terça-feira, 3 de maio de 2011

Boletim CPC - Ano VI – nº. 86 – 03/05/2011

Nesta edição: Destaque Aracy de Almeida é homenageada em exposição em Niterói * Políticas Culturais: 1 - Cronograma da revisão da Lei de Direitos Autorais; 2 – Araruama/RJ rumo ao Plano e Sistema Municipal de Cultura; 3 – Deputado Vicente Cândido PT/SP apresenta dois projetos para a área cultural; 4 - Kits do projeto Mestres Griôs do Brasil chega às entidades culturais e educacionais brasileiras; 5 – Entidades do movimento negro querem discutir a situação do Centro Cultural José Bonifácio/RJ. * Editais: Casa Rui tem edital aberto para bolsas de pesquisa * Opinião: Roberta Martins escreve sobre políticas culturais na cidade do Rio de Janeiro * Diana Aragão: 1 – Telma Tavares canta Gonzaguinha; 2 – Festival do Cinema Brasileiro de Paris; 3 – Filme sobre Nana Caymmi * Notas: 1 – 100 anos de Vó Maria; 2 – Mães com cidadania em Caxias; 3 - 6º Circuito Mix de Esquetes em Nova Iguaçu; 4 - Fórum de Música RJ elege coordenação; 5 – Solidariedade aos músicos demitidos da OSB; 6 – Sintcon tem noite Black em 13 de maio; 7 – 70 anos de Eliomar Coelho. - ...................................................................................................................................................
Em destaque:
Aracy de Almeida é homenageada em exposição em Niterói
Nós do CPC, junto com o Centro Cultural Abrigo de Bondes, estamos prestando uma homenagem a Araca, recebendo a partir da próxima quarta, 04 de maio, no Espaço Antonio Callado, a exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A Realidade do Samba”. Na abertura, às 19h, teremos um pocket-show com a cantora Gil Miranda, membro do CPC e um coquetel, ambos para convidados – mas os nossos amigos e colaboradores podem entrar em contato conosco ou irem direto ao evento que teremos os convites.
A mostra, que também inicia as comemorações pelos 10 anos de existência do Centro Popular de Cultura Aracy de Almeida (11/06/2011) é composta por fotos da artista em diversos momentos de sua carreira, cedidas pelo Jornal Tribuna da Imprensa, além de capas de discos, revistas, livros, publicações com entrevistas e matérias sobre Aracy, e um painel com frases da cantora.
Serviço:

Exposição “Aracy de Almeida – 1914/1988: A realidade do samba” – Centro Cultural Abrigo de Bondes
Visitação: de 05 de maio a 30 de junho – gratuita
Horário: de terça a sexta-feira, das 11h às 17h; sábados, das 12 às 16 horas
Local: Espaço Antônio Callado - Centro Cultural Abrigo de Bondes- Rua Marquês do Paraná, 100, Centro – Niterói – Tel. : 2620-8169
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Políticas culturais:
1: Ministério da Cultura divulga o cronograma da última fase da revisão da Lei de Direitos Autorais
Desde o último dia 25 de abril e até 30 de maio, o anteprojeto (APL) que modifica a Lei de Direitos Autorais receberá contribuições da sociedade, visando aperfeiçoar o texto e contemplar os diversos interesses e relações que o polêmico tema suscita.
O MinC elaborou ainda uma Tabela comparativa com Lei 9.610/98, APL levado à consulta pública e APL construído depois da consulta pública 2010, que está disponível, assim como o cronograma do período em: http://www.cultura.gov.br/site/2011/04/20/ultima-fase-da-revisao-da-lda/

2: Mais um município fluminense inicia a construção de seu Plano e Sistema Municipal de Cultura

A Prefeitura Municipal de Araruama - RJ, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, realizou no último dia 27 de abril, no Teatro Municipal de Araruama, o primeiro encontro público para a construção dos dois importantes instrumentos estruturantes da área cultural na cidade. Para coordenar o processo, junto com Ricardo Adriano – Sub-secretário de Cultura, foi convidada a consultora Cleise Campos.

