, 80, Centro. Telefone: 21.2505.3300, ramal 3306. Sala de cinema: 57 lugares. www.cinemanosso.org.br<br />.....................................................................................<br /><br />Notas e Agenda:<br /><br />1: Flavio Aniceto lança livro em Teresópolis/RJ: no próximo sábado, 17h, no Sindicato dos Bancários da cidade serrana, o coordenador do CPC, produtor cultural, cientista social e consultor de políticas culturais lança o seu livro "Cultura é para todos? PT, Governo Lula e Políticas Culturais" (Ed. Multifoco) e faz um debate com o Fórum de Cultura de Teresópolis. <br /> <br />2: Sintcon homenageia Xangô da Mangueira, João Nogueira e o Clube do Samba nesta sexta-feira, 14/01, grátis: <br />O projeto Consultoria Cultural do Sindicato de Consultoria, em mais uma edição trás os convidados Gisa Nogueira, seu filho Didu Nogueira e o grupo Samba Urbano, em uma homenagem ao Clube do Samba e seu fundador, João Nogueira (irmão de Gisa) e nosso querido Xangô da Mangueira (no último dia 07, completaram-se 02 anos de seu falecimento e no próximo dia 19, seria aniversário dele). O show começa às 18h30, a entrada é franca e o Sintcon fica na Rua Álvaro Alvim, 37/503 – Cinelândia. <br /><br />3: Teatro Glaucio Gill seleciona novos ocupantes<br />O Teatro Glaucio Gill estará recebendo até o dia 31 de janeiro, propostas para a sua ocupação artística. O espaço, localizado na Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, tem se consolidado como palco de vanguarda na cidade. <br /><br />Poderão se inscrever projetos que promovam a multiplicidade artística, que incluam apresentações de espetáculos de teatro, dança, música, leituras de textos, buscando apresentar não só o consagrado, mas também novas pesquisas de linguagens.<br /><br />O período de ocupação do teatro irá de maio de 2011 a março de 2012 e a proposta vencedora vai receber recursos de R$ 150 mil. As inscrições devem ser feitas pelo endereço eletrônico ocupacaoglauciogill@cultura.rj.gov.br outras informações em: http://www.cultura.rj.gov.br <br /><br />4: Movimento em favor dos blocos não-autorizados pela Prefeitura do Rio, leiam e se concordarem assinem em: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N5372+Flavio Anicetohttp://www.blogger.com/profile/14936060168779288946noreply@blogger.com0