Agenda dos encontros do PMC de Araruama: 18/MAIO, às 19h, Distrito de Iguabinha- Associação de Moradores, 25/MAIO, às 19h, Distrito de Praia Seca – Praça Escola, 15/JUNHO, às 19h, Distrito de Morro Grande – Casa da Cidadania, 12/JULHO, às 19h, Distrito de São Vicente – Colégio Cenecista de São Vicente, 17/AGOSTO, às 19h, Primeiro Distrito – Teatro Municipal, 14/SETEMBRO, às 19h, Palestra: Conselho de Cultura e Fundo de Cultura, atribuição e funcionamento.

Para os moradores da região ou que conheçam pessoas lá e possam divulgar, ou para mais informações do processo: cultura@araruama.rj.gov.br ou araruamacultura@gmail.com.


3: Deputado Vicente Cândido PT/SP apresenta dois importantes projetos para a área cultural
O deputado paulista apresentou em 14/04 na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 1096/2011, que regulamenta as manifestações culturais de rua. A proposta garante aos artistas de rua o pleno exercício de suas atividades, resguardando os mesmos de qualquer tipo de censura a sua liberdade de expressão.
Essa iniciativa responde as restrições impostas à classe artística nos últimos meses na capital paulista. Com o pretexto de coibir o comércio ambulante ilegal, a prefeitura e o governo do estado de SP, deram início a uma série de operações para reprimir as manifestações artísticas. Este quadro paulista repete-se também aqui no Rio de Janeiro e em outras cidades (vide o exemplo recente do artista Getúlio Damásio em Santa Teresa, no qual a Prefeitura do Rio voltou atrás).
Em 13 de junho às 19h, em um local do Méier a ser confirmado, o Núcleo Boa Praça realizará o seminário: Arquitetura da Cidade - Espaços públicos para fruição artística e Ordem Pública e livre acesso da cultura. O CPC estará lá com seu coordenador Flavio Aniceto em uma das mesas. Divulgaremos os detalhes mais ao evento.
Outra proposição de Cândido é a (PEC 08/2011) que tem como objetivo desonerar as entidades sem fins lucrativos do segmento Cultural e dos Esportes. Na Câmara, o deputado vai pedir o apoio da Frente Parlamentar em Apoio à Cultura, da qual é membro. Mais informações em: http://www.vicentecandido.com.br

4: Kits do projeto Mestres Griôs do Brasil chega às escolas brasileiras

Chega ao circuito educacional mais uma contribuição para o efetivo cumprimento da Lei 10.639 de 2003, que obriga o ensino da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas: os kits do projeto Mestres e Griôs do Brasil, material que será entregue em bibliotecas, universidades, associações e instituições que valorizam o patrimônio imaterial do País.

Constituídos por dois DVDs, os pacotes exibem programas interdisciplinares de televisão sobre aspectos culturais afro-brasileiros. Mais informações: http://www.palmares.gov.br/

Em tempo: os Griôs são povos que carregam o dom da oratória e transmitem sabedoria popular com facilidade. Meio nômades, são líderes de grupos culturais, geralmente músicos e poetas de cultura popular, na maioria de origem negra, como capoeiristas, congadeiros e jongueiros.

5: Centro Cultural José Bonifácio
Foi criada na semana passada, a Comissão Pró-José Bonifácio, com representações de diversos grupos e entidades do movimento negro, com o objetivo de discutir a situação do Centro Cultural José Bonifácio.
O Centro Cultural, que se situa na Gamboa, região portuária do Rio de Janeiro é referência da cultura afro-brasileira, tido como único no gênero na América Latina. O mesmo é responsável pelo acervo da religiosidade de matriz africana que por muitos anos esteve sob a guarda da Polícia Militar, sendo entregue no ano passado ao Movimento Negro e depositado naquele espaço. A primeira ação da comissão será na próxima 4ª feira - dia 04/05 - 17h, em uma agenda com a Comissão de Cultura da Câmara dos Vereadores, com o Presidente Paulo Messina –PV/RJ, com o objetivo de chamar uma audiência pública sobre o centro cultural.
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Editais:
1: A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) lançou edital oferecendo bolsas de pesquisa na área cultural:
As bolsas variam desde a iniciação científica, de desenvolvimento tecnológico e até bolsas para doutor júnior. As áreas disciplinares incluem um largo espectro das ciências humanas e das sociais aplicadas, além de letras e artes, museologia, arquivologia, biblioteconomia, arquitetura e conservação e restauração. Existem pesquisas específicas de políticas culturais, a cargo de Lia Calabre e Mauricio Siqueira, referências na área.
As inscrições vão até 25 de maio, o edital completo e mais informações em: http://www.casaruibarbosa.gov.br/interna.php?page=materia&ID_S=9&NM_Secao=not%C3%ADcias&ID_M=1998 ................................................................................................................................................
Opinião:
O Rio de Janeiro continua lindo... o Rio de Janeiro continua sendo...
Por Roberta Martins
Adoro esse elogio em forma de música, bem, eu e o povo de Realengo, a torcida do Flamengo, a moça da favela, todo mundo da Portela... e demais citados que por essa música recebem o abraço de Gilberto Gil, resumido na afirmação de que O Rio de Janeiro continua lindo. Peço emprestado ao compositor, o tom carinhoso que ele utiliza, para afetuosamente ponderar sobre a cultura no Rio, mais especificamente acerca das políticas culturais da cidade.
O que me inquieta não é a produção cultural, nessa praia o Rio de Janeiro continua sendo. Aqui, a chapa é quente de culturas produzidas e vividas e o lugar da produção especialíssimo. Pelo grande número de artistas, intelectuais, pesquisadores, poetas, e por aí vai. Caldeirão em que fazedores de cultura inventam e recriam suas sonoridades, letras, artes, imagens. Muito menos a afirmação das identidades, proporcionadas por expressões como funk e hip-hop, ou pela ‘vida viva’ que expressões culturais tradicionais demonstram, como quadrilhas juninas, jongos, festas religiosas. Isso sem falar do samba, marca identitária e um dos símbolos da cidade, do Rio de Janeiro, fevereiro e março. Tudo filmado, fotografado ou porque não, grafitado e disponível na rede, ao alcance de todos a um clique no mouse.
Estranhamente a esse clima fervido de tamanha intensidade, e também à nossa fama de questionadores e críticos. Nem que seja no cultivo de um dos mais importantes hábitos da cidade, o exercício da conversa na mesa do bar mais próximo, que tem como resultado a famosa filosofia de botequim, ou a mais recente das formas de debate e participação: a interação em redes sociais, que resulta nas mais apaixonadas defesas de teses digitais. Estranhamente... não se vêem muitos debates focalizando políticas públicas de cultura no âmbito da cidade.
Os grandes debates que temos presenciado (muitos) e participado (alguns), tratam dos fazeres culturais, das novidades criadas por grupos de afinidade, das inúmeras atividades realizadas Rio de Janeiro adentro. O que está na moda na correspondente estação, quem ou o que está causando, a eleição do que é imperdível de ver, fazer ou estar. Por outro lado... em se tratando de políticas culturais, são apontados como tema as questões diretamente relacionadas ao geral. Nesse nível, o da ‘grande política’ cultural, existe o debate. Um bom exemplo é o interesse que despertou a troca da guarda no Ministério da Cultura, que provocou brados por parte de muitas entidades da cidade.
Mesmo os partidos de esquerda que tem formulações a cerca da área cultural têm dificuldades em superar essa interpretação da cultura. Cabe observar que no campo da elaboração dos partidos com atuação na área da Cultura, temos em nossa cidade a atuação no legislativo municipal do PSOL e do Partido dos Trabalhadores, com vereadores que reconhecidamente têm atuação na área. Atualmente compõem o louvável esforço de construção da Frente Parlamentar de Comunicação e Cultura da Cidade, porém, até a conclusão desse texto, o debate travado priorizou questões gerais, como a Democratização dos Meios de Comunicação, questão justa, com clara interface com as questões da Cultura na cidade, mas ainda assim, replicando o debate e a lógica de um debate que parte da demanda do (plan)alto e não da escuta da cidade.
No momento em que dirigentes do Ministério da Cultura são alvos de tantas críticas nos espaços de debate, nada questionamos aos nossos dirigentes municipais. Ao passo que há tanta mobilização para a ampliação de Pontos de Cultura, e outras políticas culturais por parte do MinC, nada reivindicamos a Secretaria Municipal de Cultura e mais, sequer a mencionamos. Em minha avaliação, revela-se um paradoxo sobre a maneira com que os agentes sociais cariocas, mesmo criativos, mostrando-se realizadores constantes e audazes, provando-se críticos e mobilizados encaram a política cultural no município. O carioca se revela tímido no debate sobre a política de cultura da sua própria cidade.
Sem medo do exagero, sigo o Economista Mauro Osório quando diz que "Os cariocas "mais provincianos" pensam o Brasil, e os "mais cosmopolitas" pensam o mundo".
A certeza do carioca (ou da maioria de nós) é de que o Rio será a eterna capital, mesmo depois de 50 anos da mudança da capital federal para o planalto central. E como não desencarna o espírito, tendemos a repetir em muitas reflexões a lógica da centralidade, lendo o restante do país, a partir de si – vinde a mim, os artistas e as tendências, e serás veiculado em cadeia nacional - olhando a nossa história, irradiada pelas Ondas da Rádio Nacional na era Vargas, pela difusão da televisão...
É como se compreendêssemos como menos importante a política pública implementada no município, como se o exercício da democracia e da participação fossem importantes e eficazes apenas se vistos a partir de Brasília.
No plano local, Chacrinha poderia continuar dando as ordens no terreiro, desde que realizados eventos. As viradas culturais, que aparentemente proporcionam oferta cultural ao alcance de todos, um dia ao mês em que peças teatrais estejam disponíveis a um real, um show na praia, as oficinas para os ‘pobres’, exposições, bienais, patrocínio de festivais...
Evidentemente, carrego as tintas nessa breve observação. Muitos são os que valorizam o papel das cidades e as compreendem como importantes como lugares de promoção de políticas culturais. Acredito que há muitos como eu, que compreendem estar na hora de tomar a cidade como prioritária no debate de políticas públicas de cultura, o que é mais amplo do que encará-la apenas como o lugar de aplicação da política e sua efetiva execução. Por isso é preciso pensar, debater, e definir uma política municipal de cultura em nossa cidade.
Chamo a atenção de que no caso de nosso Rio, vale uma chamada, um Alô Rio de Janeiro! Em que pese a realização da 1º Conferência Municipal de Cultura em 2009, em resposta a demanda e a pauta federal em torno da 2ª Conferência Nacional de Cultura, e a elaboração de diretrizes a partir dos debates públicos como resultado da mesma, a conversa sobre políticas públicas municipais anda fraca. A eleição do Conselho Municipal de Cultura (que seria um resultado concreto da Conferência Municipal e das políticas de democratização da gestão apontadas durante o encontro) não foi a frente, e não se discute (ou pouco se conversa...bem pouco!) sobre política de cultura com o executivo municipal. As ações ou programas por parte da Secretaria Municipal são desarticulados, sem planejamento e aparentando que o lugar de elaboração da política cultural é apenas ‘A’ Secretaria e a prioridade da cidade, o investimento nos "templos-locais" da cultura, podemos citar como exemplo a Cidade da Música e o Museu da Zona Portuária. Secundariamente e em situações específicas, como o carnaval, há o foco nas ruas, mas esse, a cargo da Riotur, revelando outra característica da política pública da cidade do Rio de Janeiro, a superioridade de uma visão turística em relação a cultural e não uma complementaridade interpretativa e de ações. Sem contar, a ausência de política cultural para os bairros, revelando as posições de privilégio no espaço da cidade.
Essa observação a cerca do poder público municipal, é uma permanência, persistindo e independendo do titular da pasta da Cultura: intelectuais, como Arthur da Távola, representantes da visão neoliberal da cultura, como Helena Severo e Ricardo Macieira. Quadro esse que não foi revertido sequer pela presença durante cerca de dois anos de quadros do PC do B na Secretaria Municipal de Cultura, com a insuspeita Deputada Jandira Feghali – ora presidenta da Frente Parlamentar Mista pela Cultura – e depois pela experiente produtora teatral e professora de gestão cultural, Ana Luisa Lima.

Muito justamente, é preciso olhar a Cidade em sua grandiosidade, e destaco principalmente a preparação para receber os grandiosos eventos em um curto espaço de tempo, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Mas, essa mirada, pode e deve ser complementar ao pensamento e ações voltadas para todo o município e seus habitantes, e não a que priorize alguns segmentos. Um passo fundamental para isso é reconhecer o Rio de Janeiro em sua multiplicidade, como nos aponta o Profº Jorge Luiz Barbosa, “É preciso reconhecer que a cidade é produto da diversidade da vida social, cultural e pessoal. Isto significa dizer que a cidade deve ser pensada, tratada e vivida como um bem público comum, e não como um espaço de desigualdades.”
Dessa forma, o olhar vai além do que o poder público municipal consegue enxergar sozinho. As lentes necessárias para melhorar essa visão, que poderão ampliar o quadro da política pública municipal de cultura, seu escopo e raio de ação, somente será dado, a partir do debate e mobilização dos agentes culturais da cidade. Sigo na força da música e como o poeta, digo que Meu caminho pelo mundo Eu mesmo traço. Nesse caso, nós.
Aquele Abraço!
Roberta Martins. ..............................................................................................................................................
Dicas da Diana Aragão:
1: Telma Tavares em “Gonzaguinha, 20 anos de saudade”
Fã ardorosa do grande artista que nos deixou tão precocemente, Telma Tavares, volta e meia, dá um tempo nas apresentações de rotina e retoma um dos seus shows mais aplaudidos para homenagear o ídolo Luiz Gonzaga Jr. Desta vez, numa ocasião até mais emblemática porque o espetáculo está inserido na série intitulada "Gonzaguinha, 20 anos de saudade" que o Centro de Artes Calouste Gulbenkian, em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura do RJ, promoverá no Teatro Gonzaguinha, no dia 05 de maio, às 19 horas. O artista, que nos deixou em 29 de abril de 1991, será homenageado por Telma com interpretações de alguns dos seus maiores hits de carreira, como: "Explode Coração", "Sangrando", "O que é, o que é", "Lindo lago do amor", "É", "Começaria tudo outra vez", "Sangrando" e "Forró do Gonzagão.

O show de Telma Tavares, "Gonzaguinha, 20 anos de saudade", no Teatro Gonzaguinha, terá ingressos a preços bem populares: R$20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Com direção musical de Tuca Alves, Telma será acompanhada pelos músicos: Marcelo d`Luk (violão/guitarra), Fred (violão/ cavaquinho), Mafram (percussão) e Marcos Trança (percussão).

A cantora, que ganhou as rádios com algumas de suas composições gravadas por Alcione (como a canção "Acesa" que titula os mais recentes trabalhos da Marrom), está finalizando o segundo álbum, "Veia Mestiça". O CD, totalmente autoral e fruto de parcerias com autores talentosos como Roque Ferreira, Paulo César Feital, Délcio Carvalho e Tainã Uarani, tem participações especiais de Alcione, Lecy Brandão e de Roque Ferreira. "Veia Mestiça", apesar de ainda não ter sido lançado, já traz faixas gravadas pela própria Alcione ( "Corpo Fechado", "Nair Grande - a bambambã do fuzuê" e "Agarradinho").

2: Festival do Cinema Brasileiro de Paris

A 13º edição do Festival do Cinema Brasileiro de Paris acontecerá na sala de exibição Nouveau Latina, de 4 a 17 de maio exibindo filmes inéditos, encontros com diretores, debates e retrospectivas. Ficções, documentários, clássicos do cinema brasileiro e filmes que só poderão ser vistos em Paris durante o festival. Trinta longa metragens que apresentam ao público francês a diversidade da produção cinematográfica brasileira contemporânea. Esse ano, o festival homenageará duas personalidades cujas obras atravessaram os anos e as fronteiras: Nelson Pereira dos Santos e Jorge Amado. Entre os documentários, foco para o filme do diretor Dacio Malta com Noel Rosa – Poeta da Vila e do Povo com músicas de Zé Renato interpretadas pela cantora Mariana Baltar. O doc será exibido nos dias 14 de maio, às 21h30 com a presença do diretor Dacio Malta, do produtor Roberto Faissal e do diretor musical Zé Renato e segunda 16 de maio, às 12h00 com a presença do diretor Dacio Malta e do produtor Roberto Faissal.

3: Por falar em cinema francês, não deixem de ver outro documentário, este sobre a Nana Caymmi – já em exibição no Rio de Janeiro – dirigido pelo francês Georges Gachot. Vale cada tostão do seu ingresso no ano em que a nossa querida cantora completou 70 anos e nos dará de presente disco novo.
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Notas:
1: Vó Maria, faz 100 anos!
Maria das Dores Santos, a nossa Vó Maria, nasceu em Mendes, interior do Rio de Janeiro, em 05 de maio de 1911. Na década de 30, casa-se pela primeira vez com Maciel Francisco dos Santos ficando viúva, antes de sua única filha, Nilza, completar 3 anos.

Casa-se pela segunda vez com o jornalista João Conceição e sua casa transforma-se num dos palanques do Movimento Negro, tendo passado por lá o Senador Abdias do Nascimento, o Sociólogo Guerreiro Ramos, o pesquisador Haroldo Costa, a Advogada Sebastiana Arruda, dentre outros. Nesta ocasião Nilza, filha de Vó Maria, conhece Lygia Santos, filha de Donga que através de sua amizade, unem as famílias.

Na década de 60 Vó Maria, já desquitada, e Donga, compositor de "Pelo Telefone" (1º samba gravado), reencontram-se e casam-se, unindo, definitivamente, as duas famílias. A sua casa, ao longo dos 15 anos em que conviveu com Donga, registrou encontros de rara beleza da música popular brasileira - sambas, choros - tendo por lá passado Pixinguinha, João da Baiana, Martinho da Vila, Clara Nunes, João Nogueira, Xangô da Mangueira, Aniceto, Jorginho Peçanha, Walter Rosa, e muitos outros que resistiam e continuam resistindo para preservar a nossa cultura. Aos 89 anos participa da roda de samba Segunda dá Samba, organizada por Zilmar Basílio na primeira vez que Vó Maria canta para um público de mais de 100 pessoas. Foi aplaudidíssima.
Aos 90 anos torna-se presença constante nas Rodas de Samba do MIS onde sempre foi convidada pela então Presidente da instituição, Marília Barboza a dar uma canja .

Em 2003, Vó Maria grava o seu primeiro CD financiado pelo Fundo Nacional de Cultura/Ministério da Cultura, editado pelo Instituto Cravo Albin, tendo como produtora artística Marília Barboza e direção musical de João de Aquino.

Em 14 de janeiro de 2004, Vó Maria submeteu-se à prova da Ordem dos Músicos tendo sido aprovada com nota 10, por unanimidade. Neste mesmo dia sindicalizou-se no Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro.

No dia 09 de maio de 2004, Vó Maria realizou o seu maior sonho, o de ser homenageada, em praça pública em sua cidade natal, Mendes. A homenagem fez parte do Projeto Flores em Vida, da Fundação Cultural de Mendes, e foi realizada pela Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, sob o patrocínio da Prefeitura Municipal.
O seu centenário será comemorado em 05 de maio, 18h30, com uma missa aberta na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé – Rua Primeiro de Março – seguida de uma recepção para convidados em um clube da cidade.
Viva Vó Maria! Um exemplo para todos nós.
2: Mães com Cidadania em Duque de Caxias/RJ
A Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata, dirigida pela nossa parceria Gracy Mary Moreira, organiza nesta sexta, 06/05, das 9h às 16h, na Rua Frei Fidélis, s/nº, Centro/DC, uma homenagem as mães da cidade, com uma série de serviços estéticos como corte de cabelo, tranças afro, modelagem em sobrancelhas, visando aumentar a autoestima das mulheres e ainda orientações de higiene pessoal e emissão de carteiras de trabalho. O evento tem apoio de diversas instituições, como a Prefeitura daquele município e a Petrobras.
3: 6º Circuito Mix de Esquetes em Nova Iguaçu/RJ
No sábado, 07/05, a partir das 10h da manhã, os organizadores do circuito prometem parar o centro de Nova Iguaçu, junto com o teatrólogo Amir Haddad (criador do grupo Tá na Rua, entre outras muitas ações na área) e outros duzentos artistas, os organizadores tomarão as ruas com cortejo e a mostra não competitiva de Esquetes.

A programação segue nos dias 13, 15, 20, 21 e 22 de maio quando acontecerá a mostra competitiva na unidade Sesc Nova Iguaçu. A realização é da Fábrica de Atores e Material Artístico (Projeto F.A.M.A.)

4: Fórum de Música RJ elege coordenação

No último dia 26, 84 músicos compareceram a Sala Funarte Sidney Miller para participar da eleição de seu fórum, com duas chapas concorrentes. Compõem a coordenação: Beto Gaspari, Rolo, Cláudio Salles, Carlos Dafé, Celso Santana, Leny Bello, Patrícia Boechat e Ricardo Moreno, da chapa “Músicos em Ação”, que ganham a expressão dos músicos independentes e a força dos movimentos como o Jabasta, Pontos de Cultura, Couvert Artístico, Casa do Músico e Pela Dignidade dos músicos, JÁ.
Boa sorte ao grupo na luta pela música.

5: Nosso apoio aos músicos demitidos da OSB

Lamentamos a decisão da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira - FOSB de demitir 36 componentes da orquestra. A decisão da FOSB de submeter os músicos a avaliações de desempenho detonou uma crise interna. Muitos destes profissionais tocam na OSB há mais de 25 anos. Os demitidos tentaram de todas as formas, negociar com a fundação, mas esta se mostrou irredutível. Uma pena não só para a música, mas para a cidade e o país.

6: 13 de maio – Consultoria Cultural em ritmo Black Music

Em mais uma edição do projeto Consultoria Cultural, do Sindicato dos Trabalhadores em Consultoria de Engenharia e Projetos do Rio de Janeiro – SINTCON, teremos em 13 de maio, uma sexta-feira, Dia da “Abolição da Escravatura”, ou “Dia de Preto Velho” uma noite de Black Music, a Roda de Música Preta.

A noite preta reunirá o cantor Blecaute Júnior, as cantoras Gil Miranda e Gilce de Paula (ambas backing vocal de Sandra de Sá e outros nomes do gênero), Roberta Orlans e uma banda capitaneada pelo músico André Henriques.
Dia 13 de maio, 18h30, no Cine Virtual – Rua da Lapa, 197, depois da ACM/UNIGRANRIO, com entrada franca.

7: Eliomar 70 anos

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Nosso querido vereador e amigo Eliomar Coelho Psol/RJ, fundador do CPC e grande apoiador dos movimentos culturais completou em 18/04, 70 anos, a comemoração será no próximo 14 de maio, sábado, a partir das 21h, no Cordão da Bola Preta (confluência das ruas da Relação e Lavradio). Para reforçar a animação, o grupo Forró Descalço abre a noite que terá ainda baile com a Orquestra Revelia e Elisa Addor.

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